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ANAIS_3º Encontro Minas Rio

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dessa técnica.<br />

Métodos: Busca de artigos nas bases indexadoras: MedLine, utilizando os<br />

descritores: “fulminant hepatites” e “auxiliary partial orthotopic liver<br />

transplantation” e suas respectivas variações encontradas no MeSH, e<br />

SciELO, utilizando a frase “hepatite fulminante transplante parcial<br />

ortotópico de fígado auxiliar” no formulário livre. Na primeira, foram<br />

encontrados 57 artigos, sendo 7 deles usados na confecção deste trabalho.<br />

Já na segunda, obtiveram-se 8 artigos, dos quais foram selecionados<br />

apenas 2 por se adequarem melhor ao objetivo do estudo.<br />

Resultados: A partir dos artigos selecionados e estudados, observa-se que a<br />

técnica de APOLT apresenta consideráveis vantagens e desvantagens. A<br />

principal vantagem é a retirada gradual da terapia imunossupressora,<br />

atenuando seus efeitos adversos, tais como: insuficiência renal,<br />

osteopenia, dislipidemias, neurotoxidade, hipertensão, toxicidade<br />

gastrointestinal, diabetes, infecções oportunistas e desenvolvimento de<br />

neoplasias. Essa condição é ocorrente principalmente quando o paciente é<br />

jovem, pois as crianças possuem um potencial de regeneração do fígado<br />

maior do que idosos. Segundo um estudo do Kings College Hospital, de 20<br />

crianças submetidas ao APOLT obtiveram uma sobrevida de 85%, sendo que<br />

65% estavam livres de imunossupressão 23 meses após o transplante. A<br />

retirada da imunossupressão deve ser gradual, de modo que o enxerto<br />

sofra lenta rejeição e, finalmente, se torne pequeno e fibrótico, enquanto<br />

o fígado nativo continua a se regenerar para compensar a perda no volume<br />

do enxerto. Além disso, na técnica de APOLT, há uma maior facilidade para<br />

se encontrar enxertos tanto para receptores adultos quanto pediátricos,<br />

visto que a cirurgia pode ser realizada intervivos, oferecendo uma opção<br />

ao problema da escassez de enxertos. Em particular, a técnica de APOLT se<br />

apresenta vantajosa também na hemofilia A, na qual há deficiência na<br />

produção hepática do fator VIII de coagulação, sem outras alterações<br />

hepáticas. Uma vez que a hemofilia não é uma doença letal, há, dessa<br />

forma, grande dificuldade de se obter enxertos de transplantador<br />

cadavérico para esses pacientes. Estudos utilizando APOLT demonstraram<br />

aumento de 30% no fator VIII de coagulação após o transplante, que se<br />

manteve mesmo após 6 semanas. Por outro lado, essa técnica, assim como<br />

todo procedimento cirúrgico, também apresenta desvantagens, dentre as<br />

quais podemos citar o maior risco de complicações. Embora tenham taxas<br />

de sobrevida semelhantes, o APOLT apresenta maior risco de complicações<br />

vasculares e bacterianas, quando comparado ao transplante de fígado<br />

tradicional. Além disso, as taxas de sequelas neurológicas, disfunção<br />

primária do enxerto e necessidade de retransplante também se mostraram<br />

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