Jornal das Oficinas 174
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Contactos:<br />
93 22 22 200<br />
www.escapeforte.com<br />
PUB<br />
jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
<strong>174</strong><br />
C<br />
MAIO 2020Y<br />
PERIODICIDADE | MENSAL<br />
ANO XV | 3 EUROS CM<br />
M<br />
Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />
PUB<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
EM FOCO<br />
BATERIAS<br />
AUTOMÓVEL<br />
+ de 20 marcas<br />
em análise<br />
DAY AFTERPÁG. 6<br />
COVID-19<br />
atualidade<br />
PÁG. 22<br />
Nunca higienização e desinfeção<br />
estiveram tão na ordem do dia.<br />
Saiba o que mudou nas oficinas<br />
gamobar peças<br />
PÁG. 36<br />
Player de referência no mercado,<br />
foi a primeira placa de distribuição<br />
da PSA a exibir a imagem Distrigo<br />
entrevista<br />
PÁG. 54<br />
Miguel Franco, da Stratio Automotive,<br />
aborda as principais inovações na<br />
área da manutenção de frotas<br />
técnica & serviço<br />
PÁG. 62<br />
A tecnologia adesiva ganha, a<br />
cada dia, mais força no ramo<br />
automóvel. Conheça os motivos<br />
equipamento oficinal<br />
pcc-lda.pt<br />
PUB<br />
PUB<br />
PUB
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
Editorial<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
EDITOR EXECUTIVO<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
REDAÇÃO<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
DIRETOR COMERCIAL<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
GESTOR DE CLIENTES<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
WEBMASTER<br />
António Valente<br />
IMAGEM E MULTIMÉDIA<br />
Catarina Gomes<br />
ARTE<br />
Hélio Falcão<br />
SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS<br />
E CONTABILIDADE<br />
financeiro@apcomunicacao.com<br />
PERIODICIDADE<br />
Mensal<br />
ASSINATURAS<br />
assinaturas@apcomunicacao.com<br />
SEDE DA REDAÇÃO<br />
Bela Vista Office, Sala 2.29, Estrada de Paço de Arcos,<br />
66 - 66A, 2735 - 336 Cacém<br />
Tel. +351 219 288 052<br />
GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />
© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />
interdita a utilização ou a reprodução desta publicação,<br />
no seu todo ou em parte, sem a autorização<br />
prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />
IMPRESSÃO<br />
Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />
Estrada Consiglieri Pedroso, 90<br />
2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400<br />
N.º de Registo na ERC: 124.782<br />
Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />
Tiragem – 10.000 exemplares<br />
.es<br />
Parceiro<br />
em Espanha<br />
www.apcomunicacao.com<br />
EDIÇÃO<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
Propriedade/Editor João Vieira - Publicações<br />
Unipessoal, Lda.<br />
Contribuinte 510447953<br />
Sede proprietário/editor Bela Vista Office, Sala<br />
2.29, Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336<br />
Cacém<br />
Gerência João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />
Principal acionista João Vieira (100%)<br />
Fax +351 219 288 053<br />
Email geral@apcomunicacao.com<br />
Consulte o Estatuto Editorial no<br />
site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
UNIDOS<br />
VENCEREMOS<br />
Estamos a entrar no terceiro mês de contenção da pandemia de Covid-19 e o impacto desta situação<br />
na economia do país tem sido devastador, a começar nas empresas de prestação de serviços, passando<br />
pelas fábricas e terminando nas empresas do pós-venda automóvel, que estão a viver momentos<br />
de desespero e angústia. Apesar de o Governo ter autorizado o funcionamento <strong>das</strong> oficinas de manutenção<br />
e reparação de veículos e dos distribuidores de peças durante o Estado de Emergência, são<br />
muitas as empresas deste setor que não conseguem manter as portas abertas, simplesmente porque<br />
não há clientes.<br />
Esta situação está a pôr à prova todo o setor do pós-venda, que rapidamente teve de adaptar-se a uma nova realidade,<br />
principalmente no que diz respeito ao relacionamento com o cliente, que passou a ser, maioritariamente,<br />
através do telefone e redes sociais. A higienização dos automóveis que entram nas oficinas, é outra novidade<br />
que passou a fazer parte <strong>das</strong> rotinas <strong>das</strong> empresas de manutenção e reparação automóvel. E se, neste momento,<br />
para as oficinas, a prioridade é garantir a segurança dos seus colaboradores, por outro há que salvaguardar os<br />
postos de trabalho e continuar a funcionar, mesmo que a um ritmo desacelerado. A economia não pode parar e,<br />
enquanto for possível, as oficinas devem continuar a prestar o seu serviço.<br />
A pressão não vai diminuir e a solução é manter-se atento e informado em relação às boas práticas de socialização<br />
e higienização, fazer um levantamento <strong>das</strong> necessidades de tesouraria da empresa nos próximos meses e analisar<br />
