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Maria Santíssima nos ama<br />
porque somos seus filhos<br />
A<br />
correspondência às graças re-<br />
cebidas de Nossa Senhora é um<br />
elemento a mais para Ela nos<br />
amar. Mas isso não significa que, se não<br />
correspondermos, Ela não nos ame. Mes-<br />
mo quando não correspondemos, Maria<br />
Santíssima nos ama com uma ternura<br />
que temos dificuldade em imaginar.<br />
A maior prova de que o amor materno<br />
não depende da reciprocidade é o amor<br />
de uma mãe por sua criancinha que ain-<br />
da não fala. Qual é a correspondência<br />
que aquele bebê está dando? Nenhuma.<br />
Entretanto, basta alguém mexer nele pa-<br />
ra que a mãe logo se mova a defendê-lo,<br />
porque ela quer aquela criança de um<br />
amor natural gratuito.<br />
A Santíssima Virgem é nossa Mãe com<br />
mais realidade do que nossas mães terre-<br />
nas, por melhores que sejam ou tenham<br />
sido. Assim, ainda que não mereçamos<br />
o seu amor, Ela nos ama porque somos<br />
seus filhos.<br />
Portanto, o fato de não corresponder-<br />
mos à graça não quer dizer que Nossa<br />
Senhora não esteja transbordando do desejo<br />
de nos dar favores e benefícios de toda<br />
ordem. E porque Ela transborda desse<br />
desejo devemos rezar a Ela com con-<br />
fiança.<br />
(Extraído de conferência de<br />
27/11/1989)<br />
A Virgem e o Menino<br />
Catedral de Burgos, Espanha<br />
Flávio Lourenço