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ANAIS_3º Encontro Minas Rio

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específico. Foi internado para laparoscopia diagnóstica com<br />

avaliação de líquido ascítico com ADA elevado e biópsia peritoneal<br />

com granulomas com necrose. Evoluiu com queda progressiva do<br />

estado geral, febre diária e sudorese noturna importante. Diante da<br />

hipótese de tuberculose peritoneal, interrompeu-se BCG-terapia e<br />

iniciou-se tratamento com RIPE. Apresentou boa tolerância ao<br />

esquema, com melhora progressiva de todos os sintomas, ganho<br />

ponderal de 7 kg e resolução da ascite. Manteve acompanhamento<br />

clínico por mais 3 anos sem sinais de recidiva.<br />

Conclusão: O diagnóstico diferencial da ascite é um desafio quando<br />

não há sinais claros de hepatopatia. Nesse caso, após suspeita<br />

inicial de carcinomatose, chegou-se ao diagnóstico de tuberculose.<br />

Acreditamos que a origem da tuberculose ocorreu a partir de<br />

disseminação hematogênica pela BCG-terapia, não podendo ser<br />

confirmada por limitações de recursos. Percebemos pela literatura<br />

que, apesar de rara, essa condição é habitualmente relacionada à<br />

imunodeficiência, condição não evidenciada em nosso paciente,<br />

fato que tornou seu diagnóstico mais desafiador.<br />

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