to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> de apoio que estão em vigor, nomeadamente linhas de crédito, deferimento do pagamento<br />
de impostos, moratórias de crédito e lay-off simplificado.<br />
Não poderíamos terminar este editorial sem prestar homenagem a<br />
todos aqueles que estão na linha da frente no combate a esta pandemia.<br />
Médicos, enfermeiros e auxiliares, que, trabalhando horas<br />
infinitas, quase sempre sacrificando a sua vida pessoal e familiar,<br />
estão a salvar vi<strong>das</strong>, adaptando-se a uma situação totalmente nova<br />
e desconhecida. O nosso muito obrigado e respeito por todos os<br />
esforços realizados. Também o aftermarket merece o nosso elogio,<br />
pois superou o medo de contágio e manteve-se em funcionamento<br />
para prestar serviço aos transportes prioritários e a todos os que<br />
necessitam dos seus veículos para trabalhar. Um setor onde muitas<br />
empresas têm contribuído com equipamentos de proteção para os<br />
profissionais de saúde, nomeadamente óculos e luvas, enquanto os<br />
fabricantes de componentes têm reconvertido as suas linhas de<br />
produção para fabricar viseiras, fatos, máscaras e ventiladores,<br />
que tanta falta fazem aos profissionais de saúde que estão<br />
na linha da frente no combate ao novo coronavírus.<br />
Mas o grande desafio ainda está para vir. E para vencer<br />
esta “guerra”, o setor tem de permanecer unido, desde<br />
fabricantes a distribuidores, passando pelo retalho<br />
e oficinas. Conforme escreveu Paulo Torres, da Vieira<br />
& Freitas, num artigo de opinião publicado no<br />
site do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, “se não nos unirmos,<br />
se não ganharmos todos, vamos todos perder<br />
e ser derrotados”. l<br />
JOÃO VIEIRA | Diretor
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
IPSIS<br />
VERBIS<br />
JORGE VARANDAS, RESPONSÁVEL<br />
DE MARKETING DA AUTOZITÂNIA<br />
É PREMATURO FAZER UM<br />
CÁLCULO SOBRE OS DANOS<br />
DA COVID-19. ESTAMOS<br />
PERANTE UMA SITUAÇÃO<br />
IMPREVISÍVEL, COMPLEXA<br />
E COM UMA DINÂMICA<br />
MUITO PRÓPRIA.<br />
OBVIAMENTE QUE ESTA<br />
PANDEMIA ACARRETA<br />
INEVITÁVEIS PREJUÍZOS<br />
ISABEL MONTEIRO, CARSISTEMA<br />
ESTE É UM PROCESSO QUE<br />
ESTÁ A COMEÇAR. É UM<br />
FORTE ARREFECIMENTO<br />
DA ATIVIDADE<br />
ECONÓMICA, QUE TRADUZ<br />
QUEBRAS ACENTUADAS<br />
NAS RECEITAS, NÃO<br />
ACOMPANHADAS POR<br />
PROPORCIONAIS<br />
QUEBRAS NOS CUSTOS<br />
1.° WEBINAR CUMPRIU<br />
Organizado pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria com a ACM (Autocoach Management), o Webinar<br />
“Aftermarket não para...” cumpriu com os objetivos de esclarecer o mercado sobre os efeitos da<br />
pandemia de Covid-19 no pós-venda automóvel, contribuindo para ajudar a minimizar os impactos<br />
negativos nas empresas do setor. Durante duas semanas, foram realizados seis seminários online<br />
sobre temas relacionados com Ambiente Económico, Boas Práticas, Relação Cliente, Recursos Humanos<br />
e Aftermarket pós-Covid-19. Ao todo, foram várias centenas de participantes que assistiram às entrevistas<br />
conduzi<strong>das</strong> por João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. Dário Afonso, managing director da ACM<br />
e profundo conhecedor do setor automóvel nas várias vertentes dos canais de distribuição e reparação,<br />
respondeu às diversas questões que lhe foram coloca<strong>das</strong>, quer pelo moderador, quer pelos participantes.<br />
Foram seis jorna<strong>das</strong> muito ativas e participa<strong>das</strong>, tendo sido apresenta<strong>das</strong> novas ideias e novos conceitos<br />
que ajudarão os profissionais do aftermarket a enfrentar os grandes desafios desta crise. Com este novo<br />
formato de entrevistas online, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> volta a inovar e cumpre a sua missão: transmitir<br />
informação útil para o mercado.<br />
SEMÁFORO<br />
CRISTINA CARDOSO, CHIEF SALES<br />
OFFICER DA ALIDATA<br />
HÁ, PELO MENOS, DUAS<br />
LIÇÕES QUE A PANDEMIA<br />
DE COVID-19 DEIXA PARA<br />
AS NOSSAS EMPRESAS:<br />
TÊM DE ESTAR<br />
PREPARADAS PARA O<br />
INESPERADO E A<br />
SEGURANÇA VEM SEMPRE<br />
EM PRIMEIRO LUGAR<br />
Mercado automóvel<br />
A Covid-19 está a ser fatal (também) para<br />
o mercado automóvel. Em Portugal, a<br />
queda, de 1 a 14 de abril, foi de 86% nos<br />
ligeiros de passageiros. Ou seja, neste<br />
período, foram matriculados 838 veículos<br />
novos desta categoria no nosso país,<br />
quando, em 2019, haviam sido 6.208<br />
no mesmo espaço temporal. O nosso<br />
Semáforo Vermelho, de pesar, vai para<br />
o estado a que chegou este importante<br />
motor da economia nacional.<br />
Plano de apoio<br />
Perante o cenário negro do mercado<br />
automóvel, a ACAP tem cumprido o seu<br />
papel de forma inequívoca. E propõe,<br />
agora, um plano de ajuda específico para<br />
o setor, com destaque para a criação<br />
“imediata” de uma linha de apoio para a<br />
compra de veículos elétricos, que deverá,<br />
segundo a associação, ver a sua dotação<br />
