Jornal das Oficinas 174
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em Foco Baterias<br />
tricos utilizam outro tipo de<br />
baterias e não necessitam <strong>das</strong><br />
tradicionais baterias de chumbo-ácido,<br />
mas sim de baterias à<br />
base de iões de lítio”, acrescenta.<br />
O SEGMENTO DAS BATERIAS É DOS MAIS<br />
CONCORRIDOS DO AFTERMARKET, EXISTINDO<br />
ENORME variedade DE MARCAS E MODELOS<br />
Marcas varia<strong>das</strong><br />
“Temos um mercado muito maduro,<br />
com um nível de oferta muito alargado,<br />
onde, resumidamente, coabitam<br />
muitas marcas de baterias, mas relativamente<br />
poucos fabricantes OEM”, realça<br />
fonte da KRAUTLI Portugal, que distribui<br />
a marca Yuasa no canal automóvel (veículos<br />
ligeiros e pesados). “Verifica-se ainda uma<br />
elevada presença de marcas priva<strong>das</strong>, sendo<br />
que, alguns operadores, para tornar o seu<br />
produto competitivo, falseiam os valores nas<br />
etiquetas <strong>das</strong> baterias. Estas práticas estão, obviamente,<br />
a desaparecer devido aos elevados requisitos<br />
elétricos e tecnológicos dos veículos, o que<br />
torna o mercado mais profissional e sensível à qualidade<br />
do produto em causa”, acrescenta. Afirmando que<br />
“devido a gerar volumes de faturação muito interessantes,<br />
incentiva muitos operadores à sua comercialização. Todavia, a<br />
bateria não é uma peça convencional. É, sim, um produto químico<br />
e muito complexo. Logo, carece de um nível de conhecimento<br />
e tratamento diferenciado dos restantes componentes do automóvel”,<br />
explica fonte da KRAUTLI Portugal. O futuro? “O setor<br />
tem muitas abordagens e teorias quanto ao futuro <strong>das</strong> baterias,<br />
designadamente a eletrificação e as células de hidrogénio, entre<br />
outras. Contudo, a indústria automóvel continua na constante<br />
procura da evolução em termos de tecnologia de baterias. O<br />
derradeiro objetivo consiste em inventar uma bateria capaz de<br />
armazenar grandes quantidades de energia elétrica, mas que exija<br />
um período de tempo relativamente curto para a sua recarga<br />
completa”, refere.<br />
A Polibaterias, distribuidor da marca italiana FIAMM (e da<br />
EUROCELL), também considera<br />
que o mercado é “competitivo,<br />
em que a oferta, neste momento,<br />
supera largamente a procura por<br />
parte dos principais retalhistas e<br />
instaladores, onde se assiste, muitas<br />
vezes, à presença de operadores<br />
sem quaisquer bases técnicas<br />
e de duvidosa postura comercial”,<br />
adianta. “No entanto, é um mercado<br />
que está muito dependente <strong>das</strong><br />
capacidades económicas do nosso<br />
país. Daí que ainda se baseie muito<br />
nas chama<strong>das</strong> linhas brancas,<br />
onde proliferam e nascem marcas<br />
quase diariamente”, alerta a Polibaterias.<br />
Pelo mesmo diapasão afina a RedeInnov, que dispõe da marca<br />
InnovParts. “É um mercado bastante concorrencial, inundado<br />
de ofertas, algumas mesmo duvidosas, sem nenhum controlo<br />
por parte de qualquer tipo de entidade, permitindo que qualquer<br />
um afirme o que entender sobre a performance <strong>das</strong> baterias que<br />
comercializa”, acusa. “Há poucos fabricantes de baterias com dimensão<br />
mundial que garantam a qualidade e a estabilidade da<br />
oferta necessária para estar no mercado, de forma séria, durante<br />
muitos anos. A RedeInnov só aposta em baterias de qualidade<br />
original. A nossa marca própria, InnovParts, é, exclusivamente,<br />
fabricada pela Exide Technologies e tem a sua qualidade comprovada.<br />
Os resultados obtidos demonstram que as oficinas valorizam,<br />
cada vez mais, a qualidade e a consistência da oferta em<br />
detrimento de baterias a preços inferiores, que acabam por sair<br />
mais caras tendo em conta a insatisfação dos clientes”, explica.<br />
A Create Business, que distribui a marca Indieparts, assina por<br />
baixo a opinião acima transcrita. E defende que, no caso específico<br />
da sua marca, a oportunidade passa por “entrar num novo<br />
segmento de mercado”. As ameaças? “Aparecimento de novos<br />
concorrentes com produtos semelhantes e preços competitivos,<br />
fazendo com que o segmento <strong>das</strong> baterias para automóveis se<br />
torne menos atraente para potencial desenvolvimento de negócio”,<br />
reconhece. Ainda assim, “nos próximos tempos, será um<br />
mercado de grande volume de negócio, onde a Create Business<br />
quer estar presente nos segmentos “better” e “best” com as marcas<br />
IndieParts, VARTA e Bosch”, enfatiza o distribuidor.<br />
Também as empresas MCoutinho Peças e AZ Auto, que distribuem<br />
a marca MÄKTIG, dão conta da competitividade do<br />
setor. “Falamos de um mercado saturado de players, onde as<br />
marcas com mais nome continuam a ter aceitação sem o mercado<br />
levantar questões. Esta ‘superpopulação’ de baterias, no<br />
mercado português, leva a que, muitas vezes, a maior fatia seja<br />
alcançada através do preço mais baixo. Essa procura faz com<br />
que exista uma diminuição da qualidade do produto, o que vai<br />
afetar o utilizador final, abalando a sua confiança na marca<br />
ou no prestador do serviço. É, por isso, importante que tanto<br />
retalhistas como oficinas apostem em produtos de qualidade”,<br />
defendem, a uma só voz, MCoutinho Peças e AZ Auto.<br />
A Magneti Marelli, distribuída em Portugal pela Bombóleo, acredita<br />
que o mercado de baterias “exige tanto a solução de problemas<br />
para os clientes como as solicitações de competitividade e<br />
rentabilidade”. E defende a teoria de que a “oportunidade para<br />
as marcas de primeira qualidade é o poder de remover uma ampla<br />
gama de soluções para um parque mais antigo, oferecendo<br />
soluções de muitos concorrentes e uma grande relação de preço,<br />
como para o parque mais inovador, como a gama mais apropriada<br />
e que assegura rentabilidade”, destaca. Para a marca italiana, o<br />
mais importante é o futuro, “tanto do fabricante como do componente<br />
fabricado, em conjunto com o projeto do produto”.<br />
Tendências do mercado<br />
A Autozitânia, que distribui a marca Nostop, adianta que a “tec-<br />
72 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com