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Jornal das Oficinas 174

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jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>174</strong><br />

C<br />

MAIO 2020Y<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XV | 3 EUROS CM<br />

M<br />

Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />

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MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

EM FOCO<br />

BATERIAS<br />

AUTOMÓVEL<br />

+ de 20 marcas<br />

em análise<br />

DAY AFTERPÁG. 6<br />

COVID-19<br />

atualidade<br />

PÁG. 22<br />

Nunca higienização e desinfeção<br />

estiveram tão na ordem do dia.<br />

Saiba o que mudou nas oficinas<br />

gamobar peças<br />

PÁG. 36<br />

Player de referência no mercado,<br />

foi a primeira placa de distribuição<br />

da PSA a exibir a imagem Distrigo<br />

entrevista<br />

PÁG. 54<br />

Miguel Franco, da Stratio Automotive,<br />

aborda as principais inovações na<br />

área da manutenção de frotas<br />

técnica & serviço<br />

PÁG. 62<br />

A tecnologia adesiva ganha, a<br />

cada dia, mais força no ramo<br />

automóvel. Conheça os motivos<br />

equipamento oficinal<br />

pcc-lda.pt<br />

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C<br />

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CMY<br />

K


Editorial<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

EDITOR EXECUTIVO<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

REDAÇÃO<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

DIRETOR COMERCIAL<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

GESTOR DE CLIENTES<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

WEBMASTER<br />

António Valente<br />

IMAGEM E MULTIMÉDIA<br />

Catarina Gomes<br />

ARTE<br />

Hélio Falcão<br />

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS<br />

E CONTABILIDADE<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

PERIODICIDADE<br />

Mensal<br />

ASSINATURAS<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

SEDE DA REDAÇÃO<br />

Bela Vista Office, Sala 2.29, Estrada de Paço de Arcos,<br />

66 - 66A, 2735 - 336 Cacém<br />

Tel. +351 219 288 052<br />

GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta publicação,<br />

no seu todo ou em parte, sem a autorização<br />

prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Estrada Consiglieri Pedroso, 90<br />

2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400<br />

N.º de Registo na ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

Tiragem – 10.000 exemplares<br />

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Parceiro<br />

em Espanha<br />

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EDIÇÃO<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade/Editor João Vieira - Publicações<br />

Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte 510447953<br />

Sede proprietário/editor Bela Vista Office, Sala<br />

2.29, Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336<br />

Cacém<br />

Gerência João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Principal acionista João Vieira (100%)<br />

Fax +351 219 288 053<br />

Email geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no<br />

site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

UNIDOS<br />

VENCEREMOS<br />

Estamos a entrar no terceiro mês de contenção da pandemia de Covid-19 e o impacto desta situação<br />

na economia do país tem sido devastador, a começar nas empresas de prestação de serviços, passando<br />

pelas fábricas e terminando nas empresas do pós-venda automóvel, que estão a viver momentos<br />

de desespero e angústia. Apesar de o Governo ter autorizado o funcionamento <strong>das</strong> oficinas de manutenção<br />

e reparação de veículos e dos distribuidores de peças durante o Estado de Emergência, são<br />

muitas as empresas deste setor que não conseguem manter as portas abertas, simplesmente porque<br />

não há clientes.<br />

Esta situação está a pôr à prova todo o setor do pós-venda, que rapidamente teve de adaptar-se a uma nova realidade,<br />

principalmente no que diz respeito ao relacionamento com o cliente, que passou a ser, maioritariamente,<br />

através do telefone e redes sociais. A higienização dos automóveis que entram nas oficinas, é outra novidade<br />

que passou a fazer parte <strong>das</strong> rotinas <strong>das</strong> empresas de manutenção e reparação automóvel. E se, neste momento,<br />

para as oficinas, a prioridade é garantir a segurança dos seus colaboradores, por outro há que salvaguardar os<br />

postos de trabalho e continuar a funcionar, mesmo que a um ritmo desacelerado. A economia não pode parar e,<br />

enquanto for possível, as oficinas devem continuar a prestar o seu serviço.<br />

A pressão não vai diminuir e a solução é manter-se atento e informado em relação às boas práticas de socialização<br />

e higienização, fazer um levantamento <strong>das</strong> necessidades de tesouraria da empresa nos próximos meses e analisar<br />

to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> de apoio que estão em vigor, nomeadamente linhas de crédito, deferimento do pagamento<br />

de impostos, moratórias de crédito e lay-off simplificado.<br />

Não poderíamos terminar este editorial sem prestar homenagem a<br />

todos aqueles que estão na linha da frente no combate a esta pandemia.<br />

Médicos, enfermeiros e auxiliares, que, trabalhando horas<br />

infinitas, quase sempre sacrificando a sua vida pessoal e familiar,<br />

estão a salvar vi<strong>das</strong>, adaptando-se a uma situação totalmente nova<br />

e desconhecida. O nosso muito obrigado e respeito por todos os<br />

esforços realizados. Também o aftermarket merece o nosso elogio,<br />

pois superou o medo de contágio e manteve-se em funcionamento<br />

para prestar serviço aos transportes prioritários e a todos os que<br />

necessitam dos seus veículos para trabalhar. Um setor onde muitas<br />

empresas têm contribuído com equipamentos de proteção para os<br />

profissionais de saúde, nomeadamente óculos e luvas, enquanto os<br />

fabricantes de componentes têm reconvertido as suas linhas de<br />

produção para fabricar viseiras, fatos, máscaras e ventiladores,<br />

que tanta falta fazem aos profissionais de saúde que estão<br />

na linha da frente no combate ao novo coronavírus.<br />

Mas o grande desafio ainda está para vir. E para vencer<br />

esta “guerra”, o setor tem de permanecer unido, desde<br />

fabricantes a distribuidores, passando pelo retalho<br />

e oficinas. Conforme escreveu Paulo Torres, da Vieira<br />

& Freitas, num artigo de opinião publicado no<br />

site do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, “se não nos unirmos,<br />

se não ganharmos todos, vamos todos perder<br />

e ser derrotados”. l<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

JORGE VARANDAS, RESPONSÁVEL<br />

DE MARKETING DA AUTOZITÂNIA<br />

É PREMATURO FAZER UM<br />

CÁLCULO SOBRE OS DANOS<br />

DA COVID-19. ESTAMOS<br />

PERANTE UMA SITUAÇÃO<br />

IMPREVISÍVEL, COMPLEXA<br />

E COM UMA DINÂMICA<br />

MUITO PRÓPRIA.<br />

OBVIAMENTE QUE ESTA<br />

PANDEMIA ACARRETA<br />

INEVITÁVEIS PREJUÍZOS<br />

ISABEL MONTEIRO, CARSISTEMA<br />

ESTE É UM PROCESSO QUE<br />

ESTÁ A COMEÇAR. É UM<br />

FORTE ARREFECIMENTO<br />

DA ATIVIDADE<br />

ECONÓMICA, QUE TRADUZ<br />

QUEBRAS ACENTUADAS<br />

NAS RECEITAS, NÃO<br />

ACOMPANHADAS POR<br />

PROPORCIONAIS<br />

QUEBRAS NOS CUSTOS<br />

1.° WEBINAR CUMPRIU<br />

Organizado pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria com a ACM (Autocoach Management), o Webinar<br />

“Aftermarket não para...” cumpriu com os objetivos de esclarecer o mercado sobre os efeitos da<br />

pandemia de Covid-19 no pós-venda automóvel, contribuindo para ajudar a minimizar os impactos<br />

negativos nas empresas do setor. Durante duas semanas, foram realizados seis seminários online<br />

sobre temas relacionados com Ambiente Económico, Boas Práticas, Relação Cliente, Recursos Humanos<br />

e Aftermarket pós-Covid-19. Ao todo, foram várias centenas de participantes que assistiram às entrevistas<br />

conduzi<strong>das</strong> por João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. Dário Afonso, managing director da ACM<br />

e profundo conhecedor do setor automóvel nas várias vertentes dos canais de distribuição e reparação,<br />

respondeu às diversas questões que lhe foram coloca<strong>das</strong>, quer pelo moderador, quer pelos participantes.<br />

Foram seis jorna<strong>das</strong> muito ativas e participa<strong>das</strong>, tendo sido apresenta<strong>das</strong> novas ideias e novos conceitos<br />

que ajudarão os profissionais do aftermarket a enfrentar os grandes desafios desta crise. Com este novo<br />

formato de entrevistas online, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> volta a inovar e cumpre a sua missão: transmitir<br />

informação útil para o mercado.<br />

SEMÁFORO<br />

CRISTINA CARDOSO, CHIEF SALES<br />

OFFICER DA ALIDATA<br />

HÁ, PELO MENOS, DUAS<br />

LIÇÕES QUE A PANDEMIA<br />

DE COVID-19 DEIXA PARA<br />

AS NOSSAS EMPRESAS:<br />

TÊM DE ESTAR<br />

PREPARADAS PARA O<br />

INESPERADO E A<br />

SEGURANÇA VEM SEMPRE<br />

EM PRIMEIRO LUGAR<br />

Mercado automóvel<br />

A Covid-19 está a ser fatal (também) para<br />

o mercado automóvel. Em Portugal, a<br />

queda, de 1 a 14 de abril, foi de 86% nos<br />

ligeiros de passageiros. Ou seja, neste<br />

período, foram matriculados 838 veículos<br />

novos desta categoria no nosso país,<br />

quando, em 2019, haviam sido 6.208<br />

no mesmo espaço temporal. O nosso<br />

Semáforo Vermelho, de pesar, vai para<br />

o estado a que chegou este importante<br />

motor da economia nacional.<br />

Plano de apoio<br />

Perante o cenário negro do mercado<br />

automóvel, a ACAP tem cumprido o seu<br />

papel de forma inequívoca. E propõe,<br />

agora, um plano de ajuda específico para<br />

o setor, com destaque para a criação<br />

“imediata” de uma linha de apoio para a<br />

compra de veículos elétricos, que deverá,<br />

segundo a associação, ver a sua dotação<br />

aumentada em 100%. O nosso Semáforo<br />

Laranja, de expectativa, vai para a<br />

incerteza da resposta que dará o Governo.<br />

Indústria europeia<br />

Em tempos difíceis, é um sinal positivo, e<br />

merecedor do nosso Semáforo Verde, de<br />

aplauso, o facto de a indústria automóvel<br />

europeia estar a “dar as mãos” para apoiar<br />

o reinício da produção. Atendendo à<br />

agressividade e à imprevisibilidade do<br />

novo coronavírus, um inimigo sem rosto,<br />

tudo terá de ser feito com o máximo<br />

de segurança, naquele que será um<br />

passo crucial para a sobrevivência dos<br />

fabricantes no Velho Continente.<br />

4 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Destaque<br />

COVID-19<br />

AFTERMARKET<br />

A PANDEMIA PROVOCADA PELA COVID-19 APANHOU O AFTERMARKET NACIONAL –<br />

E O MUNDO INTEIRO – DE SURPRESA. NUMA PRIMEIRA FASE, TEMEU-SE O PIOR.<br />

O SETOR TRAVOU A FUNDO E OS NÚMEROS CAÍRAM A PIQUE. MAS, AOS POUCOS,<br />

OS PLAYERS COMEÇAM A LEVANTAR A CABEÇA E A PREPARAR O DAY AFTER<br />

por Jorge Flores<br />

De um momento para o outro, o mundo mudou. Parou.<br />

A Covid-19 não olhou a nacionalidades, faixas etárias<br />

ou religiões. Tão pouco distinguiu áreas de negócio.<br />

Portugal não foi exceção. Apesar de muito elogiado pelos parceiros<br />

europeus, pela forma como tem controlado a pandemia,<br />

a verdade é que as consequências de um país parado pelo novo<br />

coronavírus, na economia, são ainda desconheci<strong>das</strong>. E ameaçadoras.<br />

As repercussões do vírus, mesmo em tecidos empresariais<br />

(até agora) saudáveis, caso do aftermarket automóvel<br />

nacional, fizeram-se sentir com estrondo. Fábricas suspensas,<br />

stocks em falta nos armazéns e equipas de trabalho confina<strong>das</strong><br />

em casa, enquanto as empresas observam os números em queda.<br />

Mas o setor é forte. E prepara já o day after. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> auscultou vários players do mercado. De fabricantes<br />

a distribuidores, de retalhistas a oficinas, todos eles revelaram-<br />

-se determinados em dar a volta por cima.<br />

Fabricantes dizem... presente!<br />

Os vários fabricantes contactados pelo nosso jornal denotam<br />

enorme vontade em dar a volta à complicada situação. Mas,<br />

antes, comecemos pela central de serviços ASER, que partilha<br />

a sua força. José Luis Bravo, responsável máximo, considera<br />

que a pandemia está a “afetar de maneira forte” os seus parceiros,<br />

“bem como toda a distribuição de peças de reposição”.<br />

O papel da ASER, neste contexto, tem sido de “apoiar os parceiros<br />

nestes momentos difíceis”. De que forma? “Adiantámos<br />

50% do pagamento do bónus e, em abril, esperamos poder pagar<br />

um adicional de 30% para ajudá-los”, revela. “Durante os<br />

meses de março e abril, ajudámos as redes de oficinas a pagar<br />

pelos serviços prestados”, sublinha José Luis Bravo. Além do<br />

reforço em ações online, a central de serviços espanhola tem<br />

preparado o “retomar da atividade”, apontando para o momento<br />

em que o confinamento for levantado de forma faseada e<br />

a atividade começar, aos poucos, a regressar ao normal.<br />

Mas muito mudou na vida da ASER durante este período. “A<br />

atividade <strong>das</strong> nossas empresas caiu cerca de 85%. Os negócios<br />

de urgência são mantidos abertos com um mínimo de funcionários<br />

e alguns parceiros estão totalmente fechados”, acrescenta<br />

o responsável, que acredita ser ainda muito cedo para apurar os<br />

danos causados pela Covid-19. “Por um lado, em março, a nossa<br />

atividade caiu quase 60% e estimamos 85% em abril. Isso representa,<br />

aproximadamente, 16 milhões de euros de faturação.<br />

Não sabemos como a atividade poderá recuperar em maio e se<br />

parte dos negócios perdidos nos meses de março e abril conseguirão<br />

recuperar nos próximos meses. Temos pensamento positivo.<br />

Acreditamos que, em maio, os negócios ainda serão afetados<br />

pela saída do confinamento, mas que, a partir de junho, a<br />

atividade nas oficinas recuperará”, diz.<br />

O bilstein group também sentiu na pele os efeitos do novo coronavírus.<br />

Uma situação “totalmente nova e sem precedentes”,<br />

descreve Joaquim Candeias. “Os eventos resultantes do novo<br />

coronavírus apresentam-nos, a todos, desafios completamente<br />

novos. Num curto período de tempo, tivemos de nos adaptar a<br />

tomar decisões diárias, agindo em conformidade com a imprevisibilidade<br />

da situação global. A nossa vantagem é que temos<br />

observado cuidadosamente, e de perto, os novos desenvolvimentos,<br />

desde o início. Estamos, desde o primeiro momento,<br />

atentos e vigilantes quanto à evolução deste vírus, de modo a<br />

que a nossa forma de enfrentar a pandemia seja a mais ajustada<br />

possível, tendo em conta as informações disponíveis”, explica.<br />

“De um modo geral”, acrescenta, “a nossa postura é sempre<br />

positiva e otimista, não deixando de ser realista, pois só assim<br />

conseguiremos continuar a atuar no mercado de forma firme<br />

e decidida. Lutar contra as adversidades já faz parte do nosso<br />

6 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PREPARA DAY AFTER


COVID-19<br />

“A atIVIDADE DAS NOSSAS EMPRESAS CAIU CERCA DE 85%. OS NEGÓCIOS<br />

DE URGÊNCIA SÃO MANTIDOS ABERTOS COM UM MÍNIMO DE FUNCIONÁRIOS E<br />

alguNS PARCEIROS ESTÃO totalMENTE FECHADOS (...) É MUITO CEDO PARA<br />

APURARMOS OS DANOS Causados PELA COVID-19”, JOSÉ LUIS BRAVO, aser<br />

dia a dia. Assim, tentamos reagir, da<br />

melhor forma possível, aprendendo<br />

a cada passo do caminho e ajustando<br />

a resposta e reação à realidade”. Joaquim<br />

Candeias explica ainda que o<br />

bilstein group se manteve sempre a<br />

funcionar. “De forma prática e visível,<br />

no mercado, pouco mudou, sobretudo,<br />

porque a qualidade do serviço que entregamos<br />

tem-se mantido inalterada,<br />

o nível de stock máximo em Portugal<br />

e nos restantes centros logísticos mundiais<br />

foi mantido e todos os nossos<br />

colaboradores continuam a trabalhar<br />

para os clientes, ainda que, alguns deles,<br />

num regime diferente. Também<br />

para salvaguardar a continuidade do<br />

funcionamento da empresa e de modo<br />

a proteger os nossos colaboradores, foi<br />

decidido dividir a equipa de logística<br />

em dois turnos, de modo a não existir<br />

contacto entre elas. As medi<strong>das</strong> rígi<strong>das</strong><br />

de higiene implementa<strong>das</strong> nesta área<br />

garantem que os nossos colaboradores<br />

estão seguros e que continuamos com<br />

uma capacidade máxima de entrega.<br />

Os colaboradores <strong>das</strong> restantes áreas,<br />

nomeadamente administrativa, ven<strong>das</strong>,<br />

marketing e operacional, estão a<br />

trabalhar a partir de casa, em regime<br />

de teletrabalho, evitando, assim, a<br />

existência de relacionamento social,<br />

mas mantendo a atividade diária inalterada<br />

para os clientes”, sublinha o<br />

responsável do bilstei group, que considera<br />

serem escassas as “informações”<br />

disponíveis para antecipar cenários<br />

futuros.<br />

“Nenhuma empresa sabe o que será<br />

o futuro e quando irá ele, de facto,<br />

começar. Desta forma, ainda não temos<br />

informações suficientes que nos<br />

permitam aferir os prejuízos concretos<br />

desta pandemia. Naturalmente<br />

que o impacto é bastante grande em<br />

termos de ven<strong>das</strong>, mas não dispomos<br />

ainda de informação precisa quanto<br />

aos danos causados, sendo ainda<br />

muito prematuro tirar alguma conclusão.<br />

Ainda assim, podemos garantir<br />

que estamos preparados para lidar<br />

e enfrentar os danos trazidos por esta<br />

pandemia, de modo a que possamos<br />

passar por ela da melhor forma possível”,<br />

reforça Joaquim Candeias.<br />

Cautela e resguardo<br />

Pedro Teixeira, general market manager<br />

da Continental Pneus Portugal,<br />

defende que a situação obriga a<br />

“cautela e resguardo”. E explica a forma<br />

como a empresa está a lidar com<br />

a pandemia. “Desde a primeira hora<br />

que tomámos as devi<strong>das</strong> precauções<br />

no que se refere às medi<strong>das</strong> de segurança<br />

indica<strong>das</strong> pelas autoridades<br />

de saúde, no que ao bem-estar dos<br />

nossos colaboradores, fornecedores<br />

e parceiros diz respeito. Adotámos<br />

o teletrabalho e todos os nossos colaboradores<br />

estão desde o início da<br />

pandemia a trabalhar à distância”,<br />

adianta. “Como empresa socialmente<br />

responsável, temos vindo a apoiar todos<br />

aqueles cujas funções são imprescindíveis<br />

ao funcionamento do país e<br />

ativámos a nossa rede de emergência<br />

para apoiar as empresas de transportes,<br />

baseada nos seus parceiros da<br />

rede 360°, os quais manifestaram a<br />

sua disponibilidade para continuar<br />

a fornecer serviços e produtos com o<br />

objetivo de ajudar a mobilidade de<br />

ambulâncias, polícia, profissionais<br />

de saúde e trabalhadores. A rede de<br />

agentes ContiService continua disponível<br />

para apoiar a mobilidade dos<br />

portugueses, em especial dos que, por<br />

estes dias, não podem ficar em casa”,<br />

explica. O responsável da Continen-<br />

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8 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


tal Pneus Portugal admite que a atividade<br />

mudou. “A face mais visível é,<br />

claramente, a forma como estamos a<br />

trabalhar. Toda a nossa equipa está<br />

em teletrabalho. Tendo em conta<br />

que integramos uma estrutura com<br />

presença global, todos os nossos colaboradores<br />

estão familiarizados com<br />

as diversas ferramentas de trabalho<br />

à distância. No seio da equipa de direção<br />

e <strong>das</strong> respetivas equipas, foram<br />

reforçados os mecanismos de comunicação<br />

para que, nestes momentos<br />

de grande incerteza e constante mudança,<br />

a nossa capacidade de adaptação,<br />

tomada de decisão e agilidade<br />

continuem a ser uma mais-valia para<br />

os nossos parceiros”, conta. “O grande<br />

desafio nesta fase”, sublinha Pedro<br />

Teixeira, “foi o desenvolvimento de<br />

estratégias e de ferramentas para estarmos<br />

ainda mais próximos (embora<br />

fisicamente ausentes) dos nossos parceiros<br />

numa fase crítica da sua atividade,<br />

prestando-lhes o máximo apoio<br />

e colocando toda a nossa equipa à disposição<br />

para responder às inúmeras<br />

solicitações”. Sobre a eventual retoma<br />

da atividade económica, prefere não<br />

fazer previsões. Mas, na sua opinião,<br />

“o setor automóvel tem demonstrado,<br />

ao longo da sua história, uma singular<br />

capacidade de se adaptar e reinventar”,<br />

preconiza.<br />

Ricardo Cal<strong>das</strong>, diretor comercial<br />

da Dayco para Portugal, por sua vez,<br />

assegura que a empresa começou a<br />

enfrentar a pandemia, “não só porque<br />

tem unidades industriais próprias na<br />

China, como, também, a sede do aftermarket,<br />

na Europa, está situada<br />

no norte de Itália. Desde muito cedo,<br />

houve uma subdivisão <strong>das</strong> equipas,<br />

com o máximo possível de colaboradores<br />

em teletrabalho e de uma forma<br />

que não houvesse contacto entre<br />

os membros <strong>das</strong> diferentes divisões,<br />

minimizando a possibilidade de contágio<br />

geral”. E acrescenta: “Desta forma,<br />

sempre mantivemos e esperamos<br />

manter a nossa capacidade produtiva<br />

e de distribuição”. Não significa isto,<br />

porém, que a Dayco não tenha reajustado<br />

a sua atividade. “Houve necessidade<br />

de adaptação”, admite, “não<br />

só do ponto de vista <strong>das</strong> unidades industriais<br />

como, também, em relação<br />

ao processo de distribuição à escala<br />

global”, conta. Também Ricardo Cal<strong>das</strong><br />

considera “cedo” para contabilizar<br />

prejuízos. “Ainda não é certo sequer<br />

o momento em que os diversos construtores<br />

mundiais voltarão a abrir as<br />

suas fábricas, sendo que, naturalmente,<br />

depende <strong>das</strong> marcas e, sobretudo,<br />

do posicionamento geográfico <strong>das</strong><br />

fábricas e da forma como a pandemia<br />

afetou essas zonas”, sublinha.<br />

A Delphi Technologies, por sua vez,<br />

opta por responder através de um<br />

comunicado oficial. “Em relação aos<br />

anúncios de OEM para interromper<br />

ou diminuir a produção, estamos a<br />

trabalhar em estreita colaboração com<br />

clientes e fornecedores em to<strong>das</strong> as<br />

regiões. Na Delphi Technologies, continuaremos<br />

com as atividades críticas<br />

de lançamento de engenharia e com o<br />

trabalho de pesquisa e desenvolvimento<br />

em todo o mundo”, refere. “Quanto<br />

ao mercado de reposição, os principais<br />

indicadores do setor apontam para<br />

uma desaceleração da mobilidade<br />

global, que, provavelmente, terá um<br />

impacto significativo na produção e<br />

distribuição de componentes e nas atividades<br />

de manutenção e reparação de<br />

veículos. A divisão aftermarket da Delphi<br />

Technologies está a trabalhar para<br />

satisfazer as necessidades dos clientes<br />

de to<strong>das</strong> as suas localidades ao redor<br />

do mundo, onde as regulamentações<br />

governamentais permitem que a nossa<br />

atividade continue”, adianta.<br />

Já a Diesel Technic Iberia, “continuou<br />

a operar com capacidade total para<br />

garantir a mobilidade de um setor<br />

estratégico como o dos transportes”,<br />

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COVID-19<br />

“DE FORMA PRÁTICA E VISÍVEL, NO MERCADO, POUCO MUDOU (...) A QUALIDADE DO<br />

SERVIÇO MANTÉM-SE, O NÍVEL DE STOCK MÁXIMO EM PORTUGAL E NOS CENTROS<br />

LOGÍSTICOS MUNDIAIS TAMBÉM E OS NOSSOS COLABORADORES CONTINUAM A<br />

TRABALHAR PARA OS CLIENTES”, JOAQUIM CANDEIAS, BILSTEIN GROUP<br />

adianta o diretor-geral, Martin Ratón.<br />

“O fornecimento de peças de reposição<br />

<strong>das</strong> marcas DT Spare Parts e<br />

SIEGEL Automotive para semirreboques,<br />

autocarros e comerciais nunca<br />

parou, apesar do alerta de saúde e<br />

do Estado de Emergência decretado<br />

pelos Governos de Espanha e Portugal”,<br />

acrescenta. “Um protocolo<br />

de segurança completo foi ativado<br />

nas nossas instalações em Madrid,<br />

seguindo as recomendações <strong>das</strong> autoridades<br />

oficiais. Todo o pessoal do<br />

escritório opera em teletrabalho a<br />

partir <strong>das</strong> suas casas, desde o início<br />

de março. Em relação ao pessoal do<br />

armazém, as medi<strong>das</strong> de higiene foram<br />

reforça<strong>das</strong> para proteger tanto a<br />

sua saúde quanto a dos clientes, tendo<br />

sido dividi<strong>das</strong> as equipas para evitar<br />

serem paralisa<strong>das</strong> por uma quarentena<br />

em potencial. Na mesma linha, o<br />

acesso a todo o pessoal que não é da<br />

empresa também foi restrito e apenas<br />

um pequeno número de agências de<br />

transporte recolhe e entrega as mercadorias<br />

para minimizar os riscos”,<br />

explica Martin Ratón. Outra medida<br />

implementada para acelerar a chegada<br />

de peças de reposição às oficinas<br />

e minimizar os riscos de contágio,<br />

foi o envio massivo diretamente aos<br />

clientes finais da Diesel Technic Iberia<br />

seguindo as instruções dos seus<br />

distribuidores autorizados”, revela. O<br />

responsável também considera cedo<br />

fazer previsões de per<strong>das</strong>. Mas tem<br />

um valor em mente. “Já podemos antecipar<br />

que a entrada de pedidos, na<br />

última quinzena de março, foi 30%<br />

menor do que o esperado”, conta<br />

Martin Ratón, que mantém o otimismo,<br />

apesar dos tempos complicados.<br />

“Embora a atividade tenha diminuído<br />

substancialmente, o setor industrial<br />

continuou a exigir peças de reposição<br />

e a Diesel Technic Iberia continuou a<br />

fornecê-las sem parar”, diz.<br />

Funcionar a 100%<br />

Priorizar e jogar em antecipação. Perante<br />

a pandemia, a Magneti Marelli<br />

deu “prioridade” a clientes e colaboradores.<br />

“Antes de ter sido declarado<br />

o Estado de Emergência, já estávamos<br />

preparados para garantir 100% a atividade<br />

da empresa sem comprometer<br />

a saúde de ninguém”, afirma Inés España,<br />

diretora de marketing no país<br />

vizinho. Em termos de produção, a<br />

responsável reconhece que as fábricas<br />

sofreram uma “paragem significativa<br />

em todo o mundo”, mas acredita que<br />

“retomarão a atividade, dependendo<br />

dos regulamentos e <strong>das</strong> situações de<br />

cada um dos países face à pandemia”.<br />

Quando à atividade da divisão de peças<br />

e serviços da Magneti Marelli, Inés<br />

España explica que toda a equipa tem<br />

continuado a funcionar “remotamente,<br />

através de teletrabalho. A responsável<br />

revela que são muitos os fatores<br />

a “influenciar” a eventual retoma do<br />

10 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A APARÊNCIA MUDA COM O TEMPO,<br />

A ESSÊNCIA PERMANECE<br />

A JAPOPEÇAS TEM UMA NOVA IMAGEM.


COVID-19<br />

“ATUALMENTE, 80% DOS NOSSOS CLIENTES TEM UM SERVIÇO MÍNIMO PARA<br />

ATENDER EMERGÊNCIAS E 20% ENCERROU AS INSTALAÇÕES COMPLETAMENTE<br />

(...) É DIFÍCIL PREVER O REGRESSO À NORMALIDADE, POIS DEPENDEMOS, EM<br />

GRANDE MEDIDA, DOS ALERTAS DO GOVERNO”, INÉS ESPAÑA, MAGNETI MARELLI<br />

setor. “Atualmente, 80% dos clientes<br />

têm um serviço mínimo para atender<br />

emergências e 20% encerram as instalações<br />

completamente”, reconhece. “É<br />

difícil prever o retorno à normalidade,<br />

pois dependemos, em grande medida,<br />

dos alertas do Governo espanhol e dos<br />

procedimentos <strong>das</strong> empresas em relação<br />

a estes, a fim de garantir o bem-estar<br />

de colaboradores e clientes”, acrescenta<br />

Inés España.<br />

Do lado da Open Parts, Claudia Ariu,<br />

do departamento de marketing e comunicação<br />

da marca italiana pertença<br />

da Exo Automotive, afina pelo mesmo<br />

diapasão. “A empresa está 100%<br />

operacional. Assim que o bloqueio<br />

entrou em vigor em Itália, adotámos<br />

imediatamente to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> necessárias<br />

para a contenção do vírus”,<br />

afirma. “Primeiro, reorganizando as<br />

atividades da nossa equipa e disponibilizando<br />

trabalho remoto para os departamentos,<br />

permitindo essa modalidade<br />

de trabalho. Ao mesmo tempo, o<br />

local de trabalho foi higienizado, a fim<br />

de manter um ambiente seguro para<br />

os colaboradores que ainda operam<br />

nas nossas instalações. Finalmente,<br />

é altamente recomendável respeitar<br />

o distanciamento social dentro dos<br />

escritórios”, explica Claudia Ariu ao<br />

nosso jornal, admitindo que a “súbita<br />

redução na circulação causou uma<br />

queda acentuada no consumo, com<br />

consequentes efeitos negativos para<br />

to<strong>das</strong> as empresas do setor”. Neste momento,<br />

com os mercados em suspenso,<br />

“é difícil quantificar os danos causados<br />

pela pandemia. As primeiras previsões<br />

poderão ser observa<strong>das</strong> quando as<br />

condições de reabertura forem estabeleci<strong>das</strong><br />

na segunda fase do combate<br />

ao novo coronavírus”, adianta. “Para<br />

os próximos meses, esperamos uma<br />

recuperação lenta, mas estamos confiantes;<br />

as atividades planea<strong>das</strong>, para<br />

este ano, foram adia<strong>das</strong>. Além disso,<br />

fruto da queda acentuada da venda<br />

de veículos, esperamos uma tendência<br />

positiva para o mercado de reposição,<br />

porque creditamos que os consumidores<br />

podem estar mais interessados na<br />

manutenção da viatura”, preconiza a<br />

responsável da Open Parts.<br />

Também para a OSRAM, a prioridade<br />

é “proteger e salvaguardar a saúde<br />

dos colaboradores, respeitando to<strong>das</strong><br />

as recomendações dos países e garantindo<br />

to<strong>das</strong> as infraestruturas para<br />

possibilitar o teletrabalho, quando<br />

possível”, adianta Mónica Violante.<br />

“A OSRAM está a realizar esforços<br />

extraordinários de comunicação para<br />

motivar os colaboradores e manter as<br />

equipas uni<strong>das</strong>, através de informações<br />

regulares a todos e da partilha de<br />

boas práticas para facilitar o trabalho<br />

quotidiano e garantir que todos ficam<br />

bem. Por outro lado, ao nível do negócio,<br />

a OSRAM tem vindo a adaptar-se<br />

com alguma rapidez às exigências de<br />

mercado que esta nova realidade está<br />

a apresentar. E, neste momento, estamos<br />

munidos <strong>das</strong> ferramentas que<br />

julgamos necessárias para enfrentar<br />

esta pandemia com a tranquilidade<br />

possível, para que os efeitos no aftermarket<br />

não se façam sentir”, explica.<br />

“Tentámos minimizar as alterações<br />

na produção, mas cumprindo sempre<br />

as indicações dos países quer nas fábricas,<br />

quer nos escritórios”, dá conta<br />

Mónica Violante. A responsável do<br />

fabricante especialista em iluminação<br />

encara o futuro com confiança e prudência.<br />

“A retoma vai variar muito de<br />

país para país, mas a nossa expectativa,<br />

para Portugal, é que o aftermarket<br />

automóvel possa retomar, aos poucos,<br />

12 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


às suas atividades pré-pandemia uma<br />

vez levantado o Estado de Emergência.<br />

Estamos atentos ao mercado e às<br />

suas mudanças, mas também às novas<br />

oportunidades que possam surgir,<br />

para oferecer as melhores soluções de<br />

forma eficaz. Estamos otimistas em<br />

relação ao futuro e acreditamos que<br />

vamos sair mais fortes desta crise”.<br />

Distribuidores entram em ação<br />

E os distribuidores? Como estão estas<br />

empresas a encarar a pandemia? Jorge<br />

Varan<strong>das</strong>, responsável de marketing<br />

da Autozitânia, fala em “serenidade”,<br />

mas “consciente” de to<strong>das</strong> as suas<br />

implicações. E garante que a empresa<br />

está a “fazer tudo o que é possível<br />

para minimizar os efeitos da pandemia.<br />

“Continuamos, como sempre, ao<br />

lado dos nossos parceiros, neste que<br />

é um momento de incerteza relativamente<br />

ao futuro”, acrescenta. “Foram<br />

implementa<strong>das</strong> rigorosas medi<strong>das</strong> de<br />

higiene e de segurança e reajustados<br />

horários laborais e de entregas. Temos,<br />

também, vários colaboradores a laborar<br />

em regime de teletrabalho. A nossa<br />

prioridade é a segurança de todos e<br />

tudo faremos para que o risco seja reduzido<br />

ao máximo”, diz. Na sua perspetiva,<br />

é “prematuro” fazer um cálculo<br />

sobre os danos da Covid-19. “Estamos<br />

perante uma situação imprevisível,<br />

complexa e com uma dinâmica muito<br />

própria. Obviamente que esta pandemia<br />

acarreta inevitáveis prejuízos, mas<br />

estamos, como sempre, presentes para<br />

enfrentar mais uma situação difícil.<br />

Tal como noutras situações difíceis no<br />

passado, a Autozitânia encara o futuro<br />

com esperança e otimismo”, sublinha.<br />

Tiago Domingos, responsável de<br />

marketing e departamento de importação<br />

da Auto Delta, por sua vez,<br />

esclarece que a empresa está a encarar<br />

esta crise “da mesma forma com<br />

que enfrentou períodos complicados<br />

pelos quais já passou ao longo dos<br />

seus mais de 40 anos de história, com<br />

resiliência e espírito de sacrifício, sem<br />

esquecer a análise de to<strong>das</strong> as oportunidades<br />

de dinamização do negócio<br />

que, seguramente, irão surgir”, começa<br />

por explicar. A Auto Delta cumpriu,<br />

desde cedo, com todos os protocolos<br />

de segurança. “Em primeiro<br />

lugar, aquando do aparecimento dos<br />

primeiros casos em solo nacional, as<br />

equipas comercial, administrativa e<br />

call center foram coloca<strong>das</strong> em teletrabalho<br />

de forma a minimizar o risco<br />

de infeções dentro <strong>das</strong> nossas instalações.<br />

O estabelecimento da nossa<br />

atividade comercial como ‘serviço essencial’<br />

pelo decreto que regulamenta<br />

a aplicação do Estado de Emergência,<br />

foi importante para a manutenção de<br />

um dia a dia que tentamos que seja o<br />

mais normal”, diz. Não sendo possível<br />

contabilizar já os prejuízos causados<br />

por esta pandemia, “não podemos, de<br />

qualquer forma, negar que estamos<br />

perante uma quebra de negócio muito<br />

significativa e uma crise económica<br />

gravíssima”, admite. “Antecipar tão<br />

cedo a data de retoma do setor não<br />

nos parece responsável. Quanto mais<br />

afastados estamos de uma quebra da<br />

economia em ‘V’ e nos aproximamos<br />

de um possível cenário económico<br />

em ‘U’, a data da retoma do setor está<br />

cada vez mais longe. Depois, temos<br />

de contar com as quebras verifica<strong>das</strong><br />

em mercados importantes, como<br />

Itália e Espanha, cuja situação mais<br />

dramática do que a nossa nos causa<br />

grande comoção. Seguramente que,<br />

até final de 2020, não conseguiremos<br />

suplantar a quebra verificada durante<br />

este último mês, pelo que o caminho<br />

passará por muita resiliência e espírito<br />

de sacrifício”, reconhece Tiago<br />

Domingos.<br />

Já a AS Parts, pela voz de Miléna Santos,<br />

gestora de marketing da empresa,<br />

foca-se na importância da atividade.<br />

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PROTEJA-SE A SI E<br />

AOS OUTROS<br />

O FUTURO É<br />

SEMPRE<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 13


COVID-19<br />

“É UM DESAFIO ENORME PARA TODOS. AS RELAÇÕES SÃO MAIS DIFÍCEIS DE<br />

DESENVOLVER À DISTÂNCIA (...) DENTRO DE PORTAS, OS CUIDADOS SÃO MAIORES<br />

ENTRE OS COLABORADORES, PARA QUE TODOS POSSAM TRABALHAR COM A<br />

MÁXIMA SEGURANÇA, PROTEGENDO A SAÚDE”, PAULO AGOSTINHO, ALECARPEÇAS<br />

“O setor automóvel é fundamental<br />

para a economia portuguesa. É importante<br />

garantir que todos os serviços de<br />

emergência e segurança são abastecidos<br />

com a maior rapidez e profissionalismo<br />

possíveis. A AS Parts acredita<br />

estar a lidar com o maior profissionalismo<br />

e rigor que a realidade decorrente<br />

exige”, afirma. “A AS Parts dispõe de<br />

planos de contingência muito rigorosos<br />

baseados nas recomendações da<br />

Organização Mundial de Saúde, nas<br />

orientações <strong>das</strong> autoridades sanitárias,<br />

<strong>das</strong> autarquias e do poder central. Foi<br />

implementado um conjunto de medi<strong>das</strong><br />

de prevenção inéditas, em conformidade<br />

com as diversas realidades<br />

internas. To<strong>das</strong> estas medi<strong>das</strong> compatibilizam<br />

