Diversidade Acessibilidade e Direitos
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O pioneirismo da participação feminina no jornalismo esportivo brasileiro: |<br />
foi (e ainda é) preciso suar a camisa<br />
45<br />
da Universidade Federal de Santa Catarina (2015), os jornalistas brasileiros<br />
são majoritariamente solteiros, com até 30 anos, sendo que as mulheres representam<br />
64% destes profissionais, enquanto os homens, 36%. No entanto,<br />
o reconhecimento desses profissionais não é igualitário, uma vez que a pesquisa<br />
apontou ainda que as jornalistas recebem menos do que os homens:<br />
a maioria das mulheres (65%) recebe até cinco salários mínimos, enquanto<br />
que em relação aos homens essa faixa salarial alcança 50% dos entrevistados.<br />
Apesar de serem maioria no campo jornalístico, as mulheres não são<br />
maioria em todas as editorias. No caso do jornalismo esportivo, por exemplo,<br />
temos majoritariamente mais homens em seu quadro de profissionais<br />
do que mulheres. Um exemplo que podemos citar é no formato televisivo.<br />
Em uma pesquisa realizada pelos autores deste capítulo em março de 2015,<br />
verificou-se que nos oito canais de TV aberta brasileiros cuja programação<br />
inclui programas esportivos (RIT, TV Aparecida, Bandeirantes, Rede TV,<br />
TV Gazeta, TV Record, TV Cultura e Rede Globo) eram veiculados 24 diferentes<br />
programas esportivos. Nestes 24 programas, observou-se que, dentre<br />
apresentadores, comentaristas e narradores, há 64 profissionais envolvidos,<br />
sendo 17 mulheres (21%) e 64 homens (79%), apresentando um predomínio<br />
inegável da participação masculina na transmissão de informações esportivas<br />
na televisão aberta brasileira.<br />
Apesar dessa pequena representação, podemos afirmar que o quadro<br />
referente à participação feminina tem aumentado consideravelmente nos<br />
últimos anos. Atualmente, inclusive, podemos citar nomes de mulheres<br />
que se destacam na área, como Renata Fan (Band), Glenda Koslowski<br />
(Globo), e Fernanda Gentil (Globo), entre outras que são exemplos de mulheres<br />
que se destacaram na área do jornalismo esportivo, considerada<br />
“território masculino”.<br />
A primeira jornalista na área de esportes da qual encontramos registro<br />
foi Ana Amélia, que na década de 1930 redigia crônicas esportivas. Nesse<br />
caso, a atuação era apenas em textos opinativos, não cabendo ainda à mulher<br />
redigir matérias informativas. Conforme Regina Ramos (2010), a primeira<br />
mulher considerada jornalista esportiva no Brasil é Maria Helena Rangel<br />
(com registro profissional do ano de 1948). Já de acordo com matéria publicada<br />
pela Faculdade de Artes Alcântara Machado, pertencente às Faculdades<br />
Integradas Alcântara Machado (KATAVATIS; RANULLO; SILVA, 2014), a