aumentada em 100%. O nosso Semáforo<br />
Laranja, de expectativa, vai para a<br />
incerteza da resposta que dará o Governo.<br />
Indústria europeia<br />
Em tempos difíceis, é um sinal positivo, e<br />
merecedor do nosso Semáforo Verde, de<br />
aplauso, o facto de a indústria automóvel<br />
europeia estar a “dar as mãos” para apoiar<br />
o reinício da produção. Atendendo à<br />
agressividade e à imprevisibilidade do<br />
novo coronavírus, um inimigo sem rosto,<br />
tudo terá de ser feito com o máximo<br />
de segurança, naquele que será um<br />
passo crucial para a sobrevivência dos<br />
fabricantes no Velho Continente.<br />
4 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Destaque<br />
COVID-19<br />
AFTERMARKET<br />
A PANDEMIA PROVOCADA PELA COVID-19 APANHOU O AFTERMARKET NACIONAL –<br />
E O MUNDO INTEIRO – DE SURPRESA. NUMA PRIMEIRA FASE, TEMEU-SE O PIOR.<br />
O SETOR TRAVOU A FUNDO E OS NÚMEROS CAÍRAM A PIQUE. MAS, AOS POUCOS,<br />
OS PLAYERS COMEÇAM A LEVANTAR A CABEÇA E A PREPARAR O DAY AFTER<br />
por Jorge Flores<br />
De um momento para o outro, o mundo mudou. Parou.<br />
A Covid-19 não olhou a nacionalidades, faixas etárias<br />
ou religiões. Tão pouco distinguiu áreas de negócio.<br />
Portugal não foi exceção. Apesar de muito elogiado pelos parceiros<br />
europeus, pela forma como tem controlado a pandemia,<br />
a verdade é que as consequências de um país parado pelo novo<br />
coronavírus, na economia, são ainda desconheci<strong>das</strong>. E ameaçadoras.<br />
As repercussões do vírus, mesmo em tecidos empresariais<br />
(até agora) saudáveis, caso do aftermarket automóvel<br />
nacional, fizeram-se sentir com estrondo. Fábricas suspensas,<br />
stocks em falta nos armazéns e equipas de trabalho confina<strong>das</strong><br />
em casa, enquanto as empresas observam os números em queda.<br />
Mas o setor é forte. E prepara já o day after. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong> auscultou vários players do mercado. De fabricantes<br />
a distribuidores, de retalhistas a oficinas, todos eles revelaram-<br />
-se determinados em dar a volta por cima.<br />
Fabricantes dizem... presente!<br />
Os vários fabricantes contactados pelo nosso jornal denotam<br />
enorme vontade em dar a volta à complicada situação. Mas,<br />
antes, comecemos pela central de serviços ASER, que partilha<br />
a sua força. José Luis Bravo, responsável máximo, considera<br />
que a pandemia está a “afetar de maneira forte” os seus parceiros,<br />
“bem como toda a distribuição de peças de reposição”.<br />
O papel da ASER, neste contexto, tem sido de “apoiar os parceiros<br />
nestes momentos difíceis”. De que forma? “Adiantámos<br />
50% do pagamento do bónus e, em abril, esperamos poder pagar<br />
um adicional de 30% para ajudá-los”, revela. “Durante os<br />
meses de março e abril, ajudámos as redes de oficinas a pagar<br />
pelos serviços prestados”, sublinha José Luis Bravo. Além do<br />
reforço em ações online, a central de serviços espanhola tem<br />
preparado o “retomar da atividade”, apontando para o momento<br />
em que o confinamento for levantado de forma faseada e<br />
a atividade começar, aos poucos, a regressar ao normal.<br />
Mas muito mudou na vida da ASER durante este período. “A<br />
atividade <strong>das</strong> nossas empresas caiu cerca de 85%. Os negócios<br />
de urgência são mantidos abertos com um mínimo de funcionários<br />
e alguns parceiros estão totalmente fechados”, acrescenta<br />
o responsável, que acredita ser ainda muito cedo para apurar os<br />
danos causados pela Covid-19. “Por um lado, em março, a nossa<br />
atividade caiu quase 60% e estimamos 85% em abril. Isso representa,<br />
aproximadamente, 16 milhões de euros de faturação.<br />
Não sabemos como a atividade poderá recuperar em maio e se<br />
parte dos negócios perdidos nos meses de março e abril conseguirão<br />
recuperar nos próximos meses. Temos pensamento positivo.<br />
Acreditamos que, em maio, os negócios ainda serão afetados<br />
pela saída do confinamento, mas que, a partir de junho, a<br />
atividade nas oficinas recuperará”, diz.<br />
O bilstein group também sentiu na pele os efeitos do novo coronavírus.<br />
Uma situação “totalmente nova e sem precedentes”,<br />
descreve Joaquim Candeias. “Os eventos resultantes do novo<br />
coronavírus apresentam-nos, a todos, desafios completamente<br />
novos. Num curto período de tempo, tivemos de nos adaptar a<br />
tomar decisões diárias, agindo em conformidade com a imprevisibilidade<br />
da situação global. A nossa vantagem é que temos<br />
observado cuidadosamente, e de perto, os novos desenvolvimentos,<br />
desde o início. Estamos, desde o primeiro momento,<br />
atentos e vigilantes quanto à evolução deste vírus, de modo a<br />
que a nossa forma de enfrentar a pandemia seja a mais ajustada<br />
possível, tendo em conta as informações disponíveis”, explica.<br />
“De um modo geral”, acrescenta, “a nossa postura é sempre<br />
positiva e otimista, não deixando de ser realista, pois só assim<br />