a segurança dos nossos<br />

colaboradores e clientes, assim como a<br />

manutenção da nossa atividade e dos<br />

processos do negócio”, revela. Sobre<br />

o cenário da empresa e do mercado,<br />

Miléna Santos é taxativa. “A partir do<br />

momento em que foi decretado o Estado<br />

de Emergência pelo Governo, as<br />

ven<strong>das</strong> começaram a diminuir rapidamente”,<br />

conta. “Prevê-se a retorna do<br />

setor quando for possível às pessoas<br />

saírem de casa para ir trabalhar e os<br />

veículos começarem novamente a andar<br />

nas estra<strong>das</strong>”, preconiza.<br />

Paulo Agostinho, da AleCarPeças,<br />

considera que a empresa está a lidar<br />

com a pandemia da forma correta.<br />

“Com a energia necessária para garantir<br />

que, quando passar, estejamos<br />

devidamente preparados para a retoma.<br />

Tomámos to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> indica<strong>das</strong><br />

pelas entidades responsáveis<br />

por forma a proteger todos os colaboradores<br />

e clientes que se deslocam às<br />

nossas instalações. Além disso, temos<br />

a grande maioria da equipa em teletrabalho,<br />

mantendo a operacionalidade<br />

de todos os departamentos da<br />

empresa”, sublinha, reconhecendo os<br />

problemas impostos pelo vírus. “É um<br />

desafio enorme para todos. As relações<br />

são mais difíceis de desenvolver à<br />

distância”, admite. “Dentro de portas,<br />

os cuidados são maiores entre os colaboradores,<br />

para que todos possam<br />

trabalhar com a máxima segurança,<br />

protegendo a saúde de todos. Veio<br />

para ficar. De resto, trabalhamos na<br />

normalidade possível”, garante. Para<br />

Paulo Agostinho, da AleCarPeças, a<br />

“duração da pandemia” será determinante<br />

para apurar a extensão dos prejuízos.<br />

“Tudo indica que será sempre<br />

uma retoma progressiva que, seguramente,<br />

terá efeito durante todo o ano<br />

de 2020. Julgo que só em 2021 voltaremos<br />

a alguma normalidade”, avisa.<br />

Também Isabel Monteiro, da Carsistema,<br />

garante que a empresa está a<br />

enfrentar a pandemia com a “máxima<br />

tranquilidade”. Assume que há,<br />

“obviamente”, um “desacelerar da<br />

atividade”, mas graças à gestão rigorosa<br />

diária e permanente, a Carsiste-<br />

14 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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ma acumulou, na sua história de 20<br />

anos, as forças necessárias e suficientes<br />

para, nesta altura, estar a cumprir<br />

religiosamente as suas obrigações perante<br />

fornecedores, Estado e demais<br />

entidades e parceiros, para, assim que<br />

possível, retomar a atividade normal”.<br />

O quotidiano da empresa? “Estamos<br />

em permanente contacto com os<br />

clientes e vamos ainda fornecendo o<br />

que nos vai sendo pedido de mercadorias.<br />

Além disso, damos apoio técnico,<br />

telefónico ou via net, para resolver<br />

questões que surgem. Aproveitamos,<br />

também, o tempo disponível para<br />

proceder à limpeza e organização do<br />

armazém e do arquivo. Enfim, tudo<br />

o que, em tempos normais, fica um<br />

pouco de lado”, sublinha Isabel Monteiro.<br />

No que se refere à logística,<br />

“nomeadamente aos armazéns, foram<br />

cria<strong>das</strong> duas equipas, que dividem o<br />

tempo entre si, de modo a satisfazer o<br />

volume, menor do que o normal nesta<br />

altura, de encomen<strong>das</strong> que os clientes<br />

ainda vão colocando. O setor técnico<br />

e comercial está, também ele, em teletrabalho,<br />

embora disponível para, em<br />

função <strong>das</strong> solicitações dos clientes,<br />

sejam distribuidores, sejam oficinas,<br />

ir respondendo às questões de apoio<br />

técnico e/ou comercial”, garante Isabel<br />

Monteiro.<br />

Na sua opinião, não é ainda tempo<br />

de fazer contas de subtrair. “Este é<br />

um processo que está a começar. É<br />

um forte arrefecimento da atividade<br />

económica, que traduz quebras acentua<strong>das</strong><br />

nas receitas, não acompanha<strong>das</strong><br />

com proporcionais quebras nos<br />

custos, muitos dos quais são fixos,<br />

ou seja, ocorrem independentemente<br />

<strong>das</strong> receitas, o que, naturalmente,<br />

resultará em prejuízos para algumas<br />

organizações. Haverá, também, consequências<br />

ao nível do emprego e, por<br />

essa via, em termos de rendimento<br />

<strong>das</strong> famílias, uma vez que são os consumidores<br />

que dão vida a toda a atividade<br />

económica. Como tal, também<br />

do nosso setor de atividade”, afirma.<br />

Mais: “Só quando a atividade retomar,<br />

poderemos contabilizar esses<br />

prejuízos, pois não sabemos quando<br />

terminará esta fase em que estamos.<br />

Mas, repito, a Carsistema está, nesta<br />

altura, muito tranquila, estável e sólida,<br />

pronta para o retomar da atividade<br />

assim que ele ocorra”, garante<br />

Isabel Monteiro.<br />

Manter a calma<br />

A Filourém também teve de adaptar-se<br />

devido à Covid-19. Mas Carlos<br />

Jorge Gonçalves, diretor-geral da empresa,<br />

garante que, desde o primeiro<br />

momento, tentaram “adotar uma<br />

postura de equilíbrio, no sentido de<br />

respeitar todo este flagelo e de colocar<br />

em prática medi<strong>das</strong> de prevenção<br />

e segurança, mas sem alarmismos<br />

excessivos e sem entrar em on<strong>das</strong> de<br />

contestação”, diz. “É um período historicamente<br />

difícil, em que mesmo<br />

não parando a nossa atividade profissional<br />

a 100%, adotámos várias restrições<br />

e condicionámos os contactos<br />

sociais. Responsabilidade, solidariedade,<br />

coragem e bom senso devem imperar<br />

neste momento”, defende Carlos<br />

Jorge Gonçalves, reconhecendo,<br />

porém, que os efeitos do novo coronavírus<br />

se fazem sentir na atividade da<br />

Filourém. “Essencialmente, reduziu o<br />

volume de transações, nomeadamente<br />

<strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. Existe menos trânsito,<br />

existe menos fluxo de viaturas, logo<br />

menos desgaste e menos necessidade<br />

de reparações. Vínhamos numa fase<br />

muito positiva, sempre em crescendo<br />

nas ven<strong>das</strong>. Tínhamos arrancado o<br />

ano de 2020 com um stock bem reforçado<br />

e, neste momento, há menos<br />

faturação. Temos de compreender a<br />

situação, respeitar clientes e colaboradores<br />

e arranjar estratégias de forma<br />

a manter a viabilidade e o bom funcionamento<br />

da empresa”, diz. “Neste<br />

momento, é extremamente cedo para<br />

se poderem contabilizar prejuízos.<br />

Após um início de 2020 com ótimos<br />

resultados, nomeadamente em janeiro<br />

e fevereiro, em que ainda pouco se<br />

falava da pandemia, no mês de março,<br />

onde já eram evidentes as alterações<br />

na sociedade, ainda deu para se faturar<br />

razoavelmente. Sem dúvida que o<br />

mês de abril verá refletida esta paragem<br />

global, com cortes na ordem dos<br />

40 a 50%”, revela. “O ano de 2020,<br />

em termos de valores globais, provavelmente<br />

estará prejudicado. Mas<br />

era ótimo se, em agosto ou setembro,<br />

estivéssemos de volta aos resultados<br />

de faturação normais”, conclui Carlos<br />

Jorge Gonçalves, da Filourém.<br />

A MCoutinho Peças também não perdeu<br />

tempo. “Desde sempre, acompanhámos<br />

a evolução da pandemia no<br />

mundo, em geral, e no nosso país, em<br />

particular. Dia 9 de março, apenas<br />

uma semana após os primeiros casos<br />

registados de Covid-19 em Portugal,<br />

tomámos a decisão de colocar todos<br />

os colegas elegíveis em teletrabalho.<br />

No dia seguinte, 10 de março, estava<br />

toda a equipa de gestão de clientes,<br />

gestão de marcas, gestão de produto,<br />

devoluções, desenvolvimento, áreas<br />

administrativas e, inclusive, todo<br />

o call center com 30 colaboradores<br />

(apenas três tiveram de aguardar<br />

a resolução no sistema de uma <strong>das</strong><br />

marcas que ficou resolvido também<br />

em 24h) em regime de teletrabalho”,<br />

conta Miguel Melo, administrador<br />

da empresa. “Teremos sido, muito<br />

provavelmente, a primeira empresa<br />

do setor a implementar tão cedo<br />

e num espaço de tempo tão curto o<br />

teletrabalho, envolvendo toda a complexidade<br />

do call center e <strong>das</strong> ferramentas<br />

de cada uma <strong>das</strong> mais de 50<br />

marcas que trabalhamos, entre OEM<br />

e IAM. No total, mais de 70 colaboradores<br />

colocados em teletrabalho em<br />

24 horas”, afirma. “Foi um trabalho<br />

impressionante de toda a equipa da<br />

MCoutinho Peças e dos Sistemas de<br />

Informação do Grupo MCoutinho.<br />

Os clientes nem se apercebiam que<br />

cada atendedor de call center estava<br />

a trabalhar a partir de casa e era<br />

exatamente isso que pretendíamos.<br />

Minimizar a probabilidade de conta-<br />

16 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


minação dos colegas e zero impacto<br />

no cliente. Simultaneamente, distribuímos<br />

equipamento de proteção<br />

individual para todos os colegas dos<br />

armazéns, incluindo máscaras, luvas,<br />

óculos e desinfetante. Queríamos garantir,<br />

acima de tudo, a proteção dos<br />

nossos colegas”, conta Miguel Melo.<br />

“Paralelamente, em cada armazém<br />

(Porto e Lisboa) criámos dois turnos<br />

independentes e intercalados com<br />

desinfeção do espaço e equipamento.<br />

Isto para garantir a segurança dos colegas,<br />

por um lado, e para minimizar<br />

o impacto no serviço aos clientes em<br />

caso de uma eventual contaminação<br />

de algum colega, havendo redundância<br />

nas operações”, reforça. “Obviamente,<br />

a faturação caiu. Mas, em<br />

termos de modelo de negócio, nada<br />

mudou. Deixámos de ter a presença<br />

física dos colegas e, essa, é a enorme<br />

diferença”, afirma. “Naturalmente, o<br />

contacto com os clientes deixou de ser<br />

temos feito em conjunto, em unidade.<br />

A economia e as finanças do país,<br />

<strong>das</strong> empresas e <strong>das</strong> pessoas é fundamental.<br />

Mas acredito que vamos<br />

ultrapassar esse desafio. Neste momento,<br />

devemos focar-nos na saúde<br />

de todos e na nossa proteção.<br />

O isolamento físico é, neste momento,<br />

a única forma de controlo. Temos<br />

feito as coisas bem. Fiquemos em<br />

casa, protejamo-nos. Vai ficar tudo<br />

bem”, sublinha.<br />

José Vaz, administrador da Romafe,<br />

por sua vez, explica que, em “primeiro<br />

lugar”, a empresa focou-se naquilo que<br />

são as “questões de saúde pública e da<br />

nossa equipa”. Nesse sentido, “elaborámos<br />

e colocámos em prática o plano de<br />

contenção que considerámos adequado.<br />

De seguida, preocupámo-nos em<br />

tentar manter o nível de serviço que os<br />

clientes esperam de nós”, defende. “Seguindo<br />

a orientações da Direção-Geral<br />

de Saúde, entendemos que deveríamos<br />

casa e, portanto, as viaturas não circulam.<br />

Logo, existe uma diminuição<br />

nas reparações e muitos dos que precisam<br />

de fazer algum tipo de reparação,<br />

estão a aguardar por dias melhores,<br />

tanto em questões de saúde, como<br />

em questões monetárias”, explica.<br />

Perante este cenário, “a maneira de<br />

receber o cliente tornou-se um ‘pouco<br />

distante’. Esperemos que por pouco<br />

tempo. As entregas um pouco mais<br />

limita<strong>das</strong>, a via presencial e o contacto<br />

telefónico para orçamentos, continuam<br />

a ser efetua<strong>das</strong> normalmente”,<br />

conta Joana Angelino. E acrescenta:<br />

“O material que vem de Espanhas demora<br />

mais do que o normal, com em-<br />

muito serviço. Houve muitas pessoas<br />

que optaram por deixar o veículo nas<br />

oficinas esse tempo”, diz. O objetivo,<br />

acrescenta, é “evitar essa bola de neve”.<br />

A Vieira & Freitas “começou por fechar<br />

três dias, para conseguir adaptar<br />

e minimizar o risco de contágio entre<br />

a equipa. Reabrimos a 23 de março,<br />

com metade da equipa operacional,<br />

tendo a outra metade estado em confinamento<br />

em casa. Procuramos, assim,<br />

ter sempre uma equipa de reserva<br />

para se tivermos a infelicidade de<br />

ter algum caso de Covid-19 na empresa”,<br />

adianta Paulo Torres, administrador<br />

da Vieira & Freitas. “A atividade<br />

teve, forçosamente, de abrandar o habitual<br />

ritmo. Estamos a cumprir com<br />

a nossa missão, de servir os parceiros,<br />

sendo a nossa principal preocupação<br />

manter a sustentabilidade de todos os<br />

parceiros”, afirma. Paulo Torres não<br />

consegue prever o futuro próximo do<br />

setor, mas acredita que este será um<br />

“(...) VAMOS toDOS RESISTIR A ESTA ameaça E (...) SAIR AINDA MAIS FORTES<br />

(...) CONSIDERO-ME GENUINAMENTE ‘POSITIVO’. acREDITO QUE atÉ ao INÍCIO<br />

DE MAIO O NEGÓCIO SERÁ FRACO, MAS, DEPOIS, as COISAS VoltaRÃO,<br />

GRADUALMENTE, A UMA NOVA NORMALIDADE”, MIGUEL MELO, MCOUTINHO PEÇAS<br />

presencial, sendo realizado, também,<br />

recorrendo a esta ferramenta, além<br />

do telefone, mas ainda a outras ferramentas<br />

que temos implementa<strong>das</strong> há<br />

anos, como WhatsApp e Messenger,<br />

onde temos sido sempre inovadores<br />

e pioneiros”, acrescenta Miguel Melo,<br />

crente de que o “impacto vai ser significativo,<br />

mas não será dramático”.<br />

E deixa a mensagem. “Não temos<br />

dúvi<strong>das</strong> de que vamos todos resistir<br />

a esta ameaça e que a MCoutinho<br />

Peças e o Grupo MCoutinho vão sair<br />

ainda mais fortes. Sabemos que o<br />

termo ‘otimista irritante’ é associado<br />

ao nosso primeiro-ministro. Considero-me<br />

genuinamente ‘positivo’. Acredito<br />

que abril vai ser um mês muito<br />

fraco, início de maio também, mas,<br />

depois, as coisas voltarão, gradualmente,<br />

à normalidade. Uma nova<br />

normalidade. Pessoalmente, sinto<br />

que as medi<strong>das</strong> estão a ser as adequa<strong>das</strong><br />

e – como português – estou<br />

muito orgulhoso da consciência coletiva<br />

dos portugueses e do que todos<br />

fechar o atendimento ao público. Continuamos<br />

a processar as encomen<strong>das</strong><br />

online e mantemos operacional o nosso<br />

call center”, conta o administrador<br />

da Romafe. “Os prejuízos são, sem<br />

dúvida, inevitáveis, mas é prematuro<br />

avançar com a quantificação dos mesmos”,<br />

admite José Vaz. “Esperamos<br />

que o terceiro trimestre seja a alavanca<br />

da retoma da economia, em geral, e do<br />

setor automóvel, em particular”, diz.<br />

Apesar do pessimismo que se instalou<br />

no mercado, a Romafe “vai manter<br />

todos os grandes investimentos projetados<br />

para 2020, pelo que muitas<br />

novidades surgirão em breve. Estejam<br />

atentos”, alerta.<br />

Joana Angelino, gerente da Rugempeças,<br />

tal “como todos os outros”, reconhece<br />

que ainda está a “tentar perceber<br />

como o mercado se apresenta<br />

neste momento, pois muitas pessoas<br />

recorrerão ao mercado online, algumas<br />

oficinas fecharam e outras estão<br />

a trabalhar por marcação à porta fechada.<br />

Muitos clientes não saem de<br />

presas a fazer envios com portes, pois<br />

não permitem a sua recolha. Estamos<br />

todos com receio que esta pandemia<br />

venha a ser mais grave do que já é, se<br />

desleixarmos os reforços preventivos<br />

que estão a ser feitos por todos”, defende<br />

a responsável da Rugempeças,<br />

que explica não ter grandes problemas<br />

de stock, uma vez que encontra<br />

sempre “possibilidades nos nossos<br />

fornecedores”.<br />

Prejuízos? Ainda é prematuro. “Mas<br />

serão alguns. Se não tivermos apoios<br />

de estado e a ajuda de todos nas empresas<br />

(colaboradores, clientes), não<br />

conseguiremos remar todos para o<br />

mesmo lado. Ou será difícil seja para<br />

quem for, a longo prazo, cobrir os custos<br />

causados, pois a quarentena retirou<br />

“ano para sobreviver”, colocando as<br />

expectativas “em 2021, para seja um<br />

ano como estamos habituados. Neste<br />

caso, a pressa pode ser inimiga fatal<br />

da perfeição”, avisa.<br />

Retalhistas com precaução<br />

De todos os players do mercado<br />

contactados para a elaboração deste<br />

artigo, os retalhistas foram aqueles<br />

que menos responderam às questões<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. A Sabugalauto<br />

foi a exceção. Segundo Luís Silva,<br />

responsável da empresa, a pandemia<br />

está a ser combatida com “medi<strong>das</strong> rigorosas<br />

para proteção, tanto de colaboradores<br />

como de clientes. Temos de<br />

tomar uma atitude responsável para<br />

vencer a Covid-19”, adianta. “O atendimento<br />

passou a ser mais demorado.<br />

Temos de proteger-nos e, isso, leva<br />

a que se demore mais tempo a abrir<br />

encomen<strong>das</strong>, a receber encomen<strong>das</strong><br />

e a enviar encomen<strong>das</strong>. Mais tempo<br />

entre um atendimento e outro, de forma<br />

a tomar as precauções necessárias.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 17


COVID-19<br />

“OS PREJUÍZOS SÃO INEVITÁVEIS, MAS É PREMATURO AVANÇAR COM A SUA<br />

QUantificaÇÃO (...) ESPERAMOS QUE O TERCEIRO TRIMESTRE SEJA A ALAVanca<br />

da RETOMA DA ECONOMIA, EM GERAL, E DO SETOR AUTOMÓVEL, EM PARTICULAR<br />

(...) VAMOS MANTER TODOS OS GRANDES INVESTIMENTOS”, JOSÉ VAZ, ROMAFE<br />

De resto, mantemos a nossa atividade,<br />

dentro da normalidade possível.<br />

Também deixámos de abrir aos sábados”,<br />

conta. No caso da Sabugalauto,<br />

produto não faltou. “Temos um bom<br />

stock e andamos a receber, regularmente,<br />

a generalidade <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong>,<br />

apesar de, por vezes, termos ligeiros<br />

atrasos a receber algumas. Os<br />

clientes podem ter de esperar mais<br />

um pouco, mas ninguém tem ficado<br />

sem material”, acrescenta Luís Silva.<br />

O responsável da Sabugalauto já começou<br />

a fazer contas aos prejuízos<br />

causados pelo novo coronavírus. “Sim,<br />

claro. Estamos com quebras de ven<strong>das</strong><br />

na ordem dos 50% e já temos alguns<br />

clientes com dificuldades para cumprir<br />

com os seus pagamentos. Todos os<br />

nossos projetos de investimento tiveram<br />

de ser congelados e passámos de<br />

um ano com perspetivas de crescimento<br />

para um ano de quebra”, lamenta<br />

Luís Silva, que não vê solução a curto<br />

ou médio prazo. “A retoma vai ser demorada,<br />

mais do que muitos pensam.<br />

Na minha perspetiva, a grande maioria<br />

<strong>das</strong> empresas vai optar pelo pagamento<br />

faseado do IVA, Segurança Social<br />

e IRC. Isto vai comprometer toda<br />

a conjuntura económica até dezembro,<br />

pois apenas irão ter os pagamentos regularizados<br />

nessa altura. Ou seja, em<br />

2020 já não iremos ver retoma”, prevê.<br />

“Quanto a 2021, não iremos ver<br />

retoma, apesar de o negócio ‘começar<br />

a mexer’. A grande maioria <strong>das</strong> empresas<br />

irá começar a pagar, neste ano,<br />

os financiamentos que fizeram para<br />

enfrentar a Covid-19, que podem ter<br />

seis ou 12 meses de carência. Ou seja,<br />

teremos uma despesa extra nas empresas,<br />

o que levará a que se retraia<br />

novamente a economia, diz. “Mas nem<br />

tudo é mau. Ao terem menos liquidez,<br />

as empresas e particulares irão, maioritariamente,<br />

optar por reparar as viaturas<br />

que têm. Será necessária uma<br />

boa cobrança <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. As oficinas<br />

têm acesso a apoios específicos por via<br />

da Covid-19. Nós não os deveremos<br />

financiar gratuitamente, nesta fase, e<br />

assim comprometer a nossa liquidez<br />

para operações diárias”, explica.<br />

<strong>Oficinas</strong> de portas abertas<br />

As oficinas são o elo da cadeia de<br />

distribuição que convive com o grande<br />

público. Na sua maioria, durante<br />

a pandemia, continuam de portas<br />

abertas, cumprindo a sua função de<br />

“bem essencial”. No caso da oficina<br />

Auto Vasco da Gama, Rogério Martins<br />

confirma que foram adota<strong>das</strong> as<br />

“medi<strong>das</strong> de contingência e prevenção,<br />

colocando a saúde de colaboradores,<br />

clientes e fornecedores em primeiro<br />

lugar, mantendo-nos atualizados e informando<br />

todos sobre as regras a serem<br />

cumpri<strong>das</strong> durante este processo<br />

de forma a garantir a saúde de todos”,<br />

avança. “Durante a pandemia, houve<br />

uma diminuição significativa do volume<br />

de negócios. O número de clientes<br />

privados diminuiu. Estamos a trabalhar,<br />

maioritariamente, com empresas<br />

(viaturas de frotas). Este facto deve-se<br />

ao confinamento, uma vez que há menos<br />

veículos na estrada, e à incerteza<br />

económica que se vive, onde as pessoas<br />

tendem a cortar nas despesas, sendo os<br />

gastos com a viatura adiados ou reduzidos<br />

ao essencial”.<br />

A Auto Vasco da Gama não deixou<br />

de laborar durante todo este período<br />

de quarentena. “Estamos a garantir a<br />

operacionalidade dos nossos serviços,<br />

dentro dos horários habituais. Sempre<br />

em conformidade com os padrões de<br />

segurança e proteção exigidos”. Rogé-<br />

18 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


TECNOLOGIA DE PONTA DUALOCK<br />

REDUZ EM 50%* O DESGASTE<br />

DO MOTOR<br />

As moléculas DUALOCK aderem aos principais<br />

componentes do motor e juntam-se para formar<br />

uma camada de proteção resistente que reduz<br />

o desgaste provocado pela condução de paraarranca<br />

e pelo aquecimento até 50%*.<br />

castrol.pt/magnatec<br />

* Testado em comparação com o limite de desgaste API SN do teste Sequência IVA e com o limite de desgaste ACEA do teste OM646LA


COVID-19<br />

rio Martins não sabe ainda o prejuízo<br />

final provocado pelo novo coronavírus,<br />

mas adianta que a oficina está a sentir<br />

um “forte impacto na faturação, sendo<br />

o mesmo superior a 70%”, revela.<br />

Já como refere fonte da Carpneu,<br />

“desde o primeiro momento, tomámos<br />

medi<strong>das</strong> preventivas, seguindo<br />

as indicações da DGS, consciencializando<br />

os nossos colaboradores sobre<br />

a importância de lavar as mãos com<br />

frequência, evitar o contacto físico.<br />

E ainda colocando alguns funcionários<br />

em teletrabalho e estabelecendo<br />

maior rigor com as equipas que trabalham<br />

diariamente no atendimento”. A<br />

oficina não vira a cara à batalha contra<br />

o vírus. “A Carpneu está comprometida<br />

em contribuir na luta contra a<br />

Covid-19 e queremos participar ativamente<br />

na solução. Trabalhamos para<br />

garantir os serviços a diversas forças<br />

de saúde, de segurança e transportadoras,<br />

bem como a todos os outros<br />

clientes para que nada falte ou falte<br />

num momento tão delicado como<br />

este”. A Carpneu manteve-se sempre<br />

aberta ao público, “mas com uma<br />

redução no horário de funcionamento”,<br />

diz. “Desde o dia 20 de abril que<br />

amentámos o horário de funcionamento,<br />

de forma a dar resposta a alguns<br />

constrangimentos que o horário<br />

mais reduzido causou aos clientes”,<br />

sublinha a mesma forte, reconhecendo<br />

que a oficina, em março, já sentiu<br />

“uma quebra face aos meses anteriores<br />

de 2020, especialmente na última<br />

quinzena do mês”. Em abril, “estimamos<br />

que a quebra seja superior a 50%<br />

face a 2019. A quebra na parte no<br />

cliente final tem sido acima de 80%,<br />

mas na empresarial não é tão elevada,<br />

porque muitos deles continuam a trabalhar,<br />

no esforço de não fazer o país<br />

parar”, afirma.<br />

Bruno Salgado, gerente da Movetec,<br />

fala mesmo em “coragem e resiliência”<br />

para descrever a posição da oficina<br />

perante a Covid-19. “Com o decréscimo<br />

acentuado de trabalho, tentamos<br />

manter a motivação certa que nos<br />

leve à continuidade do negócio. Acima<br />

de tudo, sentimos que estamos a<br />

cumprir o nosso dever num momento<br />

tão complicado como o que estamos<br />

a viver”, assegura. “Tudo mudou. A<br />

nossa prioridade é garantir a segurança<br />

de colaboradores, fornecedores<br />

e clientes. Para isso, implementámos<br />

um plano de contingência adaptado<br />

ao nosso setor. Internamente, discutimos,<br />

de forma clara e aberta, to<strong>das</strong><br />

as questões e dúvi<strong>das</strong> relativas a esta<br />

pandemia, de forma a que todos se<br />

sintam seguros e envolvidos nas suas<br />

atividades. Reformulámos a nossa estratégia<br />

e, diariamente, construímos<br />

um ‘novo amanhã´”, conta o responsável<br />

da Movetec, oficina que aderiu<br />

ao regime de lay-off simplificado:<br />

“parte da equipa trabalha 15 dias e a<br />

outra parte outros 15”, explica.<br />

Para a oficina, os prejuízos rondam<br />

os 85% relativos ao mês de feverei-<br />

“TEMOS UM BOM STOCK E RECEBEMOS, REGULARMENTE, A GENERALIDADE<br />

DAS ENCOMENDAS, APESAR DE, POR VEZES, EXISTIREM LIGEIROS ATRASOS NA<br />

CHEGADA DE ALGUMAS. OS CLIENTES PODEM TER DE ESPERAR MAIS UM POUCO,<br />

MAS NINGUÉM TEM FICADO SEM MATERIAL”, LUÍS SILVA, SABUGALAUTO<br />

20 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


o. E Bruno Salgado admite. “Neste<br />

momento, é impossível antever a<br />

retoma do setor. A economia global<br />

está dependente de uma série de medi<strong>das</strong><br />

que visam minimizar os impactos<br />

financeiros, não só em Portugal,<br />

como em outros países. Sabemos<br />

que essa retoma será lenta e trará<br />

consequências. Contudo, já vivemos<br />

outras crises, que, apesar de não serem<br />

comparáveis, deram-nos uma<br />

certa ‘bagagem’ para enfrentar o que<br />

aí vem. Tenho por hábito tentar ser<br />

otimista sem nunca perder a noção<br />

da realidade. Há famílias que dependem<br />

da Movetec para sobreviver. Isso<br />

é mais do que um motivo para continuar<br />

a lutar, como temos vindo a fazer<br />

até hoje. Felizmente, contamos com<br />

parceiros que têm sido fundamentais<br />

para a Movetec e esperamos continuar<br />

a contar com a ajuda de todos.<br />

Assim como estaremos aqui sempre<br />

para os que necessitarem”, afirma.<br />

Diogo Bordalo, responsável da Servidiesel,<br />

também fala em “responsabilidade<br />

social” para definir estes dias.<br />

“Entendemos a nossa prestação de<br />

serviço como essencial ao funcionamento<br />

da sociedade num Estado de<br />

Emergência e, por isso, nunca parámos<br />

a nossa atividade. Temos muitos<br />

clientes que garantem os transportes<br />

públicos, a distribuição de medicamentos<br />

e alimentos, o funcionamento<br />

de geradores dos hospitais e, claro,<br />

as viaturas dos nossos profissionais<br />

de saúde, que estão num desafio sem<br />

igual nos tempos modernos, no nosso<br />

país”. Diogo Bordalo acredita que<br />

a retoma, “pequena”, comece já “em<br />

maio e junho”. E explica o raciocínio.<br />

“O terceiro trimestre (trimestre de verão)<br />

pode ser o grande decisor desta<br />

retoma para o ano corrente, já que, se<br />

em termos epidemiológicos, não tivermos<br />

surpresas (uma nova vaga de<br />

crescimento exponencial de pessoas<br />

infeta<strong>das</strong>), poderemos ter um último<br />

trimestre mais próximo da normalidade,<br />

mas que será sempre inferior<br />

em termos de negócio, se comparada<br />

com o início deste ano”, afirma.<br />

Por fim, Ricardo Ferreira, gerente da<br />

RF Auto, reconhece a oficina encerrou<br />

entre 17 e 31 de março. “Achámos<br />

por bem salvaguardar a saúde de toda<br />

a equipa e perceber os contornos e<br />

consequências deste problema”, refere.<br />

“Retomámos o trabalho no passado<br />

dia 1 de abril. Como tínhamos<br />

um volume de viaturas em parque<br />

considerável a aguardar reparação,<br />

estamos a manter todos os postos em<br />

funcionamento, mas não com o ritmo<br />

que gostaríamos, o que se deve à<br />

instabilidade (empresas encerra<strong>das</strong>,<br />

inexistência de ven<strong>das</strong> de automóveis,<br />

grande diminuição da sinistralidade)<br />

e a um ou outro colaborador que pretendia<br />

estar em quarentena”, adianta.<br />

Ricardo Ferreira, por seu turno, está<br />

“preocupado, mas otimista”, uma vez<br />

que as empresas que, ao longo dos<br />

anos, desenvolveram relações sóli<strong>das</strong><br />

com os clientes e apostaram na qualidade,<br />

irão conseguir superar esta<br />

fase, com mais ao menos dificuldade,<br />

mas superar”, defende. “Ainda<br />

é muito cedo para contabilizarmos<br />

valores, mas antevejo quebras de 30<br />

a 40% da faturação”, frisa. E completa.<br />

“Acredito que esta área de negócio<br />

irá atravessar um período negro da<br />

sua história, pois enquanto não houver<br />

resolução para esta doença, nada<br />

apodemos fazer. Veremos a venda de<br />

viaturas. A ser muito reduzida, a vinda<br />

de turistas que movimentavam milhares<br />

de veículos poderá sofrer uma<br />

diminuição enorme. E até o número<br />

de sinistros pode ser muito reduzido,<br />

pois as pessoas passam mais tempo<br />

em casa”. Por tudo isto, conclui o<br />

responsável da RF Auto, “é tempo de<br />

criar alternativas!”. l<br />

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ATUALidade<br />

HIGIENIZAÇÃO DE VIATURAS E INSTALAÇÕES<br />

TRABALHAR<br />

EM SEGURANÇA<br />

AS OFICINAS DEVEM ESTABELECER UM PLANO DE CONTINGÊNCIA NO ÂMBITO DA INFEÇÃO<br />

PROVOCADA PELO NOVO CORONAVÍRUS, QUE INCLUI OS PROCEDIMENTOS A ADOTAR NA RECEÇÃO<br />

E ENTREGA DAS VIATURAS AOS CLIENTES E NA LIMPEZA DAS INSTALAÇÕES por João Vieira<br />

Em primeiro lugar, a empresa deve estar preparada<br />

para a possibilidade de parte ou da<br />

totalidade dos seus colaboradores não ir<br />

trabalhar devido a doença, quarentena, suspensão<br />

dos transportes públicos ou encerramento<br />

de escolas, entre outras situações possíveis. Cada<br />

organização deve estabelecer um plano de limpeza<br />

e higienização <strong>das</strong> instalações, assim como os<br />

procedimentos de trabalho que os colaboradores<br />

devem seguir, nomeadamente a distância mínima<br />

de dois metros entre pessoas. Deverão ser escrupulosamente<br />

respeita<strong>das</strong> e fomenta<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> de<br />

