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cima e de baixo. entretanto, ao ar livre, a escalada guiada é<br />
muito mais praticada”, explica William.<br />
PArA INICIANTES<br />
Para quem quer virar adepto do esporte, anderson aconselha<br />
que comece praticando indoor. “Desta forma, a pessoa<br />
passa a ter noção de manuseio de equipamento, de como<br />
funciona e se gosta mesmo, para depois ir para a rocha de<br />
fato”, pontua.<br />
Normalmente os equipamentos necessários para a prática<br />
estão disponíveis para alugar nos próprios ginásios e incluem a<br />
cadeirinha de segurança, a corda, a sapatilha e o magnésio. “Na<br />
mão passamos o carbonato de magnésio para mantê-las secas.<br />
a sapatilha de escalada é bem justa no pé e ajuda a retirar o<br />
movimento de dobra dos dedos. Porque quando dobramos<br />
perdermos a resistência e podemos sair da agarra. Com o dedo<br />
justo é possível manter o equilíbrio mais facilmente. Quanto<br />
à roupa pode ser qualquer uma para atividade física”, ensina<br />
o professor William Vieira.<br />
Outra figura importante no esporte é o segurança, que é a<br />
pessoa que fica em baixo fazendo o contrapeso para o escalador.<br />
“Sempre que utiliza a corda precisa de um contrapeso<br />
do outro lado para a frenagem. Caso o escalador caia, ele<br />
segura a queda”, orienta William. Os graus de dificuldade<br />
também precisam ser compreendidos. Os números indicam<br />
a complexidade do caminho, quanto mais alto, mais difícil, e<br />
as cores o trajeto que deve ser seguido.<br />
Foto: ana Paula Gavleta<br />
Ar LIVrE<br />
Não é à toa que o Paraná é um dos estados com mais destaque<br />
na escalada brasileira: a variedade de montanhas nas<br />
redondezas é grande. “Na Serra do Mar tem o Morro do anhangava,<br />
o Marumbi e o Pão de ló. Mais para o interior tem Ponta<br />
Grossa e São luiz do Purunã. São opções para todos os níveis<br />
de dificuldade, por isso é acessível a todos, principalmente na<br />
área da Serra do Mar, onde há vias super fáceis”, cita William.<br />
O professor explica ainda as diferenças entre escalar no<br />
ginásio e na natureza: “na indoor escalamos paredes mais<br />
verticais e com agarras. No anhangava, que tem uma formação<br />
rochosa que é o granito, a tendência é que seja em formato<br />
de rampa e que não tenha muitas agarras. então tem que<br />
trabalhar com aderência da borracha da sapatilha e das mãos<br />
para conseguir subir. Já no arenito, como é o caso de São luiz<br />
do Purunã, as paredes são mais verticais para negativas e tem<br />
agarra. então a força empregada para subir é maior”, esclarece.<br />
BENEFÍCIOS<br />
entre as vantagens do esporte, um dos pontos positivos, explica<br />
William, é a concentração que a prática exige o que leva<br />
o escalador a conhecer melhor os próprios limites. “Quando<br />
se está escalando não consegue pensar em mais nada. Caso se<br />
desconcentre por algum instante perde a noção do caminho<br />
que deve seguir, onde tem que por o pé e para qual lado deve<br />
mexer o corpo. Desta forma, o praticante acaba tendo um<br />
autoconhecimento corporal.”<br />
e é claro, que um esporte que exige grande força auxilia<br />
também na perda de peso. “Na escalada trabalhamos muito<br />
mais com a isometria muscular do que com as forças concêntricas<br />
e excêntricas que a gente faz na musculação de levantar<br />
e baixar peso, isso dá grande volume de massa. Na isometria a<br />
tendência é que o praticante ganhe força e definição muscular<br />
sem ficar muito grande”, analisa William.<br />
anderson Gouveia praticando a modalidade boulder no<br />
parque Joshua Tree, na Califórnia<br />
Foto: arquivo pessoal<br />
William Vieira pratica escalada em São luiz do Purunã, no Paraná<br />
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