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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1996</strong><br />

ÁREAS E LIMITES<br />

Recursos Naturais<br />

e Meio Ambiente<br />

Importância para o<br />

Desenvolvimento Econômico<br />

Na sociedade moderna, o homem tem<br />

conseguido os produtos essenciais à<br />

sua sobrevivência e os bens que<br />

consome, interferindo drasticamente nos<br />

ecossistemas de que se serve,<br />

transformando-os de forma profunda e,<br />

com freqüência, desencadeando graves<br />

reflexos sobre a vida no planeta. São<br />

transformações impostas por um modelo<br />

em que os processos produtivos, tidos<br />

como economicamente viáveis, levam à<br />

substituição dos sistemas naturais por<br />

formas artificiais de se conseguirem os<br />

bens e produtos que a sociedade requer.<br />

Esse modelo não só tem provocado<br />

desequilíbrio e empobrecimento do meio<br />

físico, não raro irreversíveis, e<br />

conseqüentemente contribuído para<br />

mudanças da qualidade de vida, bem<br />

como uma crescente dependência de<br />

tecnologia e insumos, de que em muitos<br />

casos o País não dispõe.<br />

Hoje, já existe uma conscientização<br />

sobre a necessidade da conservação do<br />

ambiente, com duas linhas de<br />

pensamento. A primeira defende o<br />

desenvolvimento socioeconômico a<br />

qualquer preço, mesmo com prejuízo ao<br />

meio ambiente, e a segunda procura<br />

conciliar conservação e desenvolvimento.<br />

Esta última defende a necessidade da<br />

realização do estudo de impacto<br />

ambiental precedendo a construção,<br />

instalação, ampliação e funcionamento de<br />

estabelecimentos ou atividades que<br />

utilizam meios e processos considerados<br />

efetivos ou potencialmente poluidores ou<br />

causadores de degradação ambiental,<br />

sendo materializado com a legislação<br />

relativa aos instrumentos de Política<br />

Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.902,<br />

de 27-04-81, Lei nº 6.938, de 31-08-81,<br />

Decreto nº 88.351, de 01-06-83).<br />

Até o presente pouco se conseguiu da<br />

associação correta do binômio<br />

desenvolvimento econômico e<br />

conservação da natureza. Menciona-se<br />

conservação, pois este sistema possibilita o<br />

uso e a gestão dos recursos naturais<br />

renováveis de forma a propiciar o maior<br />

benefício sustentado para as gerações<br />

atuais, mantendo porém suas<br />

potencialidades para atender às<br />

necessidades e aspirações das gerações<br />

futuras e, no caso dos recursos nãorenováveis,<br />

a sua utilização racional e<br />

comedida de modo a viabilizá-la pelo<br />

maior espaço de tempo possível.<br />

Conservação e Desenvolvimento não<br />

são excludentes, mas por vezes se mostram<br />

conflitantes e necessitam ser<br />

compatibilizados. Embora a não<br />

observância dos preceitos<br />

conservacionistas possa viabilizar, a curto<br />

prazo, resultados mais significativos no<br />

processo do desenvolvimento econômico,<br />

mais cedo ou mais tarde um preço será<br />

pago em termos de descontinuidade da<br />

produção ou de possibilidades perdidas.<br />

O interesse pela problemática ambiental,<br />

e em particular pela conservação dos<br />

ecossistemas e melhoria da qualidade de<br />

vida, constitui, atualmente, a maior<br />

preocupação em todas as nações do<br />

mundo, que, conscientizadas da<br />

importância da gestão ambiental, vêm<br />

procurando introduzir variáveis ambientais<br />

nos seus planos e projetos quer nas áreas<br />

intensamente ocupadas, quer naquelas em<br />

processo de ocupação.

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