distanciamento social, mesmo entre colegas.<br />

As oficinas que mantenham a sua atividade devem<br />

atender com prioridade os idosos e grupos de risco,<br />

assim como profissionais de saúde, elementos<br />

<strong>das</strong> forças e serviços de segurança, de proteção e<br />

socorro, pessoal <strong>das</strong> forças arma<strong>das</strong> e de prestação<br />

de serviço de apoio social. Deve ser privilegiado o<br />

atendimento e agendamento telefónico ou por via<br />

eletrónica, de modo a minimizar o contacto presencial<br />

com clientes. Cada colaborador deverá ter<br />

equipamento de proteção individual (EPI) adequado<br />

(luvas, máscara respiratória com filtragem<br />

FFP2 e vestuário de utilização exclusiva para laborar).<br />

A roupa de trabalho não deverá ser levada<br />

para casa e idealmente deverá ser lavada no final<br />

de cada dia.<br />

Entrega e recolha de viaturas<br />

A entrega e recolha de viaturas deverá ser efetuada<br />

no exterior <strong>das</strong> instalações, de modo a que o cliente<br />

não aceda aos espaços interiores da empresa. Procurar,<br />

sempre que possível, minimizar o contacto<br />

entre clientes e colaboradores. Idealmente, definir<br />

um colaborador responsável por essa tarefa.<br />

Na receção de viaturas, deverá proceder-se a uma<br />

limpeza/desinfeção inicial, nomeadamente nos<br />

locais em que exista contacto normal e provável<br />

(puxadores/manípulos de portas, volante, alavanca<br />

da caixa de velocidades, travão de mão, manetes<br />

e comandos). Adicionalmente, deverão ser higieniza<strong>das</strong>/desinfeta<strong>das</strong><br />

outras superfícies onde seja<br />

22 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


necessária a intervenção e em que possam ter sido<br />

deposita<strong>das</strong> secreções contamina<strong>das</strong>. Deverão ser<br />

colocados os resguardos descartáveis de volante,<br />

comandos e bancos antes da utilização da viatura,<br />

sendo a retirada destes o procedimento final do<br />

trabalho, antes da higienização final prévia à entrega<br />

da viatura ao cliente.<br />

Após a limpeza/desinfeção inicial, o colaborador<br />

deverá higienizar as suas mãos, lavando-as com<br />

água e sabão ou recorrendo a desinfetante específico.<br />

Sempre que possível, cada colaborador deverá<br />

ter disponível e utilizar uma única área/zona de<br />

trabalho e ferramentas de utilização individual.<br />

Deverão ser limpas frequentemente as superfícies<br />

de trabalho, nomeadamente banca<strong>das</strong>, bem como<br />

ferramentas de utilização comum, tanto antes de<br />

utilizar, como após a utilização. A necessidade de<br />

intervenção numa viatura por vários colaboradores<br />

deverá, sempre que possível, ser efetuada em<br />

separado, implementando as regras de limpeza/<br />

higienização anteriores entre cada utilizador. Em<br />

caso de necessidade de intervenção simultânea, é<br />

essencial manter as regras de distanciamento e a<br />

etiqueta respiratória. Se esta for impossível, deverão<br />

utilizados os equipamentos de proteção individual.<br />

A receção/devolução de peças de fornecedores<br />

deverá ser encarada de forma similar à receção/<br />

entrega de veículos de clientes. l<br />

É certo e sabido que uma <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> de prevenção para evitar<br />

o contágio do novo coronavírus é lavar as mãos e limpar to<strong>das</strong><br />

as superfícies que possam ser toca<strong>das</strong>. Como tal, é necessário<br />

proceder à higienização dos automóveis que entram nas oficinas<br />

de manutenção e reparação. Apesar de ser utilizado apenas<br />

por uma pessoa, é importante garantir que o veículo não seja<br />

contaminado com elementos externos e que, também, não<br />

contamine o operador da oficina. A seguir, apresentamos cinco<br />

medi<strong>das</strong> que devem ser adota<strong>das</strong> não só para proteger a saúde<br />

de todos, mas, também, para contribuir para aumentar o grau de<br />

confiança por parte dos clientes.<br />

1.° - Antes de tocar no veículo<br />

Lave as mãos e, a seguir, calce umas luvas descartáveis. Lembrese<br />

de utilizar sempre produtos de limpeza à base de álcool,<br />

apropriados para cada componente, de modo a evitar danos.<br />

2.° - Interior do veículo<br />

Limpe com um pano humedecido com água e detergente. E utilize<br />

um pano humedecido em desinfetante. Deixe secar.<br />

l Volante e manípulos<br />

l Manete de velocidades<br />

l Rádio<br />

l Botões start e da consola<br />

l Apoio dos braços<br />

l Cinto de segurança e encaixes<br />

l Porta-luvas<br />

l Ajuste de bancos<br />

l Tablier<br />

l Saí<strong>das</strong> de ar<br />

l Puxador interno da porta<br />

VANTAGENS DA LIMPEZA<br />

A VAPOR<br />

OS 5 PASSOS DA HIGIENIZAÇÃO DE UMA VIATURA<br />

O segredo por detrás da limpeza a vapor é combinar um jato de<br />

vapor a alta temperatura, que permite eliminar até 99,999%<br />

dos coronavírus e bactérias. Uma lavadora a vapor funciona<br />

basicamente como uma panela de pressão: a água é aquecida<br />

no tanque autónomo da lavadora até ferver e produzir vapor.<br />

Esse vapor é libertado da pistola em quantidades apropria<strong>das</strong>.<br />

Quanto maior a pressão do vapor, maior o seu poder de limpeza.<br />

A sujidade dissolve-se e as bactérias e vírus são extraí<strong>das</strong> em<br />

segundos. A limpeza e desinfeção também podem ser obti<strong>das</strong><br />

graças a uma ação combinada de temperatura e produto<br />

específico. Por exemplo, com o uso combinado de desinfetantes<br />

e detergentes à base de alquilaminas ou quaternários de amónio<br />

com propriedades fungici<strong>das</strong>, bacterici<strong>das</strong> ou viruci<strong>das</strong> e com o<br />

poder de uma lavadora de alta pressão de água quente, é possível<br />

eliminar bactérias e desinfetar de maneira ideal.<br />

l Botões de ajuste da janela<br />

l Compartimentos<br />

l Pegas<br />

l Espelho retrovisor<br />

l Suporte para a cabeça<br />

3.° - Exterior do veículo<br />

Limpe com um pano humedecido com água e detergente. Utilize<br />

um pano humedecido em desinfetante. Deixe secar.<br />

l Puxadores <strong>das</strong> portas<br />

l Parte superior dos vidros e <strong>das</strong> portas<br />

l Porta e tampa do depósito de combustível<br />

l Botão para abrir e fechar a bagageira<br />

l Parte frontal da prateleira<br />

l Parte frontal do capot<br />

l Manípulo para abrir capot<br />

l Parte superior da vareta do óleo<br />

l Tampa do depósito para água<br />

l Tampa do depósito do óleo<br />

4.° - Quando terminar a higienização, coloque uma folha<br />

informativa no interior do veículo, assinalando as áreas que foram<br />

intervenciona<strong>das</strong>.<br />

5.° - Por último, limpe as chaves do veículo. Termine deitando<br />

fora os panos que utilizou durante a intervenção, bem como as<br />

luvas. Lave as mãos ou utilize um gel desinfetante.<br />

Ao manter o veículo o mais higiénico possível com limpeza<br />

e desinfeção regulares, reduz o risco de propagação do novo<br />

coronavírus.<br />

Fonte: Polivalor<br />

UTILIZAR O OZONO PARA<br />

ELIMINAR A covID-19<br />

Neste momento, o mundo inteiro luta contra o novo coronavírus.<br />

Muitos testes têm sido realizados de forma a desenvolver uma<br />

vacina que controle esta pandemia. No entanto, nos países<br />

onde existe uma taxa de propagação muito elevada, estes têm<br />

procurado utilizar o ozono de forma a combater as debilidades<br />

físicas que os pacientes infetados enfrentam. Há mais de 100<br />

anos que o ozono é considerado como um forte eliminador<br />

de vírus na natureza e tem sido muito utilizado pelas pessoas<br />

para a desinfeção, esterilização, desodorização, desintoxicação,<br />

armazenamento e branqueamento, graças ao seu forte poder<br />

oxidativo. Por isso, é dos melhores aliados para combater a<br />

Covid-19. Se pensarmos que o oxigénio é essencial para a vida<br />

e que nos pode ajudar a combater esta pandemia, não resta<br />

qualquer dúvida que, hoje, mais do que ontem, necessitamos de<br />

saber mais sobre o ozono.<br />

O ozono, muitas vezes também chamado de “oxigénio ativo”, é a<br />

melhor “arma” da natureza para limpar o ambiente. Sendo o ozono<br />

constituído por três unidades do elemento O (O3) e como este<br />

elemento tem a capacidade de ligar-se a vírus, bactérias, impurezas,<br />

ácaros e maus odores, permite que as pessoas consigam respirar<br />

ar puro sem sair de casa ou do local de trabalho, já que o resultado<br />

desta união é nada mais nada menos do que moléculas de oxigénio,<br />

acabando estes agentes nocivos por ser anulados/destruídos.<br />

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o ozono é<br />

considerado um potente desinfetante do ar, capaz de inativar<br />

99% de vírus do Grupo IV (ao qual pertence o atual coronavírus). É<br />

o desinfetante ecológico mais forte do mundo, tendo um poder de<br />

desinfeção 3.600 vezes superior ao do cloro/lexívia provocando a<br />

eliminação de vírus, bactérias e fungos, entre outros. A utilização<br />

do ozono nas oficinas através de um “simples” gerador, transmite<br />

segurança para colaboradores e clientes neste momento de<br />

contingência devido à pandemia de Covid-19 e ajuda a eliminar<br />

elementos patogénicos do ar, purificando o ambiente que respiramos<br />

e fazendo desaparecer todo o tipo de odores desagradáveis.<br />

Em baixo, os benefícios da utilização de um gerador de ozono:<br />

ESTERILIZAÇÃO E DESINFEÇÃO<br />

l O forte poder oxidante e desinfetante do ozono é capaz de<br />

eliminar e, portanto, impedir a propagação de vírus e bactérias.<br />

Atua destruindo a parede celular e o ARN.<br />

DESODORIZAÇÃO<br />

l O ozono tem elevado rendimento na eliminação de maus<br />

odores no ambiente provocados por comida, tabaco, animais de<br />

estimação, outras substâncias nocivas e obras.<br />

EFICIÊNCIA<br />

l O ozono é um gás difuso e não cria espaços mortos na<br />

desinfeção. O tempo de desinfeção varia em função do espaço a<br />

desinfetar (20 m 2 em cerca de 15 minutos, aproximadamente),<br />

conseguindo-se um efeito de esterilização de 99%.<br />

SEGURANÇA<br />

l A utilização de um gerador de ozono é muito simples. Qualquer<br />

pessoa pode trabalhar com ele sem qualquer problema. O ozono<br />

gerado decompõe-se em oxigénio, depois da esterilização. Respeita<br />

o meio ambiente e não deixa nenhum tipo de resíduo.<br />

APLICAÇÕES<br />

l Eliminação de vírus e bactérias; eliminação de odores;<br />

eliminação de fumos; purificação de espaços; desinfeção de WC;<br />

desinfeção de todo o tipo de veículos ligeiros e pesados.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 23


OPINIÃO<br />

CRISTINA CARDOSO, CHIEF SALES OFFICER DA ALIDATA<br />

COVID-19 E SEGURANÇA INFORMÁTICA<br />

PREPARE-SE<br />

PARA O INESPERADO<br />

DESDE O MOMENTO EM QUE COMECEI A DELINEAR ESTE MEU HABITUAL ARTIGO, AQUI NO JORNAL DAS<br />

OFICINAS, QUE O MUNDO, SIMPLESMENTE, MUDOU. ISSO MESMO. O MUNDO MUDOU. COM ELE, MUDÁMOS<br />

TODOS NÓS E MUDEI TAMBÉM EU O TEMA QUE TINHA PLANEADO TRAZER-VOS NESTA EDIÇÃO<br />

Se, ao longo dos anos, nós, que<br />

estamos nas tecnologias de<br />

informação, temos vindo a<br />

cimentar uma retórica assente na<br />

factualidade de que o setor muda a<br />

uma velocidade vertiginosa, como<br />

adjetivar a mudança que estamos<br />

a viver - nas nossas vi<strong>das</strong> e nas<br />

empresas - desde que a pandemia de<br />

Covid-19 assolou a Europa? Se não<br />

conseguimos chegar a um melhor<br />

adjetivo, há, pelo menos, duas lições<br />

que a pandemia deixa para as nossas<br />

empresas: têm de estar prepara<strong>das</strong><br />

para o inesperado e a segurança<br />

vem sempre em primeiro lugar.<br />

Duas facetas, diz-me a experiência,<br />

subvaloriza<strong>das</strong> pelos decisores, mas<br />

de valor inestimável.<br />

O que aconteceria se a sua empresa<br />

perdesse toda a informação?<br />

Faturas, bases de dados de clientes<br />

e peças, entre outras? Tem infraestrutura<br />

e software para evitar um<br />

ciberataque? E cópias de segurança<br />

atualiza<strong>das</strong>, acautelando um possível<br />

acidente, como, por exemplo,<br />

um incêndio? No caso de acontecer<br />

um destes dois cenários, tem um<br />

plano de contingência e conseguiria<br />

ter a sua empresa em pleno funcionamento?<br />

Em quanto tempo? Estas<br />

são apenas algumas <strong>das</strong> perguntas<br />

básicas que, hoje, após o início da<br />

crise pandémica, ganham toda uma<br />

nova perspetiva de abordagem e nos<br />

parecem mais realistas e óbvias do<br />

que nunca. Antes, apenas as percecionávamos<br />

como uma projeção<br />

catastrofista. Se houver uma boa<br />

herança da pandemia para as empresas,<br />

esta é uma delas.<br />

O novo cenário a que a Covid-19<br />

nos forçou, de colaboradores a<br />

desempenhar as suas funções<br />

em regime de teletrabalho por<br />

tempo indeterminado, restrição<br />

de visitas às instalações da<br />

empresa e dos clientes, limitação<br />

de visitas às nossas instalações e<br />

ativação do plano de mobilidade<br />

de colaboradores (preparados<br />

para desempenhar as suas funções<br />

remotamente), entre outras, serão<br />

algumas <strong>das</strong> que a sua empresa<br />

estaria exposta em caso de acidente.<br />

Mas, e caso fosse antes alvo de um<br />

ciberataque, em que não teria acesso<br />

à rede informática da sua empresa?<br />

To<strong>das</strong> as interrogações que<br />

deixo não visam criar uma visão<br />

apocalíptica e generalizada sobre<br />

a preparação <strong>das</strong> empresas para<br />

cenários mais extremos, mas,<br />

antes, chamar à atenção para a<br />

possibilidade. Se é probabilidade,<br />

então, cabe aos gestores<br />

acautelarem que o impacto seja o<br />

menor possível para o seu negócio.<br />

Lembre-se: há, pelo menos, duas<br />

lições que a pandemia deixa para<br />

as nossas empresas: têm de estar<br />

prepara<strong>das</strong> para o inesperado e<br />

a segurança vem sempre em<br />

primeiro lugar. l<br />

HÁ, PELO MENOS, DUAS LIÇÕES QUE A PANDEMIA DE<br />

COVID-19 DEIXA PARA AS NOSSAS EMPRESAS: TÊM<br />

DE ESTAR PREPARADAS PARA O INESPERADO E A<br />

SEGURANÇA VEM SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR


ObservATório<br />

CONCEITOS DE MOBILIDADE<br />

AS MISTERIOSAS<br />

CÂMARAS DA TESLA<br />

Na corrida para o nível cinco da<br />

condução autónoma, a Tesla<br />

tem um dos lugares da frente<br />

na grelha de partida. Mas o desenvolvimento<br />

da tecnologia para esta<br />

nova e revolucionária forma de locomoção<br />

tem, por vezes, determinados<br />

percalços que deixam até os fãs<br />

da marca ligeiramente incomodados.<br />

O caso deu-se há poucas semanas,<br />

quando vários proprietários do<br />

Model 3 identificaram uma câmara<br />

apontada ao condutor e passageiros,<br />

dentro do habitáculo dos seus modelos.<br />

Por estranharem a presença deste<br />

“extra” não requisitado, logo trataram<br />

de questionar a Tesla sobre esta<br />

misteriosa câmara, que, aparentemente,<br />

“beliscava” a privacidade dos<br />

donos dos veículos. Ou não estivesse<br />

em causa uma grave suspeita de<br />

violação do direito à reserva de informações<br />

pessoais e da própria intimidade<br />

dos clientes da marca. As<br />

acusações ganharam uma dimensão<br />

CÂMARAS DE VÍDEO<br />

INSTALADAS NO<br />

HABITÁCULO DE TODOS<br />

OS TESLA MODEL 3<br />

SERVIRÃO, NO FUTURO,<br />

COMO COMPLEMENTO<br />

À TECNOLOGIA DE<br />

CONDUÇÃO AUTÓNOMA,<br />

A INCORPORAR NUMA<br />

FROTA DE TÁXIS<br />

IDEALIZADA POR<br />

ELON MUSK<br />

por Jorge Flores<br />

tal, que o próprio Elon Musk teve de<br />

vir a público dar satisfações aos irritados<br />

proprietários do Tesla Model 3.<br />

Táxis autónomos<br />

Como forma de tranquilizar os proprietários<br />

do modelo – e a legião de<br />

fãs -, o fundador do fabricante norte-americano<br />

explicou que nenhum<br />

daqueles equipamentos estará a funcionar<br />

atualmente. Segundo Elon<br />

Musk, o sistema de gravação de vídeo,<br />

que permite a recolha de imagens<br />

do interior do veículo, a partir<br />

de uma câmara instalada junto ao espelho<br />

retrovisor central, servirá, no<br />

futuro, apenas como complemento<br />

à tecnologia de condução autónoma<br />

de uma frota de táxis. Por outras palavras,<br />

o objetivo é que os proprietários<br />

destes táxis da marca consigam<br />

monitorizar os seus passageiros e garantir,<br />

ao mesmo tempo, a existência<br />

de registos em situações de má utilização.<br />

De acordo com fontes próximas da<br />

Tesla, o dispositivo encontrado no<br />

habitáculo do Model 3 tem ainda potencial<br />

para oferecer outro tipo de<br />

funcionalidades. Elon Musk chegou,<br />

inclusivamente, a considerar que estas<br />

câmaras poderiam, um dia, servir<br />

para gravar anima<strong>das</strong> sessões de<br />

karaoke ou como suporte para uma<br />

tecnologia de reconhecimento facial<br />

que permita personalizar, automaticamente,<br />

alguns itens do veículo. l<br />

26 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


É uma empresa TOP 100 do Aftermarket?<br />

Então esta revista é para si!<br />

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GALA TOP 100<br />

CELEBRAR<br />

O AFTERMARKET<br />

ESTE ANO, A GALA TOP 100 REALIZAR-SE-Á NO INÍCIO DE OUTUBRO, NUM CONTEXTO PÓS-COVID-19. APESAR<br />

DA GRANDE INCERTEZA SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL NACIONAL, ACREDITAMOS<br />

QUE A MAIORIA DOS EMPRESÁRIOS VOLTARÁ A MARCAR PRESENÇA NESTA REUNIÃO ANUAL DO SETOR<br />

O<br />

pós-venda automóvel está a<br />

passar por momentos bastante<br />

complicados devido à pandemia<br />

do novo coronavírus. Quaisquer<br />

projeções económicas são, nesta altura,<br />

prematuras, mas as implicações<br />

económicas deste fenómeno serão,<br />

seguramente, severas. Contudo, a<br />

manutenção da atividade comercial<br />

de oficinas e distribuidores de peças,<br />

considerados pelo Governo como “serviços<br />

essenciais”, foi decisiva para que<br />

o setor não entrasse em paragem total,<br />

com to<strong>das</strong> as consequências negativas<br />

que daí adviriam a nível económico e<br />

de gestão de recursos humanos.<br />

A maioria <strong>das</strong> empresas presentes no<br />

ranking TOP 100 dos maiores distribuidores<br />

de peças, equipamentos e<br />

repintura, já passaram por diversos<br />

ciclos económicos, sempre associados<br />

a conjunturas difíceis, como a<br />

crise petrolífera e, mais recentemente,<br />

a austeridade imposta com entrada<br />

da Troika no nosso país. A verdade<br />

é que resistiram às dificuldades e<br />

conseguiram dar a volta a situações<br />

menos positivas. Agora, mais do que<br />

nunca, é necessário que o setor se<br />

mantenha unido e solidário, porque<br />

só com o esforço de todos conseguirá<br />

sobreviver. Esta situação originada<br />

pela Covid-19 terá um impacto económico<br />

profundo a curto prazo, mas<br />

acreditamos na recuperação rápida<br />

do aftermarket, porque as viaturas<br />

são um bem imprescindível e vão<br />

continuar a visitar as oficinas e a precisar<br />

de peças.<br />

O timing desta recuperação é ainda<br />

incerto e poderá estar associado a<br />

uma estabilização da pandemia ou<br />

a um maior grau de otimismo relativamente<br />

à capacidade de contenção<br />

da mesma. Apesar da incerteza e dos<br />

receios quanto ao futuro, temos de<br />

valorizar o trabalho dos profissionais<br />

da manutenção e reparação automóvel,<br />

que, mesmo em situações de<br />

perigo de contágio, têm-se mantido<br />

nos seus postos de trabalho para garantir<br />

a mobilidade necessária a todos<br />

os veículos que têm de circular<br />

por motivos profissionais, de emergência<br />

e de segurança.<br />

A Gala TOP 100 será, por certo, uma<br />

boa oportunidade para agradecer<br />

a todos os profissionais do setor o<br />

contributo que estão a dar para garantir<br />

a mobilidade dos cidadãos.<br />

Estar preparado para a mudança,<br />

em vez de resistir, é outra atitude<br />

que as empresas devem assumir se<br />

querem sobreviver a um cenário de<br />

crise como aquele que atravessamos.<br />

Flexibilidade e agilidade são palavras<br />

de ordem, uma vez que permitirão<br />

acelerar o negócio. O essencial é<br />

garantir que se avança para não deixar<br />

o negócio estagnar ou parar por<br />

completo, mesmo quando a pressão<br />

que chega de fora é enorme. O ideal<br />

será aproveitar a pressão externa que<br />

se sente e transformá-la numa força<br />

motivacional que servirá para diversificar<br />

o modelo de negócio. l<br />

28 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


2OUTUBRO2020<br />

Patrocinadores 2020<br />

galatop100iam.com


Organização: <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> | Apoio: expoMECÂNICA<br />

REPINTURA AUTOMÓVEL 7 DE MAIO DE 2021 SALÃO EXPOMECÂNICA<br />

MÁXIMA<br />

RENTABILIDADE<br />

O ATUAL CONTEXTO EM QUE NOS ENCONTRAMOS TEM MOTIVADO PROFUNDAS ALTERAÇÕES EM TODOS<br />

OS ASPETOS DA VIDA DAS ORGANIZAÇÕES. NUM CURTO ESPAÇO DE TEMPO, AS OFICINAS DE REPINTURA TIVERAM<br />

DE CONCENTRAR TODOS OS SEUS ESFORÇOS NA REVISÃO DE ESTRATÉGIAS, PROCESSOS E MODELOS DE NEGÓCIO<br />

A<br />

revolução tecnológica dos<br />

meios que apoiam a atividade<br />

de repintura automóvel<br />

foi enorme nos primeiros anos deste<br />

século. As possibilidades que se introduziram<br />

desde a identificação de<br />

cor e da busca da fórmula de cor até à<br />

disponibilização imediata dos gastos<br />

de pintura, sincronizando com os sistemas<br />

de gestão, fazem com que seja<br />

possível aplicar na secção de pintura<br />

métodos modernos e inovadores para<br />

esta área da reparação automóvel.<br />

Com os espectrofotómetros, é possível<br />

comparar, ajustar, formular cores<br />

e, mesmo, enviar valores numéricos<br />

que as representam para que outros<br />

possam executar o mesmo tipo de<br />

tarefas sem estar perto dos objetos<br />

coloridos que se mediram. A subjetividade,<br />

que é algo que se associa à<br />

cor, passa a ser um elemento secundário<br />

e quase desprezível.<br />

Os programas evoluíram de tal forma,<br />

que é possível seguir a viatura<br />

desde a sua entrada na oficina até<br />

que seja entregue ao proprietário.<br />

A abertura da folha de obra permite<br />

que os consumos de tinta adstritos<br />

lhe sejam imputados e, no limite,<br />

que, automaticamente, passem para<br />

o programa de faturação. A digitalização<br />

da secção de pintura já não é<br />

um objetivo de longo prazo. É uma<br />

realidade de hoje e está a auxiliar<br />

as oficinas aderentes a uma melhor<br />

organização, conduzindo a maiores<br />

produtividades e rentabilidades.<br />

Com a redução da circulação de automóveis,<br />

devido ao facto de as pessoas<br />

estarem confina<strong>das</strong> em casa, impossibilita<strong>das</strong><br />

de utilizar as suas viaturas, os<br />

acidentes vão decrescer substancialmente,<br />

ficando as oficinas de colisão<br />

com menos trabalho. Todos estes fatores<br />

vão influenciar o funcionamento<br />

<strong>das</strong> oficinas de colisão, que devem ser<br />

cada vez mais eficientes para conseguirem<br />

ser mais rentáveis. Também<br />

nestas empresas, a digitalização deve<br />

ser uma prioridade e contemplar, de<br />

forma transversal, to<strong>das</strong> as áreas funcionais,<br />

todos os processos e to<strong>das</strong> as<br />

pessoas. Para facilitar a análise e a<br />

reflexão, estabelecem-se diversos âmbitos<br />

de digitalização: o da cultura da<br />

empresa, o da gestão dos recursos humanos<br />

e transformação <strong>das</strong> equipas, o<br />

da otimização dos processos de produção<br />

e <strong>das</strong> operações, o do marketing e<br />

da relação com o cliente e o do controlo<br />

de gestão, da supervisão do gestor<br />

dos rácios económicos fundamentais<br />

da empresa e da tomada de decisões<br />

com boa informação e de forma ágil<br />

e eficaz. Tudo isto será debatido no<br />

painel do Plateau TV dedicado à repintura<br />

automóvel, para além do tema<br />

incontornável da falta de mão de obra<br />

especializada, que está a prejudicar<br />

muitas oficinas que dispõem de área<br />

de colisão. l<br />

30 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


TODOS<br />

OS CAMINHOS VÃO<br />

DAR AO PLATEAU TV<br />

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EM<br />

7|8|9 Maio 2021<br />

expoMECÂNICA - PORTO<br />

plateautv.pt<br />

/2021


Organização: <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> | Parceria: ATEC | Apoio: expoMECÂNICA<br />

FORMAÇÃO ONLINE<br />

SOLUÇÃO PARA<br />

TEMPOS DE CRISE<br />

OS MECATRÓNICOS SÃO PROFISSIONAIS QUE PRECISAM DE FORMAÇÃO CONTÍNUA, DE MODO A ESTAREM<br />

ATUALIZADOS COM AS NOVAS TECNOLOGIAS E OS NOVOS MÉTODOS DE REPARAÇÃO. A FORMAÇÃO ONLINE<br />

É A MELHOR SOLUÇÃO EM TEMPOS DE CONFINAMENTO E DISTANCIAMENTO SOCIAL<br />

Para aproveitar o tempo durante<br />

o período de quarentena, os<br />

mecatrónicos devem recorrer<br />

aos cursos de formação online que diversas<br />

entidades têm disponíveis nos<br />

seus sites, nomeadamente academias<br />

e centros de formação, assim como<br />

fabricantes de componentes, que disponibilizam<br />

Webinars e ações online<br />

gratuitas. Tratam-se de formações técnicas<br />

especializa<strong>das</strong> que permitem aos<br />

mecatrónicos adquirir novos conhecimentos<br />

em relação a muitas áreas,<br />

como os veículos elétricos e híbridos,<br />

gestão e organização da oficina ou<br />

ADAS. Relativamente a estes últimos,<br />

é importante que os mecatrónicos se<br />

familiarizem com estes sistemas avançados<br />

de assistência ao condutor, conseguindo<br />

mais conhecimentos e ferramentas<br />

para lidar com esta tecnologia,<br />

cada vez mais presente nos veículos<br />

modernos, e que se tornará, progressivamente,<br />

global nos próximos anos.<br />

As ações de formação online podem<br />

decorrer em formato de videoconferência,<br />

onde todos os participantes<br />

terão oportunidade de colocar as<br />

suas dúvi<strong>das</strong> e participar nas atividades<br />

propostas. À semelhança <strong>das</strong> formações<br />

presenciais, as horas despendi<strong>das</strong><br />

nestes cursos online poderão<br />

contar para o banco de horas anual<br />

obrigatório por lei, para cada colaborador<br />

da oficina. Os mecatrónicos<br />

devem encarar este tempo conturbado<br />

como uma oportunidade para<br />

apostar na formação e no desenvolvimento<br />

<strong>das</strong> suas competências, fundamentais<br />

para garantir a competitividade<br />

e a sustentabilidade futura.<br />

Diversas entidades estão a desenvolver<br />

um conjunto de cursos online por<br />

forma a dotar os profissionais de competências<br />

que os ajudem a fortalecer a<br />

sua atividade profissional e a <strong>das</strong> suas<br />

empresas. E são muitas as vantagens<br />

de fazer um curso totalmente digital<br />

a partir de casa ou da própria oficina.<br />

Para além de serem ministrados por<br />

formadores experientes, os participantes<br />

dos cursos online podem pedir<br />

para esclarecer dúvi<strong>das</strong> e exercícios em<br />

tempo real. Os horários são flexíveis e<br />

normalmente acordados entre todos<br />

os participantes. Com o aumento da<br />

concorrência no setor, é importante<br />

que as oficinas de reparação automóvel<br />

e os profissionais que lá trabalham<br />

se diferenciem no mercado, oferecendo<br />

um bom serviço, mas proporcionando,<br />

também, mais segurança ao<br />

cliente que procura sempre um serviço<br />

de qualidade, para, assim, ganhar a<br />

sua preferência.<br />

Com a formação online, as vantagens<br />

para a oficina são várias, começando<br />

por ganhar a confiança e a preferência<br />

dos clientes, sendo também<br />

possível obter vantagem competitiva<br />

em relação aos concorrentes que não<br />

apostam no e-learning.<br />

As plataformas de e-learning são<br />

desenvolvi<strong>das</strong> com as mais recentes<br />

tecnologias, sendo permanentemente<br />

atualiza<strong>das</strong>. É, por isso, uma<br />

plataforma multidispositivo, que se<br />

adapta a todos os dispositivos, ou<br />

seja, pode ser acedida a partir de um<br />

computador, tablet ou smartphone.<br />

A qualquer hora e em qualquer lugar.<br />

O conhecimento está sempre a evoluir<br />

e os conteúdos de aprendizagem<br />

estão em constante atualização. l<br />

32 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MASTER<br />

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EM<br />

FINAL<br />

2021<br />

7|8|9 Maio 2021<br />

expoMECÂNICA - PORTO<br />

melhormecatronico.pt<br />

3 DIAS<br />

DE COMPETIÇÃO AO VIVO<br />

/2021


Organização: <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> | Parceria: POLIVALOR | Apoio: expoMECÂNICA<br />

