Brazil Yearbook - 1996_ocr

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - 1996
NOMENCLATURA, CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Os dados básicos para construção dos
índices são coletados pelos agrônomos e/
ou veterinários das Empresas Estaduais de
Assistência Técnica e Extensão Rural.
Também colaboram, em sua área de
atuação específica, os técnicos da
Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira - CEPLAC -, bem como de
Prefeituras Municipais. Para São Paulo e
Minas Gerais usam-se os dados básicos do
Instituto de Economia Agrícola e da
Superintendência de Abastecimento,
respectivamente, das Secretarias
Estaduais de Agricultura. Os preços
considerados no índice representam os
seguintes grupos: sementes e mudas,
fertilizantes, agrotóxicos, serviços,
combustíveis, e mão-de-obra, num
total de 107 produtos.
As ponderações utilizadas para o cálculo
dos índices agregados tiveram por base
informações de coeficientes de produção
de lavouras levantadas pela Companhia
Nacional de Abastecimento e que serviram
para cálculo dos Valores Básicos de Custeio
- VBCs.
Índice de Relação de Trocas
Decorre da relação corrente entre
os índices de preços recebidos pelos
agricultores e os pagos pelos
produtores rurais.
Uma vez que o índice de preços pagos
pelos agricultores só abrange insumos
utilizados na lavoura, o cálculo da relação
de trocas utiliza o índice de preços
recebidos para lavouras.
Índices de Preços por Atacado
Índices oriundos do Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getúlio Vargas,
que considera o preço do atacado “como
o imediatamente anterior ao das etapas
de transformação ou uso final”. Essa
definição permite incluir preços em diversos
estágios do processo produtivo, pois
abrange tanto a utilização final como a
utilização intermediária dos bens (caso das
matérias-primas, produtos semi-elaborados,
peças e componentes).
São apresentados segundo dois
conceitos: o da oferta global e o da
disponibilidade interna. Em princípio, o
conceito da oferta global abrange preços
referentes a todas as transações, a nível de
atacado, efetuadas no País, inclusive
preços de bens destinados à exportação. A
disponibilidade interna diferencia-se desse
primeiro conceito porque procura medir a
evolução dos preços das transações, a
nível de atacado, que influenciam
diretamente no poder de compra das
unidades econômicas situadas dentro do
País.
Ainda em relação a essa distinção
conceitual, cabe esclarecer, quanto à
oferta global, que a discriminação dos
índices setoriais obedece ao critério de
origem do produto; no caso da
disponibilidade interna, ao critério do
destino da produção ou seu grau de
elaboração.
Índice Nacional de Custo da
Construção - INCC
O Índice Nacional de Custo da
Construção - INCC - é uma estatística
contínua, de periodicidade mensal , para
os 18 municípios das seguintes capitais:
Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília,
Campo Grande, Curitiba, Florianópolis,
Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió,
Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de
Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
Os produtos que compõem a mostra
do INCC, num total de 72 itens
específicos, dos quais 56 relativos a
materiais e 16 à mão-de-obra, são
coletados ao longo do mês-calendário.
Mensalmente são pesquisados 1 050
informantes, obtendo-se cerca de
15 110 cotações.
Para cada uma das 18 capitais
consideradas, foi encontrada uma
estrutura de pesos, por tipo de obras, tendo
em conta as características de cada
região; na média, os insumos representam,
em cada caso, mais de 96% do custo total
da construção.
O cálculo do INCC é feito em duas
etapas: primeiramente estimam-se os
índices regionais e, em seguida,
chega-se à média nacional, com base
na importância relativa de cada região,
que por sua vez é função da
área total edificada, segundo as
licenças de habite-se.