conseguiremos continuar a atuar no mercado de forma firme<br />
e decidida. Lutar contra as adversidades já faz parte do nosso<br />
6 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PREPARA DAY AFTER
COVID-19<br />
“A atIVIDADE DAS NOSSAS EMPRESAS CAIU CERCA DE 85%. OS NEGÓCIOS<br />
DE URGÊNCIA SÃO MANTIDOS ABERTOS COM UM MÍNIMO DE FUNCIONÁRIOS E<br />
alguNS PARCEIROS ESTÃO totalMENTE FECHADOS (...) É MUITO CEDO PARA<br />
APURARMOS OS DANOS Causados PELA COVID-19”, JOSÉ LUIS BRAVO, aser<br />
dia a dia. Assim, tentamos reagir, da<br />
melhor forma possível, aprendendo<br />
a cada passo do caminho e ajustando<br />
a resposta e reação à realidade”. Joaquim<br />
Candeias explica ainda que o<br />
bilstein group se manteve sempre a<br />
funcionar. “De forma prática e visível,<br />
no mercado, pouco mudou, sobretudo,<br />
porque a qualidade do serviço que entregamos<br />
tem-se mantido inalterada,<br />
o nível de stock máximo em Portugal<br />
e nos restantes centros logísticos mundiais<br />
foi mantido e todos os nossos<br />
colaboradores continuam a trabalhar<br />
para os clientes, ainda que, alguns deles,<br />
num regime diferente. Também<br />
para salvaguardar a continuidade do<br />
funcionamento da empresa e de modo<br />
a proteger os nossos colaboradores, foi<br />
decidido dividir a equipa de logística<br />
em dois turnos, de modo a não existir<br />
contacto entre elas. As medi<strong>das</strong> rígi<strong>das</strong><br />
de higiene implementa<strong>das</strong> nesta área<br />
garantem que os nossos colaboradores<br />
estão seguros e que continuamos com<br />
uma capacidade máxima de entrega.<br />
Os colaboradores <strong>das</strong> restantes áreas,<br />
nomeadamente administrativa, ven<strong>das</strong>,<br />
marketing e operacional, estão a<br />
trabalhar a partir de casa, em regime<br />
de teletrabalho, evitando, assim, a<br />
existência de relacionamento social,<br />
mas mantendo a atividade diária inalterada<br />
para os clientes”, sublinha o<br />
responsável do bilstei group, que considera<br />
serem escassas as “informações”<br />
disponíveis para antecipar cenários<br />
futuros.<br />
“Nenhuma empresa sabe o que será<br />
o futuro e quando irá ele, de facto,<br />
começar. Desta forma, ainda não temos<br />
informações suficientes que nos<br />
permitam aferir os prejuízos concretos<br />
desta pandemia. Naturalmente<br />
que o impacto é bastante grande em<br />
termos de ven<strong>das</strong>, mas não dispomos<br />
ainda de informação precisa quanto<br />
aos danos causados, sendo ainda<br />
muito prematuro tirar alguma conclusão.<br />
Ainda assim, podemos garantir<br />
que estamos preparados para lidar<br />
e enfrentar os danos trazidos por esta<br />
pandemia, de modo a que possamos<br />
passar por ela da melhor forma possível”,<br />
reforça Joaquim Candeias.<br />
Cautela e resguardo<br />
Pedro Teixeira, general market manager<br />
da Continental Pneus Portugal,<br />
defende que a situação obriga a<br />
“cautela e resguardo”. E explica a forma<br />
como a empresa está a lidar com<br />
a pandemia. “Desde a primeira hora<br />
que tomámos as devi<strong>das</strong> precauções<br />
no que se refere às medi<strong>das</strong> de segurança<br />
indica<strong>das</strong> pelas autoridades<br />
de saúde, no que ao bem-estar dos<br />
nossos colaboradores, fornecedores<br />
e parceiros diz respeito. Adotámos<br />
o teletrabalho e todos os nossos colaboradores<br />
estão desde o início da<br />
pandemia a trabalhar à distância”,<br />
adianta. “Como empresa socialmente<br />
responsável, temos vindo a apoiar todos<br />
aqueles cujas funções são imprescindíveis<br />
ao funcionamento do país e<br />
ativámos a nossa rede de emergência<br />
para apoiar as empresas de transportes,<br />
baseada nos seus parceiros da<br />
rede 360°, os quais manifestaram a<br />
sua disponibilidade para continuar<br />
a fornecer serviços e produtos com o<br />
objetivo de ajudar a mobilidade de<br />
ambulâncias, polícia, profissionais<br />
de saúde e trabalhadores. A rede de<br />
agentes ContiService continua disponível<br />
para apoiar a mobilidade dos<br />
portugueses, em especial dos que, por<br />
estes dias, não podem ficar em casa”,<br />
explica. O responsável da Continen-<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
8 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
tal Pneus Portugal admite que a atividade<br />
mudou. “A face mais visível é,<br />
claramente, a forma como estamos a<br />
trabalhar. Toda a nossa equipa está<br />
em teletrabalho. Tendo em conta<br />
que integramos uma estrutura com<br />
presença global, todos os nossos colaboradores<br />
estão familiarizados com<br />
as diversas ferramentas de trabalho<br />
à distância. No seio da equipa de direção<br />
e <strong>das</strong> respetivas equipas, foram<br />
reforçados os mecanismos de comunicação<br />
para que, nestes momentos<br />
de grande incerteza e constante mudança,<br />
a nossa capacidade de adaptação,<br />
tomada de decisão e agilidade<br />