DIGITALIZAÇÃO DAS OFICINAS<br />

O GRANDE DESAFIO<br />

NESTE MOMENTO DIFÍCIL E ÚNICO QUE AS OFICINAS ESTÃO A ATRAVESSAR, É TEMPO DE OS PROPRIETÁRIOS<br />

ANALISAREM O ESTADO DAS SUAS EMPRESAS E ENCONTRAREM NOVAS FERRAMENTAS PARA MANTER E MELHORAR<br />

OS SERVIÇOS QUE PRESTAM AOS CLIENTES. A DIGITALIZAÇÃO É, SEM DÚVIDA, UMA DELAS<br />

A<br />

situação de contingência e de<br />

distanciamento social que,<br />

hoje, vivemos, veio provar que<br />

a digitalização <strong>das</strong> oficinas é um fator<br />

essencial para as empresas serem<br />

mais eficazes e eficientes. Mesmo sem<br />

o cliente estar presencialmente com o<br />

seu mecânico, se todos os processos<br />

de receção, orçamentação, reparação<br />

e entrega <strong>das</strong> viaturas forem digitalizados,<br />

o serviço pode ser efetuado<br />

sem problemas de maior. São muitos<br />

os especialistas do setor (e fora dele)<br />

que não deixam de referir que a digitalização<br />

já é uma obrigação empresarial<br />

para sobreviver no mercado. No<br />

entanto, ainda há quem tenha dúvi<strong>das</strong><br />

sobre as suas vantagens.<br />

O custo do investimento é visto como<br />

um dos principais obstáculos para<br />

proceder à transformação digital dos<br />

negócios. No entanto, está provado<br />

que o processo fará aumentar os benefícios<br />

da oficina. Neste sentido, convém<br />

referir que a digitalização é um<br />

investimento a médio e longo prazos.<br />

Numa primeira fase, implica não só<br />

um esforço financeiro, mas, também,<br />

de formação da equipa e de adaptação<br />

a novas dinâmicas de trabalho. No entanto,<br />

as oportunidades que se abrem<br />

para o negócio valem a pena: melhoria<br />

dos processos produtivos, agilidade na<br />

resposta às necessidades do mercado e<br />

na renovação tecnológica, maior capacidade<br />

de decisão ou, inclusivamente,<br />

abertura de novas opções de negócio.<br />

De facto, ignorar o processo de digitalização<br />

já não é uma opção para muitos<br />

empresários, que consideram que,<br />

se não procederem a esta transição,<br />

lhes será impossível cumprir os seus<br />

objetivos de negócio. Uma <strong>das</strong> vantagens<br />

da digitalização dos negócios<br />

é a melhoria na comunicação com<br />

os clientes. Graças à simples criação<br />

de um site, terá um ponto de contacto<br />

disponível 24 horas por dia e sete<br />

dias por semana. Deste modo, a possibilidade<br />

de ser solicitada marcação<br />

prévia online, algo muito valorizado<br />

pelos clientes, aumenta as probabilidades<br />

de atrair novos consumidores<br />

que acedam ao site. Conseguir dar<br />

uma resposta satisfatória, ser mais<br />

ágil na prestação do serviço, facilitar<br />

os processos de compra e disponibilizar<br />

soluções tecnológicas, serão aspetos<br />

cruciais no futuro <strong>das</strong> oficinas.<br />

Do mesmo modo, a capacidade de<br />

fidelização aumenta, visto que a digitalização<br />

permite conhecer melhor as<br />

necessidades do utilizador e, assim,<br />

possibilita a realização de campanhas<br />

promocionais destina<strong>das</strong> a diferentes<br />

grupos de utilizadores. A entrada da<br />

digitalização não se trata apenas de<br />

facilitar o trabalho. A digitalização<br />

permite avaliar processos, reunir dados,<br />

analisar melhor cada passo que<br />

se dá e identificar erros para melhorar<br />

o funcionamento da oficina. Um<br />

detalhe que é tudo menos insignificante,<br />

tendo em conta que o tempo<br />

despendido em cada operação na oficina<br />

é fundamental. l<br />

34 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MASTER<br />

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EM<br />

FINAL<br />

2021<br />

7|8|9 Maio 2021<br />

expoMECÂNICA - PORTO<br />

challengeoficinas.pt<br />

O MAIOR DESAFIO<br />

DO ANO PARA EQUIPAS OFICINAIS<br />

/2021


empresas


GAMOBAR PEÇAS<br />

PLAYER DE REFERÊNCIA<br />

NA DISTRIBUIÇÃO<br />

A GAMOBAR PEÇAS É UM PLAYER DE REFERÊNCIA NO MERCADO NACIONAL DA DISTRIBUIÇÃO DE<br />

COMPONENTES. A DISTRIGO, PLACA DO GROUPE PSA, TEM AJUDADO AO GRANDE CRESCIMENTO DA<br />

EMPRESA LIDERADA POR PEDRO SANTOS por João Vieira<br />

Corria o ano de 2004 quando o Grupo Gamobar,<br />

que inclui concessionários de várias marcas<br />

de automóveis e que foi, inclusivamente,<br />

importador da Peugeot para a região norte do país,<br />

criou a Gamobar Peças para fornecer componentes a<br />

essas mesmas concessões. Dado o sucesso da empresa<br />

e a ligação ao Groupe PSA, passou a operar sobre<br />

a marca Distrigo a partir de 2017. No tom simpático<br />

e afável que o caracteriza, Pedro Santos, diretor da<br />

Gamobar Peças, explicou ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> o sucesso<br />

da empresa que lidera e os objetivos traçados<br />

para o presente e futuro.<br />

A Gamobar Peças foi a primeira placa de distribuição<br />

do Groupe PSA (Peugeot, Citroën, DS e Eurorepar) a<br />

envergar a imagem Distrigo em Portugal, na sequência<br />

da aposta do “gigante” da indústria automóvel<br />

francesa em novas áreas, enquanto fornecedor global<br />

de mobilidade e operador multimarca. Com sede<br />

no Porto, mais concretamente na Rua Eng.° Ferreira<br />

Dias, na Zona Industrial, ocupando um total de<br />

4.000 m 2 , com parque automóvel e ampla área de<br />

atendimento, além de um centro de distribuição nas<br />

instalações de Lisboa, a Gamobar Peças é, hoje, pela<br />

sua modernas infraestruturas e capacidade logística,<br />

uma referência no mercado português.<br />

Pedro Santos, diretor da Gamobar Peças, não é homem<br />

de meias palavras. Vê-se que gosta de comunicar,<br />

principalmente sobre o sucesso da empresa que<br />

lidera e que tem sabido crescer dentro do panorama<br />

do aftermarket nacional sob a égide do Groupe<br />

PSA. Na entrevista concedida ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

praticamente não foi preciso fazer perguntas. Pedro<br />

Santos conseguiu antecipar o que íamos perguntar e<br />

foi comentando o percurso da empresa. “A Gamobar<br />

Peças foi criada em 2004 para fornecer componentes<br />

para o Groupe PSA, mas, também, para começar<br />

a trabalhar o canal independente. Não somos uma<br />

empresa independente, pois estamos debaixo da alçada<br />

da Gamobar, S.A. Temos contas de exploração<br />

autónomas porque estamos divididos em unidades<br />

de negócio. Mas a Gamobar é só uma marca e um<br />

nome comercial”, explica Pedro Santos.<br />

Universo em expANSÃO<br />

Atualmente, operam 65 pessoas na Gamobar Peças.<br />

Em 2004, quando a empresa começou, eram menos<br />

de 20 colaboradores. Ou seja, o crescimento foi exponencial<br />

desde essa altura, não só no capital humano,<br />

mas, também, na dimensão <strong>das</strong> instalações. Todavia,<br />

o processo não foi fácil. “Em 2007, começámos a mudar<br />

de instalações, onde interagimos com a empresa<br />

de aftermarket Europeças. Entretanto, chegou a crise<br />

e, em 2012, voltámos a mudar de local de forma<br />

a reduzimos, drasticamente, os custos operacionais”,<br />

revela Pedro Santos. Que prossegue: “Corria o ano<br />

de 2015 quando o Groupe PSA apresentou o projeto<br />

Distrigo, que foi, desde logo, aceite dada a ambição<br />

do mesmo. A mudança para as novas instalações<br />

aconteceu em dezembro de 2016. Em 2017, começa,<br />

então, o projeto PSA. Inicialmente apenas como<br />

PCD (Peugeot, Citroën, DS) e, em 2020, com a inclusão<br />

da Opel e da Chevrolet”.<br />

Apesar da expansão do grupo, a identidade da Gamobar<br />

Peças não se perdeu. “Estamos apenas sobre<br />

alçada da Distrigo, que distribui as peças <strong>das</strong><br />

marcas do Groupe PSA. Mas também temos peças<br />

BMW, MINI, Fiat, Alfa Romeo, Lancia, Chrysler,<br />

Jeep, Dodge, Renault e SsangYong. São estas as<br />

marcas que distribuímos sob a chancela da Gamobar<br />

Peças”, frisa Pedro Santos. A empresa tem,<br />

por isso, grande dimensão, funcionando como uma<br />

central de peças. Até porque a maioria dos colaboradores<br />

estão localizados no edifício da Gamobar<br />

Peças. As instalações de Lisboa abriram em 2014 e<br />

vão ser aumenta<strong>das</strong> com um segundo piso já este<br />

ano, porque o negócio não para e o crescimento é<br />

uma <strong>das</strong> prioridades da empresa.<br />

Três canais de distribuição<br />

Pedro Santos continua o seu discurso a reforçar o<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 37


sucesso da empresa e fala sobre os três canais de distribuição:<br />

as oficinas do grupo, os reparadores independentes<br />

e os reparadores autorizados, sendo que<br />

estes têm um delegado de zona que os acompanha<br />

regularmente. Mas o nosso interlocutor prefere separar<br />

a rede Eurorepar Car Service destes canais. São<br />

já perto de 170 os aderentes a nível nacional (continente<br />

e ilhas) e a Gamobar Peças abastece mais de<br />

um terço. A angariação dos membros Eurorepar Car<br />

Service foi simplificada. “Trata-se de reparadores<br />

independentes que foram abordados por nós, onde<br />

lhes dissemos que tínhamos um excelente projeto<br />

sob alçada do Groupe PSA. Assim que aceitaram,<br />

entraram na rede, que definiu, em conjunto com o<br />

aderente, toda uma imagem corporativa, entre outros<br />

aspetos”, revela.<br />

Pedro Santos acrescenta que “a rede que é visitada<br />

quer pelos nossos vendedores quer pelos responsáveis<br />

da Eurorepar Car Service, passou a beneficiar <strong>das</strong><br />

mais-valias do projeto, como a formação, a linha de<br />

apoio técnico, os softwares específicos e, obviamente,<br />

o fornecimento de peças e até <strong>das</strong> convenções que já<br />

realizamos no âmbito da expoMECÂNICA”. E dado<br />

o adiamento da feira para 2021, “iremos realizar a<br />

3.ª Convenção num ambiente diferente, novamente<br />

para nos diferenciarmos da concorrência. Percebe-se<br />

que os clientes gostam daquilo que fazemos”, orgulha-se<br />

Pedro Santos.<br />

Apesar disso, o processo de angariação de oficinas<br />

continua. A marca tem três anos e está em evolução<br />

contínua, sempre com projetos novos. Mas dentro da<br />

Eurorepar, Pedro Santos gosta de separar as águas.<br />

Há a rede Eurorepar Car Service e as peças Eurorepar.<br />

To<strong>das</strong> as oficinas que aderem à rede Eurorepar<br />

Car Service mantêm o seu nome, até porque é através<br />

dele que são conheci<strong>das</strong> nas suas áreas de influência.<br />

“O nosso call center, por exemplo, tem especialistas<br />

em peças Eurorepar e outros para as marcas OEM.<br />

Felizmente, a rede Eurorepar Car Service continua a<br />

aumentar e há alguns clientes que vêm ter connosco<br />

para se inteirarem do projeto. Angaria<strong>das</strong> por nós,<br />

são cerca de 50 oficinas. E estamos satisfeitos com o<br />

projeto”, enfatiza Pedro Santos. Mas há muito mais<br />

para contar e o diretor da Gamobar Peças não hesita.<br />

“Temos, também, gamas de peças reconstruí<strong>das</strong> <strong>das</strong><br />

marcas OEM e queremos ter todos os sistemas informáticos<br />

integrados”, adianta.<br />

Digitalização de processos<br />

Para 2020, um dos projetos que está em cima da<br />

mesa é a alteração do modelo logístico existente,<br />

que inclui uma nova aplicação. Através deste projeto,<br />

a empresa pretende economizar dinheiro e recursos.<br />

Pedro Santos explica: “As marcas definem<br />

os PVP e as letras de desconto, ou seja, a nossa<br />

margem. Toda a restante política comercial pode<br />

ser nossa. Mas também não nos podemos esquecer<br />

que o mercado regula os descontos.... Como tal, só<br />

conseguimos criar valor nos serviços que prestamos.<br />

O nosso objetivo é a criação de valor a partir<br />

da redução dos custos, tornando-nos mais eficientes<br />

sempre com o foco no serviço que prestamos<br />

aos clientes”. Ainda no decorrer deste ano, será<br />

reformulado o portal da empresa e implementada<br />

uma nova central telefónica. Mas as novidades não<br />

ficarão por aqui.<br />

Hoje, grande parte <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> são inseri<strong>das</strong><br />

a partir de plataformas. E a empresa sabe perfeitamente<br />

que quem tiver o melhor preço, é quem vende.<br />

“É preciso racionalizar os custos que vamos ter com<br />

o novo portal e perceber qual o desconto a fazer. Isso<br />

é o que vale atualmente. Se o cliente for bem atendido,<br />

fica connosco. Não temos segredos. Divulgamos<br />

sempre a referência e o cliente, depois, pesquisa o<br />

que quiser e onde quiser. Não o impedimos. O objetivo<br />

é ter um relacionamento transparente. Se o cliente<br />

quiser pagar o que pedimos pela peça, é porque reconhece<br />

a nossa qualidade e o serviço que prestamos”,<br />

frisa.<br />

Trajetória de crescimento<br />

O ano de 2020 será fértil em novidades para a Gamobar<br />

Peças, que foi a primeira empresa de peças<br />

a utilizar a plataforma WhatsApp de forma profissional.<br />

Através de mensagem escrita, que pode ser<br />

complementada com foto, o cliente pede o preço<br />

de uma peça e a empresa faculta-o. Trata-se de um<br />

A GAMOBAR PEÇAS FOI A PRIMEIRA PLACA DE DISTRIBUIÇÃO<br />

DO GROUPE PSA (PEUGEOT, CITROËN, DS E EUROREPAR) A<br />

ENVERGAR A IMAGEM DISTRIGO EM PORTUGAL<br />

38 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


O ANO DE 2020 SERÁ FÉRTIL EM NOVIDADES PARA A<br />

EMPRESA LIDERADA POR PEDRO SANTOS, QUE FOI PIONEIRA<br />

NA UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP DE FORMA PROFISSIONAL<br />

projeto muito apelativo que consiste numa novidade<br />

absoluta no mercado. A juntar a esta, há ainda o<br />

crescimento constante da gama de peças Eurorepar,<br />

que contempla baterias, pneus e lubrificantes. Tudo<br />

com qualidade acima da média, uma vez que, apesar<br />

de ostentarem a marca Eurorepar, são produtos concebidos<br />

por fabricantes de renome. “Os fornecedores<br />

por detrás dessas linhas são fabricantes de marcas<br />

premium. A aposta feita pelo Groupe PSA foi muito<br />

boa, ao procurar os melhores fornecedores com os<br />

melhores preços”, esclarece Pedro Santos.<br />

Do responsável, quisemos saber ainda o que pensa<br />

ele acerca da atual cadeia de fornecimento de peças<br />

(fabricante, distribuidor, retalhista, oficina) e<br />

sobre as garantias e devoluções, encarados como<br />

grandes “problemas” deste negócio. Sobre o primeiro<br />

tema, a resposta foi perentória: “Apesar de o<br />

Groupe PSA ter sido algo fundamentalista no corte<br />

dessas cadeias, a casa de peças tradicional não<br />

vai terminar, vai-se manter. É um conceito antigo<br />

e é uma tradição. A proximidade com o cliente é<br />

muito importante. Quero que as pessoas saibam<br />

com quem falam quando pedem as peças. Queremos<br />

que nos reconheçam como um fornecedor de<br />

serviços e não apenas como uma “peça”. To<strong>das</strong> as<br />

empresas de peças fornecem filtros, mas nós fornecemos<br />

filtros e ouvimos os clientes”.<br />

Em relação à segunda questão, Pedro Santos também<br />

não tem quaisquer dúvi<strong>das</strong>: “É um dos problemas<br />

do nosso negócio. Vou separar isto em duas áreas.<br />

Nas garantias, temos de respeitar os procedimentos<br />

da marca. Na maior parte <strong>das</strong> garantias, os clientes<br />

têm de dirigir-se aos reparadores autorizados e eles<br />

GAMOBAR PEÇAS<br />

Diretor Pedro Santos<br />

Sede Rua Eng.° Ferreira Dias, 1010<br />

4100 - 246 Porto<br />

Telefone 226 152 700<br />

Email pecas&acessorios@gamobar.pt<br />

Site www.gamobarpecas.pt<br />

têm os procedimentos para ativar as garantias. Mas<br />

a Gamobar Peças também ajuda os seus reparadores<br />

para que os problemas sejam resolvidos o mais<br />

rapidamente possível. Já nas devoluções, estamos a<br />

melhorar o portal no sentido de facilitar esse pedido.<br />

Queremos que to<strong>das</strong> as devoluções sejam feitas através<br />

do portal, que tem tudo o que é preciso para as<br />

fazer. O volume é grande e, por isso, temos dois colaboradores<br />

a tempo inteiro só para gerir devoluções”.<br />

Na questão da logística, para além <strong>das</strong> entregas tradicionais,<br />

com duas a três “voltas” por dia, a empresa<br />

tem uma carga aérea diária para Madeira e Açores.<br />

E dispõe ainda de um serviço expresso de moto, em<br />

que, dentro de hora e meia e num raio de 30 km,<br />

faz a entrega ao cliente. Para Pedro Santos, a moto<br />

funciona melhor do que o automóvel nos serviços<br />

expressos. Todavia, tanto carrinhas como motos são<br />

forneci<strong>das</strong> em regime de outsourcing para se focarem<br />

no negócio. O sucesso da Gamobar Peças é comprovado<br />

pelo crescimento da sua faturação, que, desde<br />

2017 (ano em que foi selecionada pelo Groupe PSA<br />

para passar a operar sob a marca Distrigo), não tem<br />

parado de subir. “Servimos bem o cliente. Ainda assim,<br />

não somos perfeitos. Existem sempre melhorias<br />

a fazer”, conclui Pedro Santos. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 39


entrevista<br />

RODRIGO FERREIRA DA SILVA, PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ARAN<br />

TODOS VAMOS PRECISAR<br />

DE TODOS PARA<br />

ULTRAPASSAR ESTA CRISE<br />

40 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ELEITO HÁ, PRECISAMENTE, UM ANO, RODRIGO FERREIRA DA SILVA,<br />

PRESIDENTE DA DIREÇÃO, É O ROSTO DA “NOVA” ARAN. EM GÉNERO<br />

DE BALANÇO DO SEU (AINDA CURTO) REINADO, CONCEDEU UMA<br />

ENTREVISTA AO JORNAL DAS OFICINAS, NUMA ALTURA EM QUE O<br />

SETOR AUTOMÓVEL ATRAVESSA, PORVENTURA, O PERÍODO MAIS<br />

NEGRO DA SUA HISTÓRIA. UMA CERTEZA, PORÉM, EXISTE: A ARAN TUDO<br />

FARÁ PARA A ALMEJADA RECUPERAÇÃO. ATÉ PORQUE, COMO REFERE<br />

O SEU RESPONSÁVEL MÁXIMO, “TODOS VAMOS PRECISAR DE TODOS<br />

PARA ULTRAPASSAR ESTA CRISE” por Bruno Castanheira<br />

ARAN (Associação Nacional do<br />

Ramo Automóvel) nasceu a 29<br />

de maio de 1940 sob o nome Grémio<br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> de Reparação de<br />

Automóveis e Indústrias Anexas<br />

do Norte, através de alvará que<br />

aprova os seus estatutos, área<br />

geográfica e âmbito de atividade,<br />

emitido pelo Sub-Secretariado<br />

de Estado e Previdência Social. A<br />

história deste organismo de utilidade pública fica,<br />

invariavelmente, marcada pelo seu ex-líder, António<br />

Teixeira Lopes, que faleceu, em Paris, no dia<br />

20 de outubro de 2017, quando se preparava para<br />

assumir a presidência da Associação Europeia de<br />

Reparadores de Automóveis. Apesar desta enorme<br />

perda, a ARAN manteve-se inabalável na defesa dos<br />

interesses do setor, em geral, e dos seus associados,<br />

em particular, colhendo os frutos dos ensinamentos<br />

deixados por António Teixeira Lopes.<br />

Agora, em 2020, ano em que comemora oito déca<strong>das</strong><br />

de existência, a associação apresenta-se<br />

com uma nova imagem, depois de, em maio de<br />

2019, Rodrigo Ferreira da Silva ter sido eleito o<br />

novo presidente da direção. O rebranding de que<br />

a ARAN foi alvo (novo tipo de letra, novas cores)<br />

teve como base a identificação dos aspetos mais representativos<br />

da sua antiga identidade visual, bem<br />

como a incorporação de novos elementos, mais<br />

vinculativos ao setor. “Precisávamos de mostrar<br />

que queremos evoluir. Não esquecemos a nossa<br />

história, riquíssima, no apoio aos associados e ao<br />

setor, mas tínhamos de deixar bem claro que estamos<br />

prontos a adaptar-nos para podermos preparar<br />

o futuro”. As palavras de Rodrigo Ferreira da<br />

Silva, presidente da direção, aquando da apresentação<br />

da nova imagem da associação, assumem,<br />

hoje, mais do que nunca, outra dimensão. Quanto<br />

mais não seja porque o setor atravessa, porventura,<br />

o período mais negro da sua história devido à crise<br />

do novo coronavírus, que está a obrigar o mundo a<br />

adaptar-se numa altura em que Portugal prepara o<br />

regresso à normalidade possível. Mesmo em tempos<br />

de pandemia, em que é difícil traçar cenários<br />

devido às incertezas que pairam sobre o futuro, o<br />

responsável máximo da ARAN concedeu uma entrevista<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em género de balanço<br />

do seu (ainda curto) reinado.<br />

Há quanto tempo desempenha o cargo de<br />

Presidente da Direção da ARAN e que balanço<br />

faz do seu (ainda curto) percurso?<br />

Fui eleito em maio de 2019. Há, precisamente, um<br />

ano. De facto, ainda é cedo para fazer um balanço<br />

muito minucioso, mas considero que as bases<br />

do trabalho para os próximos anos estão lança<strong>das</strong>.<br />

Toda a equipa da ARAN esteve envolvida na construção<br />

de um novo plano estratégico para os tempos<br />

vindouros. É fundamental ter objetivos claros,<br />

atualizados e bem definidos do que queremos para<br />

a nossa associação.<br />

O que recorda de António Teixeira Lopes,<br />

ex-presidente da ARAN, falecido em outubro<br />

de 2017, que, durante anos, se bateu pela defesa<br />

dos interesses do setor?<br />

Em primeiro lugar, recordo a amizade. Era um<br />

bom amigo, sempre preocupado com os outros.<br />

Conheci-o há muitos anos, no tempo em que ele<br />

era o diretor da filial da Mitsubishi Motors, no<br />

Porto, na década de 90. Desenvolveu um fantástico<br />

trabalho na ARAN. Sem a liderança dele, nada<br />

do que temos projetado para o futuro seria possível.<br />

Vai ser sempre recordado como um grande<br />

presidente e um acérrimo defensor do setor automóvel<br />

que ele tanto adorava.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 41


Rodrigo Ferreira<br />

da Silva<br />

A ARAN conta já com oito déca<strong>das</strong><br />

de existência. Quais considera terem<br />

sido os pontos altos na história da<br />

associação?<br />

Em 80 anos, são muitos os pontos<br />

altos. A atribuição de utilidade pública,<br />

o reconhecimento como entidade<br />

formadora pela DGERT, a certificação<br />

ISO 9001:2015, os eventos,<br />

os congressos, o reconhecimento nacional<br />

e internacional, as conquistas<br />

junto dos diversos governos e instituições...<br />

Sempre na defesa do setor.<br />

Foram (e são) tantos os pontos altos,<br />

que, mesmo apontando alguns, corro<br />

o risco de estar a ser injusto por não<br />

mencionar outros.<br />

Os 80 anos da ARAN ficam marcados,<br />

invariavelmente, pelo lançamento da<br />

nova imagem, que pretende ilustrar a<br />

postura da associação, virada para o<br />

futuro. De que forma a tranquilidade, a<br />

serenidade e a harmonia dos tons de<br />

azul do logótipo aponta<strong>das</strong> pelo<br />

designer que o elaborou, se coadunam<br />

com a postura da ARAN?<br />

A agência de comunicação por nós escolhida,<br />

OPAL, fez um fantástico trabalho.<br />

O nosso objetivo era claro: sem<br />

perder a identidade do passado, projetar<br />

o futuro. Consideramos que foi<br />

plenamente atingido. Estamos muito<br />

contentes com o resultado final. Mas<br />

deu muito trabalho e não foi consensual.<br />

Mesmo até a última proposta.<br />

O lançamento do novo logótipo da<br />

ARAN coincidiu com o arranque de<br />

vários projetos da associação para<br />

2020. Tencionam retomá-los assim<br />

que for possível ou serão forçados a<br />

repensar toda a estratégia?<br />

Sim, tínhamos um ano repleto de<br />

eventos, de atividades e de viagens.<br />

De repente, tudo mudou. Íamos<br />

começar com uma viagem ao Salão<br />

de Genebra, por exemplo, seguindo-<br />

-se o congresso em junho, no Sheraton<br />

Porto Hotel & Spa. Dito isto, a<br />

estratégia mantém-se mas o calendário<br />

vai mudar. A saúde e a segurança<br />

estão sempre em primeiro lugar.<br />

Portugal, em geral, e o setor<br />

automóvel, em particular,<br />

atravessam, hoje, porventura, o<br />

período mais difícil da história<br />

Que relatos e pedidos de auxílio têm<br />

chegado à ARAN por parte <strong>das</strong><br />

empresas associa<strong>das</strong>, em particular<br />

<strong>das</strong> oficinas?<br />

Uma <strong>das</strong> grandes preocupações nos<br />

primeiros dias e semanas, foi a dificuldade<br />

de acesso a materiais de proteção<br />

individual, como, por exemplo,<br />

máscaras e desinfetantes de todo o<br />

tipo. Não havia stock suficiente e os<br />

preços começaram a ser inflacionados<br />

pelos vendedores. Conseguimos<br />

estabelecer parcerias para comprar<br />

estas mercadorias (máscaras, desinfetantes)<br />

e assumimos todos os cusmoderna<br />

devido à crise do novo<br />

coronavírus. Como olha a ARAN para<br />

toda esta situação?<br />

Ainda é muito cedo para termos um<br />

diagnóstico completo. O certo é... a<br />

incerteza. Mas uma certeza temos:<br />

enquanto não houver uma vacina,<br />

o novo “normal” vai ser devastador<br />

para a economia mundial. Estamos<br />

todos (pessoas e empresas) em modo<br />

“sobrevivência”.<br />

No dia 18 de março, a ARAN, num<br />

comunicado conjunto com outras<br />

três associações do setor,<br />

manifestou a sua preocupação<br />

relativamente à crise desencadeada<br />

pela pandemia de Covid-19.<br />

Considera que as medi<strong>das</strong> toma<strong>das</strong><br />

pelo Governo até agora são<br />

suficientes para ajudar o ramo<br />

automóvel a ultrapassar esta<br />

situação?<br />

Não estamos muito longe do que é<br />

necessário. Não somos líricos, sabemos<br />

que os recursos são limitados.<br />

Contudo, a resposta está a demorar<br />

muito e é, claramente, insuficiente.<br />

As empresas precisam de liquidez<br />

para não entrarem em rutura. A liquidez<br />

é o oxigénio da economia.<br />

Sem ele, nada sobrevive.<br />

Concorda com a decisão do Governo<br />

de manter todos os estabelecimentos<br />

de comércio de peças a funcionar<br />

durante o Estado de Emergência, tal<br />

como os serviços de manutenção e<br />

reparação de veículos?<br />

Claro que sim. Não podia ser de<br />

outra maneira. São serviços essenciais<br />

ao funcionamento de Portugal.<br />

PUB


SUSPENDEMOS A COBRANÇA DE QUOTAS DURANTE TRÊS<br />

MESES DE MODO A AJUDAR A ALIVIAR A TESOURARIA DAS<br />

EMPRESAS NOSSAS ASSOCIADAS NESTA FASE DIFÍCIL<br />

tos de transporte perante os nossos<br />

associados. Também suspendemos a<br />

cobrança de quotas durante três meses<br />

para ajudar a aliviar a tesouraria<br />

<strong>das</strong> empresas associa<strong>das</strong>, no momento<br />

de queda a pique do volume<br />

de negócios.<br />

Que futuro perspetiva a ARAN para o<br />

setor automóvel, sabendo-se que o<br />

país não voltará, porventura, a ser o<br />

mesmo depois desta pandemia, a<br />

começar pela própria forma como as<br />

pessoas (e os negócios) se<br />

relacionarão?<br />

Vamos todos ter de nos adaptar. Mas<br />

nós, portugueses, somos particularmente<br />

bons nisso. Depois do impacto<br />

inicial, centrado na saúde pública<br />

e na contenção do vírus, as empresas<br />

já estão a preparar o regresso ao<br />

novo “normal”. Nesta fase, o foco vai<br />

ser muito operacional: como vamos<br />

regressar e quais são as medi<strong>das</strong> fundamentais<br />

para as empresas garantirem<br />

a segurança de clientes e colaboradores.<br />

Por último, mas ainda sem<br />

fim à vista, promover a confiança e<br />

estimular o consumo. Sem estímulos<br />

ao consumo interno, não vamos<br />

recuperar em tempo “útil”.<br />

No entender da ARAN, as peritagens<br />

“caseiras” fragilizam oficinas e<br />

famílias. Gostava que se<br />

pronunciasse sobre esta matéria e,<br />

já agora, sobre o comunicado<br />

referente ao aditamento ao regime<br />

de prestação de serviços essenciais<br />

de inspeção de veículos...<br />

Não é possível fazer uma peritagem<br />

com as mesmas condições em casa de<br />

um cliente e numa oficina. A oficina<br />

é fundamental para garantir, tecnicamente,<br />

a reparação e atua como um<br />

defensor do sinistrado. E, nesta altura,<br />

em que milhares de pessoas estão<br />

em lay-off e com muitas incertezas<br />

em relação ao seu futuro, a tentação<br />

de aceitar uma indeminização diretamente<br />

da companhia de seguros pode<br />

ser muito grande. Assim, nem a oficina<br />

repara a viatura (numa altura crucial<br />

que pode significar mais despedimentos<br />

ou situações de lay-off), nem<br />

o cliente fica com a viatura reparada.<br />

Mais tarde, quando o cliente quiser,<br />

porventura, reparar, vai ter de suportar<br />

o IVA da reparação, visto que as<br />

indeminizações estão isentas de IVA.<br />

Todos perdem. Menos a companhia<br />

de seguros, que poupa. Neste caso, o<br />

IVA. A alteração da Portaria n.° 80-<br />

A/2020, de 25 de março, sugerida<br />

pela ARAN, após contacto com os<br />

seus associados, permitiu às empresas<br />

inspecionar veículos que tinham<br />

em reparação há algum tempo e com<br />

a Inspeção Técnica de Veículos (obrigatória)<br />

não regularizada antes de 13<br />

de março de 2020. Com a inspeção e<br />

a entrega destes veículos, as empresas<br />

conseguiram finalizar um serviço nesta<br />

altura de pandemia.<br />

Que mensagem de esperança quer<br />

deixar para o futuro, numa altura em<br />

que o setor (e o país) preparam o<br />

regresso à normalidade possível?<br />

A primeira mensagem, é união. Todos<br />

vamos precisar de todos para ultrapassar<br />

esta crise. Devemos estar, como<br />

nunca, comprometidos: Governo, associações,<br />

sindicatos, empresas e colaboradores.<br />

Para, juntos, construirmos<br />

compromissos de médio e longo prazos<br />

de modo a sairmos desta crise da<br />

“melhor” maneira possível. Os desafios<br />

do setor já eram enormes mesmo antes<br />

da pandemia. A solução depende<br />

de todos e ninguém pode ficar para<br />

trás. O mundo não ficará igual, mas<br />

tal não significa que não possa ficar<br />

melhor depois de superada a crise. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 43


empresa<br />

PLR GROUP<br />

PEÇAS JAGUAR ONLINE<br />

O NOVO SITE DE PEÇAS JAGUAR, LANÇADO A 12 DE MARÇO, É UMA DAS GRANDES APOSTAS DA PLR PARA<br />

2020. EM DOIS ANOS, ESTA PLATAFORMA PODERÁ REPRESENTAR PERTO DE 10% DAS VENDAS DA EMPRESA<br />

DE TORRES VEDRAS, ACREDITA O GERENTE, RUI PINTO por Jorge Flores<br />

A<br />

PLR surgiu no mercado nacional em 2008,<br />

com sede em Torres Vedras, e apostou, desde<br />

muito cedo, na sua loja online: www.<br />

pecaslandrover.com. Com mais de 15 mil clientes<br />

registados no site, “2019 foi um ano de mudança<br />

para novas e modernas instalações”, começa por<br />

explicar Rui Pinto, gerente da empresa, em entrevista<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. “Essa mudança permitiu-nos<br />

a possibilidade de expandir o negócio a<br />

outras marcas”, acrescenta. Cumprindo as regras<br />

de confinamento impostas pelo novo coronavírus,<br />

Rui Pinto não deixa de revelar pormenores sobre<br />

a grande novidade da empresa este ano: o site de<br />

Peças Jaguar. “A Jaguar é uma empresa do Grupo<br />

JLR (Jaguar Land Rover). Com o lançamento de<br />

novos modelos da marca, a necessidade de peças<br />

de substituição é, também, mais elevada. Sendo<br />

especialistas em peças para Land Rover e sendo algumas<br />

<strong>das</strong> peças partilha<strong>das</strong> entre as duas marcas,<br />

fez todo o sentido avançar para a criação desta loja<br />

online. Paralelamente, fomos, também, incentivados<br />

por diversos clientes da PLR a fazê-lo, pois,<br />

por diversas vezes, sentiam necessidade de adquirir<br />

peças Jaguar”, adianta.<br />

Quanto representam para a PLR, em termos percentuais,<br />

as peças Jaguar? “A loja foi lançada a 12<br />

de março e as ven<strong>das</strong> são ainda residuais, compara<strong>das</strong><br />

com as da Land Rover. De qualquer forma, o<br />

projeto prevê que, em dois anos, possa representar<br />

cerca de 10% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> da PLR”, preconiza Rui<br />

Pinto.<br />

PLR GROUP<br />

GERENTE Rui Pinto<br />

SEDE Zona Industrial do Pinhal de Cascais,<br />

510, 2560 - 123 Ponte do Rol<br />

TELEFONE 261 099 405<br />

Email info@pecasjaguar.com<br />

Site www.pecasjaguar.com<br />

Um cliente, um amigo<br />

O gerente da PLR tem eleva<strong>das</strong> expectativas em<br />

relação ao novo site de peças Jaguar. “As ven<strong>das</strong><br />

online de peças para automóveis terão tendência a<br />

incrementar nos próximos anos. De qualquer forma,<br />

as nossas lojas online distinguem-se da concorrência<br />

pelo atendimento telefónico que proporcionam,<br />

pelo aconselhamento e pelo atendimento<br />

personalizado, que não existe em lojas semelhantes.<br />

Para nós, cada cliente é um amigo e a abertura<br />

à nova marca faz com que a fidelização do cliente<br />

seja mais elevada”, garante.<br />

Fator distintivo é ainda a particularidade de o site<br />

ter sido desenvolvido in house. Outra <strong>das</strong> mais-valias<br />

da PLR no mercado. “Com a evolução da empresa,<br />

tornou-se necessário ter um departamento<br />

de informática e programação interno. Neste momento,<br />

o departamento constrói e gere os sites do<br />

Grupo PLR”, conta. Em relação às características e<br />

funcionalidades do novo site, Rui Pinto mostra-se<br />

ponderado. “Na nossa opinião, não existe muito<br />

por inventar nas lojas online. Na verdade, o site<br />

destaca-se pela possibilidade de consulta de cerca<br />

de 100 mil referências Jaguar, pelo atendimento<br />

personalizado que proporciona e pela possibilidade<br />

de publicar, no momento, imagens do manual<br />

de peças oficial da marca, de forma a que seja mais<br />

fácil ao cliente identificar a peça de que necessita.<br />

Esta funcionalidade aumenta o nosso índice<br />

de produtividade, bem como o do nosso cliente”,<br />

conclui. l<br />

44 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


FATOR DISTINTIVO É AINDA A PARTICULARIDADE DE O SITE<br />

TER SIDO DESENVOLVIDO IN HOUSE, OUTRA DAS MAIS-<br />

VALIAS DA PLR GROUP NO MERCADO


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

SOULIMA, S.A.<br />

HUGO TAVARES É O NOVO DIRETOR-GERAL<br />

A<br />

administração da Soulima, S.A. anunciou a<br />

entrada na empresa de Hugo Tavares como<br />

diretor-geral, que dispõe de vasta experiência<br />

no aftermarket e conta com um amplo currículo<br />

em funções de gestão de empresas, onde obteve excelentes<br />

resultados. Hugo Tavares integrou os quadros<br />

da Soulima, S.A. no dia 24 de março de 2020,<br />

passando a acumular, a par de Ricardo Lima, a<br />

direção de todos os serviços e áreas funcionais da<br />

empresa, ficando ambos a reportar ao Conselho de<br />

Administração. A entrada do novo diretor-geral<br />

surge na sequência da decisão da administração da<br />

Soulima/Lausan, que passa por reforçar a estratégia<br />

a desenvolver e garantir a continuidade dos<br />

projetos em curso, bem como os futuros planos no<br />

aftermarket em Portugal. Uma vez mais, a administração<br />

da Soulima, S.A. compromete-se, apesar<br />

de todo o setor estar a passar por uma crise profunda,<br />

sem que se consiga prever o futuro próximo, a<br />

continuar a dar apoio aos clientes, em particular, e<br />

ao mercado, em geral.<br />

46 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


SERVICEPACK É A SOLUÇÃO<br />

LEMFÖRDER | ServicePack é sinónimo de reparação cuidadosa e competente. Até porque contém to<strong>das</strong> as peças de fixação<br />

necessárias para a montagem com a mesma qualidade do equipamento original <strong>das</strong> peças de substituição Lemförder e permite<br />

uma reparação com base nas instruções originais do fabricante. Assim, as reparações podem ser realiza<strong>das</strong> com rapidez e<br />

segurança. Os ServicePacks da Lemförder, marca da ZF, estão disponíveis para rótulas, braços de suspensão, apoios de braços da<br />

direção e barras estabilizadoras.<br />

DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO<br />

M.F. Pinto | No passado mês de março, a M.F. Pinto deu início à<br />

distribuição exclusiva da marca de compressores de ar condicionado<br />

DTS Clima para o mercado português. Trata-se de uma aposta clara da<br />

empresa sediada na Abrunheira num produto de qualidade, com dois<br />

anos de garantia, que a própria M.F. Pinto acredita que venha a ser<br />

uma marca de referência no aftermarket nacional. “Temos já disponível<br />

em Lisboa e no Porto um stock importante de mais de 280 referências,<br />

que nos permitirá cobrir cerca de 80% do mercado português de<br />

veículos ligeiros de passageiros”, afirmou a empresa em comunicado.<br />

E conclui: “Esta nova área de negócio insere-se na nossa estratégia<br />

de diversificação da oferta de produtos de qualidade no mercado<br />

português”.<br />

APOSTA FORTE NA FORMAÇÃO EM 2020 CONTINUARÁ<br />

RPL Clima | Devido à pandemia de Covid-19, a RPL Clima está a adaptar a sua oferta formativa à nova realidade que o país vive. E a<br />

vertente online é, por isso, a opção. De forma a responder às necessidades de formação, a empresa algarvia, em parceria com o centro de<br />

ensino Saber Sem Limites, retomou a atividade formativa na modalidade de e-learning. As ações de formação arrancaram no dia 20 de abril,<br />

com a “Renovação de Técnico de Intervenção em Sistemas de Ar Condicionado” instalados em veículos a motor. Durante os próximos meses,<br />

serão realizados novos cursos online. Os interessados podem consultar o calendário no site da empresa, em www.rplclima.com.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

