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Revista Dr Plinio 263

Fevereiro de 2020

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Luzes da Civilização Cristã<br />

Gabriel K.<br />

Unum de Veneza<br />

e do mar<br />

Entre os belíssimos monumentos de Veneza, cidade cuja conjunção<br />

com o mar atrai turistas do mundo inteiro, destaca-se a Catedral de<br />

São Marcos, poema construído em torno da Santa Missa, onde a Pala<br />

d’Oro, com sua feeria de esmaltes e cores, concorre não apenas para<br />

a cultura artística, mas principalmente para a formação religiosa do<br />

povo de Deus, o que faz dessa obra de arte um verdadeiro tesouro.<br />

Arquivo <strong>Revista</strong><br />

Estando em Veneza, em minha última viagem à Europa<br />

1 , tive a oportunidade de transpor de lancha<br />

um braço de mar, saindo de Veneza em direção a<br />

duas ilhas que ficam em frente: São Jorge e Giudecca.<br />

Conclave que elegeu Pio VII<br />

À medida que nos distanciamos de Veneza, vamos tendo<br />

uma mudança de panorama que mereceria ser comentada,<br />

e que é a seguinte: quando a lancha está a uma distância<br />

ainda pequena da cidade, não se goza tanto da proximidade<br />

do mar porque a atenção fica inteiramente absorvida<br />

pelos monumentos. Ademais, o ser humano não<br />

consegue fixar bem a atenção na conjunção monumento-mar,<br />

porque o mar é muito largo, o monumento muito<br />

bonito, e ora um ora outro biparte a atenção do homem.<br />

Com a distância, pelo contrário, vai-se formando um<br />

unum de Veneza e do mar, pelo qual, num primeiro momento,<br />

trata-se de considerar como a cidade é bonita vista<br />

a partir do mar. Bem mais longe, a cidade vai ficando<br />

ao fundo do panorama e o mar atrai mais a atenção. Por<br />

fim, Veneza torna-se apenas uma moldura distante para o<br />

mar, cuja beleza é ressaltada ao ser emoldurado por ela.<br />

A Ilha de São Jorge é toda tomada pela basílica e o mosteiro<br />

do mesmo nome. É, portanto, uma ilha-mosteiro. Em<br />

fins do século XVIII, quando o Papado parecia destroçado,<br />

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