continuem a ser uma mais-valia para<br />
os nossos parceiros”, conta. “O grande<br />
desafio nesta fase”, sublinha Pedro<br />
Teixeira, “foi o desenvolvimento de<br />
estratégias e de ferramentas para estarmos<br />
ainda mais próximos (embora<br />
fisicamente ausentes) dos nossos parceiros<br />
numa fase crítica da sua atividade,<br />
prestando-lhes o máximo apoio<br />
e colocando toda a nossa equipa à disposição<br />
para responder às inúmeras<br />
solicitações”. Sobre a eventual retoma<br />
da atividade económica, prefere não<br />
fazer previsões. Mas, na sua opinião,<br />
“o setor automóvel tem demonstrado,<br />
ao longo da sua história, uma singular<br />
capacidade de se adaptar e reinventar”,<br />
preconiza.<br />
Ricardo Cal<strong>das</strong>, diretor comercial<br />
da Dayco para Portugal, por sua vez,<br />
assegura que a empresa começou a<br />
enfrentar a pandemia, “não só porque<br />
tem unidades industriais próprias na<br />
China, como, também, a sede do aftermarket,<br />
na Europa, está situada<br />
no norte de Itália. Desde muito cedo,<br />
houve uma subdivisão <strong>das</strong> equipas,<br />
com o máximo possível de colaboradores<br />
em teletrabalho e de uma forma<br />
que não houvesse contacto entre<br />
os membros <strong>das</strong> diferentes divisões,<br />
minimizando a possibilidade de contágio<br />
geral”. E acrescenta: “Desta forma,<br />
sempre mantivemos e esperamos<br />
manter a nossa capacidade produtiva<br />
e de distribuição”. Não significa isto,<br />
porém, que a Dayco não tenha reajustado<br />
a sua atividade. “Houve necessidade<br />
de adaptação”, admite, “não<br />
só do ponto de vista <strong>das</strong> unidades industriais<br />
como, também, em relação<br />
ao processo de distribuição à escala<br />
global”, conta. Também Ricardo Cal<strong>das</strong><br />
considera “cedo” para contabilizar<br />
prejuízos. “Ainda não é certo sequer<br />
o momento em que os diversos construtores<br />
mundiais voltarão a abrir as<br />
suas fábricas, sendo que, naturalmente,<br />
depende <strong>das</strong> marcas e, sobretudo,<br />
do posicionamento geográfico <strong>das</strong><br />
fábricas e da forma como a pandemia<br />
afetou essas zonas”, sublinha.<br />
A Delphi Technologies, por sua vez,<br />
opta por responder através de um<br />
comunicado oficial. “Em relação aos<br />
anúncios de OEM para interromper<br />
ou diminuir a produção, estamos a<br />
trabalhar em estreita colaboração com<br />
clientes e fornecedores em to<strong>das</strong> as<br />
regiões. Na Delphi Technologies, continuaremos<br />
com as atividades críticas<br />
de lançamento de engenharia e com o<br />
trabalho de pesquisa e desenvolvimento<br />
em todo o mundo”, refere. “Quanto<br />
ao mercado de reposição, os principais<br />
indicadores do setor apontam para<br />
uma desaceleração da mobilidade<br />
global, que, provavelmente, terá um<br />
impacto significativo na produção e<br />
distribuição de componentes e nas atividades<br />
de manutenção e reparação de<br />
veículos. A divisão aftermarket da Delphi<br />
Technologies está a trabalhar para<br />
satisfazer as necessidades dos clientes<br />
de to<strong>das</strong> as suas localidades ao redor<br />
do mundo, onde as regulamentações<br />
governamentais permitem que a nossa<br />
atividade continue”, adianta.<br />
Já a Diesel Technic Iberia, “continuou<br />
a operar com capacidade total para<br />
garantir a mobilidade de um setor<br />
estratégico como o dos transportes”,<br />
FUCHS_Anuncio_Generico_235x140.pdf 1 20/03/20 12:56<br />
PUB<br />
O MAIOR GRUPO MUNDIAL INDEPENDENTE DE LUBRIFICANTES<br />
UM SERVIÇO DE PROXIMIDADE PARA RESPONDER<br />
ÀS SUAS NECESSIDADES DE LUBRIFICAÇÃO AUTOMÓVEL.<br />
€<br />
• Rede de distribuição dedicada, motivada para o serviço ao cliente<br />
e com grande profissionalismo.<br />
• Aconselhamento permanente e apoio técnico de elevada qualidade.<br />
• Gama completa de lubrificantes, com mais de 4.000 combinações<br />
produto–embalagem.<br />
• Garantia de um parceiro preferencial da indústria automóvel alemã<br />
(primeiro enchimento).<br />
• Tecnologia exclusiva XTL®, para maior proteção e menor consumo.<br />
• Fuchs - A marca dos profissionais<br />
FUCHS LUBRIFICANTES, Unip. Lda.<br />
Zona Industrial Maia 1, Sector VII | Trav. Eng. Nobre da Costa | 4470-435 Moreira - Maia<br />
Tel. 229 479 360 | fuchs-pt@fuchs.com | www.fuchs.com/pt
COVID-19<br />
“DE FORMA PRÁTICA E VISÍVEL, NO MERCADO, POUCO MUDOU (...) A QUALIDADE DO<br />
SERVIÇO MANTÉM-SE, O NÍVEL DE STOCK MÁXIMO EM PORTUGAL E NOS CENTROS<br />
LOGÍSTICOS MUNDIAIS TAMBÉM E OS NOSSOS COLABORADORES CONTINUAM A<br />
TRABALHAR PARA OS CLIENTES”, JOAQUIM CANDEIAS, BILSTEIN GROUP<br />
adianta o diretor-geral, Martin Ratón.<br />
“O fornecimento de peças de reposição<br />
<strong>das</strong> marcas DT Spare Parts e<br />
SIEGEL Automotive para semirreboques,<br />
autocarros e comerciais nunca<br />
parou, apesar do alerta de saúde e<br />
do Estado de Emergência decretado<br />
pelos Governos de Espanha e Portugal”,<br />