ANECRA<br />

INQUÉRITO DE CONJUNTURA<br />

Face ao momento que o país, em geral, e o setor, em particular, atravessam, fruto de um evento<br />

tão inesperado quanto devastador, com enormes consequências para a vida humana e para a<br />

economia, a ANECRA levou a cabo um Inquérito de Conjuntura - Estado de Emergência face<br />

à Covid-19. O objetivo é propor uma reflexão sobre a situação <strong>das</strong> empresas do setor e, em particular,<br />

dos associados da ANECRA. As respostas foram obti<strong>das</strong> através do site da associação, entre os<br />

dias 30 de março e 9 de abril de 2020, tendo sido valida<strong>das</strong> 481 de empresas. Este estudo aborda<br />

dados como quebra nos serviços, acesso <strong>das</strong> empresas ao regime de lay-off por região e por setor de<br />

atividade, quebra na faturação e fornecimento de peças. Estas são, entre outras, algumas <strong>das</strong> questões<br />

que foram respondi<strong>das</strong> através do inquérito.<br />

DOAÇÃO DE TRÊS MILHÕES<br />

Liqui Moly | Ernst Prost, CEO da LIQUI MOLY, anunciou que<br />

a empresa fez um donativo de três milhões de euros para ajudar<br />

hospitais, ambulâncias e bombeiros a manterem-se sempre<br />

operacionais com produtos gratuitos produzidos pela marca,<br />

durante o tempo em que se mantiver o Estado de Emergência<br />

provocado pela pandemia de Covid-19. “Não sabia que tínhamos<br />

tantas ambulâncias e hospitais na Alemanha. Mas não faz mal:<br />

oferecemos três milhões de euros de produtos gratuitos para<br />

os que se preocupam com a nossa saúde e a nossa vida”, referiu<br />

Ernst Prost. Relativamente à atividade da empresa, continua<br />

a produzir para satisfazer as encomen<strong>das</strong> e aumentar o stock<br />

de produtos em armazém. Ao mesmo tempo,<br />

reforça intensamente a publicidade nos meios de<br />

comunicação e mantém uma presença intensa nas<br />

redes sociais e na televisão, com a difusão de<br />

mais de 200 anúncios. Para a LIQUI MOLY,<br />

os planos de gestão passam por manter<br />

o negócio a funcionar e voltar<br />

a arrancar a todo o gás depois<br />

da crise, estando a prever um<br />

aumento da procura dentro<br />

de, no máximo, quatro a seis<br />

semanas.<br />

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Peças Mitsubishi<br />

Electric Automotive<br />

100% genuínas<br />

Peças elétricas Mitsubishi disponíveis<br />

para o aftermarket independente.<br />

Performance sem compromisso<br />

Desenha<strong>das</strong>, desenvolvi<strong>das</strong> e produzi<strong>das</strong> de acordo com os elevados<br />

padrões de qualidade pelos quais a Mitsubishi Electric é reconhecida,<br />

superando as expectativas dos fabricantes de automóveis e camiões.<br />

Visite o nosso site para encontrar os Distribuidores Autorizados<br />

existentes na sua área ou contacte-nos para obter mais informações.<br />

Encontre um Distribuidor Autorizado e efetue uma encomenda ao visitar<br />

www.aftermarket.mitsubishielectric.eu


UFI FILTERS<br />

BLOQUEIA 2,5 MILHÕES<br />

DE TRANSAÇÕES ILEGAIS<br />

A<br />

UFI Filters está na linha da frente no combate à venda de peças<br />

sobressalentes contrafeitas, tanto nos canais tradicionais<br />

como no comércio eletrónico. Graças ao registo <strong>das</strong> suas marcas<br />

e patentes a nível internacional e à implementação de tecnologias<br />

patentea<strong>das</strong>, a UFI Filters evitou, nos últimos dois anos, um potencial<br />

volume de negócios de quase cinco milhões de euros proveniente de<br />

mercadorias ilegais. Este importante resultado foi alcançado graças<br />

às atividades de Proteção da Marca e Produto supervisiona<strong>das</strong> pela<br />

Divisão Jurídica e pelo Departamento de Propriedade Intelectual<br />

da UFI Filters, que, juntamente com a CONVEY, empresa líder em<br />

serviços de Inteligência na Internet e Proteção de Marca, com sede<br />

em Turim, permitiu o bloqueio de quase 2,5 milhões de transações<br />

ilegais na web. A remoção completa deste volume de anúncios ilegais<br />

<strong>das</strong> plataformas de comércio eletrónico permitiu evitar a colocação<br />

no mercado de peças sobressalentes de produtos de qualidade significativamente<br />

inferior, em comparação com os originais desenvolvidos<br />

pela UFI Filters.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

PLANO DE APOIO AO SETOR<br />

ACAP | No período de 1 a 14 de abril, o mercado de ligeiros<br />

de passageiros registou uma queda de 86%. Ou seja, neste<br />

período, foram matriculados 838 veículos no nosso país,<br />

quando, no período homólogo de 2019, tinham sido 6.208. “E<br />

há que ter em consideração que a maioria destas matrículas<br />

correspondem a encomen<strong>das</strong> efetua<strong>das</strong> antes de 16 de março.<br />

Ou seja, a partir desta data, a queda foi sempre na ordem<br />

dos 80%. No mercado de viaturas usa<strong>das</strong>, a situação é mais<br />

complicada ainda, porque, depois daquela data, as ven<strong>das</strong><br />

estagnaram completamente”, afirmou a ACAP em comunicado.<br />

De acordo com a associação, esta situação leva-a a concluir que<br />

o setor automóvel é, sem dúvida, dos mais afetados por esta<br />

grave crise. Por isso, propôs ao Governo a tomada de medi<strong>das</strong><br />

para, por um lado, minimizar o impacto desta crise e, por outro,<br />

relançar a procura. A ACAP propõe um aumento imediato da<br />

linha de apoio à compra de veículos elétricos, assim como um<br />

plano de incentivo ao abate de veículos em fim de vida.<br />

ROAD HOUSE<br />

COMO MELHORAR O SERVIÇO OFICINAL<br />

A<br />

queda<br />

na ordem dos 60% nas visitas à oficina, a incapacidade de receber clientes devido a<br />

restrições na mobilidade de grupos considerados não essenciais ou a falta de fornecimento<br />

por parte dos retalhistas, obrigou a grande maioria <strong>das</strong> oficinas em Espanha a fechar portas<br />

durante o Estado de Emergência. Têm sido semanas difíceis, nas quais a falta de clientes coloca em<br />

risco muitas empresas do setor. Mas há quem aproveite o encerramento forçado da oficina para tentar<br />

melhorar os serviços quando a normalidade regressar após o período de confinamento. A Road<br />

House, marca especialista em travagem, incentiva empreendedores e profissionais a fortalecer os<br />

seus negócios com as oito dicas que se seguem: Fortalecer a comunicação; Ofertas especiais; Estratégia<br />

de negócios; Cálculo de margens; Plano de marketing; Afinação de ferramentas e máquinas;<br />

Transformação digital; Redes sociais.<br />

SINÓNIMO DE EXCELÊNCIA<br />

Auto Delta | A empresa de Leiria foi novamente<br />

distinguida com o estatuto de PME Excelência atribuído<br />

pelo IAPMEI, em virtude de um desempenho muito positivo<br />

alcançado durante o ano de 2019. To<strong>das</strong> as PME nacionais<br />

ambicionam esta distinção, que destaca os resultados obtidos<br />

no ano transato, cimentados na solidez e no desempenho<br />

económico-financeiro de determinada organização. A Auto<br />

Delta voltou a ser destacada, fruto da sua autonomia financeira,<br />

da rentabilidade líquida do capital próprio e do crescimento do<br />

volume de negócios, entre outros indicadores. “Este resultado é<br />

mérito de todos: equipas de gestão, administrativa, comercial<br />

e de logística. To<strong>das</strong> motiva<strong>das</strong> para obter o melhor resultado<br />

possível. Também é devido um agradecimento a todos os nossos<br />

parceiros, fornecedores e clientes. Este galardão é de todos”,<br />

pode ler-se na nota de imprensa enviada.<br />

CURSOS EM MODALIDADE DE LIVE TRAINING<br />

ATEC | A academia de formação está a desenvolver um conjunto de cursos online de forma a dotar os profissionais de competências<br />

que os ajudem a fortalecer a sua atividade profissional e a <strong>das</strong> suas empresas. O atual contexto que o país atravessa tem motivado<br />

profun<strong>das</strong> alterações em todos os aspetos da nossa vida, desde a forma como trabalhamos até ao modo como nos relacionamos. Num<br />

curto espaço de tempo, as empresas tiveram de concentrar todos os seus esforços na revisão de estratégias, processos e modelos de<br />

negócio, de forma a conseguirem continuar a apoiar os seus clientes e a comunidade em geral. A ATEC quer ajudar os profissionais<br />

e as empresas a encarar este tempo conturbado como uma oportunidade para apostarem na formação e no desenvolvimento de<br />

competências, fundamentais para garantir competitividade e sustentabilidade futuras. Como tal, está a divulgar vários cursos na área<br />

automóvel em live training (e-learning), sendo alguns deles gratuitos.<br />

50 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PRESENTE NO COMBATE À PANDEMIA<br />

MANN+HUMMEL | A empresa especialista em filtragem, que dispõe de mais de<br />

1.000 engenheiros em todo o mundo, implementou diversas atividades globais para<br />

ajudar a controlar a propagação do novo coronavírus. Com a aquisição do antigo Grupo<br />

Vokes Air, a MANN+HUMMEL tem quase nove déca<strong>das</strong> de experiência e conhecimento<br />

nas áreas de filtragem industrial e filtragem de ar em espaços públicos. Após esta<br />

aquisição, a empresa passou a contar com um portefólio de produtos avançados de<br />

filtragem HEPA e laboratórios especializados em testes de filtragem, além de especialistas<br />

com vasta experiência em filtragem de salas de operações no grupo. O que permite que<br />

a MANN+HUMMEL possa colaborar com a atual situação de pandemia, fornecendo os<br />

filtros HEPA necessários para instalação em salas de isolamento de emergência.<br />

WHATSAPP PARA MELHORAR CONTACTO COM CLIENTES<br />

AUTO Recto | A empresa pretende estar mais acessível aos clientes, proporcionando um contacto mais<br />

direto e mais rápido. Especialista em material elétrico, quer acompanhar, de forma constante, as tendências<br />

de mercado, oferecendo, assim, o melhor a quem escolhe os seus produtos e serviços. A estratégia da Auto<br />

Recto passa por disponibilizar mais opções de comunicação aos clientes, ao ponto de serem estes a escolher a<br />

forma como pretendem chegar até à empresa. No fundo, o objetivo é oferecer um atendimento mais amplo e<br />

completo. Foi a pensar nesta realidade que a empresa aderiu ao WhatsApp. Todos os clientes podem, agora,<br />

telefonar, enviar mensagem escrita ou exibir fotografias com as peças deseja<strong>das</strong>. Apesar da inovação, a Auto<br />

Recto mantém as restantes formas de comunicação a funcionar, pelo que os clientes podem continuar a<br />

contactá-la da mesma forma através da loja online, presencialmente ou via telefone.<br />

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NelsonTripa_II.pdf 1 18/02/20 10:24<br />

APOIO GARANTIDO A TODOS OS CLIENTES<br />

PCC | A situação atual impôs desafios únicos ao país e ao mundo. Por isso, a prioridade<br />

da PCC é (e será sempre, quer haja ou não pandemia), a segurança de colaboradores,<br />

clientes e parceiros. As oficinas de reparação automóvel foram considera<strong>das</strong><br />

essenciais para o funcionamento económico e social do país. A PCC está ciente da sua<br />

responsabilidade e, desta forma, continua a prestar serviços técnicos de manutenção<br />

preventiva e corretiva, garantindo que os clientes continuam a trabalhar com o todo o<br />

seu apoio. Porque é, sobretudo, nos momentos difíceis que vem ao de cima o carácter <strong>das</strong><br />

pessoas e a fibra de que são feitas as organizações, a PCC, especialista em equipamentos,<br />

reitera que está cá para o que der e vier.<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

Sistema de aquecimento<br />

Ar Condicionado<br />

Circuitos de<br />

refrigeração de óleo<br />

Refrigeração do motor<br />

Refrigeração de admissão<br />

do ar<br />

Depósito<br />

expansor<br />

Compressor<br />

Turbina<br />

Radiador de<br />

Aquecimento<br />

SOLUÇÕES EM A/C AUTO<br />

E REFRIGERAÇÃO DE TRANSPORTE<br />

Esquema de refrigeração e climatização ><br />

Válvula de control<br />

de aquecimento<br />

Control do climatizador<br />

CM<br />

Radiador<br />

MY<br />

CY<br />

Interruptor<br />

de Pressão<br />

Evaporador<br />

CMY<br />

Intercooler<br />

Válvula de expanção<br />

K<br />

Filtro<br />

desidratante<br />

Válvula de carga<br />

Condensador<br />

Ventilador<br />

Refrigerador de<br />

óleo auxiliar<br />

Refrigerador de<br />

óleo para mudança<br />

automática<br />

Filtro de<br />

óleo<br />

Refrigerador<br />

de óleo<br />

para filtro<br />

Termostato<br />

Rua Fernando Vicente - Armazém 15 - 2560-677 Torres Vedras<br />

Telefone: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />

Coordena<strong>das</strong> GPS - Latitude 39º5'42.83"N - Longitude 9º15'7,74"W


produto<br />

O OZONO É O DESINFETANTE ECOLÓGICO MAIS POTENTE DO MUNDO, TENDO<br />

UM PODER DE DESINFEÇÃO 3.600 VEZES SUPERIOR AO DO CLORO/LEXÍVIA,<br />

ELIMINANDO VÍRUS, BACTÉRIAS E FUNGOS, ENTRE OUTROS


GERADOR DE OZONO IBKO-10GC<br />

PODER DE DESINFEÇÃO<br />

DESENHADO E CONCEBIDO PARA DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS ATÉ 100 M 2 , O IBKO-10GC É UM GERADOR<br />

DE OZONO PROFISSIONAL COMERCIALIZADO PELA EQUIASSISTE, SENDO UM DOS MELHORES ALIADOS<br />

PARA COMBATER A COVID-19<br />

por<br />

João Vieira<br />

Há mais de 100 anos que o ozono é considerado<br />

como um forte eliminador de vírus na<br />

natureza. Por isso, tem sido muito utilizado<br />

pelas pessoas para desinfeção, esterilização, desodorização<br />

e desintoxicação, graças ao seu forte poder<br />

oxidativo. Se pensarmos que o oxigénio é essencial<br />

para a vida e que pode ajudar a combater a pandemia<br />

de Covid-19 que está a assolar o país e o mundo,<br />

não resta qualquer dúvida que, hoje, mais do que<br />

ontem, é necessário aprender algo sobre o ozono.<br />

O ozono, muitas vezes também designado de “oxigénio<br />

ativo”, é a melhor “arma” da natureza para<br />

limpar o ambiente. Sendo o ozono constituído por<br />

três unidades do elemento O (O3) e como este elemento<br />

tem a capacidade de se ligar a vírus, bactérias,<br />

impurezas, ácaros e maus odores, permite<br />

que as pessoas consigam respirar ar puro sem sair<br />

de casa ou do local de trabalho, já que o resultado<br />

desta união é nada mais nada menos do que moléculas<br />

de oxigénio, acabando os agentes nocivos por<br />

ser anulados ou destruídos.<br />

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde),<br />

o ozono é considerado um potente desinfetante do<br />

ar, capaz de inativar 99% de vírus do Grupo IV (ao<br />

qual pertence o novo coronavírus). É o desinfetante<br />

ecológico mais potente do mundo, tendo um<br />

poder de desinfeção 3.600 vezes superior ao do<br />

cloro/lexívia, eliminando vírus, bactérias e fungos,<br />

entre outros. A sua utilização nas oficinas, através<br />

de um “simples” gerador, transmite segurança<br />

para colaboradores e clientes neste momento de<br />

precaução causado pela pandemia de Covid-19,<br />

ajudando a eliminar elementos patogénicos do ar<br />

purificando o ambiente, bem como todo o tipo de<br />

odores desagradáveis.<br />

Benefícios do gerador de ozono<br />

O IBKO-10GC é fabricado em aço inoxidável. O<br />

seu desenho portátil e a facilidade de manuseamento<br />

fazem com que seja útil e prático em múltiplos<br />

negócios e aplicações. Eis os benefícios e<br />

propriedades do uso de deste gerador de ozono.<br />

Esterilização e desinfeção: o forte poder oxidante<br />

e desinfetante do ozono é capaz de eliminar e impedir<br />

a propagação de vírus e bactérias. Atua destruindo<br />

a parede celular e o ARN. Desodorização:<br />

o ozono tem elevado rendimento na eliminação de<br />

maus odores no ambiente provocados por comida,<br />

tabaco, animais de estimação, outras substâncias<br />

nocivas e obras. Eficiência: o ozono é um gás difuso<br />

e não cria espaços mortos na desinfeção. O<br />

tempo de desinfeção varia em função do espaço a<br />

desinfetar (20 m2 em cerca de 15 minutos, aproximadamente),<br />

conseguindo-se um efeito de esterilização<br />

de 99%. Segurança: o uso de um gerador<br />

de ozono é muito simples. Qualquer pessoa pode<br />

trabalhar com ele sem problema algum. O ozono<br />

gerado decompõe-se em oxigénio, depois da esterilização.<br />

Respeita o meio ambiente e não deixa nenhum<br />

tipo de resíduo. Aplicações: eliminação de<br />

vírus e bactérias; eliminação de odores; eliminação<br />

de fumos; purificação de espaços (escritórios,<br />

quartos, salas, casas, oficinas); desinfeção de WC;<br />

desinfeção de todo o tipo de veículos ligeiros e pesados;<br />

especialmente apropriado para táxis.<br />

AplicaÇÃo no veículo<br />

O veículo é responsável pela disseminação de um<br />

grande número de doenças devido à existência de<br />

milhares de fungos, vírus e bactérias, entre as quais<br />

Legionella, Shigella, Klebsiella pneumoniae ou até<br />

Covid. O ozono, devido ao seu elevado poder oxidante,<br />

pode remover muitos desses microorganismos,<br />

tornando o veículo num lugar mais seguro. O<br />

cheiro de tabaco e animais, por exemplo, entranha-<br />

-se nos tecidos e noutros materiais, permanecendo<br />

ativo por um longo período tempo, sendo difícil<br />

remover esses odores. Assim, somente com o uso<br />

de um gerador de ozono é possível remover maus<br />

odores do interior do veículo sem a necessidade de<br />

usar produtos químicos, pois o ozono pode alterar a<br />

estrutura química <strong>das</strong> moléculas que causam o mau<br />

cheiro num processo chamado oxidação.<br />

Outra <strong>das</strong> vantagens da utilização do gerador de<br />

ozono para a desinfeção do interior dos automóveis<br />

prende-se com a redução de custos. O gerador<br />

utiliza ar, incluindo oxigénio, para gerar ozono.<br />

Por isso, permite uma redução de custos, uma vez<br />

que não é necessário efetuar despesas com produtos<br />

químicos ou outros consumíveis. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 53


entrevista<br />

MIGUEL FRANCO,<br />

VICE PRESIDENT OF BUSINESS DEVELOPMENT<br />

DA STRATIO AUTOMOTIVE<br />

A ÁREA DA MANUTENÇÃO<br />

É MUITO EXAUSTIVA<br />

EM INVESTIGAÇÃO


Sediada em Coimbra e com espaços físicos<br />

em Lisboa, Londres e Singapura, a Stratio<br />

Automotive está, pelo menos desde 2017,<br />

a mudar a indústria da manutenção automóvel,<br />

tornando previsível o imprevisível. Ao fazer com<br />

que as frotas de transporte de mercadorias e de<br />

passageiros sejam mais fiáveis, a empresa criou a<br />

etapa seguinte à manutenção preventiva, recorrendo<br />

à Inteligência Artificial para monitorizar,<br />

continuamente, a saúde mecânica dos veículos,<br />

proporcionando previsibilidade, redução<br />

de custos e aumento de eficiência.<br />

Nesta entrevista, Miguel Franco, vice<br />

president of business development, revela<br />

as principais inovações desenvolvi<strong>das</strong>,<br />

aborda os serviços prestados aos<br />

clientes e explica de que forma está a<br />

Stratio Automotive a apoiar as empresas<br />

de transporte em plena crise sanitária<br />

e económica gerada pela pandemia<br />

de Covid-19.<br />

Quais são os principais serviços que a<br />

Stratio Automotive presta aos<br />

clientes?<br />

Os produtos da Stratio abrangem to<strong>das</strong><br />

as áreas necessárias para uma empresa<br />

de transportes poder gerir, efetivamente,<br />

a sua operação remotamente e em<br />

tempo real, com foco quer ao nível do<br />

veículo quer do motorista. Através da<br />

análise dos dados dos sensores presentes<br />

nos veículos pelos nossos algoritmos de Inteligência<br />

Artificial, a tecnologia da Stratio permite aumentar<br />

a previsibilidade <strong>das</strong> operações ao informar, atempadamente,<br />

os gestores de frota e de manutenção<br />

para a potencial ocorrência de falhas, permitindo às<br />

equipas técnicas agir rapidamente e com acesso prévio<br />

a toda a informação do diagnóstico. A solução<br />

da Stratio oferece, simultaneamente, a capacidade<br />

para as frotas poderem controlar as suas operações<br />

remotamente, o que, hoje, já não é apenas uma otimização,<br />

mas sim uma necessidade devido aos efeitos<br />

da crise do novo coronavírus, que veio obrigar<br />

as empresas do setor a acelerar rapidamente os seus<br />

processos de transição rumo à automação <strong>das</strong> suas<br />

operações. Foi desenvolvida em conjunto com algumas<br />

<strong>das</strong> frotas de transporte de mercadorias com<br />

quem trabalhamos, agregando eco-driving, recolha<br />

remota de dados do tacógrafo e outras funcionalidades<br />

essenciais para a produtividade destas empresas,<br />

como a formação remota de motoristas para<br />

permitir maior economia de combustível e menor<br />

desgaste dos veículos.<br />

Como é que a Stratio está a apoiar as empresas<br />

do setor nesta altura de crise?<br />

Enche-nos de orgulho o facto de estarmos, neste<br />

momento crítico, lado a lado com os clientes a dar<br />

o nosso melhor, de modo a contribuirmos para acelerar<br />

a sua transição para operações controla<strong>das</strong><br />

remotamente. Naturalmente que, neste momento,<br />

estamos muito focados no apoio que podemos<br />

dar na resposta às grandes preocupações do setor,<br />

de modo a assegurar a continuidade dos negócios<br />

dos clientes: maior proteção dos colaboradores e<br />

minimizar o contacto social, gestão de caixa mais<br />

rápida e eficaz com a transição para e-CMR, assim<br />

como ajudá-los a aumentar, rapidamente, a sua<br />

produtividade com a automação de processos.<br />

VELOCIDADE DE NOVOS DESENVOLVIMENTOS,<br />

NOVAS DESCOBERTAS E CAPACIDADE<br />

DE ADAPTAÇÃO. SÃO ESTES OS FATORES<br />

QUE OS CLIENTES (EMPRESAS<br />

DE TRANSPORTE DE MERCADORIAS<br />

E DE PASSAGEIROS) MAIS VALORIZAM<br />

NA STRATIO AUTOMOTIVE. MIGUEL FRANCO,<br />

VICE PRESIDENT OF BUSINESS DEVELOPMENT,<br />

REVELA AS PRINCIPAIS INOVAÇÕES<br />

DESENVOLVIDAS PELA COMPANHIA,<br />

ENFATIZANDO QUE “A ÁREA DA MANUTENÇÃO É<br />

MUITO EXAUSTIVA EM INVESTIGAÇÃO”<br />

por Bruno Castanheira<br />

Que tipo de acompanhamento a Stratio<br />

proporciona aos clientes?<br />

A Stratio oferece aos clientes um serviço personalizado<br />

com a alocação de um gestor de conta especializado<br />

em engenharia automóvel, independentemente<br />

da dimensão do cliente. O apoio começa no<br />

início de cada projeto e cobre o planeamento dos<br />

recursos, a avaliação da aplicabilidade do produto e<br />

a definição de requisitos técnicos. Após implementação<br />

e configuração do sistema no cliente, oferecemos<br />

formação técnica para produtos e serviços, suporte<br />

personalizado e proativo, além de consultoria<br />

para operações de frota. Este processo é adaptado<br />

às necessidades de cada cliente e às características<br />

da sua frota, beneficiando, continuamente, com as<br />

melhorias e atualizações constantes na plataforma e<br />

produtos da Stratio. Para reforçar a capacidade <strong>das</strong><br />

frotas em assegurar uma transição rápida para o<br />

controlo remoto <strong>das</strong> operações nesta altura crucial,<br />

a Stratio reforçou os esforços no apoio direto aos<br />

clientes, estendendo os horários <strong>das</strong> linhas de suporte.<br />

E estamos a disponibilizar planos dedicados<br />

de formação individual ao staff dos clientes.<br />

A Stratio detém tecnologia patenteada e<br />

reconhecida na Europa ao nível do setor<br />

transportes. Quais são as principais inovações da<br />

empresa a este nível?<br />

A plataforma e os respetivos algoritmos de Inteligência<br />

Artificial já são utilizados tanto por frotas<br />

como por fabricantes de veículos. Isto só é possível<br />

pela aposta clara na qualidade e fiabilidade do serviço,<br />

que permitiram que o setor automóvel pudesse<br />

encarar o conceito de manutenção automatizada<br />

como uma ideia do presente, ao invés de uma utopia.<br />

A área da manutenção é muito exaustiva em<br />

investigação. Todos os meses, desenvolvemos novos<br />

modelos de deteção de falhas, aumentamos a<br />

cobertura a novos componentes, novos<br />

veículos e novas tecnologias de powertrain,<br />

enquanto melhoramos modelos<br />

já em produção. De igual forma, estamos,<br />

permanentemente, a desenvolver<br />

novas ideias de modo a dotar o nosso<br />

produto de ferramentas que aportem<br />

valor aos clientes - como é agora o caso<br />

de funcionalidades para gestão remota<br />

e-CMR -, que trazem imensas vantagens<br />

imediatas para a melhoria rápida<br />

e eficaz de gestão de caixa aos clientes.<br />

É um trabalho que exige inovação<br />

constante e, também por isso, é tão entusiasmante.<br />

É a velocidade de novos<br />

desenvolvimentos, novas descobertas e<br />

a capacidade que temos de adaptação<br />

que os clientes mais valorizam.<br />

Quais são as principais parcerias da<br />

Stratio?<br />

No mercado nacional, os nossos maiores<br />

parceiros são, claro, os clientes, entre os quais<br />

a Transportes Paulo Duarte, a Transportes Pascoal<br />

e a Repolho & Rodrigues, isto no transporte<br />

de mercadorias. Já no transporte de passageiros,<br />

são as empresas do Grupo Barraqueiro e a Transdev.<br />

No âmbito <strong>das</strong> parcerias comerciais, podemos<br />

referir o forte apoio da BPN - Comércio e Peças,<br />

que é um exemplo para as parcerias que estamos<br />

a desenvolver noutras geografias. Temos, também,<br />

um acordo de parceria com a ANTRAM, a qual valorizamos<br />

muito pela ligação direta que nos dá ao<br />

segmento do transporte de mercadorias ao nível da<br />

informação disponibilizada acerca <strong>das</strong> reais necessidades<br />

<strong>das</strong> empresas do setor.<br />

Qual é a cobertura geográfica da Stratio no país e<br />

no mundo?<br />

Neste momento, com clientes em todos os distritos<br />

do continente e Madeira, a cobertura da Stratio<br />

no mercado nacional é grande. Temos uma equipa<br />

dedicada que assegura um acompanhamento constante<br />

aos clientes e dispomos de capacidade operacional<br />

para estarmos presentes no terreno a apoiar<br />

os gestores de frota e de manutenção a manterem as<br />

suas operações ativas com o mínimo de disrupções.<br />

Internacionalmente, trabalhamos com algumas <strong>das</strong><br />

maiores frotas da Europa, nomeadamente no Reino<br />

Unido, em Espanha, em França e na Rússia. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 55


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

OSRAM<br />

LUZES DE INSPEÇÃO LEDINSPECT<br />

Após um longo período sem circular, o veículo<br />

precisa de uma vistoria mais profunda.<br />

As luzes de inspeção LEDinspect PRO e<br />

LEDinspect foram especialmente desenvolvi<strong>das</strong><br />

para inspeção e manutenção de veículos. O design<br />

de cada luz de LED tem em consideração o<br />

uso adequado da luminosidade e inclui elementos<br />

adicionais, como ímanes, clipes e ganchos, em diferentes<br />

tamanhos e potências, ideais para facilitar<br />

qualquer trabalho de inspeção e manutenção do<br />

veículo. As LEDinspect PRO da OSRAM consistem<br />

em luzes de gama profissional, ideais para oficinas,<br />

ao passo que asLEDinspect são anuncia<strong>das</strong><br />

como a gama perfeita para DIY, destinada aos<br />

amantes de bricolage. A gama LEDinspect PRO<br />

oferece aos profissionais soluções de iluminação de<br />

LED duradouras, flexíveis, robustas, com sistema<br />

mãos livres e que emitem luz exatamente onde ela<br />

é precisa. É possível escolher a luz de LED que melhor<br />

se adequa ao trabalho de manutenção numa<br />

ampla variedade de modelos. Seja para verificar o<br />

chassis ou para trabalhar no motor, estas luzes de<br />

inspeção da OSRAM fornecem iluminação fiável,<br />

confortável e segura.<br />

56 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


KROFTOOLS<br />

NOVAS FERRAMENTAS<br />

O<br />

trabalho<br />

que a KROFtools tem vindo a desenvolver no<br />

mercado trouxe novas oportunidades de negócio. Esta<br />

marca especialista em ferramentas para o setor automóvel<br />

mantém-se focada em dispor de uma gama de produtos<br />

atualizada, em concordância com as necessidades do mercado.<br />

Dando seguimento a esta política, acrescentou quatro novos artigos<br />

à família Ferramenta Elétrica. A saber: Gambiarra Capot<br />

LED 2x5W multifunções; Gambiarra COB 5W; Suporte Fixação<br />

para gambiarra 1077; Caixa carregadora para gambiarra 1077.<br />

ROLAMENTOS E CUBOS DE RODA MOOG<br />

AleCarPeças | Quando um veículo necessita de travar em segurança, os<br />

rolamentos de roda devem ser verificados, sendo que, cada um deles, é composto<br />

por rolos, grade e pistas internas e externas que devem ser inspeciona<strong>das</strong> quando<br />

apresentam sinais de descoloração, ataque químico, desalinhamento e fraturas. Os kits<br />

de rolamento de roda MOOG disponíveis na AleCarPeças são projetados e fabricados<br />

para garantirem um desempenho ideal e máxima durabilidade. Engenharia de ponta e<br />

fabrico de classe superior fazem com que os kits de rolamentos e cubos de roda MOOG<br />

sejam seguros e confiáveis por mais quilómetros.<br />

jornal <strong>das</strong> oficinas 2020aaa.pdf 1 21/02/2020 15:12<br />

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O Pneu que Procura, a S.José tem!<br />

A gama mais diversificada do mercado<br />

sjosepneus.com<br />

Venda a Profissionais


Notícias<br />

Produto<br />

CEMB<br />

NOVO ALINHAMENTO DE RODAS<br />

O<br />

mais<br />

recente sistema de alinhamento de ro<strong>das</strong> CCD da CEMB dá pelo nome de<br />

DWA1100. Este novo equipamento, graças ao facto de dispor de evoluídos componentes<br />

eletrónicos, software intuitivo, gráficos user-friendly que orientam o utilizador<br />

em to<strong>das</strong> as operações de alinhamento e banco de dados constantemente atualizado<br />

que permite uma seleção rápida dos diferentes veículos, assegura uma medição rápida e<br />

precisa de todos os parâmetros de alinhamento. Além disso, a função “Audit”, para identificação<br />

de problemas de condução resultantes de medi<strong>das</strong> não contempla<strong>das</strong> nas especificações,<br />

oferece um suporte válido para a venda de serviços de regulamentação. Os detetores<br />

CCD de oito sensores, equipados com baterias de longa duração, comunicam com<br />

o computador utilizando uma frequência de transmissão de 2,4 GHz, garantindo uma<br />

comunicação estável e fiável durante um longo período.<br />

CABO DE CONTROLO DT SPARE Parts<br />

Diesel Technic Group | O cabo de controlo (referência 2.32914)<br />

da DT Spare Parts aciona a caixa de velocidades e tem a função de transmitir<br />

energia através de uma malha metálica ou de um cabo metálico flexível.<br />

O cabo está protegido por uma bainha de polietileno flexível resistente<br />

à pressão. A bainha guia o cabo e, devido à sua natureza, também pode<br />

facilitar a transmissão de energia com formas curvas ou complexas. A<br />

DT Spare Parts, marca do Diesel Technic Group, alerta para o facto de,<br />

no momento da substituição, ter-se em atenção a instalação correta<br />

de comprimentos, cores e terminais do cabo de controlo, devendo ser<br />

consulta<strong>das</strong> as especificações do fabricante do veículo.<br />

EM PLENA atiVIDADE COM PRODUTOS atuaLIZADOS<br />

Kroon-Oil | “Mesmo nestes tempos sem precedentes e preocupantes, as nossas operações não<br />

pararam. Ao respeitarmos regras e regulamentos, bem como ao operarmos de forma compatível e com o<br />

maior cuidado, podemos continuar a nossa atividade, defendendo sempre aquilo que somos: especialista<br />

em lubrificantes”. Começa assim o comunicado enviado pelo fabricante holandês Kroon-Oil, que dá conta<br />

de desenvolvimentos técnicos, quer por parte dos OEMs, quer na área de aditivos e óleos básicos, que,<br />

regra geral, resultam em atualizações e melhorias aplicada nos seus produtos.<br />

Recentemente, a Kroon-Oil efetuou diversas alterações na sua linha de óleos. Mudanças essas que<br />

trouxeram atualizações de produtos já existentes e introdução de novos. A saber:<br />

• O Avanza MSP+ 5W-30 substituiu o Avanza MSP 5W-30;<br />

• Atualização do Asyntho 5W-30;<br />

• Introdução do novo Meganza MSP 5W-30;<br />

• Introdução do novo Enersynth FE 0W-16 ;<br />

• Introdução do novo SP Gear 5015;<br />

• O novo Meganza MSP FE 0W-20 estará disponível brevemente.<br />

Mais informações sobre os produtos e a sua aplicação correta, podem ser obti<strong>das</strong> no site da Kroon-Oil.<br />

NOVO GERADOR DE OZONO DA OPEN Parts<br />

AleCarPeças | Nunca a higienização e desinfeção estiveram tão na ordem do dia. A<br />

crise do novo coronavírus tornou absolutamente necessária a utilização de equipamentos<br />

de limpeza. O gerador de ozono X-PRO Safety, da marca Open Parts, comercializado pela<br />

