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Agosto/2014 - Revista VOi 111

Grupo Jota Comunicação

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cima e de baixo. entretanto, ao ar livre, a escalada guiada é<br />

muito mais praticada”, explica William.<br />

PArA INICIANTES<br />

Para quem quer virar adepto do esporte, anderson aconselha<br />

que comece praticando indoor. “Desta forma, a pessoa<br />

passa a ter noção de manuseio de equipamento, de como<br />

funciona e se gosta mesmo, para depois ir para a rocha de<br />

fato”, pontua.<br />

Normalmente os equipamentos necessários para a prática<br />

estão disponíveis para alugar nos próprios ginásios e incluem a<br />

cadeirinha de segurança, a corda, a sapatilha e o magnésio. “Na<br />

mão passamos o carbonato de magnésio para mantê-las secas.<br />

a sapatilha de escalada é bem justa no pé e ajuda a retirar o<br />

movimento de dobra dos dedos. Porque quando dobramos<br />

perdermos a resistência e podemos sair da agarra. Com o dedo<br />

justo é possível manter o equilíbrio mais facilmente. Quanto<br />

à roupa pode ser qualquer uma para atividade física”, ensina<br />

o professor William Vieira.<br />

Outra figura importante no esporte é o segurança, que é a<br />

pessoa que fica em baixo fazendo o contrapeso para o escalador.<br />

“Sempre que utiliza a corda precisa de um contrapeso<br />

do outro lado para a frenagem. Caso o escalador caia, ele<br />

segura a queda”, orienta William. Os graus de dificuldade<br />

também precisam ser compreendidos. Os números indicam<br />

a complexidade do caminho, quanto mais alto, mais difícil, e<br />

as cores o trajeto que deve ser seguido.<br />

Foto: ana Paula Gavleta<br />

Ar LIVrE<br />

Não é à toa que o Paraná é um dos estados com mais destaque<br />

na escalada brasileira: a variedade de montanhas nas<br />

redondezas é grande. “Na Serra do Mar tem o Morro do anhangava,<br />

o Marumbi e o Pão de ló. Mais para o interior tem Ponta<br />

Grossa e São luiz do Purunã. São opções para todos os níveis<br />

de dificuldade, por isso é acessível a todos, principalmente na<br />

área da Serra do Mar, onde há vias super fáceis”, cita William.<br />

O professor explica ainda as diferenças entre escalar no<br />

ginásio e na natureza: “na indoor escalamos paredes mais<br />

verticais e com agarras. No anhangava, que tem uma formação<br />

rochosa que é o granito, a tendência é que seja em formato<br />

de rampa e que não tenha muitas agarras. então tem que<br />

trabalhar com aderência da borracha da sapatilha e das mãos<br />

para conseguir subir. Já no arenito, como é o caso de São luiz<br />

do Purunã, as paredes são mais verticais para negativas e tem<br />

agarra. então a força empregada para subir é maior”, esclarece.<br />

BENEFÍCIOS<br />

entre as vantagens do esporte, um dos pontos positivos, explica<br />

William, é a concentração que a prática exige o que leva<br />

o escalador a conhecer melhor os próprios limites. “Quando<br />

se está escalando não consegue pensar em mais nada. Caso se<br />

desconcentre por algum instante perde a noção do caminho<br />

que deve seguir, onde tem que por o pé e para qual lado deve<br />

mexer o corpo. Desta forma, o praticante acaba tendo um<br />

autoconhecimento corporal.”<br />

e é claro, que um esporte que exige grande força auxilia<br />

também na perda de peso. “Na escalada trabalhamos muito<br />

mais com a isometria muscular do que com as forças concêntricas<br />

e excêntricas que a gente faz na musculação de levantar<br />

e baixar peso, isso dá grande volume de massa. Na isometria a<br />

tendência é que o praticante ganhe força e definição muscular<br />

sem ficar muito grande”, analisa William.<br />

anderson Gouveia praticando a modalidade boulder no<br />

parque Joshua Tree, na Califórnia<br />

Foto: arquivo pessoal<br />

William Vieira pratica escalada em São luiz do Purunã, no Paraná<br />

aGOSTO 83

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