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Gestão Hospitalar N.º8 1984

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A<br />

FINANCIAM EN.TO<br />

E PLANIFICAÇÃO INTERNA<br />

·oo HOSPITAL PORTUGUÊS<br />

POR MORENQ RODRIGUES *<br />

Com o microcomputador BULL MICRAL 90/50 numerosos Hospitais estão em_ curso de<br />

informatização:<br />

Hospital Pulido Valente; Hospital Distrital de Évora;<br />

Hospital Distrital de Faro; Hospital Distrital de Abrantes;<br />

Hospital Distrital de Caldas da Raínha; Hospital Distrital de Tornar;<br />

Hospital Distrital de Setúbol; Hospital Distrital de Beja;<br />

e ainda ·<br />

Casa de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa.<br />

Um SOFTWARE DE APLICAÇÃO PARA A SAÚDE, denominado PACKAGE DE GESTÃO<br />

INTEGRADA HOSPITALAR (P.G.l.H.), está disponível, compreendendo ·o tratamento automático<br />

nas seguintes áreas:<br />

l. Aprovisionamento<br />

2. Estatísticas<br />

3. <strong>Gestão</strong> Financeira<br />

4. <strong>Gestão</strong> de Internamentos<br />

5. <strong>Gestão</strong> do Imobilizado (património e conservação)<br />

6. Meios Complementares de Diagnóstico<br />

7. <strong>Gestão</strong> de Pessoal<br />

Buli<br />

•<br />

DISTRIBUIDOR<br />

Cebit<br />

!fota da<br />

Bedaccão<br />

'<br />

Neste número de 'GH são<br />

pubHcados quauo uabalhos<br />

apresentados ao V Congresso<br />

da A.E.A.H ..<br />

· Os critérios que presidiram à<br />

sua escolha foram ps seguintes:<br />

- Exemplaridade das experiências<br />

descritas.<br />

- Acuidade da temática para<br />

os Administradores da Saúde<br />

em Portugal . ·<br />

A tradução que, por motivos<br />

de calendarização editorial,<br />

teve de ser efectuada em tempo<br />

reduzido e que, por essa razão,<br />

poderá apresentar deficiências,<br />

respeitou, no possível, o original<br />

em língua francesa. Assim,<br />

mantiveram-se as designações<br />

utilizadas no vocabulário técnico<br />

ou na realidade portuguesa<br />

{apenas se operando a sua<br />

tradução 'literal), tendo-se man-<br />

1 tido, igualmente, as características<br />

coloquiais próprias de um<br />

texto destinado a ser apresentado<br />

oralmente.<br />

, E' objectiv.o · desta ·· comunicãção<br />

mostrar em que sentido o financiamento<br />

influi no planeamento ou<br />

programação do funcionamento<br />

dos hospitais portugueses.<br />

Para tanto convirá, em breves<br />

linhas, carcterizar o hospital português<br />

e pôr em evidência os aspectos<br />

positivos e negativos do seu<br />

financiamento.<br />

Depois, em conclusão, serão<br />

enunciados alguns aspectos sobre<br />

os quais se deverá actuar no futuro<br />

próximo, segundo a nossa opinião.<br />

Toda a exposição é afectada,<br />

como é forçoso, pelo facto de se<br />

destinar a ser apresentada, em dez<br />

minutos, perante os inscritos no<br />

V Congresso da Associação Europeia<br />

de Administradores Hospitala-<br />

. · res, provenientes de 16 países da<br />

Europa. .<br />

1 - O hospital português e o<br />

seu financiamento<br />

1 . Para caracterizar os hospitais<br />

portugueses até 1974, referindo<br />

apenas os tópicos essenciais, dir­<br />

-se-á que:<br />

- Havia um sector estadual,<br />

constituído por uma meia dúzia de<br />

hospitais gerais localizados em Lisboa,<br />

Porto e Coimbra e por outros<br />

tantos hospitais especializados<br />

(Psiquiatria e Tuberculose). Este<br />

sector dispunha de, aproximada-<br />

1 ment~ 1Q_OOO camas;<br />

* Administrador Geral -do Hospital<br />

. dt;! Santo António - Porto<br />

- -Havia um sector privadOde fim<br />

não lucrativo, abrangendo um<br />

maior número de hospitais, a maioria<br />

dos quais pertencentes às Misericórdias.<br />

Estas, dotadas pela lei<br />

de pesonalidade jurídica e de autonomia<br />

administrativa e de património,<br />

eram responsaveis da administração<br />

dos hospitais de dimensão<br />

média - 200 ou 300 camas - ou de .<br />

pequena dimensão - muitos deles<br />

com 20 ou 30 camas;<br />

- Havia também um sector privado<br />

de fim lucrativo sobre o qual a<br />

intervenção do Estado se limitava<br />

ao licenciamento dos estabeleci-<br />

1 mentos. Estes existiam sobretudo<br />

em Lisboa, Porto e Coimbra.<br />

O Estado aceitava apenas uma<br />

responsabilidade supletiva da dos<br />

indivíduos e das instituições de fim<br />

não lucrativo; por isso, o financiamento<br />

dos hospitais fazia-se através<br />

de:<br />

- - -<br />

· - reembolso da t otalidade ou,<br />

mais frequentemente; de uma<br />

parte das despesas pelo próprio<br />

doente ou agregado familiar, segundo<br />

o escalão do seu rendimento,<br />

ou então pelas companhias<br />

de seguros no caso de haver responsabilidade<br />

para elas transferida·<br />

·<br />

1<br />

1 '<br />

- pagamento, na base de acordos,<br />

pela Previdência para os tra- ,<br />

balhadores da indústria e do comércio<br />

e seus familiares dependentes<br />

e, na fase .final, também<br />

para os rurais;<br />

-:- afe~t~ção de rendimentos ou<br />

<strong>Gestão</strong> H~spttalar • Ano li • N. 0 8<br />

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