acrescenta. “Um protocolo<br />
de segurança completo foi ativado<br />
nas nossas instalações em Madrid,<br />
seguindo as recomendações <strong>das</strong> autoridades<br />
oficiais. Todo o pessoal do<br />
escritório opera em teletrabalho a<br />
partir <strong>das</strong> suas casas, desde o início<br />
de março. Em relação ao pessoal do<br />
armazém, as medi<strong>das</strong> de higiene foram<br />
reforça<strong>das</strong> para proteger tanto a<br />
sua saúde quanto a dos clientes, tendo<br />
sido dividi<strong>das</strong> as equipas para evitar<br />
serem paralisa<strong>das</strong> por uma quarentena<br />
em potencial. Na mesma linha, o<br />
acesso a todo o pessoal que não é da<br />
empresa também foi restrito e apenas<br />
um pequeno número de agências de<br />
transporte recolhe e entrega as mercadorias<br />
para minimizar os riscos”,<br />
explica Martin Ratón. Outra medida<br />
implementada para acelerar a chegada<br />
de peças de reposição às oficinas<br />
e minimizar os riscos de contágio,<br />
foi o envio massivo diretamente aos<br />
clientes finais da Diesel Technic Iberia<br />
seguindo as instruções dos seus<br />
distribuidores autorizados”, revela. O<br />
responsável também considera cedo<br />
fazer previsões de per<strong>das</strong>. Mas tem<br />
um valor em mente. “Já podemos antecipar<br />
que a entrada de pedidos, na<br />
última quinzena de março, foi 30%<br />
menor do que o esperado”, conta<br />
Martin Ratón, que mantém o otimismo,<br />
apesar dos tempos complicados.<br />
“Embora a atividade tenha diminuído<br />
substancialmente, o setor industrial<br />
continuou a exigir peças de reposição<br />
e a Diesel Technic Iberia continuou a<br />
fornecê-las sem parar”, diz.<br />
Funcionar a 100%<br />
Priorizar e jogar em antecipação. Perante<br />
a pandemia, a Magneti Marelli<br />
deu “prioridade” a clientes e colaboradores.<br />
“Antes de ter sido declarado<br />
o Estado de Emergência, já estávamos<br />
preparados para garantir 100% a atividade<br />
da empresa sem comprometer<br />
a saúde de ninguém”, afirma Inés España,<br />
diretora de marketing no país<br />
vizinho. Em termos de produção, a<br />
responsável reconhece que as fábricas<br />
sofreram uma “paragem significativa<br />
em todo o mundo”, mas acredita que<br />
“retomarão a atividade, dependendo<br />
dos regulamentos e <strong>das</strong> situações de<br />
cada um dos países face à pandemia”.<br />
Quando à atividade da divisão de peças<br />
e serviços da Magneti Marelli, Inés<br />
España explica que toda a equipa tem<br />
continuado a funcionar “remotamente,<br />
através de teletrabalho. A responsável<br />
revela que são muitos os fatores<br />
a “influenciar” a eventual retoma do<br />
10 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A APARÊNCIA MUDA COM O TEMPO,<br />
A ESSÊNCIA PERMANECE<br />
A JAPOPEÇAS TEM UMA NOVA IMAGEM.
COVID-19<br />
“ATUALMENTE, 80% DOS NOSSOS CLIENTES TEM UM SERVIÇO MÍNIMO PARA<br />
ATENDER EMERGÊNCIAS E 20% ENCERROU AS INSTALAÇÕES COMPLETAMENTE<br />
(...) É DIFÍCIL PREVER O REGRESSO À NORMALIDADE, POIS DEPENDEMOS, EM<br />
GRANDE MEDIDA, DOS ALERTAS DO GOVERNO”, INÉS ESPAÑA, MAGNETI MARELLI<br />
setor. “Atualmente, 80% dos clientes<br />
têm um serviço mínimo para atender<br />
emergências e 20% encerram as instalações<br />
completamente”, reconhece. “É<br />
difícil prever o retorno à normalidade,<br />
pois dependemos, em grande medida,<br />
dos alertas do Governo espanhol e dos<br />
procedimentos <strong>das</strong> empresas em relação<br />
a estes, a fim de garantir o bem-estar<br />
de colaboradores e clientes”, acrescenta<br />
Inés España.<br />
Do lado da Open Parts, Claudia Ariu,<br />
do departamento de marketing e comunicação<br />
da marca italiana pertença<br />
da Exo Automotive, afina pelo mesmo<br />
diapasão. “A empresa está 100%<br />
operacional. Assim que o bloqueio<br />
entrou em vigor em Itália, adotámos<br />
imediatamente to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> necessárias<br />
para a contenção do vírus”,<br />
afirma. “Primeiro, reorganizando as<br />
atividades da nossa equipa e disponibilizando<br />
trabalho remoto para os departamentos,<br />
permitindo essa modalidade<br />
de trabalho. Ao mesmo tempo, o<br />
local de trabalho foi higienizado, a fim<br />
de manter um ambiente seguro para<br />
os colaboradores que ainda operam<br />
nas nossas instalações. Finalmente,<br />
é altamente recomendável respeitar<br />
o distanciamento social dentro dos<br />
escritórios”, explica Claudia Ariu ao<br />
nosso jornal, admitindo que a “súbita<br />
redução na circulação causou uma<br />
queda acentuada no consumo, com<br />
consequentes efeitos negativos para<br />
to<strong>das</strong> as empresas do setor”. Neste momento,<br />
com os mercados em suspenso,<br />
“é difícil quantificar os danos causados<br />
pela pandemia. As primeiras previsões<br />
poderão ser observa<strong>das</strong> quando as<br />
condições de reabertura forem estabeleci<strong>das</strong><br />
