Diversidade Acessibilidade e Direitos
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O pioneirismo da participação feminina no<br />
jornalismo esportivo brasileiro:<br />
foi (e ainda é) preciso suar a camisa<br />
Noemi Correa Bueno<br />
José Carlos Marques<br />
Introdução<br />
Desde o século XVIII, o feminismo brasileiro tem lutado contra a discriminação<br />
contra as mulheres, objetivando que estas se tornem protagonistas<br />
de suas histórias e escolhas. Iniciando com reivindicações de acesso à educação<br />
e de concessão de direitos políticos às mulheres, o movimento feminista<br />
incluiu, em sua pauta, diferentes outras reivindicações, como o acesso ao<br />
mercado trabalho, melhores condições de trabalho, criação de creches, reforma<br />
do Código Civil, proteção em relação à violência contra a mulher, legalização<br />
do aborto e representações mediáticas adequadas e condizentes com a<br />
diversidade de perfis e papéis femininos (BUENO, 2010). Considerando essa<br />
gama de reivindicações, este capítulo abordará o desenvolvimento da mulher<br />
no mercado de trabalho jornalístico, mais especificamente no jornalismo<br />
esportivo (duas instituições com origem predominantemente masculina: o<br />
esporte e o jornalismo), com intuito de comparar a situação da mulher em<br />
momento de pioneirismo com a situação atual desta no jornalismo esportivo.<br />
No Brasil, os primeiros relatos de mulheres exercendo a profissão de jornalista<br />
ocorreram nos anos de 1920, quando elas trabalhavam majoritariamente<br />
nos suplementos femininos. A inserção das mulheres nessa profissão<br />
foi relativamente lenta, uma vez que, na década de 1950 (30 anos após os<br />
primeiros relatos de mulheres atuando nessa área), o número de jornalistas