EMPREENDA REVISTA - Ed. 30 - DANIEL MARTINS - Nov/19
Revista de negócios focada no publico empreendedor.
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20<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
GENTE FELIZ DÁ LUCRO! Parte II<br />
No mês passado vimos como colaboradores felizes são<br />
mais produtivos e consequentemente geram mais lucro.<br />
Se você não leu esse artigo recomendo fortemente que<br />
procure sua edição da Empreenda do mês passado e o<br />
leia. Hoje vamos olhar para a “felicidade” sob a ótica<br />
do cliente. Como o sentimento de felicidade incentiva as<br />
pessoas a gastarem mais.<br />
Talvez venha a sua mente o caso de pessoas que gastam<br />
dinheiro para ficarem felizes ou pessoas impulsivas<br />
que precisam estourar o limite do cartão de crédito para<br />
se sentirem completas. No entanto estamos falando do<br />
inverso: felicidade que gera a necessidade de compra e<br />
não o contrário. Como a Disney, sempre ela, faz o uso<br />
da felicidade para incentivar seus convidados a comprar<br />
mais?<br />
A resposta está na experiência. A Disney cria uma experiência<br />
completa para que o convidado se sinta imerso<br />
em um mundo completamente diferente, feliz e mágico.<br />
Essa experiência libera um dos hormônios essenciais<br />
para a sensação de felicidade, a dopamina. A dopamina<br />
está atrelada a área do cérebro<br />
responsável por prazer e recompensa.<br />
Portanto quanto mais dopamina o<br />
cérebro recebe mais ele quer. Quanto<br />
mais “feliz” o cliente, mais feliz ele<br />
quer ficar e mais imerso na experiência<br />
ele quer estar. Neste<br />
momento aparece a<br />
lojinha, justamente<br />
no final das atrações,<br />
perto dos momentos<br />
mais mágicos.<br />
Pura neurociência!<br />
Indo um pouco<br />
mais além podemos<br />
averiguar o<br />
que acontece depois<br />
da experiência. Geralmente<br />
o cliente fica encantado<br />
e se torna fiel a marca que a<br />
proporcionou. É como um vício.<br />
O cérebro sempre irá lembrar<br />
do momento em que recebeu a<br />
enxurrada de dopamina, e buscará novamente por momentos<br />
semelhantes. O melhor lugar para buscar um<br />
momento semelhante é, obviamente, no mesmo lugar<br />
que a experiência aconteceu pela primeira vez. Isso se<br />
prova por uma pesquisa do Instituto Millward Brown, de<br />
2010, que atestou que em média 4% dos clientes, aqueles<br />
fidelizados, são responsáveis por 36% do faturamento<br />
de uma empresa.<br />
Quanto paramos para analisar as operações dos parques<br />
administrados pela Disney ao redor do mundo<br />
percebemos que não é atoa cada detalhe, cada experiência<br />
desenhada com extrema minúcia e a extensa<br />
preocupação em cuidar do convidado. Temos a sensação<br />
que sempre há um membro do elenco (funcionário<br />
da Disney) disposto a fazer de tudo para tornar o<br />
convidado feliz. Na prática existe uma busca incansável<br />
por cada gota de dopamina que o organismo do cliente<br />
pode produzir. A cadeia de ações fica clara: Experiência<br />
gera felicidade, que gera fidelização, que gera lucro.<br />
Quando juntamos esses dois pontos da felicidade, a<br />
do colaborador e a do cliente chegamos a uma equação<br />
quase completa, pois sempre a mais a aprender, do<br />
que devemos aplicar no dia a dia de nossos negócios.<br />
Primeiro zelar pela felicidade de nossos colaboradores,<br />
que se tornarão cada vez mais produtivos e empenhados<br />
em realizar com excelência seu trabalho. Em segundo<br />
lugar desenhar com muito cuidado a experiência do<br />
nosso cliente, que será atendido por esse funcionário<br />
feliz, para que ele se torne um cliente fiel e passe a gastar<br />
mais com seus produtos e serviços.<br />
Cada dia que passa me surpreendo mais em<br />
como um camundongo que nos ensinou tanto<br />
na nossa infância, continua a nos ensinar em<br />
nossa jornada empreendedora.<br />
BRUNO GONÇALVES<br />
Especialista em metodologia<br />
Disney @uau.business