AleCarPeças é um deles. Dispõe de tecnologia de quartzo que gera, artificialmente, ozono,<br />

transformando O 2 para O3 através do efeito de coroa, o que, comparado com os geradores<br />

de placas comuns, não produz gases nocivos à saúde (nitrogénio e dióxido de nitrogénio).<br />

A vida útil do equipamento (20 mil horas) é mais do dobro da duração de outras versões<br />

existentes no mercado, como, por exemplo, placa de cerâmica. Adequado para higienização<br />

de veículos (ligeiros até autocarros) de várias dimensões, salas pequenas e médias até<br />

70m², o gerador de ozono X-PRO Safety da Open Parts, comercializado pela AleCarPeças,<br />

não requer manutenção. A estrutura portátil (pesa 3,5 kg) e acessível permite higienizar o<br />

veículo em quatro etapas simples. A saber: posicionar o gerador no habitáculo do veículo;<br />

definir os tempos de higienização desejados; feche o veículo e aguardar o tratamento;<br />

retirar o equipamento e ventilar o habitáculo. A higiene e limpeza de ambientes e veículos<br />

são elementos essenciais para a segurança e saúde do técnico de reparação e do condutor.<br />

Estudos científicos referem que a higienização por ozono é mais poderosa cerca de duas mil<br />

vezes do que qualquer tratamento tradicional, eliminando bactérias, alérgenos e bolores do<br />

meio ambiente, reduzindo, significativamente, os riscos de contaminação e infeção por vírus.<br />

O ozono tem uma forte ação desinfetante e esterilizante, graças ao seu poder oxidante, capaz<br />

de destruir bactérias, mofo e inativar vírus.<br />

58 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Classificados<br />

09mod_APMariaPia_vw_2016.pdf 2 17/07/19 11:55<br />

41jeep_CROWN_vrs_8modulos.pdf 3 28/06/19 15:38<br />

AUTO PEÇAS MARIA PIA, LDA<br />

“Com 25 anos de experiência”<br />

C<br />

C<br />

M<br />

M<br />

Y<br />

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CM<br />

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Especializados nas marcas VW, SKODA, SEAT, AUDI e em peças para VW Carocha<br />

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GRANDE VARIEDADE DE PEÇAS JEEP<br />

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Passo a Passo<br />

Colaboração<br />

Centro ZARAGOZA<br />

www.centro-zaragoza.com<br />

1<br />

Identificação do tipo de plástico<br />

por código gravado na parte<br />

interior ou, em alternativa, por<br />

ensaio de pirólise<br />

REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS<br />

POR SOLDADURA<br />

A REPARAÇÃO POR SOLDADURA É O MÉTODO MAIS UTILIZADO NOS TERMOPLÁSTICOS, PROPORCIONANDO<br />

EXCELENTES RESULTADOS. EM SEGUIDA, REVELAMOS O CONJUNTO DE OPERAÇÕES DE TRABALHO ADOTADAS<br />

NA REPARAÇÃO DE UMA RANHURA<br />

Como aspetos fundamentais a ter em conta, encontram-se os seguintes: tipo de plástico da peça (o qual deve ser o mesmo do que o da vareta de adição), ajuste<br />

da temperatura de soldadura no maçarico de ar quente e preparação da zona em “V” ou “X” para a inserção da vareta. Durante o processo de soldadura, também<br />

é fundamental a aplicação de movimento pendular no maçarico, ao mesmo tempo que se exerce ligeira pressão sobre a vareta, facilitando-se, desta forma, a sua<br />

inserção na zona.<br />

2<br />

5 8<br />

9<br />

Delimitação, através de berbequim e<br />

broca, <strong>das</strong> extremidades da ranhura<br />

Soldadura/ponteado da base da<br />

ranhura sem adição de material para<br />

alinhar superfícies<br />

3 6 10<br />

Corte da parte restante da vareta<br />

Consoante o dano, pode ser<br />

conveniente reforçar a zona<br />

aplicando cordões adicionais nos<br />

dois lados do cordão de soldadura<br />

principal<br />

Preparação de superfícies: limpar<br />

zona, eliminar resíduos de pintura,<br />

realizar bisel em forma de “X” ou “V”<br />

de acordo com a espessura da peça e<br />

voltar a limpar<br />

4 7<br />

Realização, na extremidade da<br />

vareta, de um corte oblíquo e em<br />

forma de seta para facilitar a sua<br />

inserção na zona<br />

Seleção da vareta de material<br />

igual ao da peça e regulação da<br />

temperatura do maçarico de ar<br />

quente para este material<br />

Soldadura de um cordão de vareta<br />

pela parte interior e outro pela parte<br />

exterior da rutura, aplicando calor<br />

com o maçarico na vareta e na zona<br />

Acabamento final da parte exterior vista: desbaste do cordão e lixamento<br />

60 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Técnica<br />

&Serviço<br />

TECNOLOGIA ADESIVA PARA COLAGEM DE VIDROS<br />

SUBSTITUIÇÃO DE<br />

PARA-BRISAS COLADO<br />

OS FABRICANTES DE ADESIVOS INOVAM CONSTANTEMENTE PARA CONSEGUIR PRODUTOS DE GRANDE<br />

QUALIDADE, REDUZINDO OS TEMPOS DE ENTREGA DO VEÍCULO. A TECNOLOGIA ADESIVA GANHA A CADA<br />

DIA MAIS FORÇA NO RAMO AUTOMÓVEL. IMPLICA UM GRANDE DESAFIO PARA O SETOR REPARADOR<br />

E EXIGE A FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS TÉCNICOS<br />

62 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Colaboração Centro CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

da cura, reação química por meio<br />

da qual se unem as moléculas do<br />

adesivo, atinge um estado sólido final<br />

que resiste às tensões de separação<br />

(coesão). Para se trabalhar com<br />

adesivos, são aspetos fundamentais<br />

a sua correta escolha, a preparação<br />

<strong>das</strong> superfícies, a conceção da junta,<br />

a preparação e aplicação do adesivo,<br />

o processo de cura e a sua durabilidade,<br />

entre outros. Caso estes não<br />

sejam considerados, podem ser origina<strong>das</strong><br />

uniões que não correspondem<br />

às expectativas.<br />

A união dos vidros à carroçaria ocorre<br />

através de aderência, sendo utilizados<br />

adesivos elásticos de poliuretano, que<br />

promovem uma união estanque e resistente.<br />

Isto acontece devido à boa<br />

aderência do adesivo sobre os substratos<br />

da carroçaria (aço, alumínio,<br />

plásticos termoplásticos, termoestáveis)<br />

e vidro. Neste tipo de uniões, o<br />

vidro faz parte da estrutura da carroçaria.<br />

Por outro lado, a elasticidade do<br />

adesivo absorve as vibrações, evitando<br />

a quebra do vidro, e insonoriza<br />

o habitáculo. A sua utilização abrange<br />

todos os vidros fixos dos ligeiros e<br />

foi incluída em todos os veículos industriais.<br />

O procedimento de substituição de<br />

um para-brisas colado compreende<br />

uma série de passos que têm de ser<br />

respeitados para se conseguir uma<br />

colagem eficaz. A saber:<br />

Existem múltiplas técnicas de<br />

união para a montagem <strong>das</strong><br />

peças da carroçaria. As mais<br />

utiliza<strong>das</strong> são a soldadura, a rebitagem<br />

e a colagem. Por este motivo,<br />

o processo de seleção e combinação<br />

destas técnicas é determinante para<br />

o fabrico de veículos. Os adesivos sofreram<br />

um grande desenvolvimento<br />

nos últimos anos, razão pela qual se<br />

incluem como alternativa ou como<br />

única opção para unir materiais de<br />

diferente natureza e com espessuras<br />

muito finas.<br />

Um adesivo é uma substância de carácter<br />

não metálico, capaz de unir<br />

materiais graças ao contacto <strong>das</strong><br />

suas superfícies (aderência). Através<br />

1<br />

• Utilização de ferramentas especiais<br />

para desmontagem do vidro a substituir,<br />

que permitam o corte do adesivo<br />

de união entre o vidro e a carroçaria;<br />

• Acondicionamento <strong>das</strong> superfícies<br />

de união para garantir a eficácia do<br />

adesivo;<br />

• Aplicação do adesivo indicado às<br />

peculiaridades dos vidros;<br />

• Respeito pelo tempo de espera necessário<br />

para a cura do adesivo, que<br />

implica a imobilização do veículo.<br />

Preparação de superfícies<br />

As superfícies dos corpos são muito<br />

complexas, com características distintas,<br />

inclusivamente as poli<strong>das</strong> ou<br />

considera<strong>das</strong> muito lisas. A textura<br />

da superfície que resulta do acaba-<br />

1 | Aplicação do spray de limpeza 2 | Remoção do adesivo 3 | Primário 4 | Ativador<br />

2<br />

3 4<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 63


TECNOLOGIA<br />

ADESIVA PARA<br />

COLAGEM DE<br />

VIDROS<br />

mento final, tem grande importância<br />

e influência no momento de definir<br />

propriedades, como desgaste, resistência<br />

à fadiga, capacidade de aderência<br />

e aspeto externo de uma peça,<br />

entre outros. Dependendo da superfície,<br />

o processo variará e permitirá<br />

assegurar a aderência. Em traços<br />

gerais, os tratamentos superficiais<br />

genéricos exigidos para utilização<br />

de adesivos são os seguintes: limpeza<br />

e desengorduramento, que se<br />

pode realizar por fricção, imersão ou<br />

spray; tratamentos mecânicos, que<br />

consistem em modificar a topografia<br />

da superfície através de lixamento,<br />

escovagem ou granalhagem; tratamentos<br />

físicos, que se realizam por<br />

intermédio de flamejamento; tratamentos<br />

químicos, baseados em produtos<br />

que aumentam a polaridade da<br />

superfície, melhorando a aderência.<br />

O mais utilizado é o primário, substância<br />

usada como meio intermédio<br />

entre o adesivo e o substrato para<br />

facilitar a aderência por compatibilidade<br />

química entre ambos, melhorando<br />

a energia superficial.<br />

A colagem de vidros consiste numa<br />

união estrutural com adesivo elástico.<br />

O processo de montagem de<br />

vidros colados começa com a preparação<br />

<strong>das</strong> superfícies, o passo mais<br />

importante. Existem dois casos bem<br />

diferenciados: os substratos, vidro e<br />

carroçaria, apresentam resíduos do<br />

poliuretano antigo ou então os dois<br />

que haverá que reabilitar a superfície.<br />

A seguir, limpam-se e desengorduram-se<br />

os substratos a unir. Esta<br />

operação deve ser realizada com toalhitas<br />

impregna<strong>das</strong> e com produtos<br />

de limpeza específicos ou dissolventes<br />

orgânicos puros (xileno, acetona,<br />

tricloretileno, percloretileno), que<br />

possam ser considerados adequados.<br />

Neste caso, não é necessário aplicar<br />

primário, visto que o adesivo colocado<br />

revela muito boa aderência sobre<br />

o antigo.<br />

Nas superfícies em que se tiver eliminado<br />

todo o poliuretano ou em<br />

zonas pinta<strong>das</strong>, uma vez limpas e<br />

desengordura<strong>das</strong>, é recomendável<br />

modificar a topografia através de um<br />

lixamento fino, limpando e aplicando<br />

um primário para aumentar a<br />

aderência nessa zona. Se o vidro for<br />

novo, deve ser efetuada uma limpeza<br />

do contorno com o produto adequado.<br />

Uma vez evaporado o produto<br />

de limpeza, aplica-se o promotor de<br />

aderência ou primário.<br />

A função do primário é garantir<br />

uma união perfeita, conseguindo-se<br />

que ocorra o fenómeno de aderência<br />

entre dois materiais, garantindo<br />

que o adesivo fique com a superfície<br />

molhada e aumente a sua energia<br />

superficial para que a união ocorra.<br />

Este primário é de cor preta e, aplicado<br />

sobre o vidro, também cumpre<br />

a missão de proteger o poliuretano<br />

5<br />

5 | Adesivo 6 | Fixação do vidro<br />

A COLAGEM DE VIDROS CONSISTE NUMA UNIÃO ESTRUTURAL COM ADESIVO<br />

ELÁSTICO. O PROCESSO DE MONTAGEM DE VIDROS COLADOS COMEÇA COM<br />

A PREPARAção DAS SUPERFÍCIES, QUE É O PASSO MAIS IMPORTANTE<br />

substratos são novos (ou foi realizada<br />

uma pintura).<br />

Após a desmontagem do vidro, para<br />

se proceder à sua montagem têm de<br />

ser eliminados os resíduos de poliuretano<br />

da carroçaria e do vidro.<br />

Se for recuperado, para evitar que o<br />

adesivo cortado se deteriore, não é<br />

recomendável deixá-lo mais de duas<br />

horas antes de montar o vidro. Nestes<br />

casos, é conveniente deixar uma<br />

base de poliuretano de 1 ou 2 mm de<br />

espessura para garantir a aderência<br />

do novo. Caso se detete deterioração,<br />

o adesivo velho poderá apresentar<br />

óxido ou tinta sem aderência, pelo<br />

contra a radiação ultravioleta do sol,<br />

que provoca a sua degradação.<br />

Aplicação do adesivo<br />

Os adesivos utilizados na colagem<br />

de vidros são testados e caracterizados<br />

pelo fabricante. Podem considerar-se<br />

adesivos de alta qualidade e o<br />

utilizador apenas se deve preocupar<br />

com a sua aplicação correta, seguindo<br />

as instruções do fabricante. Caso<br />

se utilize poliuretano monocomponente,<br />

a sua reação com a humidade<br />

atmosférica provoca a sua polimerização.<br />

É fornecido pronto a utilizar<br />

e não requer preparação prévia. Caso<br />

se utilize poliuretano bicomponente,<br />

a sua polimerização é resultado da<br />

reação desencadeada pela mistura<br />

dos seus dois componentes. Para a<br />

sua mistura, são utiliza<strong>das</strong> cânulas<br />

especiais. Também existem polímeros<br />

ou híbridos. Trata-se de adesivos sem<br />

radicais livres, isocianatos e PVC baseados<br />

em pré-polímeros terminados<br />

de silano ou poliuretano híbrido. Têm<br />

muito boa aderência em superfícies<br />

sem pré-tratamento. Cumprem os requisitos<br />

de estanquidade, aderência,<br />

resistência e elasticidade requeridos<br />

pelos fabricantes. Também exibem<br />

propriedades adicionais de alto módulo<br />

e baixa condutividade elétrica<br />

para serem utilizados em carroçarias<br />

de alumínio e em vidros com sensores<br />

eletrónicos integrados, evitando a<br />

corrosão e interferências na utilização<br />

de equipamentos eletrónicos.<br />

Para se conseguir a altura correta do<br />

cordão de adesivo e uma distribuição<br />

uniforme <strong>das</strong> tensões, colocam-se tacos<br />

de altura. Depois da preparação<br />

do bico, do poliuretano, da pistola de<br />

aplicação e decorridos 10 minutos,<br />

tempo necessário para que o primário<br />

seque, começa a aplicação. Esta<br />

realiza-se a uma velocidade constante<br />

para se conseguir uma altura uni-<br />

64 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


forme do cordão sobre a carroçaria<br />

ou sobre o vidro.<br />

Colocação do vidro<br />

Uma vez aplicado o adesivo, coloca-se<br />

o vidro imediatamente,<br />

dado que o tempo de formação<br />

da pele de poliuretano é relativamente<br />

reduzido (e pode variar<br />

em função <strong>das</strong> condições atmosféricas).<br />

Centra-se o mesmo na<br />

moldura e pressiona-se ligeiramente<br />

até que as borrachas<br />

de contorno fiquem assentes e<br />

o ajustem sobre a moldura ou<br />

chegue aos tacos de altura, assegurando<br />

o contacto total entre<br />

o vidro, o adesivo e a carroçaria.<br />

Devem evitar-se excessos de<br />

pressão, assim como panca<strong>das</strong><br />

localiza<strong>das</strong>, que podem partir o<br />

vidro e apertar, excessivamente,<br />

o cordão de poliuretano.<br />

Cura do adesivo<br />

A cura do adesivo é o processo de<br />

polimerização ou secagem no qual<br />

aplica o adesivo até que se coloca<br />

a peça a unir;<br />

• Tempo de manipulação - período<br />

que deve decorrer para que o<br />

adesivo adquira as prestações suficientes<br />

e possa continuar com<br />

outro processo de trabalho (no<br />

caso dos vidros, desde que se aplica<br />

até que se entrega o veículo);<br />

• Tempo de cura – período necessário<br />

para adquirir as suas prestações<br />

finais com máximo rendimento<br />

(normalmente, 24 horas).<br />

A cura dos adesivos monocomponentes<br />

(1K) ocorre através da<br />

absorção de humidade e é relativamente<br />

lenta. No caso dos<br />

bicomponentes (2K), a secagem<br />

ocorre pela reação química que<br />

tem lugar quando se misturam<br />

o poliuretano e o seu catalisador.<br />

Este tipo de adesivos costuma<br />

apresentar uma cura mais<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

Nós damos uma mãozinha<br />

Não fazemos<br />

manutenção automóvel,<br />

mas fazemos a manutenção<br />

da sua terminologia!<br />

MY<br />

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K<br />

TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA<br />

Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />

relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />

profissionais especializados em várias áreas<br />

da indústria e uma tecnologia que nos permite<br />

criar projetos à medida de cada cliente.<br />

sofre um endurecimento para se<br />

tornar num material resistente e<br />

coeso. Durante a utilização dos<br />

adesivos, devem ser tidos em conta<br />

os seguintes requisitos:<br />

• Tempo de trabalho - período<br />

máximo durante o qual o adesivo<br />

pode ser utilizado. Caso se exceda,<br />

já não é válido;<br />

• Tempo aberto - intervalo máximo<br />

que decorre desde que se<br />

uniforme e rápida. Uma vez colocado<br />

o vidro do para-brisas, é<br />

necessário que decorra o tempo<br />

adequado antes de entregar o<br />

veículo. É conhecido como tempo<br />

de imobilização, intervalo<br />

mínimo necessário para que o<br />

adesivo adquira uma resistência<br />

suficiente e o veículo possa circular<br />

com total garantia. Alcançará<br />

a resistência final quando ocorrer<br />

a sua cura completa, normalmente<br />

24 horas. l<br />

6<br />

PUB<br />

CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA<br />

Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />

as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />

uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong><br />

as repetições em novos projetos e baixar<br />

consideravelmente o valor final do documento,<br />

mantendo a terminilogia e o estilo<br />

de comunicação já existentes. Um programa<br />

criado a pensar em si!<br />

Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />

Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt


epintura


CROMAX CHROMAWEB<br />

GESTÃO DE COR<br />

NA PONTA DOS DEDOS<br />

A NOVA APLICAÇÃO CHROMAWEB DA CROMAX, PARA SMARTPHONES E TABLETS, ESTÁ, AGORA,<br />

DISPONÍVEL NA APP STORE E NO GOOGLE PLAY. A APP É RÁPIDA E FÁCIL DE USAR, DISPONDO<br />

DE UMA INTERFACE USER-FRIENDLY QUE INCLUI TODAS AS FUNCIONALIDADES DO SOFTWARE<br />

PRINCIPAL CHROMAWEB por João Vieira<br />

A<br />

aplicação ChromaWeb é gratuita e proporciona<br />

a mesma funcionalidade do abrangente<br />

software ChromaWeb de procura de<br />

cor da Cromax baseado na web. Mas inclui algumas<br />

funcionalidades adicionais, como, por exemplo,<br />

um leitor de código de barras, que oferece uma<br />

solução de valor acrescentado para a combinação<br />

digital de cores. A app ChromaWeb contribui para<br />

que os pintores trabalhem de forma mais rápida<br />

e mais precisa, permitindo-lhes aceder e partilhar<br />

dados de cores com a balança por IP para a mistura<br />

de fórmulas com a oficina ou com uma rede de<br />

oficinas em movimento. Em conjunto com o espectrofotómetro<br />

ChromaVision Pro Mini, a aplicação<br />

ChromaWeb constitui o sistema de gestão de cores<br />

digital mais avançado: Cromax ChromaConnect.<br />

A app ChromaWeb é parte integrante do ChromaConnect<br />

e permite acesso direto a uma base de<br />

dados de produtos e cores global. A aplicação integra-se<br />

na perfeição na infraestrutura digital <strong>das</strong><br />

oficinas e será particularmente útil às redes, uma<br />

vez que permite a partilha rápida e fácil de fórmulas<br />

de cores em diferentes localizações.<br />

Com esta aplicação, to<strong>das</strong> as fórmulas pessoais são<br />

guarda<strong>das</strong> automaticamente na “nuvem”, para que<br />

possam ser acedi<strong>das</strong> onde e quando forem necessárias.<br />

Além disso, a aplicação ajuda os utilizadores<br />

a verificarem a quantidade de tinta necessária para<br />

uma reparação específica. A aplicação ChromaWeb<br />

proporciona um acesso fácil e rápido a uma base<br />

de dados de cores que está sempre atualizada, contribuindo<br />

para as oficinas aumentarem a produção<br />

e precisão. Além disso, torna mais rápido o acesso<br />

a fórmulas de cores e facilita a gestão de produtos.<br />

Otimizar a produtividade<br />

Como o seu próprio nome indica, o ChromaWeb<br />

é um pacote de software baseado na web que inclui<br />

todos os módulos ColorNet Pro atuais. Mas<br />

o ChromaWeb dispõe de novas e percetíveis vantagens.<br />

A primeira, é que as atualizações de cor,<br />

de produto e de software são imediatas, bastando<br />

apenas um clique desde que efetuada a ligação à<br />

Internet. A segunda vantagem principal, é que o<br />

ChromaWeb está totalmente acessível através de<br />

qualquer dispositivo, incluindo smartphones e tablets.<br />

Tudo isto, combinado com o software baseado<br />

na Cloud, proporciona enormes benefícios para<br />

to<strong>das</strong> as oficinas, especialmente para aquelas de<br />

maior dimensão e para as inseri<strong>das</strong> em rede.<br />

Os pintores podem aceder a fórmulas desenvolvi<strong>das</strong><br />

noutros locais por outros profissionais, sem<br />

necessidade de protocolos especiais. E as oficinas<br />

podem ainda beneficiar da produtividade conferida<br />

pelo desempenho melhorado de correspondência<br />

de cor do software e pelo enriquecimento<br />

da interface em geral. Ao descarregar a versão<br />

mais recente da app do software de gestão de cor<br />

ChromaWeb, o pintor tem acesso aos mais evoluídos<br />

recursos e avanços. A app é rápida e fácil de<br />

utilizar, dispondo de uma interface user-friendly<br />

que inclui to<strong>das</strong> as funcionalidades do software<br />

principal ChromaWeb. E contempla, também, as<br />

opções de digitalização em dispositivos móveis<br />

para maior comodidade. As oficinas podem ainda<br />

beneficiar da produtividade conferida pelo desempenho<br />

melhorado da correspondência de cor<br />

do software e pelo enriquecimento da interface<br />

em geral. l<br />

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS<br />

DO CHROMAWEB<br />

l Atualizações imediatas de fórmulas de cor, produto e<br />

programa quando ligado à Internet<br />

l Cópia de segurança automática de dados para a “nuvem”<br />

quando online<br />

l Fácil partilha de fórmulas entre diferentes locais<br />

l As últimas cinco pesquisas de cor mantêm-se disponíveis<br />

na pesquisa da web<br />

l Completo acesso a partir de dispositivos, incluindo<br />

smartphones e tablets<br />

l Interface de fácil utilização<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 67


NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />

repintura<br />

AXALTA DOA EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL<br />

Axalta encontra-se a produzir milhares de litros de álcool em gel e a fornecer<br />

equipamento médico a hospitais, pessoal de primeira intervenção e<br />

A<br />

colaboradores nas suas comunidades locais em todo o mundo. O fabricante de<br />

tintas para automóveis anunciou que está a potenciar as suas operações mundiais<br />

e conhecimento técnico para fornecer equipamento e produtos essenciais<br />

a pessoas e organizações nas suas comunidades locais em todo o mundo para<br />

combater a disseminação do novo coronavírus. E, para tal, está a utilizar a sua<br />

capacidade de produção e a fornecer stocks de abastecimento para oferecer<br />

produtos que fazem a diferença onde são mais necessários, como em quartos<br />

de hospitais, ambulâncias ou áreas de produção. Os esforços da Axalta no<br />

combate ao novo coronavírus incluem o fabrico de milhares de litros de álcool<br />

em gel e a doação de equipamento de proteção individual (EPI), como máscaras<br />

(incluindo o seu stock de máscaras N-95), macacões, toucas fecha<strong>das</strong> e<br />

mangas de proteção a hospitais em todo o mundo.<br />

68 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


SPIES HECKER E STANDOX ATÉ 2023<br />

Mercedes-Benz | Desde o dia 1 de abril que as marcas Spies Hecker e Standox<br />

foram novamente aprova<strong>das</strong> para serem utiliza<strong>das</strong> na rede Mercedes-Benz em 11<br />

países europeus até 31 de março de 2023. Este acordo vem juntar-se às aprovações da<br />

Mercedes-Benz existentes com as duas marcas da Axalta em mais de 60 países a nível<br />

mundial. Além disso, a Standox foi nomeada “Parceiro Preferido” da Mercedes-Benz<br />

em Espanha, Itália e República Checa. A Hi-TEC da Spies Hecker e a Standoblue da<br />

Standox, terceira geração da base bicamada aquosa destas marcas, são especialmente<br />

adequa<strong>das</strong> para a rede Mercedes-Benz, uma vez que proporcionam uma excelente<br />

combinação de cores e soluções personaliza<strong>das</strong> para acabamentos superiores e<br />

duradouros. Nos termos do acordo, a Spies Hecker e a Standox não só fornecerão tintas<br />

de repintura às oficinas Mercedes-Benz, como, também, assegurarão formação técnica<br />

da mais elevada qualidade, assistência na gestão da cor, consultoria e apoio.<br />

ASB<br />

LIMPEZA E DESINFEÇÃO<br />

Tendo em conta o panorama atual, a Álvaro de Sousa Borrego, S.A. tem feito<br />

todos os esforços para responder da melhor forma às necessidades que surgem<br />

no âmbito da pandemia de Covid-19. A empresa está a trabalhar no<br />

sentido de melhor satisfazer os clientes e procurar soluções que ajudam no combate<br />

à propagação do novo coronavírus. A oferta de produtos de limpeza e desinfeção é<br />

abrangente, destacando-se o desinfectante Sanit Clean, em embalagens de cinco<br />

litros (ref.ª DV14104), o gel desinfetante para mãos, também em embalagens de<br />

cinco litros (ref.ª DV14107) e as luvas de látex, disponíveis em caixas de 100 unidades<br />

(ref.ª DV09503). Para mais informações, visitar www.asborrego.pt.<br />

ELEITA MELHOR MARCA DE<br />

CAR CARE NA ALEMANHA<br />

SONAX | Pela 15.ª vez consecutiva, a SONAX, que está<br />

disponível na KRAUTLI Portugal, é a marca de car care<br />

mais apreciada e reconhecida no mercado alemão, na<br />

categoria de “Produtos para Cuidado Automóvel”, pelos<br />

leitores de várias revistas especializa<strong>das</strong>, nomeadamente<br />

“Auto Motor und Sport”, “Auto Bild” e “Auto Zeitung”. Na<br />

votação para “Top Brands 2020”, é generalizado que a<br />

SONAX se trata de uma marca em que se pode confiar<br />

e cujo nome é garantia de qualidade. A “Marca Líder”<br />

para produtos de cuidado automóvel chama-se “SONAX”.<br />

Este reconhecimento da SONAX vem reforçar a aposta da<br />

KRAUTLI Portugal em marcas e produtos de qualidade.<br />

AJUDA E SOLIDARIEDADE<br />

PARA TRAVAR A PANDEMIA<br />

PPG | Atendendo à situação sem precedentes que o mundo<br />

está a atravessar em termos sanitários, a PPG doou material<br />

de segurança para os profissionais de saúde. E está a ajudar<br />

diretamente diferentes comunidades, em muitos casos<br />

através da Cruz Vermelha, cuja delegação na China, por<br />

exemplo, recebeu uma doação no valor de mais de 130 mil<br />

euros. Em Espanha, a sede da empresa em Rubí (Barcelona)<br />

doou vários materiais de segurança dos seus centros de<br />

formação Refinish para serem utilizados por profissionais<br />

de saúde. Nos EUA, entregou 80 mil máscaras especiais para<br />

hospitais, bem como máscaras cirúrgicas para bombeiros.<br />

Além disso, está a fabricar gel desinfetante para mãos.<br />

PROTOCOLO DE SEGURANÇA NO<br />

COMBATE AO CORONAVÍRUS<br />

AUTOBRillante | Integrado na rotina da oficina, desde<br />

o momento da receção do veículo até à entrega do mesmo ao<br />

cliente após a conclusão do processo de manutenção ou reparação,<br />

o protocolo de limpeza e desinfeção da Autobrillante sistematiza<br />

a higiene de pessoas e viaturas. Além disso, no futuro, esta será,<br />

de resto, a metodologia standard para inúmeros concessionários<br />

e oficinas multimarca. Trata-se de um processo que contempla<br />

cinco passos e que garante a segurança de técnicos de oficina e<br />

clientes. De acordo com a Autobrillante, ”este protocolo de limpeza<br />

e desinfeção é económico, fácil de implementar e seguro para<br />

clientes e funcionários. Pelo que será, sem dúvida, uma mudança<br />

sistémica que se tornará comum, mesmo nas oficinas do futuro.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 69


EM FOCO BATERIAS<br />

À PROCURA DA<br />

CARGA MÁXIMA<br />

AS BATERIAS CONTINUAM A DEMONSTRAR ENORME ENERGIA NO COMPETITIVO MERCADO<br />

NACIONAL. O JORNAL DAS OFICINAS FOI OUVIR O QUE PENSAM DIVERSOS PLAYERS SOBRE<br />

O PRESENTE E O FUTURO DESTE SETOR<br />

por Jorge Flores


O<br />

mercado nacional <strong>das</strong> baterias para automóveis<br />

tem sofrido, ao longo dos anos, períodos de “carga<br />

máxima” e outros com um pouco menos de<br />

“energia”. A pandemia provocada pela Covid-19<br />

que o país e o mundo enfrentam apanhou este setor<br />

numa fase dinâmica, com as marcas a apostarem<br />

forte na inovação e nos produtos destinados<br />

aos veículos equipados com sistema start&stop. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

foi ouvir o que pensam muitas marcas deste importante setor do<br />

aftermarket luso. Na opinião <strong>das</strong> Auto Energia e Vipiemme, distribuí<strong>das</strong><br />

pela Auto Duas e Quatro Ro<strong>das</strong>, o mercado “tem sofrido as<br />

evoluções que os próprios fabricantes de automóveis têm apresentado<br />

aos seus potenciais clientes com técnicas inovadoras. Há mercado<br />

para as chama<strong>das</strong> baterias convencionais, cada vez mais baterias<br />

start&stop e baterias específicas, como as de apoio e outras”, revela.<br />

“Há espaço para todos os tipos de baterias, sendo que, num futuro<br />

não muito distante, as necessidades <strong>das</strong> baterias convencionais serão<br />

menores, fruto do desenvolvimento do parque automóvel, quer seja<br />

de ligeiros, pesados ou agrícolas”, explica.<br />

Já o Grupo TRUSTAUTO, que representa, em exclusivo, a marca polaca<br />

AUTOPART, considera que se trata de um “mercado de venda<br />

com um crescimento estável, com a sua típica sazonalidade”, não tendo<br />

dúvi<strong>das</strong> de que a “bateria é um produto importante para as ven<strong>das</strong>”.<br />

Sobre o futuro, a mesma fonte acredita que o “aumento do parque<br />

circulante de veículos híbridos e elétricos será, naturalmente,<br />

uma oportunidade em termos de mercado de baterias, não<br />

da forma como o conhecemos, mas com necessidades de<br />

especialização e conhecimento bastante maiores”.<br />

Já a Bosch, afirma que o mercado <strong>das</strong> baterias tem-<br />

-se “mostrado bastante relevante na manutenção<br />

dos veículos”. Apesar do seu “notório desenvolvimento,<br />

notamos que ainda existem fatores que<br />

condicionam a sua reposição, como as condições<br />

meteorológicas e a idade do parque automóvel em<br />

Portugal”, acrescenta o fabricante. Segundo explica,<br />

os veículos “híbridos e elétricos vão trazer novidades<br />

muito importantes para as baterias”. Porquê? “Este tipo<br />

de componentes é completamente diferente na tecnologia utilizada.<br />

Os veículos convencionais têm baterias de chumbo-ácido,<br />

os micro híbridos (start&stop) têm baterias com tecnologia AGM<br />

(Absorbent Glass Mat) ou EFB (Enhanced Flooded Batteries) para<br />

resistir aos múltiplos arranques/paragens e, por último, os veículos<br />

híbridos e elétricos precisam de baterias de hidretos metálicos de<br />

níquel e iões de lítio”, esclarece.<br />

Segundo a Exide Technologies, o negócio corre “bem e continuará<br />

estável por mais alguns anos” devido à “idade do parque”, embora a<br />

mesma fonte reconheça que, em termos de preços, “continua a existir<br />

muita pressão”. Mais: “O cliente final prefere marcas de baterias<br />

instantaneamente reconheci<strong>das</strong> e fiáveis. O facto de os veículos mais<br />

recentes serem, tecnicamente, mais evoluídos e com maior oferta, veio<br />

criar um desafio aos clientes para estes selecionarem o produto certo.<br />

Quando todos os blocos de baterias aparecem lado a lado, a marca é a<br />

única garantia real da qualidade interna. A Exide Technologies mantém<br />

a reputação <strong>das</strong> suas marcas.”, acrescenta o fabricante.<br />

Por outro lado, a euroPARTNER, marca da rede de lojas de peças independentes<br />

com o mesmo nome dinamizada pela EuroMais, defende<br />

que o “atual” mercado se encontra numa “alta pressão” de preço. Com<br />

a agravante de “não ter em conta a qualidade de produto”. De tal maneira,<br />

que “qualquer distribuidor importa baterias com um único objetivo:<br />

conseguir o melhor preço do mercado. Mas como o preço não<br />

tem fim, começam novamente a surgir as marcas premium”, explica. A<br />

euroPARTNER acredita que “o grande desafio do mercado, no último<br />

meio século, é a comercialização de baterias para veículos equipados<br />

com sistema start&stop, com tecnologia AGM”.<br />

Mercado maduro<br />

“À semelhança do que é o aftermarket nacional, o mercado <strong>das</strong> baterias<br />

para automóveis, em Portugal, é maduro, contando com a presença<br />

dos principais players internacionais”, adianta fonte da Auto<br />

Delta, a empresa que dinamiza a marca (e a rede oficinal com o mesmo<br />

nome) CGA. “Na distribuição, verifica-se a presença de entidades<br />

especializa<strong>das</strong> neste tipo de produto, que se fazem valer da sua<br />

especificidade técnica para manter uma presença assinalável”, frisa.<br />

“Os players generalistas também apostam forte num produto que<br />

ganha cada vez maior importância no aftermarket”, reforça a Auto<br />

Delta, que não esconde a sua visão otimista do setor. E completa:<br />

“A necessidade de produtos de maior qualidade para responder às<br />

exigências elétricas dos veículos modernos e o combate, por parte<br />

dos fabricantes, à falsificação dos seus produtos, levam-nos a assumir<br />

que apenas as marcas que disponibilizam artigos de qualidade<br />

reconhecida terão um futuro sustentável no mercado”.<br />

A Eurobaterias, empresa que distribui a marca Fulmen, também concorda<br />

que o mercado ainda se pauta “muito pelo preço e não pela qualidade”,<br />

diz. “As principais ameaças para empresas como a Eurobaterias,<br />

que ‘respiram’ baterias e vivem, exclusivamente, delas, é o constante estreitar<br />

de margem por parte de grandes empresas de distribuição automóvel,<br />

em que o negócio <strong>das</strong> baterias apenas serve para alcançar rappéis<br />

e números”, adianta a mesma fonte, que continua, ainda<br />

assim, a acreditar que o futuro do mercado será “risonho”.<br />

Já a Soarauto, que distribui a Midac, assegura que o<br />

mercado “se encontra totalmente satisfeito pelos grandes<br />

distribuidores exclusivos de baterias e por to<strong>das</strong><br />

as empresas de retalho aftermarket em geral”, diz.<br />

“Pela tipologia do produto e pela margem reduzida, o<br />

importador fica em desvantagem caso não faça venda<br />

direta ao cliente final”, explica a Soarauto, que acredita<br />

existirem “demasia<strong>das</strong> marcas no mercado português,<br />

sendo o fabricante o mesmo e rotulando à medida<br />

do cliente, acabando por confundir o setor”. Frisando que<br />

“a oportunidade passa por estarmos ligados a um fabricante de<br />

qualidade e de tecnologia de fabrico inovadora”.<br />

Por seu turno, a AleCarPeças, que distribui a marca Open Parts, da Exo<br />

Automotive, destaca que, no nosso país, “a gama da OP será otimizada<br />

com base na frota nacional de automóveis específica, selecionando os<br />

modelos e especificações mais necessários”. E acrescenta: “Acreditamos<br />

que o futuro da bateria de arranque, em Portugal, se baseará a nível<br />

duplo: um para obter uma bateria com melhor densidade de carga para<br />

veículos novos, Diesel e gasolina, micro e híbridos suaves; outra para<br />

implementação <strong>das</strong> de estado sólido para veículos elétricos”, explica.<br />

