Diversidade Acessibilidade e Direitos
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24 | <strong>Diversidade</strong>, <strong>Acessibilidade</strong> e <strong>Direitos</strong><br />
Bem sabemos que é um processo ainda novo, com carências, algumas<br />
dificuldades, mas também com forte potencial de mudança, à medida que as<br />
novas gerações vão se formando e ocupando lugares na educação, com novas<br />
perspectivas e valores, para atender os desafios do mundo contemporâneo.<br />
Castells (2003) ressalta que a revolução tecnológica trouxe transformações<br />
nas formas de comunicação, nas relações interpessoais, possibilitou novos<br />
arranjos associativos, trouxe mudança nos modos de vida, e tudo isso<br />
reflete no comportamento da juventude. Certamente essas mudanças são<br />
sentidas em todos os setores da sociedade, e na educação não poderia ser<br />
diferente. Entretanto, esse setor ainda se ressente de estratégias para se apropriar<br />
das tecnologias e fazer uso direto, como apoio pedagógico. As razões<br />
são inúmeras: falta de interesse, falta de formação/aperfeiçoamento para lidar<br />
com as ferramentas, falta de equipamentos e estrutura específica, mas<br />
todas essas dificuldades devem ser superadas em prol da melhor articulação<br />
com os novos tempos, como escreve Kenski (2003, p. 25): “As velozes transformações<br />
tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à<br />
tarefa de ensinar e aprender. É preciso estar em permanente estado de aprendizagem<br />
e de adaptação ao novo”.<br />
Sabemos que, no uso das tecnologias digitais, muitas vezes há discrepância<br />
entre professor e alunos universitários – nascidos no final dos anos noventa,<br />
a chamada geração digital detém um domínio maior, com facilidades<br />
na interação “homem/máquina”, uma vez que a ascensão do computador, da<br />
internet e de outras tecnologias digitais se desenvolveram ao mesmo tempo<br />
em que estes sujeitos cresciam, socializavam-se e frequentavam a escola. É<br />
um perfil bastante específico que se nota, e que Tapscott bem assinala<br />
(...) o fato de terem ficado imersos em um ambiente digital<br />
interativo os tornou mais inteligentes do que o típico espectador<br />
passivo de televisão. Eles talvez leiam menos obras<br />
literárias, mas dedicam muito mais tempo à leitura e à redação<br />
on-line. (...) Em vez de apenas receber informações<br />
passivamente, eles as estão coletando rapidamente em todo<br />
o planeta. (...) A geração Internet teve a chance de satisfazer<br />
seu potencial intelectual inerente como nenhuma outra.<br />
(TAPSCOTT, 2010, p. 122).