Gestão Hospitalar N.º8 1984
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<strong>Gestão</strong><br />
por objectivos<br />
SERVIÇO<br />
DE INTERNAMENTO<br />
tarem da DPO, se adaptam à realidade<br />
do momento.<br />
G - IMPORTÂNCIA DE UM PERÍ<br />
ODO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
NAS ÁREAS DE PRESTAÇÃO DE<br />
CUIDADOS<br />
EM GESTÃO POR OBJECTIVO,<br />
COMO PRÁTICA NECESSÁRIA<br />
PARA OS ADMINISTRADORES<br />
HOSPITALARES<br />
Ao longo de todo este texto<br />
fizemos referência à grande complexidade<br />
da organização hospitalar<br />
e, por consequência, parece<br />
indiscutível que para se atingir uma<br />
32<br />
eficaz gestão do hospital se deve<br />
possuir um conhecimento tão aprofundado<br />
quanto possível do funcionamento<br />
interno desta organização.<br />
Deve saber-se como se completam<br />
e se juntam os seus inúmeros<br />
componentes de modo a<br />
fazer funcionar o conjunto como<br />
um todo harmonioso.<br />
Por isso, parece-nos importante<br />
assinalar a ajuda inestimável que<br />
pode representar, na formação de<br />
um administrador hospitalar, e para<br />
além da formação teórica, a prática<br />
de 2 a 3 anos num serviço médico<br />
e sua administração.<br />
Frequentemente a tomada de<br />
decisões ao mais alto nível da<br />
organização hospitalar é uma resposta<br />
permanente à urgência, em<br />
cada momento, esquecendo ou,<br />
pior ainda, desconhecendo, a maioria<br />
das vezes, as repercussões de<br />
tais decisões no contexto geral da<br />
organização.<br />
No momento que vivemos, com<br />
o objectivo de se ultrapassar os<br />
problemas, de se ser ágil para<br />
encontrar a sua solução e para que<br />
esta não implique a criação de<br />
novos problemas ou a interferência<br />
nos circuitos adequados, a experiência<br />
que propomos deverá ser<br />
encarada como obrigatória. O<br />
lfvl Metalúrgica da Longra, Lda.<br />
Fabricante de .mobiliário<br />
metálico para equipamento de<br />
HOSPITAIS<br />
CLÍNICAS<br />
CENTROS DE SAÚDE<br />
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DIRECÇÃO-GERAL DAS CONSTRUÇÕES<br />
HOSPITALARES<br />
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<strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> • Ano li • N.º 8<br />
·.<br />
DE<br />
DIAS<br />
UMA UTILIZAÇÃO MAIS EFICIENTE<br />
DOS DEPARTAMENTOS MÉDICOS<br />
POR DAVID AASLAND *<br />
O presente texto descreve o projecto de um hospital norueguês da<br />
cidade de Lillehammer, situada a 180 km ao norte de Oslo.<br />
O Hospital tem uma lotação de 400 camas e cobre uma população<br />
de 90 a 100 mil habitantes (180 mil para algumas especialidades).<br />
O projecto decorreu no departamento de medicina interna, sendo o<br />
Instituto Norueguês de Pesquisa <strong>Hospitalar</strong> o seu responsável.<br />
A penúria de· recursos suscitou um interesse crescente pelos<br />
métodos de economizar recursos financeiros no sector da saúde.<br />
A produtividade dos serviços de saúde pode ser assegurada por<br />
diferentes meios, pondo em jogo as iniciativas que visem a racionalização<br />
das organizações.<br />
Podem reduzir-se os gastos com a saúde a três diferentes níveis:<br />
- Controlando os consumos.<br />
- Controlando os processos de produção.<br />
- Controlando a produtividade.<br />
O presente exemplo diz respeito ao controle do processo produtivo.<br />
A organização do processo de produção visa assegurar o mesmo<br />
nível de produção utilizando idêntico nível de recursos. Tal pode_<br />
atingir-se, por exemplo, assegurando uma melhor coordenaç~o das<br />
actividades dentro da organização ou simplificando as actividades<br />
de rotina.<br />
O SERVIÇO<br />
DE INTERNAMENTO<br />
DE 12 DIAS<br />
Num esforço para atingir uma<br />
utilização mais eficiente dos serviços<br />
assistenciais, muitas experiências<br />
tentaram reduzir a necessidade<br />
de mão-de-obra. Um dos<br />
principais esforços consistiu em<br />
reduzir o número de doentes<br />
durante os fins-de-semana. Para<br />
atingir tal resultado, um dos métodos<br />
mais correntes foi a criação<br />
"'Administrador hospitalar<br />
- Noruega<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> • Ano li • N.º 8<br />
dos serviços de internamento de 5<br />
dias.<br />
Nos países da Europa Ocidental<br />
existem numerosos exemplos de<br />
serviços de internamento de 5 dias.<br />
Tanto a demora média como os<br />
recursos humanos foram consideravelmente<br />
reduzidos. No entanto<br />
verificaram-se algumas qificuldades<br />
quando foi necessário es-<br />
. tabelecer uma base permanente<br />
para os serviços de 5 dias.<br />
Os principais problemas ligavam-se<br />
à planificação das admissões<br />
e do tratamento dos doentes no<br />
hospital e ao facto de ser necessário<br />
atingir e manter um nível de<br />
utilização da capacidade dos serviços<br />
aceitável.<br />
Os serviços cirúrgicos depararam,<br />
igualmente, com problemas<br />
na planificação da utilização dos<br />
blocos operatórios.<br />
Tendo em conta as dificuldades<br />
de planificação e organização dos<br />
serviços de internamento de 5 dias<br />
teve lugar uma experiência de in-.<br />
ternamento de 12 dias no hospital<br />
de Lillehammer.<br />
O INTERNAMENTO DE 12 DIAS<br />
BASEIA-SE NA IDEIA DE QUE O<br />
SERVIÇO ENCERRA UM FIM-DE<br />
-SEMANA EM CADA DOIS, EN<br />
VIANDO OS DOENTES PARA O<br />
SEU DOMICÍLIO OU TRANS<br />
FERINDO-OS PARA OUTROS<br />
SERVIÇOS.<br />
A análise das estadias dos<br />
doentes nos serviços de medicina<br />
do hospital em questão demonstrou<br />
que a demora média<br />
era de 12 dias. Pareceu, assim,<br />
que um serviço de internamento<br />
de 12 dias seria mais fácil de<br />
planificar do que um de 5 dias.<br />
Além disso, segundo a legislação<br />
e os acordos laborais, o<br />
pessoal tem direito a gozar um<br />
fim-de-semana de folga em cada<br />
dois. Um serviço de internamento<br />
de 12 dias permitiria preencher<br />
tal exigência, diminuindo,<br />
igualmente, a complexidade<br />
da elaboração de escalas e<br />
evitando o recurso a pessoal<br />
temporário.<br />
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