Já a Rodapeças, distribuidor da PADOR, refere que “existe excesso de<br />

oferta de produto no mercado, o que leva a uma depreciação dos preços.<br />

Produtos premium chegam ao mercado com preços muito baixos,<br />

o que gera confusão na opção do consumidor final relativamente ao<br />

valor da marca”, afirma. E antecipa o cenário: “Com a crise forte que<br />

se vislumbra, irá existir uma redução na venda de viaturas novas, um<br />

aumento da tendência em manter a viatura atual em circulação e um<br />

aumento do prazo médio de abate de viaturas. O que equivale a dizer<br />

que o mercado de reposição poderá crescer nos próximos meses”.<br />

Na mesma linha de raciocínio, a TRW Automotive Portugal, responsável<br />

pela marca Lucas, descreve o mercado de baterias como<br />

“saturado”, incluindo “marcas próprias e ‘brancas’, onde a constante<br />

flutuação da cotação do chumbo faz com que os preços sejam muito<br />

voláteis”. A maior ameaça ao mercado destas baterias tradicionais?<br />

“A eletrificação em curso do parque automóvel, pois os veículos elé-<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 71


em Foco Baterias<br />

tricos utilizam outro tipo de<br />

baterias e não necessitam <strong>das</strong><br />

tradicionais baterias de chumbo-ácido,<br />

mas sim de baterias à<br />

base de iões de lítio”, acrescenta.<br />

O SEGMENTO DAS BATERIAS É DOS MAIS<br />

CONCORRIDOS DO AFTERMARKET, EXISTINDO<br />

ENORME variedade DE MARCAS E MODELOS<br />

Marcas varia<strong>das</strong><br />

“Temos um mercado muito maduro,<br />

com um nível de oferta muito alargado,<br />

onde, resumidamente, coabitam<br />

muitas marcas de baterias, mas relativamente<br />

poucos fabricantes OEM”, realça<br />

fonte da KRAUTLI Portugal, que distribui<br />

a marca Yuasa no canal automóvel (veículos<br />

ligeiros e pesados). “Verifica-se ainda uma<br />

elevada presença de marcas priva<strong>das</strong>, sendo<br />

que, alguns operadores, para tornar o seu<br />

produto competitivo, falseiam os valores nas<br />

etiquetas <strong>das</strong> baterias. Estas práticas estão, obviamente,<br />

a desaparecer devido aos elevados requisitos<br />

elétricos e tecnológicos dos veículos, o que<br />

torna o mercado mais profissional e sensível à qualidade<br />

do produto em causa”, acrescenta. Afirmando que<br />

“devido a gerar volumes de faturação muito interessantes,<br />

incentiva muitos operadores à sua comercialização. Todavia, a<br />

bateria não é uma peça convencional. É, sim, um produto químico<br />

e muito complexo. Logo, carece de um nível de conhecimento<br />

e tratamento diferenciado dos restantes componentes do automóvel”,<br />

explica fonte da KRAUTLI Portugal. O futuro? “O setor<br />

tem muitas abordagens e teorias quanto ao futuro <strong>das</strong> baterias,<br />

designadamente a eletrificação e as células de hidrogénio, entre<br />

outras. Contudo, a indústria automóvel continua na constante<br />

procura da evolução em termos de tecnologia de baterias. O<br />

derradeiro objetivo consiste em inventar uma bateria capaz de<br />

armazenar grandes quantidades de energia elétrica, mas que exija<br />

um período de tempo relativamente curto para a sua recarga<br />

completa”, refere.<br />

A Polibaterias, distribuidor da marca italiana FIAMM (e da<br />

EUROCELL), também considera<br />

que o mercado é “competitivo,<br />

em que a oferta, neste momento,<br />

supera largamente a procura por<br />

parte dos principais retalhistas e<br />

instaladores, onde se assiste, muitas<br />

vezes, à presença de operadores<br />

sem quaisquer bases técnicas<br />

e de duvidosa postura comercial”,<br />

adianta. “No entanto, é um mercado<br />

que está muito dependente <strong>das</strong><br />

capacidades económicas do nosso<br />

país. Daí que ainda se baseie muito<br />

nas chama<strong>das</strong> linhas brancas,<br />

onde proliferam e nascem marcas<br />

quase diariamente”, alerta a Polibaterias.<br />

Pelo mesmo diapasão afina a RedeInnov, que dispõe da marca<br />

InnovParts. “É um mercado bastante concorrencial, inundado<br />

de ofertas, algumas mesmo duvidosas, sem nenhum controlo<br />

por parte de qualquer tipo de entidade, permitindo que qualquer<br />

um afirme o que entender sobre a performance <strong>das</strong> baterias que<br />

comercializa”, acusa. “Há poucos fabricantes de baterias com dimensão<br />

mundial que garantam a qualidade e a estabilidade da<br />

oferta necessária para estar no mercado, de forma séria, durante<br />

muitos anos. A RedeInnov só aposta em baterias de qualidade<br />

original. A nossa marca própria, InnovParts, é, exclusivamente,<br />

fabricada pela Exide Technologies e tem a sua qualidade comprovada.<br />

Os resultados obtidos demonstram que as oficinas valorizam,<br />

cada vez mais, a qualidade e a consistência da oferta em<br />

detrimento de baterias a preços inferiores, que acabam por sair<br />

mais caras tendo em conta a insatisfação dos clientes”, explica.<br />

A Create Business, que distribui a marca Indieparts, assina por<br />

baixo a opinião acima transcrita. E defende que, no caso específico<br />

da sua marca, a oportunidade passa por “entrar num novo<br />

segmento de mercado”. As ameaças? “Aparecimento de novos<br />

concorrentes com produtos semelhantes e preços competitivos,<br />

fazendo com que o segmento <strong>das</strong> baterias para automóveis se<br />

torne menos atraente para potencial desenvolvimento de negócio”,<br />

reconhece. Ainda assim, “nos próximos tempos, será um<br />

mercado de grande volume de negócio, onde a Create Business<br />

quer estar presente nos segmentos “better” e “best” com as marcas<br />

IndieParts, VARTA e Bosch”, enfatiza o distribuidor.<br />

Também as empresas MCoutinho Peças e AZ Auto, que distribuem<br />

a marca MÄKTIG, dão conta da competitividade do<br />

setor. “Falamos de um mercado saturado de players, onde as<br />

marcas com mais nome continuam a ter aceitação sem o mercado<br />

levantar questões. Esta ‘superpopulação’ de baterias, no<br />

mercado português, leva a que, muitas vezes, a maior fatia seja<br />

alcançada através do preço mais baixo. Essa procura faz com<br />

que exista uma diminuição da qualidade do produto, o que vai<br />

afetar o utilizador final, abalando a sua confiança na marca<br />

ou no prestador do serviço. É, por isso, importante que tanto<br />

retalhistas como oficinas apostem em produtos de qualidade”,<br />

defendem, a uma só voz, MCoutinho Peças e AZ Auto.<br />

A Magneti Marelli, distribuída em Portugal pela Bombóleo, acredita<br />

que o mercado de baterias “exige tanto a solução de problemas<br />

para os clientes como as solicitações de competitividade e<br />

rentabilidade”. E defende a teoria de que a “oportunidade para<br />

as marcas de primeira qualidade é o poder de remover uma ampla<br />

gama de soluções para um parque mais antigo, oferecendo<br />

soluções de muitos concorrentes e uma grande relação de preço,<br />

como para o parque mais inovador, como a gama mais apropriada<br />

e que assegura rentabilidade”, destaca. Para a marca italiana, o<br />

mais importante é o futuro, “tanto do fabricante como do componente<br />

fabricado, em conjunto com o projeto do produto”.<br />

Tendências do mercado<br />

A Autozitânia, que distribui a marca Nostop, adianta que a “tec-<br />

72 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


nologia da bateria tem vindo a sofrer alterações para se adaptar<br />

às novas necessidades dos automóveis”. E vai mais longe:<br />

“As marcas que melhor acompanharem esta evolução, estarão,<br />

certamente, melhor posiciona<strong>das</strong> para conquistar mercado. O<br />

custo de produção pode vir a afetar, negativamente, o preço final<br />

destas novas baterias, podendo levar a que o mesmo para o<br />

aftermarket fique perigosamente próximo do preço OE”, diz. “O<br />

futuro deste mercado estará cada vez mais condicionado pelas<br />

tendências dos fabricantes de automóveis na questão <strong>das</strong> motorizações<br />

dos modelos lançados. Soluções de combustão interna,<br />

soluções híbri<strong>das</strong> ou soluções 100% elétricas vão moldar o futuro<br />

<strong>das</strong> baterias no automóvel”, adverte a Autozitânia.<br />

Na visão da Atlantic Parts, que dispõe da marca RecOficial,<br />

existe “um número crescente e diversificado de marcas no<br />

mercado, com índices de qualidade igualmente distintos”. Por<br />

isso, a empresa “escolheu posicionar-se no nível de qualidade<br />

superior, em que as baterias dispõem de uma durabilidade de<br />

ciclos maior. Baterias com bons índices de potência de arranque<br />

a frio, boa fiabilidade e robustez e com maior resistência<br />

aos ciclos de descarga são sinónimo de garantia e confiança. E<br />

confiança é a palavra chave no nosso negócio”, reforça a Atlantic<br />

Parts. Sobre o futuro do mercado, a empresa está convicta<br />

de que “continuará competitivo e continuará a existir espaço<br />

para todos os players”, diz. “Até porque a bateria é um elemento<br />

elétrico vital que, independentemente da sua tecnologia,<br />

equipa todos os automóveis”, conclui.<br />

A TAB Spain, que dispõe da TAB Batteries, não discorda. “É<br />

um mercado muito competitivo, devido à grande oferta de casas,<br />

que atendem um cliente de proximidade de cada vez. Mas<br />

competem com grandes empresas, que dispõem da sua própria<br />

rede em todo o país”, refere. Ao olhar para o horizonte, a TAB<br />

Spain vê um mercado português na mesma linha do europeu:<br />

“Mais profissional e preparado para um parque automóvel mais<br />

sofisticado e para um consumidor mais exigente”, sublinha.<br />

Por fim, a Clarios, fabricante da marca VARTA, também caracteriza<br />

o mercado luso de baterias como “muito dinâmico e competitivo”.<br />

Mais: “É muito maduro na lista completa de distribuição<br />

de papéis determinantes e cada vez tem menos diferenças<br />

em relação a outros países”. E remata: “O mercado de baterias<br />

EFB e AGM está a movimentar-se a um ritmo muito elevado.<br />

Cada vez mais, o mercado procura baterias específicas, tendência<br />

que seguirá em alta durante os próximos anos”. l<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 73


em Foco Baterias<br />

ENERGIA E<br />

STECOPOWER<br />

A PBS (Portugal Bateria Serviço) trabalha com duas marcas principais: Energia<br />

e StecoPower, de origem francesa, presentes no mercado europeu há mais<br />

de 50 anos. “A gama Energia é fruto de uma seleção de baterias de vários<br />

ENERGIA E STECOPOWER. SÃO ESTAS AS DUAS MARCAS<br />

PRINCIPAIS DA PBS, ÀS QUAIS SE JUNTA A COMPLETA<br />

GAMA DE CARREGADORES, BOOSTERS E MÁQUINAS DE<br />

DIAGNÓSTICO DA FRANCESA GYS<br />

fabricantes, com o objetivo de garantir aos clientes uma gama completa com<br />

qualidade de origem, disponibilidade e preços competitivos”, explica fonte da<br />

empresa, cujas principais novidades, no seu portefólio, passam pela “gama<br />

completa AGM e EFB, na marca Energia, para o segmento start&stop”. Junta-se<br />

a esta “a gama completa de carregadores, boosters e máquinas de diagnóstico<br />

da marca francesa GYS”, refere a PBS. “Com o número de consumidores<br />

‘elétricos’ a aumentar nos automóveis, o principal desafio é oferecer um<br />

produto de qualidade de origem, que garanta ao cliente to<strong>das</strong> as necessidades<br />

elétricas e durabilidade”, salienta a mesma fonte.<br />

www.portugalbateriaservico.pt | www.stecopower.com<br />

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74 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


AUTOPART<br />

REPRESENTADA, EM EXCLUSIVO,<br />

PELO GRUPO TRUSTAUTO, A POLACA<br />

AUTOPART CONTA COM UMA AMPLA<br />

GAMA PARA LIGEIROS E PESADOS<br />

Dotada de uma gama “ampla”, a AUTOPART abrange desde ligeiros a pesados,<br />

incluindo ainda baterias de ciclo profundo e específicas para veículos equipados<br />

com sistema start&stop. Com estes últimos, “as baterias ganharam importância”,<br />

aliando “elevada duração com gestão dos ciclos de carga/descarga, de acordo<br />

com as necessidades do veículo”, refere o Grupo TRUSTAUTO, que representa a<br />

marca polaca no nosso país em exclusivo. “Não só à bateria foi exigido um tipo<br />

de especificações totalmente diferente, mas, também, o sistema de carga teve<br />

de acompanhar a evolução”. A principal novidade? A gama de baterias EFB, com<br />

uma cobertura ampla neste segmento de produto, permitindo ter uma elevada<br />

fiabilidade e consequente duração, de acordo com as exigências do mercado.<br />

Refira-se que o Grupo TRUSTAUTO desenvolve um programa de formação técnica<br />

regular que acompanha as necessidades <strong>das</strong> oficinas e dispõe de um call center<br />

dedicado ao apoio técnico.<br />

www.autopart.pl/<br />

BOSCH<br />

A Bosch tem uma posição consolidada no mercado <strong>das</strong> baterias para<br />

automóveis. E o peso <strong>das</strong> destina<strong>das</strong> a servir veículos equipados com sistema<br />

start&stop, neste contexto, é “crescente”. Este tipo de equipamento “já começa<br />

a ser comercializado no aftermarket para suprir algumas falhas <strong>das</strong> baterias de<br />

origem”, refere fonte do fabricante alemão. Cada vez mais automóveis estão a<br />

A BOSCH TEM UMA POSIÇÃO CONSOLIDADA NO MERCADO<br />

DAS BATERIAS. AS QUE SE DESTINAM AOS SISTEMAS<br />

START&STOP TÊM VINDO A GANHAR EXPRESSÃO<br />

ser equipados com este tipo de baterias. E, “sendo a Bosch uma empresa cujo<br />

foco também está na mobilidade do futuro e na tecnologia, há que responder<br />

a estas necessidades de mercado”, acrescenta. A maior exigência de energia<br />

dos automóveis traz consigo desafios. “As baterias têm de ser cada vez mais<br />

potentes e eficientes. Hoje, as necessidades de energia de um automóvel<br />

são muito maiores do que há 10 anos”, sublinha. E acrescenta: “Os esforços<br />

<strong>das</strong> empresas devem estar focados na durabilidade, no desempenho e na<br />

poupança sustentável”.<br />

https://pt.bosch-automotive.com<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 75


em Foco Baterias<br />

CGA<br />

A CGA dispõe de uma extensa gama de produtos, pautando-se sempre<br />

pela “qualidade comprovada”, segundo a Auto Delta, o seu distribuidor. E<br />

admite alargar as suas linhas, “num futuro próximo, a “baterias AGM e EFB”.<br />

De resto, a “gama de baterias CGA é abrangente e apresenta um leque de<br />

soluções de grande qualidade a preço bastante competitivo”, afirma. “A<br />

forte aposta, aliada ao facto de esta ser a bateria disponibilizada pelo grupo<br />

em que estamos inseridos, tem dado bastantes frutos. Importa mencionar<br />

ainda a grande adesão do mercado, nomeadamente da rede de oficinas<br />

CGA Car Service”, acrescenta. O desafio técnico <strong>das</strong> novas baterias? “O<br />

acompanhamento <strong>das</strong> grandes exigências elétricas <strong>das</strong> viaturas atuais. Longe<br />

vão os tempos em que um bom pico de arranque era suficiente para marcar<br />

DISTRIBUÍDAS PELA AUTO DELTA, AS BATERIAS CGA<br />

CONTARÃO, NUM FUTURO PRÓXIMO, COM MODELOS AGM<br />

E EFB, SEMPRE COM PREÇOS COMPETITIVOS<br />

a diferença, sendo que, hoje, fruto dos muitos equipamentos presentes no<br />

interior <strong>das</strong> viaturas, bem como da tecnologia start&stop, as exigências são<br />

maiores e mais complexas”.<br />

www.autodelta.pt<br />

AUTO ENERGIA<br />

E VIPIEMME<br />

A gama de baterias para automóveis <strong>das</strong> marcas Auto Energia e Vipiemme<br />

é “completa e abrangente”. Quer as de marca própria, importa<strong>das</strong>, quer as<br />

comercializa<strong>das</strong> através de parcerias comerciais com os principais construtores<br />

e grupos de distribuição deste componente. “A mais recente novidade lançada<br />

no mercado diz respeito às baterias pesa<strong>das</strong> para o setor dos camiões. Baterias<br />

com mais potência e com maiores prestações e durabilidade”, explica a Auto<br />

Duas e Quatro Ro<strong>das</strong>, distribuidor destas marcas. “As baterias têm tido, ao<br />

AS BATERIAS PARA O SETOR DOS<br />

CAMIÕES FORAM, RECENTEMENTE,<br />

LANÇADAS PELA AUTO DUAS E<br />

QUATRO RODAS, QUE DISPÕE DAS<br />

MARCAS AUTO ENERGIA E VIPIEMME<br />

longo dos tempos, alterações substanciais, quer nos componentes de fabrico,<br />

quer nas composições químicas, quer ainda nos moldes em que eram e são,<br />

hoje, fabrica<strong>das</strong>”, refere a empresa. “As novas tecnologias <strong>das</strong> viaturas exigem<br />

dos fabricantes novas prestações e capacidades. Isso, por si só, tem feito<br />

que haja um desenvolvimento quase permanente e contínuo <strong>das</strong> baterias”,<br />

sublinha a mesma fonte.<br />

www.vipiemme.it<br />

76 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EUROPARTNER<br />

“Na EuroMais, disponibilizamos uma gama completa e diversificada, que cobre<br />

mais de 95% <strong>das</strong> necessidades do mercado. Dispomos de baterias de arranque<br />

para ligeiros, pesados e motociclos, nas gamas standard, sem manutenção, AGM,<br />

EFB e gel, baterias de 6V e 12V”, explica fonte da empresa que detém a marca<br />

própria euroPARTNER, exclusiva da sua rede de lojas de peças independentes<br />

com o mesmo nome. “O grande desafio do mercado <strong>das</strong> baterias, no último meio<br />

século, é a comercialização dos modelos start&stop com tecnologia AGM”, explica.<br />

Porquê? “A grande revelação da bateria start&stop consiste na dupla função:<br />

bateria de arranque tradicional e bateria cíclica para suportar todos os serviços<br />

elétricos e tecnológicos que as viaturas dispõem hoje”, afirma. “A bateria AGM não<br />

pode ser confundida com a bateria de gel. O desafio passa por adaptar-se às novas<br />

tecnologias e por saber-se substituir uma bateria start&stop, porque, caso se opte<br />

por uma bateria dita ‘normal’, será uma fonte de problemas no funcionamento da<br />

viatura e uma morte prematura do componente”.<br />

www.europartner.pt<br />

DE ACORDO COM A EUROMAIS, A GAMA<br />

DA EUROPARTNER COBRE MAIS DE 95%<br />

DAS NECESSIDADES DO MERCADO. A OFERTA<br />

É VARIADA: LIGEIROS, PESADOS E MOTOS<br />

EXIDE TECHNOLOGIES<br />

“Confiável para os fabricantes líderes de veículos”. É, desta forma, que a Exide<br />

Technologies descreve o seu produto. Fornecedor de equipamento original<br />

“com mais de 100 anos de experiência e da maior confiança para a maioria<br />

dos fabricantes líderes de veículos, 70% <strong>das</strong> marcas de veículos europeus<br />

trabalham com as nossas baterias no OEM”, refere fonte da empresa, que<br />

encara os desafios futuros com otimismo, nomeadamente, os objetivos<br />

ambiciosos da Europa em termos de restrições <strong>das</strong> emissões de CO₂, recursos<br />

de última geração para economia de combustível, tais como o start&stop,<br />

sistemas de gestão <strong>das</strong> baterias (BMS) e alternadores inteligentes. “O número<br />

de veículos equipados com sistema start&stop, aumenta, drasticamente, ano<br />

após ano. E, para todos eles, são necessárias baterias AGM e EFB, compatíveis<br />

com as instala<strong>das</strong> pelo OE. Ainda que, em 2018, o parque circulante fosse,<br />

maioritariamente, com motores convencionais, a percentagem de veículos<br />

com este sistema vai aumentar rapidamente na Europa”, alerta fonte do<br />

fabricante Exide.<br />

www.exide.com/eu<br />

COM MAIS DE 100 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO FABRICO<br />

DE BATERIAS, A EXIDE TECHNOLOGIES AFIRMA QUE 70%<br />

DAS MARCAS DE VEÍCULOS EUROPEUS TRABALHAM<br />

COM OS SEUS MODELOS NO SEGMENTO OEM<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 77


em Foco Baterias<br />

FIAMM<br />

Com o crescimento do mercado na área dos veículos equipados com sistema<br />

start&stop, a Polibaterias, representante da FIAMM em Portugal, acrescentou à sua<br />

oferta baterias <strong>das</strong> gamas FIAMM AFB e EUROCELL X-Pro para viaturas japonesas<br />

(JIS), bem como a gama AGM para pesados da FIAMM. São estas as mais recentes<br />

NA QUALIDADE DE REPRESENTANTE DA FIAMM<br />

EM PORTUGAL, A POLIBATERIAS DISPONIBILIZA<br />

UMA VASTA GAMA DE PRODUTOS QUE COBREM<br />

TODAS AS VERTENTES DO RAMO AUTOMÓVEL<br />

novidades de uma gama bastante composta. “Como representantes para Portugal<br />

de um fabricante OEM e de gamas premium, como a FIAMM, disponibilizamos<br />

ao mercado uma vasta gama de produtos que cobrem to<strong>das</strong> as vertentes do<br />

ramo automóvel, mas, também, a área de motos e industrial: Ecoforce para<br />

sistemas start&stop; Titanium Pro para veículos mais modernos e com potências<br />

e capacidades superiores; Titanium Black, uma gama completa para automóveis<br />

ligeiros, entre muitos outros”, afirma a Polibaterias.<br />

www.polibaterias.com | www.fiamm.com<br />

FULMEN<br />

A Fulmen, marca distribuída, em Portugal, pela Eurobaterias, introduziu,<br />

recentemente, no mercado nacional, as baterias com tecnologia AGM e EFB.<br />

Segundo explica fonte da empresa ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, a sua gama de baterias<br />

para automóveis é “completa”, apresentando propostas tanto em “12V como em<br />

6V, estas últimas para aplicação em viaturas clássicas”, afirma. “As baterias, hoje, e<br />

para as viaturas mais modernas, têm de respeitar a tecnologia do fabricante (tanto<br />

AGM como EFB), bem como a amperagem e o arranque corretos. Os tempos em que<br />

se colocava uma bateria a ‘olho,’ estão a terminar. Para cada viatura, a sua bateria”,<br />

explica a mesma fonte. Apoio a distribuidores e oficinas clientes? “O apoio, neste<br />

momento, e desde sempre, é facultado através da nossa rede comercial e passa,<br />

acima de tudo, pelo aconselhamento técnico”, enfatiza.<br />

www.eurobaterias.pt<br />

A EUROBATERIAS INTRODUZIU, RECENTEMENTE, NO MERCADO<br />

NACIONAL AS FULMEN COM TECNOLOGIA AGM E EFB,<br />

CONCEBIDAS PARA VEÍCULOS COM SISTEMA START&STOP<br />

78 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


em Foco Baterias<br />

INDIEPARTS<br />

A gama de baterias da Indieparts pauta-se<br />

pela “excelente qualidade, abrangência de<br />

produto e garantia Create Business”, empresa<br />

que as faz chegar a Portugal. Os desafios<br />

técnicos são uma constante do mercado atual.<br />

“As baterias têm de ter a capacidade de armazenar<br />

a carga e manter a fiabilidade no arranque,<br />

independentemente <strong>das</strong> condições meteorológicas.<br />

Têm de ser capazes de fornecer energia a todos<br />

os tipos de gadgets e ecrãs eletrónicos que vão<br />

aparecendo, cada vez mais, nos veículos modernos”,<br />

afirma fonte da empresa. Outras características<br />

essenciais? “Rapidez na recarga e resistência à corrosão,<br />

devendo a gama ser otimizada para integrar com to<strong>das</strong> as<br />

tecnologias, nomeadamente EFB e AGM”, explica a Create<br />

Business. A formação a distribuidores e comerciais é outra <strong>das</strong><br />

prioridades da Indieparts.<br />

www.maisvalor.pt<br />

A GAMA DE BATERIAS DA INDIEPARTS PAUTA-SE, DE ACORDO<br />

COM O SEU DISTRIBUIDOR, PELA EXCELENTE QUALIDADE,<br />

ABRANGÊNCIA DE PRODUTO E GARANTIA CREATE BUSINESS<br />

INNOVPARTS<br />

“Comercializamos as baterias Tudor e Exide e temos a nossa marca própria,<br />

InnovParts, que abrange uma gama de 30 referências”, adianta fonte da RedeInnov.<br />

“Esta gama de marca própria caracteriza-se por três fatores fundamentais:<br />

qualidade original, dar cobertura a mais de 90% <strong>das</strong> necessidades e praticar um<br />

preço muito ajustado à realidade do mercado. A gama é fornecida, exclusivamente,<br />

pela Exide”, acrescenta a RedeInnov. “As baterias nos automóveis têm, hoje, um<br />

papel cada vez mais importante, visto que é através do BMS (Battery Management<br />

System) que ocorre a alimentação de todos os componentes elétricos e eletrónicos<br />

existentes a bordo”, conta. E acrescenta: “As baterias terão de dispor de maior<br />

capacidade de aceitação de carga e maior resistência aos ciclos (carga/descarga),<br />

para poder responder aos constantes arranques e, simultaneamente, às descargas<br />

lentas a que são sujeitas”.<br />

www.redeinnov.pt<br />

A REDEINNOV DISPÕE DA MARCA PRÓPRIA INNOVPARTS,<br />

QUE SE CARACTERIZA PELA QUALIDADE ORIGINAL,<br />

COBERTURA DE MAIS DE 90% DAS NECESSIDADES E<br />

PREÇO MUITO AJUSTADO À REALIDADE<br />

80 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


LUCAS<br />

COMERCIALIZADA PELA TRW<br />

AUTOMOTIVE PORTUGAL, A MARCA<br />

LUCAS APRESENTA UM VASTO LEQUE<br />

DE OPÇÕES DE EXCELÊNCIA A NÍVEL<br />

DE DESEMPENHO, COM UM TOTAL DE<br />

248 REFERÊNCIAS E 119 BATERIAS<br />

A gama de baterias Lucas apresenta “um vasto leque de opções de excelência<br />

a nível de desempenho, com um total de 248 referências e contando com 119<br />

baterias para veículos ligeiros e pesados, incluindo AGM, EFB e auxiliares. Além<br />

disso, dispõe de 68 baterias para motociclos e 61 para a nova gama de lazer que<br />

serve náutica, autocaravanas e carrinhos de golfe”, revela a TRW Automotive<br />

Portugal ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. No horizonte, vislumbram-se bastantes<br />

oportunidades. “Os principais desafios que se colocam às baterias tradicionais<br />

dizem respeito ao acompanhamento <strong>das</strong> crescentes necessidades de potência<br />

que os novos veículos exigem e na resposta ao aumento dos ciclos exigido pelos<br />

sistemas start&stop e travagem regenerativa que começam a generalizar-se. Isto,<br />

respeitando normas ambientais cada vez mais exigentes”, acrescenta a mesma<br />

fonte.<br />

trwaftermarket.com/pt | https://lucas.info<br />

MAGNETI MARELLI<br />

Com a distribuição nacional a cargo da Bombóleo, a Magneti Marelli tem apostado<br />

forte na sua tecnologia exclusiva Graphite Power, que “consiste em reduzir o tempo<br />

de recarga em 33%”, explica a marca. “Essa redução da duração do carregamento<br />

diminuiu a deterioração da bateria devido à falta de uso ou condições climatéricas<br />

extremas, reduzindo, também, a falha da bateria e a sulfatação da placa”,<br />

COM DISTRIBUIÇÃO A CARGO DA BOMBÓLEO, A MAGNETI<br />

MARELLI TEM APOSTADO FORTE NA TECNOLOGIA GRAPHITE<br />

POWER, QUE REDUZ O TEMPO DE RECARGA EM 33%<br />

acrescenta a mesma fonte. Esta foi, de resto, a mais recente inovação da marca<br />

em baterias, produtos de aplicação industrial do tipo EVR (Extreme Vibration<br />

Resistance), onde, além de um sistema específico de fixação de placas para<br />

suportar grandes vibrações nessas aplicações, as baterias são forneci<strong>das</strong> com<br />

uma redução no tempo de recarga de 33%, reforça a mesma fonte. “Portanto, são<br />

otimiza<strong>das</strong> para assegurar elevada resistência a descargas e sulfatação <strong>das</strong> placas.<br />

Como tal, à possível deterioração <strong>das</strong> baterias”, enfatiza a Magneti Marelli.<br />

www.magnetimarelli-aftermarket.pt<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 81


em Foco Baterias<br />

MÄKTIG<br />

A MÄKTIG é uma marca que está em constante<br />

desenvolvimento e adaptação. Como parte<br />

<strong>das</strong> novidades de 2020, está um catálogo de<br />

referências, aprimora<strong>das</strong> para Portugal. Segundo<br />

as empresas MCoutinho Peças e AZ Auto, a gama é<br />

extensa e atualizada. “É composta pelas referências<br />

de maior utilização no mercado português e cobre o<br />

parque automóvel nacional, desde os veículos ligeiros<br />

aos pesados, passando pelos asiáticos. Conta, também,<br />

com baterias AGM e EFB, a tecnologia start&stop com<br />

cada vez maior utilização nos veículos mais recentes e que<br />

revela, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios e uma<br />

<strong>das</strong> maiores oportunidades para as baterias de automóveis”,<br />

sublinham. E os desafios técnicos são cada vez maiores. “Hoje,<br />

exigimos não só que a bateria tenha uma boa performance no<br />

arranque, como, também, na manutenção e no funcionamento de<br />

todos os elementos elétricos do veículo, que, como sabemos, existem<br />

em cada vez maior número”, concluem.<br />

www.maktigparts.com<br />

A MÄKTIG, DISPONÍVEL NAS EMPRESAS MCOUTINHO PEÇAS E AZ AUTO,<br />

É UMA MARCA QUE ESTÁ EM CONSTANTE EVOLUÇÃO E ADAPTAÇÃO.<br />

O CATÁLOGO MELHORADO FAZ PARTE DAS NOVIDADES PARA 2020<br />

MIDAC<br />

DISTRIBUÍDA PELA SOARAUTO,<br />

A MIDAC APRESENTA AO MERCADO<br />

DIFERENTES GAMAS DE BATERIAS<br />

PARA O SETOR AUTOMÓVEL.<br />

AS DESTINADAS AOS SISTEMAS<br />

START&STOP TÊM AUMENTADO<br />

A Midac, distribuída em Portugal pela Soarauto, apresenta ao mercado diferentes<br />

gamas de baterias para o setor automóvel: Celeris, (económica), Hermeticum<br />

(premium com melhores performances) e as gamas start&stop e EFB, bem como a<br />

gama asiática, de pesados e de motos. “O aumento <strong>das</strong> gamas start&stop e EFB,<br />

o teste <strong>das</strong> mesmas em veículos pesados e o início de fabrico e testes de baterias<br />

de lítio” são as principais novidades. Segundo a Soarauto, para os “veículos<br />

com tecnologias mais recentes, a bateria não é necessária apenas para o início<br />

do funcionamento do motor, mas, também, para alimentar todos os (cada vez<br />

mais numerosos) sistemas e componentes eletrónicos do veículo. A tecnologia<br />

<strong>das</strong> baterias deverá satisfazer cada vez mais um número superior de ciclos,<br />

principalmente na tecnologia start&stop”.<br />

www.midacbatteries.com<br />

82 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A GAMA PROFISSIONAL DA<br />

NORBAT FOCA-SE NOS VEÍCULOS<br />

COMERCIAIS MAIS ANTIGOS,<br />

COM UTILIZAÇÃO REGULAR,<br />

RECORRENDO À TECNOLOGIA<br />

CLÁSSICA CHUMBO/ÁCIDO<br />

NORBAT<br />

A gama profissional da Norbat foca-se nos “veículos comerciais mais antigos,<br />

com utilização regular, recorrendo à tecnologia clássica chumbo/ácido e com<br />

manutenção”, explica. A Profissional Power foi “desenhada para fornecer a<br />

mais elevada potência de arranque para veículos comerciais mais populares,<br />

sendo isenta de manutenção. Já a Expert HVR, garante “durabilidade e<br />

dispensa manutenção”. E, por fim, a StrongPro, que se adapta à tecnologia<br />

AdBlue. “Alguns fabricantes de camiões mudaram a instalação <strong>das</strong> baterias<br />

para a secção traseira, para cima do rodado dos veículos. Isto origina um<br />

aumento muito significativo de vibração, o que pode provocar falhas na<br />

bateria. Houve necessidade de desenvolver uma solução inteligente, criando<br />

um reforço de carbono, anti-vibração, para reduzir a estratificação do<br />

eletrólito e proporcionar uma recarga mais rápida da bateria, aumentando<br />

os ciclos possíveis da mesma”.<br />

https://norbat.pt<br />

NOSTOP<br />

Distribuída, em Portugal, pela Autozitânia, a Nostop ganhou, recentemente, uma<br />

nova tecnologia de baterias com carbono para veículos ligeiros. “A nossa gama<br />

de baterias, neste momento, permite-nos oferecer ao mercado uma solução<br />

competitiva de alta qualidade com a nossa marca Nostop, além de uma gama<br />

premium com a Exide. Comercializamos baterias para veículos ligeiros, veículos<br />

pesados, motos e aplicações marítimas e industriais”, explica fonte do distribuidor.<br />