na segunda fase do combate<br />
ao novo coronavírus”, adianta. “Para<br />
os próximos meses, esperamos uma<br />
recuperação lenta, mas estamos confiantes;<br />
as atividades planea<strong>das</strong>, para<br />
este ano, foram adia<strong>das</strong>. Além disso,<br />
fruto da queda acentuada da venda<br />
de veículos, esperamos uma tendência<br />
positiva para o mercado de reposição,<br />
porque creditamos que os consumidores<br />
podem estar mais interessados na<br />
manutenção da viatura”, preconiza a<br />
responsável da Open Parts.<br />
Também para a OSRAM, a prioridade<br />
é “proteger e salvaguardar a saúde<br />
dos colaboradores, respeitando to<strong>das</strong><br />
as recomendações dos países e garantindo<br />
to<strong>das</strong> as infraestruturas para<br />
possibilitar o teletrabalho, quando<br />
possível”, adianta Mónica Violante.<br />
“A OSRAM está a realizar esforços<br />
extraordinários de comunicação para<br />
motivar os colaboradores e manter as<br />
equipas uni<strong>das</strong>, através de informações<br />
regulares a todos e da partilha de<br />
boas práticas para facilitar o trabalho<br />
quotidiano e garantir que todos ficam<br />
bem. Por outro lado, ao nível do negócio,<br />
a OSRAM tem vindo a adaptar-se<br />
com alguma rapidez às exigências de<br />
mercado que esta nova realidade está<br />
a apresentar. E, neste momento, estamos<br />
munidos <strong>das</strong> ferramentas que<br />
julgamos necessárias para enfrentar<br />
esta pandemia com a tranquilidade<br />
possível, para que os efeitos no aftermarket<br />
não se façam sentir”, explica.<br />
“Tentámos minimizar as alterações<br />
na produção, mas cumprindo sempre<br />
as indicações dos países quer nas fábricas,<br />
quer nos escritórios”, dá conta<br />
Mónica Violante. A responsável do<br />
fabricante especialista em iluminação<br />
encara o futuro com confiança e prudência.<br />
“A retoma vai variar muito de<br />
país para país, mas a nossa expectativa,<br />
para Portugal, é que o aftermarket<br />
automóvel possa retomar, aos poucos,<br />
12 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
às suas atividades pré-pandemia uma<br />
vez levantado o Estado de Emergência.<br />
Estamos atentos ao mercado e às<br />
suas mudanças, mas também às novas<br />
oportunidades que possam surgir,<br />
para oferecer as melhores soluções de<br />
forma eficaz. Estamos otimistas em<br />
relação ao futuro e acreditamos que<br />
vamos sair mais fortes desta crise”.<br />
Distribuidores entram em ação<br />
E os distribuidores? Como estão estas<br />
empresas a encarar a pandemia? Jorge<br />
Varan<strong>das</strong>, responsável de marketing<br />
da Autozitânia, fala em “serenidade”,<br />
mas “consciente” de to<strong>das</strong> as suas<br />
implicações. E garante que a empresa<br />
está a “fazer tudo o que é possível<br />
para minimizar os efeitos da pandemia.<br />
“Continuamos, como sempre, ao<br />
lado dos nossos parceiros, neste que<br />
é um momento de incerteza relativamente<br />
ao futuro”, acrescenta. “Foram<br />
implementa<strong>das</strong> rigorosas medi<strong>das</strong> de<br />
higiene e de segurança e reajustados<br />
horários laborais e de entregas. Temos,<br />
também, vários colaboradores a laborar<br />
em regime de teletrabalho. A nossa<br />
prioridade é a segurança de todos e<br />
tudo faremos para que o risco seja reduzido<br />
ao máximo”, diz. Na sua perspetiva,<br />
é “prematuro” fazer um cálculo<br />
sobre os danos da Covid-19. “Estamos<br />
perante uma situação imprevisível,<br />
complexa e com uma dinâmica muito<br />
própria. Obviamente que esta pandemia<br />
acarreta inevitáveis prejuízos, mas<br />
estamos, como sempre, presentes para<br />
enfrentar mais uma situação difícil.<br />
Tal como noutras situações difíceis no<br />
passado, a Autozitânia encara o futuro<br />
com esperança e otimismo”, sublinha.<br />
Tiago Domingos, responsável de<br />
marketing e departamento de importação<br />
da Auto Delta, por sua vez,<br />
esclarece que a empresa está a encarar<br />
esta crise “da mesma forma com<br />
que enfrentou períodos complicados<br />
pelos quais já passou ao longo dos<br />
seus mais de 40 anos de história, com<br />
resiliência e espírito de sacrifício, sem<br />
esquecer a análise de to<strong>das</strong> as oportunidades<br />
de dinamização do negócio<br />
que, seguramente, irão surgir”, começa<br />
por explicar. A Auto Delta cumpriu,<br />
desde cedo, com todos os protocolos<br />
de segurança. “Em primeiro<br />
lugar, aquando do aparecimento dos<br />
primeiros casos em solo nacional, as<br />
equipas comercial, administrativa e<br />
call center foram coloca<strong>das</strong> em teletrabalho<br />
de forma a minimizar o risco<br />
de infeções dentro <strong>das</strong> nossas instalações.<br />
O estabelecimento da nossa<br />
atividade comercial como ‘serviço essencial’<br />
pelo decreto que regulamenta<br />
a aplicação do Estado de Emergência,<br />
foi importante para a manutenção de<br />
