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EMPREENDA REVISTA - Ed. 30 - DANIEL MARTINS - Nov/19

Revista de negócios focada no publico empreendedor.

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24<br />

VENDAS<br />

SCALE-UPS: COMO TORNAR-SE UMA.<br />

É comum o questionamento de pessoas ligadas a empresas<br />

convencionais, sobre como podem escalar seus<br />

negócios ou até mesmo, se podem ser classificadas enquanto<br />

startup, caso realizem alguma mudança.<br />

Uma Startup se trata de um grupo de pessoas que se<br />

juntam para resolver uma dor, criando um negócio que<br />

pode lucrar com tal ideia, sendo repetíveis e escaláveis<br />

com base tecnológicas, tendo uma grande taxa de mortalidade<br />

por operar em constante risco, durando em<br />

média 5 anos.<br />

Por operar em risco constante, uma Startup pode alcançar<br />

níveis exponenciais altíssimos em um curto espaço<br />

de tempo e cair em desuso na mesma velocidade, em<br />

alguns casos até sendo extinta do mercado.<br />

Por sua vez, uma scale-up pode alcançar altos níveis<br />

mas levará mais tempo para que isso ocorra em relação<br />

a uma startup, sendo que aproximadamente 90%<br />

dessas empresas atuam no mercado a mais de 5 anos,<br />

tendo em média 14 anos de trabalho contínuo devido ao<br />

modelo de negócios que a mesma possui, com base em<br />

conhecimento e experiência, podendo ou não possuir<br />

bases tecnológicas.<br />

O conceito de “SCALE-UP” surgiu após revisões na literatura<br />

acadêmica na área, sendo um termo recente, que<br />

se remete a empresas que mantem o crescimento em<br />

seu faturamento de no mínimo 20 % ao ano, mantendo<br />

tal crescimento por um longo período e sendo escalável.<br />

Engana-se quem acredita que tal conceito é uma determinante<br />

na história de uma empresa, pois tal nível é<br />

apenas uma fase do processo de crescimento dela, que<br />

faz com que ela adentre um ambiente de mudanças e se<br />

depare constantemente com a inovação.<br />

Um importante detalhe em tal tipo de empresa, que<br />

muito se assemelha a uma Startup é a política de retribuição<br />

que faz com que os líderes retribuam o que recebem<br />

da empresa em relação a conhecimento, dando<br />

mentorias por exemplo, contribuindo de certo modo<br />

para o crescimento exponencial dela.<br />

Como em todo tipo de empresa, existem vantagens e<br />

desvantagens, o fato da mesma ser dinâmica por exemplo<br />

é um ponto que faz com que ela se mantenha de<br />

maneira firme no mercado atual envolto a incertezas<br />

e mudanças contínuas, tendo como pontos positivos<br />

maior produtividade, desenvolvendo a região economicamente,<br />

superando crises, crescendo de maneira continua<br />

e por ter base em conteúdo e experiência, produzindo<br />

conhecimento constante.<br />

Tendo como pontos delicados os prejuízos por ter investimentos<br />

de alto volume, tendo que reposicionar e<br />

cuidar da imagem de maneira constante e tendo risco<br />

de falência, o que pode acontecer com qualquer outra<br />

empresa, por isso a necessidade de ser gerida com conhecimento<br />

e bases sólidas.<br />

Outra dúvida constante é se uma empresa tradicional<br />

pode se tornar uma scale-up e sim, uma empresa considerada<br />

normal pode se tornar uma scale-up buscando<br />

por conteúdo que é tido como base no desenvolvimento<br />

de tal conceito, onde a validação deve ser constante<br />

e as estratégias devem ser pensadas de acordo com o<br />

mercado.<br />

O modelo, reforça a necessidade da constante busca<br />

pelo conhecimento quando almejamos o crescimento<br />

de nossos negócios, buscando uma vertente com base<br />

em estudos e dados, fazendo com que a margem de erros<br />

sequenciais diminua e aconteçam crescimentos exponenciais<br />

no faturamento da empresa.<br />

Em relação a capital humano, a scale-up considera tanto<br />

quanto as startups a necessidade de valorizar tal capital,<br />

uma vez que deve ser considerado o mais relevante em<br />

todas as empresas, sendo a mola propulsora do crescimento<br />

dela.<br />

Atualmente no Brasil, existem mais de 20 mil scale-ups<br />

e de acordo com o site da Endeavor: são 0,5% do total<br />

de empresas do país responsáveis por quase 70% dos<br />

novos empregos gerados, contratando em média 31,3<br />

funcionários por ano, sendo a média das empresas normais<br />

de 0,34%.<br />

Vale destacar que tal grupo, não é composto apenas por<br />

grandes empresas e sim, pequenas e médias empresas,<br />

em torno de 92% delas, considerando as particularidades<br />

que devem ser consideras para que se encaixe em<br />

tal perfil.<br />

Algumas ficam em cidades não tão grandes, com menos<br />

de 500 mil habitantes, contribuindo para o crescimento<br />

econômico da região em que inicia suas operações.<br />

As scale-ups carregam consigo a receita do sucesso: capital<br />

humano e conteúdo, detalhes atrelados a experiência,<br />

tida como “FERMENTO” para que tais empresas<br />

cresçam e se consolidem no mercado atual.<br />

FERNANDO SEABRA,<br />

especialista em negócios, inovação<br />

e startups; é Líder do GRI - Grupo de<br />

Relacionamento com Investidores<br />

do DEMPI e Acelera FIESP. Mentor no<br />

Programa Reality Show de Startups<br />

da TV brasileira.

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