Gestão Hospitalar N.º8 1984
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
::::::::••••·················:••••::::.::;::: ::•:•:·•···:::•··· ·········::::::::•::::::::·······:·••·•:•·•••:•:•:•::::::::::.:::::::•:········:···:·:·:·:•:::::::::::::::::•:•::::::.::::::::: ::::::::::::::::::•:•:••:::••••::::•:::••:·:··:·:::·······••::::::::::.:: ::.::::: ::-::•:::••:•••:: ::::::::::::•:::::·::::::: .. :•:•:::::::::::::::•:::::::: ::•:.:::•:•::::::::: :::::::: ::·::•::.::.::-::::::::::::::::: ::•::::::::<br />
PRODUÇÃO<br />
,<br />
ESTRATEGIA DE PLANEAMENTO<br />
DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE<br />
EM MERSEY (1985-1994)<br />
SERVIÇOS<br />
Por D. G. Nichol *<br />
A chave de cada sector chave<br />
A Burroughs compreende os objectivos da sua empresa,<br />
fornecendo-lhe o equipamento exacto e os sistemas informáticos<br />
_gue beneficiam os seus resultados finais.<br />
Com a Burroughs, a informatização da sua empresa, por maior<br />
que ela seja, nunca o ultrapassa: pelo contrário, dá-lhe a certeza de<br />
ficar sempre por dentro de cada solução.<br />
Porque a Burroughs, leader de informática há 100 anos, tem<br />
uma personalidade eficiente e versátil. Sendo o 2. 0 construtor<br />
mundial de sistemas de grande porte que servem factores<br />
fundamentais da economia e da indústria, a Burroughs sabe<br />
dialogar consigo. E dar-lhe uma assistência completa em hardware,<br />
software e formação.<br />
A Burroughs dá-lhe a chave de cada sector chave.<br />
© BURROUGHS<br />
Burroughs<br />
1 ~UMA NOVA FILOSOFIA DE<br />
BASE PARA O PLANEA<br />
MENTO<br />
1 .1 - O sistema de planeamento<br />
do S.N.S. evoluiu de forma típica<br />
desde os fins dos anos 70 e apresenta,<br />
actualmente, as seguintes<br />
caracteríticas.<br />
1 .1 .1 - Baseia-se na previsão e<br />
análise; tenta prever uma imagem<br />
de um futuro longínquo, simultaneamente<br />
em termos de modelo de<br />
prestação de cuidados e de valores<br />
políticos subentendidos por esses<br />
modelos, e analisar a melhor forma<br />
de realizar tal futuro.<br />
1.1.2 - Tem um efeito centralizador.<br />
O planeamento é uma actividade<br />
abstracta levada a cabo por<br />
especialistas e na qual as direcções<br />
locais, a perspicácia e a informação<br />
constituem a matéria-prima<br />
da qual resulta um plano central.<br />
1.1 .2 - Um tal planeamento<br />
constitui, antes de mais, um método<br />
de controlar o futuro, isto é, de<br />
controlar as decisões das direcções<br />
locais e as escolhas dos<br />
objectivos prosseguidos.<br />
1 .2 - Criticante este tipo de planeamento,<br />
poder-se-á afirmar que<br />
a tentativa de modelar o futuro<br />
desta forma resulta impossível, já<br />
que a nossa capacidade de previsão<br />
é fraca e que aspectos muitos<br />
significativos do futuro escapam ao<br />
lt Director Regional - Autoridade<br />
Regional de Mersey - Reino Unido<br />
nosso controlo. Além disso, o modelo<br />
tradicional não considera os<br />
conflitos de valor existentes entre<br />
os agentes dos serviços destinários<br />
do planeamento.<br />
Deveria, antes, insistir-se sobre<br />
os pontos seguintes:<br />
1 .2. 1 - O planeamento deverá<br />
versar os pontos estratégicos do<br />
S.N.S.:<br />
- Decisões obrigatórias para as<br />
opções relevantes para o futuro<br />
previsível - mais investimento de<br />
capital, por exemplo.<br />
- Decisões de grande impacto<br />
ou que . não possam ser tomadas<br />
isoladamente, isto é, que envolvam<br />
outras organizações - por exemplo,<br />
o planeamento conjunto com a<br />
Segurança Social.<br />
- Decisões que representam<br />
compromissos a longo prazo, em<br />
relação a um fim ou objectivo prioritário<br />
- v. g. introdução de um<br />
programa orçamental para protecção<br />
à doença mental.<br />
Neste sentido, por exemplo, as<br />
decisões sobre o número preciso<br />
de traumatismos e de camas ortopédicas<br />
que cada distrito sanitário<br />
deverá possuir em 1994/ 95 não<br />
são estratégicas, pois cada decisão<br />
actual será falseada pela alteração<br />
dos recursos disponíveis,<br />
pelo desenvolvimento de novas formas<br />
de tratamento ou por mudança<br />
das expectativas das populações e<br />
utentes.<br />
Todavia, o desenvolvimento de<br />
um qualquer serviço poderá ser<br />
submetido a referências estratégicas<br />
de forma a que a proporção de<br />
despesas dos serviços de ponta<br />
não se eleve; o crescimento deve<br />
fundar-se em ganhos de eficiência<br />
no tnterior do serviço; ou, quando<br />
as ccperformances» são reduzidas,<br />
deverão atingir-se os melhores níveis<br />
correntemente verificados<br />
noutros serviços similares.<br />
1 .2.2 - O planeamento não deverá<br />
procurar reduzir a incerteza do<br />
futuro, mas sim dirigir essa incerteza<br />
que, aliás, sempre existirá. Em<br />
termos práticos, tal significa dar<br />
aos dirigentes de todos os níveis o<br />
sentido de que o plano não os<br />
desliga da responsabilidade de responder.<br />
às alterações do meio<br />
quando elas se produzem. Isto<br />
implica que os planos deverão dirigir-se<br />
cede baixo para cima» e<br />
esforçarem-se por deixar opções<br />
em aberto.<br />
1.2.3 - O planeamento - simultaneamente<br />
processo e produto -<br />
deve ser avaliado. O planeamento<br />
é um processo de evolução e<br />
aprendizagem constantes.<br />
2 - CONTRIBUIÇÃO DA A.S.R.<br />
DE MERSEY PARA UMA ES<br />
TRATÉGIA DE PLANEA<br />
MENTO<br />
2.1 - A A.S.R. pretende desligar<br />
-se de um conceito de estratégia do<br />
planeamento baseada em normas<br />
nacionais e regionais, encarando<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> • Ano li • N.º a<br />
19