Com a tecnologia start&stop, “o papel da bateria ganhou uma importância acrescida<br />

ao nível do desempenho ecológico dos automóveis atuais. Juntando a essa<br />

tecnologia uma série de aju<strong>das</strong> eletrónicas à condução e acessórios de conforto,<br />

criou-se uma dependência enorme da performance <strong>das</strong> baterias. É fundamental ter<br />

baterias de elevada qualidade que garantam um desempenho capaz de suportar<br />

to<strong>das</strong> estas tecnologias”, reforça.<br />

www.autozitania.pt<br />

DISTRIBUÍDA, EM PORTUGAL, PELA AUTOZITÂNIA,<br />

A NOSTOP GANHOU, RECENTEMENTE, UMA NOVA<br />

TECNOLOGIA DE BATERIAS COM CARBONO PARA<br />

VEÍCULOS LIGEIROS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 83


em Foco Baterias<br />

OPEN PARTS<br />

A Open Parts, marca da Exo Automotive, estuda<br />

uma variedade de baterias que cobrem 95% do<br />

parque automóvel europeu. Por esse motivo, criou<br />

uma gama para veículos asiáticos, compactos,<br />

comerciais e pesados, para sistemas start&stop, entre<br />

outros. “Adicionámos ainda uma gama Hermetic Power<br />

e Extra Power para os clientes mais exigentes ou onde as<br />

condições climatéricas exigem especificações especiais”,<br />

explica a AleCarPecas, distribuidor da marca. “As nossas<br />

baterias estão em total conformidade com os padrões ISO/<br />

TS 16949”, diz. E acrescenta: “As baterias da Open Parts<br />

garantem potência e fiabilidade, graças ao elevado número de<br />

placas e à avançada tecnologia de fabrico. Estamos confiantes<br />

no que afirmamos. Fomos os primeiros (e dos poucos ainda)<br />

a exibir o número real de placas na etiqueta da bateria, sendo<br />

possível deduzir a energia real desta”.<br />

www.openparts.it<br />

A OPEN PARTS,<br />

COMERCIALIZADA PELA<br />

ALECARPEÇAS, ESTUDA UMA<br />

VARIEDADE DE BATERIAS QUE<br />

COBREM 95% DO PARQUE<br />

AUTOMÓVEL EUROPEU<br />

PADOR<br />

O mais recente lançamento da marca PADOR, através do distribuidor<br />

Rodapeças, no mercado <strong>das</strong> baterias, foi a nova gama com tecnologia AGM e<br />

EFB, com o objetivo de cobrir o parque de viaturas mais recentes, equipa<strong>das</strong><br />

com estas tecnologias. Segundo fonte da Rodapeças, trata-se de uma “gama<br />

adaptada à realidade do mercado português, com qualidade top a preços<br />

acessíveis”, afirma. De acordo com o mesmo interlocutor, existem grandes<br />

desafios técnicos para que as novas baterias respondam às exigências dos<br />

modelos mais atuais. “Os veículos mais recentes têm grandes necessidades de<br />

energia e formas diferentes de disponibilizá-la. Os sistemas start/stop, entre<br />

outros, são a prova disso mesmo”, refere o distribuidor da PADOR. E conclui:<br />

“Através do nosso site, temos toda a informação e fichas técnicas de produto.<br />

Fazemos, periodicamente, sessões de formação técnica sobre baterias e<br />

prestamos apoio técnico através dos colaboradores <strong>das</strong> nossas sete lojas em<br />

Portugal”, sublinha a Rodapeças.<br />

www.pador.pt<br />

O MAIS RECENTE LANÇAMENTO DA MARCA PADOR, ATRAVÉS DO<br />

DISTRIBUIDOR RODAPEÇAS, NO MERCADO DAS BATERIAS, FOI A NOVA<br />

GAMA COM TECNOLOGIA AGM E EFB PARA VIATURAS COM START&STOP<br />

84 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


TITANIUM.<br />

A EXPERIÊNCIA DA FIAMM<br />

AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.<br />

A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original dos fabricantes de automóveis<br />

mais importantes do mundo: a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />

que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de Aftermarket. As baterias da linha<br />

TITANIUM garantem alta potência para as necessidades de energia dos carros mais modernos,<br />

não precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do nível de carga graças<br />

ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />

www.polibaterias.com<br />

geral@polibaterias.com<br />

www.fiamm.com


em Foco Baterias<br />

RECOFICIAL<br />

“A RecOficial, da Atlantic Parts (empresa inserida no Grupo Recalvi), é uma marca<br />

premium, com índices de qualidade superior de primeiro equipamento”, explica<br />

fonte da empresa. “Sendo o fabricante <strong>das</strong> baterias de renome internacional,<br />

o investimento é contínuo em investigação e desenvolvimento, bem como no<br />

A RECOFICIAL, DA ATLANTIC PARTS, É UMA MARCA<br />

PREMIUM COM ÍNDICES DE QUALIDADE SUPERIOR<br />

DE PRIMEIRO EQUIPAMENTO, DISPONDO DE 30<br />

REFERÊNCIAS<br />

desenvolvimento <strong>das</strong> tecnologias mais avança<strong>das</strong>. Nesse sentido, to<strong>das</strong> as novas<br />

tecnologias do fabricante são, gradualmente, apresenta<strong>das</strong> e replica<strong>das</strong> no<br />

mercado”. A gama da RecOficial dispõe, atualmente, de 30 referências de baterias,<br />

que cobrem a quase totalidade do parque circulante ibérico. “A gama caracterizase<br />

pela excelente relação qualidade/preço (posicionamento de PVP e custo<br />

médio muito lucrativo para a oficina) e por uma apresentação verdadeiramente<br />

diferenciadora no mercado”, enfatiza a Atlantic Parts.<br />

www.atlantic-parts.com | www.recoficial.pt<br />

TAB BATTERIES<br />

A TAB Batteries oferece uma vasta gama de baterias de elevada qualidade,<br />

totalmente sela<strong>das</strong> e com recurso à nanotecnologia. Segundo a TAB Spain, as<br />

novas baterias devem “oferecer potência máxima no menor tempo possível,<br />

além de disporem de elevado grau de recuperação de carga”. A linha 5G é a<br />

principal novidade da TAB Batteries no mercado. “Trata-se de uma bateria de<br />

alto desempenho, com apenas cinco referências, baseada em nanotecnologia,<br />

que oferece a possibilidade de estender a garantia inicial de três para sete anos”,<br />

revela a TAB Spain. A formação é algo essencial na atividade da empresa. “A TAB<br />

Spain está, constantemente, a desenvolver planos de formação para dar resposta<br />

à crescente exigência técnica <strong>das</strong> oficinas. Atualmente, com a ajuda dos nossos<br />

distribuidores, pretendemos formar até 1.000 profissionais em Portugal”, afirma a<br />

empresa espanhola.<br />

www.tabspain.com<br />

A LINHA 5G CONSISTE NA PRINCIPAL NOVIDADE DA TAB BATTERIES NO<br />

MERCADO. TRATA-SE DE UMA BATERIA DE ELEVADO DESEMPENHO, COM<br />

APENAS CINCO REFERÊNCIAS, BASEADA EM NANOTECNOLOGIA<br />

86 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


VARTA<br />

A VARTA, FABRICADA PELA<br />

CLARIOS, TEM UM PAPEL<br />

MUITO ATIVO NO MERCADO DAS<br />

BATERIAS. NA ÚLTIMA EDIÇÃO DA<br />

AUTOMECHANIKA FRANKFURT,<br />

DEU A CONHECER A MAIS RECENTE<br />

GAMA PROMOTIVE AGM<br />

A VARTA, do fabricante Clarios, tem um papel muito ativo no mercado<br />

<strong>das</strong> baterias. Ainda na última edição da Automechanika Frankfurt, deu a<br />

conhecer a mais recente gama da marca: ProMotive AGM. “Este produto foi,<br />

especificamente, desenhado para camiões e desenvolvido em conjunto com<br />

os principais fabricantes de pesados europeus. Com esta gama, podemos<br />

prolongar exponencialmente a vida útil da bateria em serviço e reduzir<br />

o custo de transporte e preços”, refere a marca. Um produto que a Clarios<br />

acredita ser revolucionário. Até porque, “à data de hoje, duvidamos que<br />

exista uma bateria com as prestações técnicas da ProMotive AGM. Contudo,<br />

na Clarios, não faz parte da nossa cultura conformarmo-nos. Por isso,<br />

continuamos a desenvolver novas soluções, antes mesmo de apareceram no<br />

mercado as necessidades para elas”, garante a empresa.<br />

www.varta-automotive.pt | fleet.varta-partner-portal.com<br />

YUASA<br />

A Yuasa é uma <strong>das</strong> marcas líderes mundiais na produção e<br />

fornecimento de baterias, tendo feito uma alteração da sua imagem<br />

com a introdução de elementos mais “modernos e apelativos,<br />

adicionando as especificações de rendimento de acordo com as novas<br />

normas europeias EN50342.1 2015”, explica a KRAUTLI Portugal. Além<br />

desta mudança de design, “a marca está em constante incorporação de<br />

novos modelos de baterias, designadamente AGM e EFB para veículos<br />

equipados com sistema start&stop, de modo a entregar aos seus<br />

parceiros a gama mais completa do mercado.”, acrescenta a mesma<br />

fonte, que destaca ainda, como novidade, “toda a renovação da gama<br />

Cargo para veículos pesados”. E conclui: “Com base na gama automóvel<br />

YBX, líder de mercado, a nova linha YBX Cargo da Yuasa substitui as<br />

gamas Cargo anteriores da Yuasa (HD; SHD; GM). A nova gama YBX<br />

Cargo foi desenvolvida para cumprir as especificações crescentes dessas<br />

marcas de veículos comerciais de topo”, sublinha a KRAUTLI Portugal.<br />

www.batterylookuppt.yuasa.co.uk | www.yuasa.es<br />

DISTRIBUÍDA PELA KRAUTLI<br />

PORTUGAL NO CANAL AUTOMÓVEL<br />

(VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS),<br />

A YUASA É UMA DAS MARCAS<br />

LÍDERES MUNDIAIS NA PRODUÇÃO<br />

E FORNECIMENTO DE BATERIAS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 87


em Foco Baterias<br />

BERNER<br />

O setor automóvel é, para a Berner, “um pilar<br />

estruturante da sua atividade e estratégia”,<br />

sendo, por esse motivo, “importante capacitar<br />

os nossos produtos da melhor qualidade possível,<br />

detendo uma vasta gama com as melhores soluções<br />

para os clientes”, explica fonte da empresa. “Dispomos,<br />

desde logo, de um terminal de bateria de aperto<br />

rápido, disponível com polaridade positiva e negativa,<br />

cuja manutenção deve ser assegurada pelo nosso spray<br />

de lubrificação para polos de bateria”, revela. Quanto à<br />

“medição e carregamento de baterias, destaque para o<br />

nosso tester de baterias, que permite um diagnóstico rápido<br />

de baterias start&stop de 6V e 12 V e carga de alternadores<br />

de 12V e 24 V, equipado com impressora que permite um<br />

rápido registo do diagnóstico”, acrescenta. Referência ainda ao<br />

carregador de baterias, “ideal para carregamento e manutenção<br />

automática de baterias de 12V de nova geração (start&stop), baterias<br />

de lítio para veículos elétricos e baterias standard no mercado”.<br />

Neste caso, estamos perante acessórios para baterias e não baterias<br />

propriamente ditas.<br />

www.berner.pt<br />

O SETOR AUTOMÓVEL É,<br />

PARA A BERNER, UM PILAR<br />

ESTRUTURANTE DA SUA<br />

ATIVIDADE E ESTRATÉGIA.<br />

AINDA QUE, NESTE CASO,<br />

ESTEJAMOS PERANTE<br />

ACESSÓRIOS PARA BATERIAS<br />

WÜRTH<br />

“Na Würth, temos como objetivo ser a número um aos olhos dos clientes”, explica fonte da<br />

empresa. “Para tal, trabalharmos para apresentar novidades e artigos diferenciadores de<br />

alta qualidade no mercado. Recentemente, introduzimos dois novos boosters com a mais<br />

recente tecnologia de bateria de lítio (Booster JUMP 2000 Littihum 12V e Booster Jump<br />

4000 Lithium 12V)”. Segundo a mesma fonte, o “booster Wúrth Jump 2000 lithium 12V é<br />

indicado para veículos até 6.000 cc de cilindrada a gasolina 4.000 cc Diesel”, afirma. “Esta nova<br />

linha de boosters de alta tecnologia, apresenta materiais e componentes de alta qualidade<br />

e é extremamente simples de utilizar, conectar, ligar, arrancar”, sublinha. Na gama de<br />

carregadores, a marca lançou, recentemente, “dois novos modelos de carregadores de baterias<br />

Würth para automóveis: Active Expert 12/24v - 35Ah; 12V, 100 A, 20 – 1.200 Ah”. Também no<br />

caso da Wúrth, não se tratam de baterias, mas de acessórios para as mesmas.<br />

www.wurth.pt<br />

DOIS NOVOS BOOSTERS, COM A MAIS<br />

RECENTE TECNOLOGIA DE BATERIA DE<br />

LÍTIO, FORAM AS NOVIDADES LANÇADAS<br />

PELA WÜRTH NO MERCADO NACIONAL<br />

88 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MAIS ENERGIA<br />

PARA O SEU NEGÓCIO<br />

QUALITY<br />

CERTIFIED<br />

EXCELLENCE<br />

AWARDS<br />

35<br />

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ex perience<br />

QUALIDADE DAS GRANDES MARCAS<br />

A UM PREÇO MAIS COMPETITIVO<br />

A AUTOPART está no mercado desde 1982. É uma empresa<br />

especializada na produção industrial de baterias de alta qualidade<br />

para todos os tipos de automóveis, tratores e máquinas agrícolas,<br />

bem como barcos ou caravanas campistas. Produz 2,5 milhões de<br />

baterias por ano, distribuí<strong>das</strong> para mais de 40 países. A constante<br />

pesquisa e desenvolvimento são sinais da paixão por criar e<br />

seguir as últimas tendências. www.autopart.pl<br />

Exclusivo<br />

T.: 210 534 808/210 534 809 | F.: 210 534 809 | E.: geral@afkt.pt | www.trustauto.pt


Mundo<br />

automóvel<br />

Suv<br />

AUDI Q3 SPORTBACK 35 TDI<br />

MEIO<br />

COUPÉ<br />

MEIO<br />

S LINE S TRONIC


NÃO SE ASSUME COMO UMA COISA NEM OUTRA. ANTES AS DUAS.<br />

A MEIO CAMINHO ENTRE UM SUV E UM COUPÉ, O Q3 SPORTBACK, ANUNCIADO<br />

COMO O PRIMEIRO CROSSOVER COMPACTO DA AUDI, FOI CONCEBIDO<br />

PARA QUEM VALORIZA A INOVAÇÃO TÉCNICA E O CARÁCTER DESPORTIVO.<br />

TUDO EMBELEZADO POR UM DESIGN EXPRESSIVO E COM UM PEDIGREE<br />

QUE DISPENSA APRESENTAÇÕES. NA VERSÃO 35 TDI S LINE S TRONIC (2.0 TDI<br />

DE 150 CV), COM TRAÇÃO DIANTEIRA, CUSTA, SEM EXTRAS NEM DESPESAS,<br />

€54.212, OU SEJA, MAIS €2.350 DO QUE O Q3 “NORMAL” COM A MESMA<br />

ESPECIFICAÇÃO. O PREÇO DA OUSADIA por Bruno Castanheira<br />

A<br />

gama do Q3 Sportback não podia estar mais simplificada.<br />

Com apenas dois motores Diesel de 2,0<br />

litros (150 e 190 cv), tração dianteira ou quattro<br />

(embora esta última apenas na versão 40 TDI) e dois níveis<br />

de equipamento (Base e S line), este irreverente modelo,<br />

disponível sempre com caixa automática de dupla embraiagem<br />

com sete velocidades (S tronic), é anunciado como o<br />

primeiro crossover compacto da Audi. Junta-se aos Q2, Q3<br />

“normal”, Q5, Q7 e Q8 (não existe um Q1, mas um A1 citycarver,<br />

que anda lá muito perto). A marca de Ingolstadt<br />

está, definitivamente, na era dos “Q”. A 16.ª letra do alfabeto<br />

português (17.ª se quisermos incluir o “K”) é, por isso,<br />

sinónimo de inovação e ousadia.<br />

Mistura de conceitos<br />

Grelha frontal singleframe com design octogonal e entra<strong>das</strong><br />

de ar trapezoidais. Proteções da carroçaria em preto.<br />

Formas muscula<strong>das</strong>. Oito barras verticais a dividir a grelha<br />

do radiador. Faróis de LED estreitos que deslizam para a<br />

parte interior em forma de cunha. Opcionais jantes de 19”<br />

(€1.090). Opcionais vidros escurecidos (€485). Tejadilho<br />

descendente em direção à traseira, que termina num defletor<br />

integrado, sendo esta uma <strong>das</strong> características que vinca<br />

o estilo de coupé com volumetria de SUV, enquanto o pilar<br />

B, deslocado mais para trás, demarca-se do Q3 “normal” e<br />

cria uma sensação de maior largura a partir <strong>das</strong> diferentes<br />

opções de design. A flexibilidade em termos de configuração<br />

exterior permite a personalização do Q3 Sportback de<br />

acordo com o gosto pessoal. No pacote S line, vem equipado<br />

com para-choques com pintura de contraste, jantes de 18”<br />

com cinco raios (não é o caso desta unidade) e soleiras <strong>das</strong><br />

portas ilumina<strong>das</strong> com inserções em alumínio na dianteira<br />

e logótipo “S”.<br />

A nova linha de tejadilho está situada apenas 3 cm mais<br />

abaixo, retirando 29 mm à altura do Q3 Sportback em relação<br />

ao Q3 “normal”. O suficiente para lhe conferir um porte<br />

mais atlético, mesmo quando está parado. A identidade<br />

própria deste modelo meio SUV meio coupé é transmitida<br />

pela grelha dianteira mais larga com contorno em preto<br />

ou alumínio, linha de cintura mais baixa e zona inferior da<br />

carroçaria com possibilidade de contar com elementos em<br />

alumínio ou na cor da carroçaria. Na secção traseira, destacam-se<br />

o difusor específico e o longo spoiler superior junto<br />

ao óculo. Iluminação inteligente através de luzes de LED<br />

que se acendem de forma independente, só mesmo com opcionais<br />

faróis HD Matrix LED.<br />

Orientado para o condutor, o interior, com elementos de estilo<br />

tridimensional, dá continuidade ao design do exterior,<br />

incorporando características dos modelos da segmentos superiores<br />

da Audi. A arquitetura harmoniza-se perfeitamente<br />

com o novo conceito operacional. O seu elemento central<br />

é o ecrã MMI touch, com um visual de vidro preto de alto<br />

brilho. Juntamente com os controlos do ar condicionado<br />

posicionados em baixo, o MMI tem uma inclinação de 10°<br />

orientado em direção ao condutor. Todos os displays, botões<br />

e comandos estão localizados de forma ergonómica. Os<br />

bancos desportivos oferecem um encaixe ótimo e o volante,<br />

de três braços, acentuadamente inclinado, dispõe de uma<br />

pega excelente. A qualidade de construção elevada, o espaço<br />

de bom nível para ocupantes e bagagem, os inúmeros dispositivos<br />

de segurança e o equipamento expressivo, são outros<br />

predicados do Q3 Sportback. A lista de extras também<br />

é vasta, onde se inclui sistema de som 3D Bang & Olufsen,<br />

Audi Virtual Cockpit, diversas soluções de infoentretenimento<br />

e vários sistemas, como o “Car-to-X” (permite saber,<br />

por exemplo, quando vão os semáforos ficar vermelhos) e a<br />

integração do controlo de voz da Amazon, conhecido como<br />

Alexa.<br />

Eficiência modular<br />

A Audi aplicou no Q3 Sportback as tecnologias provenientes<br />

do seu programa de eficiência modular, sendo a função start&stop<br />

(desliga o motor quando o seu funcionamento não<br />

está a ser necessário, como, por exemplo, num semáforo vermelho<br />

ou numa fila de trânsito) e a plataforma transversal<br />

modular (MQB) do Grupo Volkswagen, apenas duas delas.<br />

Se a suspensão desportiva, os bons pneus Hankook Ventus<br />

S1 evo 2 SUV, de medida 235/50 R19 99V, e a direção precisa<br />

contribuem para a elevada eficácia e para a grande agiwww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Maio I 2020 91


AUDI Q3 SPORTBACK<br />

lidade deste SUV coupé, a verdade é<br />

que o chassis equilibrado, os travões<br />

resistentes à fadiga e a rapidez de<br />

atuação da caixa automática de dupla<br />

embraiagem (S tronic) com sete<br />

velocidades, tornam este Audi num<br />

dos melhores automóveis de tração<br />

dianteira que ensaiámos. Para mais,<br />

dispõe de cinco modos de condução,<br />

selecionáveis pelo condutor através<br />

do comando Audi Drive Select existente<br />

na consola central: “efficiency”;<br />

“comfort”; “auto”; “dynamic”; “individual”<br />

(o “off-road” não está aqui<br />

presente). Conforto é área onde este<br />

modelo não dá assim muitas cartas.<br />

Com opcionais jantes de 19” e suspensão<br />

desportiva...<br />

O motor 2.0 TDI de quatro cilindros<br />

com 150 cv (35 TDI) que anima o Q3<br />

Sportback que figura nestas páginas<br />

oferece prestações de grande nível<br />

com consumos comedidos em to<strong>das</strong><br />

as circunstâncias. Para um modelo<br />

que tem 4,50 metros de comprimento<br />

e 1.580 kg de peso (em vazio), este<br />

conhecido bloco Diesel common rail<br />

(que foi conhecendo um aumento<br />

gradual de potência ao longo do tempo,<br />

ainda que disponibilize na gama<br />

uma variante de 190 cv, designada 40<br />

TDI) cumpre a sua missão com elevada<br />

competência, acabando por imprimir<br />

à condução um ritmo que se coaduna<br />

com os pergaminhos da marca<br />

alemã. Sente-se que estamos ao volante<br />

de um modelo a gasóleo (a insonorização,<br />

ainda que cuidada, não<br />

consegue disfarçar o tipo de combustível<br />

que passa pelos cilindros deste<br />

Q3 Sportback), mas nada que mereça<br />

comentários depreciativos. Embora,<br />

lá está, existam situações de condução<br />

desportiva em que uma mudança, por<br />

vezes, é “muito baixa” e outras em que<br />

a seguinte é “muito alta”, o que não<br />

acontece nos motores a gasolina (inexistentes<br />

neste modelo), que dispõem<br />

de um regime de utilização superior<br />

até ao corte de injeção.<br />

Em género de conclusão, podemos<br />

afirmar que não existiu nada, mas<br />

mesmo nada, que não tivéssemos<br />

gostado no Q3 Sportback. É certo que<br />

€54.212, sem extras nem despesas,<br />

não são propriamente convidativos,<br />

mas ajustam-se face a tudo aquilo que<br />

é proposto. Quem, como nós, gosta de<br />

inovação e de design, certamente ficará<br />

rendido aos encantos deste Audi. l<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1968<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

81,0x95,5<br />

Taxa de compressão 16,2:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/3500-4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 340/1750-3000<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção common rail<br />

Sobrealimentação turbo VTG + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESC<br />

Caixa de velocidades auto. de 7+ma (S tronic)<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 11,8<br />

DISPONÍVEL APENAS COM CAIXA S TRONIC, O AUDI<br />

Q3 SPORTBACK CONTA COM CINCO MODOS DE<br />

CONDUÇÃO. A LISTA DE EXTRAS É IMENSA<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventilados (n.d.)<br />

Traseiros (ø mm)<br />

discos maciços (n.d.)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

Traseira<br />

Fourlink<br />

Barra estabilizadora (diant./tras.) sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 205<br />

0-100 km/h (s) 9,3<br />

Consumo comb. (l/100 km)<br />

5,9 (WLTP)<br />

Emissões de CO 2 (g/km)<br />

154 (WLTP)<br />

Nível de emissões<br />

Euro 6 DG<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,34<br />

Comp./larg./alt.(mm) 4500/1843/1567<br />

Distância entre eixos (mm) 2680<br />

Vias frente/trás (mm) 1584/1576<br />

Capacidade do depósito (l) 58<br />

Capacidade da mala (l) 530-1400<br />

Peso (kg) 1580<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 10,53<br />

Jantes de série<br />

7Jx18”<br />

Pneus de série<br />

235/55 R18<br />

Pneus teste Hankook Ventus S1 evo 2 SUV<br />

235/50 R19 99V<br />

Mecânica<br />

Pintura<br />

Anticorrosão<br />

GARANTIAS<br />

2 anos<br />

3 anos<br />

12 anos<br />

Um verdadeiro<br />

compêndio de<br />

tecnologia. O interior<br />

transpira modernidade<br />

e o motor 2.0 TDI de<br />

150 cv dá muito bem<br />

conta do recado<br />

ASSISTÊNCIA<br />

1.ª revisão 2 anos ou 30.000 km<br />

Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €350<br />

Intervalos<br />

2 anos ou 30.000 km<br />

PREÇO (sem despesas) €54.212<br />

Unidade testada €55.787<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €228,27<br />

92 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Mundo<br />

AUTOMóvel<br />

NOTÍCIAS por Bruno Castanheira<br />

MUSTANG COBRA JET 1400<br />

DRAGSTER 100% ELÉTRICO<br />

N<br />

ão é ensurdecedor e não necessita sequer de uma única gota de combustível. Mas está concebido<br />

para “esmagar” a quarter-mile (reta com cerca de 400 metros) em menos de 8,0<br />

segundos, a mais de 270 km/h. Pela primeira vez, a Ford Performance apresentou um Mustang<br />

Cobra Jet (único e de fábrica) com propulsão totalmente elétrica. Equipado com um conjunto de<br />

baterias, este protótipo foi projetado para desenvolver mais de 1400 cv e um binário instantâneo superior<br />

a 1100 Nm. Após a estreia do SUV Mustang Mach-E, o primeiro Mustang totalmente elétrico,<br />

o protótipo Mustang Cobra Jet 1400 representa uma nova oportunidade para dar um passo em frente<br />

na tradição de performance da marca Mustang e, em simultâneo, incorporar algumas <strong>das</strong> mais avança<strong>das</strong><br />

tecnologias dos futuros propulsores da Ford. O Mustang Cobra Jet 1400 é, também, uma homenagem<br />

ao Cobra Jet original, que dominou as pistas de dragsters no final da década de 60 e que,<br />

ainda hoje, é uma grande referência nas competições de drag racing. A Ford Performance continua a<br />

realizar testes ao Cobra Jet 1400 antes da sua estreia mundial, agendada para o final deste ano, num<br />

evento de drag racing.<br />

BENTLEY MULLINER BACALAR<br />

PRODUÇÃO LIMITADA A 12 UNIDADES<br />

Com o anúncio do final da produção do Bentley Mulsanne, a<br />

divisão Mulliner inicia, agora, uma nova etapa. O carroçador<br />

pertencente à Bentley passa a dedicar-se à produção dos modelos<br />

mais exclusivos e especiais da marca de Crewe, dando início a uma<br />

estratégia que inclui as séries de produção mais limita<strong>das</strong>, como<br />

é o caso desta barchetta, da qual serão construí<strong>das</strong> à mão apenas<br />

12 unidades. O Bacalar deve o seu nome a um lago situado na<br />

península de Yucatán, no México, conhecido pela sua beleza natural<br />

de cortar a respiração. E dá continuidade à estratégia da Bentley<br />

de denominar os seus modelos em honra de pontos geográficos<br />

notáveis, iniciada com o Bentayga, em 2015. Inspirado no EXP 100<br />

GT, concept comemorativo do centenário da Bentley, o Mulliner<br />

Bacalar recorre a materiais nobres (alumínio e carbono no exterior;<br />

titânio, bronze, couro Beluga e lã natural no interior) e é movido<br />

pelo motor 6.0 W12 Twin-Turbo do Continental GT com 659 cv e 900<br />

Nm. A transmissão está a cargo de uma caixa automática de dupla<br />

embraiagem com oito velocidades, ligada a um sistema de tração<br />

integral. As jantes de 22” e a suspensão pneumática com barras<br />

estabilizadoras ativas são outros atributos<br />

RR EVOQUE E LR DISCOVERY SPORT<br />

AGORA HÍBRIDOS PLUG-IN<br />

O<br />

s Range Rover Evoque e Land Rover Discovery Sport já se encontram disponíveis nas<br />

variantes híbri<strong>das</strong> plug-in (PHEV), anunciando uma autonomia em modo 100% elétrico<br />

de até 66 km no Evoque e de até 62 km no Discovery Sport, sendo as emissões de CO 2<br />

de 32 e 36 g/km (ciclo WLTP) para os Evoque e Discovery Sport, respetivamente. Denomina<strong>das</strong><br />

P300e, as versões híbri<strong>das</strong> plug-in destes dois modelos baseiam-se na Arquitetura Transversal<br />

Premium (PTA) de motor transversal da Land Rover, concebida para apoiar a eletrificação e<br />

manter a capacidade todo-o-terreno característica da marca. As novas versões P300e juntam-se<br />

aos SUV micro híbridos de 48 Volt atuais de ambas as gamas para atingir novos níveis de eficiência<br />

no segmento dos SUV premium compactos. Os novos modelos disponibilizam uma performance<br />

sustentável, combinando o novo motor Ingenium a gasolina de três cilindros (1,5 litros de 200<br />

cv) com um motor elétrico de 80 kW (109 cv) integrado no eixo traseiro e alimentado por uma<br />

bateria de iões de lítio de 15 kWh, incorporada sob os bancos traseiros. O arranque dos 0 aos 100<br />

km/h cumpre-se em 6,4 segundos no Evoque, enquanto o Discovery Sport necessita de 6,6 segundos.<br />

Ambos atingem uma velocidade máxima de 135 km/h em modo 100% elétrico. Modos<br />

de condução, são três: “Hybrid”; “EV”; Save”.<br />

HYUNDAI VELOSTER N<br />

NOVA CAIXA DE DUPLA EMBRAIAGEM<br />

Por enquanto, está disponível apenas na Coreia do Sul. O Veloster<br />

N, que recorre aos préstimos de uma nova caixa automática de<br />

dupla embraiagem com oito velocidades (N DCT), necessita de 5,6<br />

segundos para cumprir o arranque dos 0 aos 100 km/h, de acordo<br />

com testes realizados no Centro de I&D da Hyundai. Equipado com<br />

atuadores elétricos que operam a dupla embraiagem, o Veloster<br />

N utiliza, ao contrário de uma transmissão de dupla embraiagem<br />

“normal” (com cárter seco), óleo com o objetivo de melhorar,<br />

significativamente, o desempenho da lubrificação e da refrigeração,<br />

solução comum em veículos de binário elevado. Com equipamentos<br />

bem ao estilo dos videojogos, este desportivo conta com o N<br />

Grin Shift (NGS), que aumenta o binário em 7%, permitindo que<br />

o turbocompressor disponibilize mais potência, maximizando<br />

a resposta para 20 segundos. Destaque merece, também, o N<br />

Track Sense Shift (NTS), que identifica quando as condições da<br />

estrada são ideais para uma condução dinâmica, ativando-se de<br />

forma automática. Em conjunto com as outras funcionalidades<br />

melhora<strong>das</strong>, como Rev Matching, Launch Control e Overboost, o<br />

Veloster N foi otimizado de forma a detetar, automaticamente, o<br />

padrão do condutor e as condições de estrada, de modo a melhorar<br />

os momentos de mudança de velocidade.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 93


Mundo<br />

Automóvel<br />

EM ESTRADA<br />

por Bruno Castanheira<br />

SEAT LEON 1.5 TSI XCELLENCE<br />

DESPEDIDA EM BELEZA<br />

Foi <strong>das</strong> últimas versões que testámos da atual geração do Leon, cujas alterações mais recentes<br />

datam de 2017. Enquanto se aguarda pela chegada do seu substituto, a variante 1.5 TSI de 150 cv<br />

com cinco portas aqui em análise, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades e sistema<br />

start&stop, faz uma despedida em beleza. Às linhas (ainda) apelativas da carroçaria, aprimora<strong>das</strong> pelo<br />

nível de equipamento Xcellence, junta-se um habitáculo espaçoso, bem construído e com ambiente<br />

desportivo. O posto de condução é muito bom, os dispositivos de segurança estão presentes em<br />

número elevado e a conectividade torna este familiar compacto interativo. Na verdade, o atual<br />

Leon ainda tinha muitos trunfos para continuar a sua carreira comercial por mais algum tempo, se<br />

bem que a Seat deu um grande salto com o novo, a começar pelo estilo, mais estilizado. A geração<br />

presente nesta edição, que está prestes a passar à reforma depois de vários anos de bons e leais serviços, faz-se ainda valer de um desempenho<br />

dinâmico eficaz, que combina conforto com uma postura aguerrida se a intenção do condutor for adotar um temperamento desportivo. Para mais,<br />

tendo à sua disposição um motor a gasolina de 1,5 litros com 150 cv, que não só oferece boas prestações, como convence ainda pelos consumos<br />

comedidos e pela suavidade de funcionamento. O preço a que é proposto este Leon é outros dos seus argumentos. Custa pouco mais de €30.000<br />

sem extras nem despesas. Não admira, pois, que esta geração vá deixar saudades.<br />

Motor 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1498 Potência máxima (cv/rpm) 150/5000-6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3000 Velocidade máxima (km/h) 215 0-100 km/h (s) 8,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,8 (WLTP) Emissões de CO 2 (g/km) 132 (WLTP) Preço €30.034 IUC €159,3<br />

VOLVO XC40 T3 MOMENTUM PLUS<br />

(IN)FUSÃO VERMELHA<br />

Pequeno no tamanho, grande na atitude. E na atração. O XC40 é o SUV mais compacto da<br />

Volvo. A combinação de vermelho “Fusion” da carroçaria (€732) com tejadilho pintado<br />

de branco (€554), reúne as preferências de quem se cruza com este modelo. Mas a<br />

sua elegância deve-se, sobretudo, à grelha e aos grupos óticos estilo “Martelo de Thor”. Com<br />

jantes de 18”, o visual do conjunto ganha ainda imponência. Por dentro, destaca-se a qualidade<br />

de construção elevada, o posto de condução ergonómico e o equipamento expressivo, dispondo<br />

esta unidade dos Packs Business Pro (€836), Light (€1009), Park Assist (€664) e Versatility Pro<br />

(€664). Depois, há que somar também os estofos em couro carvão (€1.230) e o BLIS (€554). Contas<br />

feitas, são nada menos do que €6243 de extras. Que valem bem a pena, refira-se. Equipado com o<br />

motor T3 (1,5 litros a gasolina de 163 cv), que traz acoplada caixa automática de oito velocidades (Geartronic), o XC40 é eficaz, reativo e confortável.<br />

Dispõe de vários modos de condução em função <strong>das</strong> preferências e <strong>das</strong> exigências do momento. Já as prestações, são francamente convincentes, mais<br />

do que os consumos. E ainda que seja o SUV mais compacto da Volvo, desenganem-se aqueles que pensam que o espaço para ocupantes e bagagem é<br />

escasso. Já as aventuras fora de estada, estão algo limita<strong>das</strong> pelo facto de a tração ser apenas dianteira e da altura ao solo não ser muito elevada. Quanto<br />

ao preço, €40.138 (sem extras nem despesas) aceita-se face a tudo aquilo que é proposto.<br />

Motor 3 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1477 Potência máxima (cv/rpm) 163/5500 Binário máximo (Nm/rpm) 265/1500-3000<br />

Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 9,6 Consumo combinado (l/100 km) 7,3 (WLTP) Emissões de CO 2 (g/km) 165 (WLTP)<br />

Preço €40.138 IUC €159,37<br />

94 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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