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Gestão Hospitalar N.º8 1984

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·.<br />

,,.<br />

Intervenção do Presidente da APAH<br />

Santos Cardoso<br />

na abertura solene do V Congresso da<br />

Associação Europeia de Administradores <strong>Hospitalar</strong>es<br />

«Na qualidade de actual<br />

Presidente da Direcção da<br />

Associação Portuguesa de<br />

Administradores <strong>Hospitalar</strong>es,<br />

começo por felicitar e<br />

agradecer ao Hospital de<br />

São João, na pessoa do<br />

colega Sá Ferreira, meu antecessor<br />

neste cargo, o ter<br />

assumido a pesada responsabilidade<br />

de organizar o 5.º<br />

Congresso da Associação<br />

Europeia de Administradores<br />

<strong>Hospitalar</strong>es, de que a<br />

nossa Associação tem a<br />

honra de ser membro activo.<br />

Regozijamo-nos e estamos<br />

muito gratos com as<br />

presenças dos Representantes<br />

de Suas Excelências<br />

o Presidente da República e<br />

Ministro da Saúde pela deferência<br />

que assim quizeram<br />

ter para com os nossos colegas<br />

europeus, mas também<br />

pelo significado indiscutível<br />

da atenção dispensada aos<br />

administradores hospitalares<br />

portugueses, os quais<br />

neste momento não podem<br />

deixar de se sentir, no seu<br />

âmbito profissional, anfitriões<br />

da Europa, onde, com<br />

toda a naturalidade, se<br />

querem manter formal·<br />

mente integrados.<br />

Podem os colegas que<br />

nos visitam estar certos de<br />

que a administração hospitalar<br />

portuguesa tem profundas<br />

raízes europeias: os<br />

portugueses sempre cultivaram<br />

terras da Europa, não<br />

podem por isso deixar de<br />

usufruir da sua cultura e do<br />

seu espírito. Embora acrescente,<br />

utilizando o humor de<br />

Anatole France, que a lei<br />

proibe, com igual solenidade,<br />

aos ricos e aos pobres<br />

dormir debaixo das<br />

pontes.<br />

Julgo haver consenso de<br />

que os hospitais são sistemas<br />

abertos, ou seja, são<br />

interdependentes da comunidade<br />

onde estão inseridos.<br />

<strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> • Ano li • N.º 8<br />

No jogo dessa interdependência<br />

cada hospital constitui<br />

um conjunto de recursos<br />

humanos, materiais e organizacionais,<br />

com a finalidade<br />

essencial de prestar cuidados<br />

a doentes. Administrar<br />

um hospital, no sentido amplo,<br />

consiste em utilizar metodologia<br />

científica capaz de<br />

adequar a actividade desses<br />

recursos ao prosseguimento<br />

dos objectivos que a própria<br />

comunidade lhe exige.<br />

Penso continuarmos de<br />

acordo referindo que a administração<br />

hospitalar pretende<br />

afirmar-se como disciplina<br />

positiva, e como tal<br />

deve primeiramente descrever<br />

e explicar o hospital concreto<br />

que se pretende administrar,<br />

concluir da adequação<br />

ou inadequação dos recursos<br />

aos objectivos a atin-<br />

. gir saber como as coisas se<br />

passam de facto e das razões<br />

pelas quais acontecem,<br />

e procurar intervir depois<br />

no sentido de optimizar<br />

a relação dos recursos<br />

disponíveis com os objectivos<br />

fixados prioritariamente.<br />

Mas o desenvolvimento<br />

de qualquer nova disciplina<br />

científica aplicada é, antes<br />

de mais, um processo social:<br />

para progredir é necessário<br />

que as condições sócio­<br />

-económicas criem a consciência<br />

aa sua necessidade,<br />

que encontre depois recursos<br />

no meio intelectual, e<br />

que-consiga superar os obstáculos<br />

constituídos por outras<br />

disciplinas próximas já<br />

existentes, pelo amadorismo<br />

e pelo improviso,<br />

dos quais se torna concorrente.<br />

Para haver administração<br />

hospitalar têm portanto que<br />

existir administradores hospitalares,<br />

com habilitação<br />

científica adequada, dispondo<br />

de um estatuto com<br />

normas de ingresso e de<br />

acesso baseadas em critérios<br />

de mérito, e aos quais<br />

seja exigida plena responsabilidade<br />

profissional.<br />

Se na quase totalidade<br />

dos países representados<br />

neste Congresso há muitos<br />

anos os hospitais foram considerados<br />

entidades extraordinariamente<br />

complexas, os<br />

quais correm enormes perigos<br />

económicos e humanos<br />

se forem administrados por<br />

amadores, em Portugal só<br />

no final da década de sessenta<br />

as instituições hospitalares<br />

começaram a ser assim<br />

consideradas.<br />

Como disse Anatole<br />

France, a lei proibe com<br />

igual solenidade aos ricos e<br />

aos pobres dormir debaixo<br />

das pontes, mas, diremos<br />

nós, os pobres continuam<br />

ali a dormir enquanto não<br />

conquistam outra alternativa.<br />

Só a partir de 1968, com a<br />

publicação do Estatudo <strong>Hospitalar</strong><br />

e do Regulamento<br />

Geral dos Hospitais tem verdadeiramente<br />

início no nosso<br />

País a carreira de Administradores<br />

<strong>Hospitalar</strong>es.<br />

Em 1970 regressam a<br />

Portugal seis jovens diplomadas<br />

pela Escola Nacional<br />

de Saúde Pública francesa,<br />

de Rennes, que foram então<br />

designados por «meninos de<br />

Rennes» (o tempo passa e o<br />

nosso colega Sá Ferreira foi<br />

um deles, mas hoje já não é<br />

«menino»).<br />

em 1972 surgem os primeiros<br />

quinze diplomados<br />

pela Escola Nacional de<br />

Saúde Pública portuguesa<br />

de Usboa.<br />

Em 1980 é publicado o<br />

Estatuto da Carreira de Administração<br />

<strong>Hospitalar</strong> ainda<br />

em vigor.<br />

Em 1982 criamos a Associação<br />

Portuguesa de Administradores<br />

<strong>Hospitalar</strong>es, admitida<br />

na Associação Europeia<br />

como membro activo na<br />

Assembleia Geral de Klagenfurt,<br />

de 16 de Setembro<br />

do mesmo ano .<br />

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