Jornal das Oficinas 174
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Rodrigo Ferreira<br />
da Silva<br />
A ARAN conta já com oito déca<strong>das</strong><br />
de existência. Quais considera terem<br />
sido os pontos altos na história da<br />
associação?<br />
Em 80 anos, são muitos os pontos<br />
altos. A atribuição de utilidade pública,<br />
o reconhecimento como entidade<br />
formadora pela DGERT, a certificação<br />
ISO 9001:2015, os eventos,<br />
os congressos, o reconhecimento nacional<br />
e internacional, as conquistas<br />
junto dos diversos governos e instituições...<br />
Sempre na defesa do setor.<br />
Foram (e são) tantos os pontos altos,<br />
que, mesmo apontando alguns, corro<br />
o risco de estar a ser injusto por não<br />
mencionar outros.<br />
Os 80 anos da ARAN ficam marcados,<br />
invariavelmente, pelo lançamento da<br />
nova imagem, que pretende ilustrar a<br />
postura da associação, virada para o<br />
futuro. De que forma a tranquilidade, a<br />
serenidade e a harmonia dos tons de<br />
azul do logótipo aponta<strong>das</strong> pelo<br />
designer que o elaborou, se coadunam<br />
com a postura da ARAN?<br />
A agência de comunicação por nós escolhida,<br />
OPAL, fez um fantástico trabalho.<br />
O nosso objetivo era claro: sem<br />
perder a identidade do passado, projetar<br />
o futuro. Consideramos que foi<br />
plenamente atingido. Estamos muito<br />
contentes com o resultado final. Mas<br />
deu muito trabalho e não foi consensual.<br />
Mesmo até a última proposta.<br />
O lançamento do novo logótipo da<br />
ARAN coincidiu com o arranque de<br />
vários projetos da associação para<br />
2020. Tencionam retomá-los assim<br />
que for possível ou serão forçados a<br />
repensar toda a estratégia?<br />
Sim, tínhamos um ano repleto de<br />
eventos, de atividades e de viagens.<br />
De repente, tudo mudou. Íamos<br />
começar com uma viagem ao Salão<br />
de Genebra, por exemplo, seguindo-<br />
-se o congresso em junho, no Sheraton<br />
Porto Hotel & Spa. Dito isto, a<br />
estratégia mantém-se mas o calendário<br />
vai mudar. A saúde e a segurança<br />
estão sempre em primeiro lugar.<br />
Portugal, em geral, e o setor<br />
automóvel, em particular,<br />
atravessam, hoje, porventura, o<br />
período mais difícil da história<br />
Que relatos e pedidos de auxílio têm<br />
chegado à ARAN por parte <strong>das</strong><br />
empresas associa<strong>das</strong>, em particular<br />
<strong>das</strong> oficinas?<br />
Uma <strong>das</strong> grandes preocupações nos<br />
primeiros dias e semanas, foi a dificuldade<br />
de acesso a materiais de proteção<br />
individual, como, por exemplo,<br />
máscaras e desinfetantes de todo o<br />
tipo. Não havia stock suficiente e os<br />
preços começaram a ser inflacionados<br />
pelos vendedores. Conseguimos<br />
estabelecer parcerias para comprar<br />
estas mercadorias (máscaras, desinfetantes)<br />
e assumimos todos os cusmoderna<br />
devido à crise do novo<br />
coronavírus. Como olha a ARAN para<br />
toda esta situação?<br />
Ainda é muito cedo para termos um<br />
diagnóstico completo. O certo é... a<br />
incerteza. Mas uma certeza temos:<br />
enquanto não houver uma vacina,<br />
o novo “normal” vai ser devastador<br />
para a economia mundial. Estamos<br />
todos (pessoas e empresas) em modo<br />
“sobrevivência”.<br />
No dia 18 de março, a ARAN, num<br />
comunicado conjunto com outras<br />
três associações do setor,<br />
manifestou a sua preocupação<br />
relativamente à crise desencadeada<br />
pela pandemia de Covid-19.<br />
Considera que as medi<strong>das</strong> toma<strong>das</strong><br />
pelo Governo até agora são<br />
suficientes para ajudar o ramo<br />
automóvel a ultrapassar esta<br />
situação?<br />
Não estamos muito longe do que é<br />
necessário. Não somos líricos, sabemos<br />
que os recursos são limitados.<br />
Contudo, a resposta está a demorar<br />
muito e é, claramente, insuficiente.<br />
As empresas precisam de liquidez<br />
para não entrarem em rutura. A liquidez<br />
é o oxigénio da economia.<br />
Sem ele, nada sobrevive.<br />
Concorda com a decisão do Governo<br />
de manter todos os estabelecimentos<br />
de comércio de peças a funcionar<br />
durante o Estado de Emergência, tal<br />
como os serviços de manutenção e<br />
reparação de veículos?<br />
Claro que sim. Não podia ser de<br />
outra maneira. São serviços essenciais<br />
ao funcionamento de Portugal.<br />
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