um dia a dia que tentamos que seja o<br />
mais normal”, diz. Não sendo possível<br />
contabilizar já os prejuízos causados<br />
por esta pandemia, “não podemos, de<br />
qualquer forma, negar que estamos<br />
perante uma quebra de negócio muito<br />
significativa e uma crise económica<br />
gravíssima”, admite. “Antecipar tão<br />
cedo a data de retoma do setor não<br />
nos parece responsável. Quanto mais<br />
afastados estamos de uma quebra da<br />
economia em ‘V’ e nos aproximamos<br />
de um possível cenário económico<br />
em ‘U’, a data da retoma do setor está<br />
cada vez mais longe. Depois, temos<br />
de contar com as quebras verifica<strong>das</strong><br />
em mercados importantes, como<br />
Itália e Espanha, cuja situação mais<br />
dramática do que a nossa nos causa<br />
grande comoção. Seguramente que,<br />
até final de 2020, não conseguiremos<br />
suplantar a quebra verificada durante<br />
este último mês, pelo que o caminho<br />
passará por muita resiliência e espírito<br />
de sacrifício”, reconhece Tiago<br />
Domingos.<br />
Já a AS Parts, pela voz de Miléna Santos,<br />
gestora de marketing da empresa,<br />
foca-se na importância da atividade.<br />
PUB<br />
VIEIRA & FREITAS<br />
PROTEJA-SE A SI E<br />
AOS OUTROS<br />
O FUTURO É<br />
SEMPRE<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 13
COVID-19<br />
“É UM DESAFIO ENORME PARA TODOS. AS RELAÇÕES SÃO MAIS DIFÍCEIS DE<br />
DESENVOLVER À DISTÂNCIA (...) DENTRO DE PORTAS, OS CUIDADOS SÃO MAIORES<br />
ENTRE OS COLABORADORES, PARA QUE TODOS POSSAM TRABALHAR COM A<br />
MÁXIMA SEGURANÇA, PROTEGENDO A SAÚDE”, PAULO AGOSTINHO, ALECARPEÇAS<br />
“O setor automóvel é fundamental<br />
para a economia portuguesa. É importante<br />
garantir que todos os serviços de<br />
emergência e segurança são abastecidos<br />
com a maior rapidez e profissionalismo<br />
possíveis. A AS Parts acredita<br />
estar a lidar com o maior profissionalismo<br />
e rigor que a realidade decorrente<br />
exige”, afirma. “A AS Parts dispõe de<br />
planos de contingência muito rigorosos<br />
baseados nas recomendações da<br />
Organização Mundial de Saúde, nas<br />
orientações <strong>das</strong> autoridades sanitárias,<br />
<strong>das</strong> autarquias e do poder central. Foi<br />
implementado um conjunto de medi<strong>das</strong><br />
de prevenção inéditas, em conformidade<br />
com as diversas realidades<br />
internas. To<strong>das</strong> estas medi<strong>das</strong> compatibilizam<br />
a segurança dos nossos<br />
colaboradores e clientes, assim como a<br />
manutenção da nossa atividade e dos<br />
processos do negócio”, revela. Sobre<br />
o cenário da empresa e do mercado,<br />
Miléna Santos é taxativa. “A partir do<br />
momento em que foi decretado o Estado<br />
de Emergência pelo Governo, as<br />
ven<strong>das</strong> começaram a diminuir rapidamente”,<br />
conta. “Prevê-se a retorna do<br />
setor quando for possível às pessoas<br />
saírem de casa para ir trabalhar e os<br />
veículos começarem novamente a andar<br />
nas estra<strong>das</strong>”, preconiza.<br />
Paulo Agostinho, da AleCarPeças,<br />
considera que a empresa está a lidar<br />
com a pandemia da forma correta.<br />
“Com a energia necessária para garantir<br />
que, quando passar, estejamos<br />
devidamente preparados para a retoma.<br />
Tomámos to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> indica<strong>das</strong><br />
pelas entidades responsáveis<br />
por forma a proteger todos os colaboradores<br />
e clientes que se deslocam às<br />
nossas instalações. Além disso, temos<br />
a grande maioria da equipa em teletrabalho,<br />
mantendo a operacionalidade<br />
de todos os departamentos da<br />
empresa”, sublinha, reconhecendo os<br />
problemas impostos pelo vírus. “É um<br />
desafio enorme para todos. As relações<br />
são mais difíceis de desenvolver à<br />
distância”, admite. “Dentro de portas,<br />
os cuidados são maiores entre os colaboradores,<br />
para que todos possam<br />
trabalhar com a máxima segurança,<br />
protegendo a saúde de todos. Veio<br />
para ficar. De resto, trabalhamos na<br />
normalidade possível”, garante. Para<br />
Paulo Agostinho, da AleCarPeças, a<br />
“duração da pandemia” será determinante<br />
para apurar a extensão dos prejuízos.<br />
“Tudo indica que será sempre<br />
uma retoma progressiva que, seguramente,<br />
terá efeito durante todo o ano<br />
de 2020. Julgo que só em 2021 voltaremos<br />
a alguma normalidade”, avisa.<br />
Também Isabel Monteiro, da Carsistema,<br />
garante que a empresa está a<br />
enfrentar a pandemia com a “máxima<br />
tranquilidade”. Assume que há,<br />
“obviamente”, um “desacelerar da<br />
atividade”, mas graças à gestão rigorosa<br />
diária e permanente, a Carsiste-<br />
14 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.liqui-moly.pt<br />
Uma marca de óleos para to<strong>das</strong><br />
as marcas de automóveis<br />
A LIQUI MOLY tem óleos com aprovações de todos<br />
os fabricantes automóveis mundias.<br />
Guia de óleos
COVID-19<br />
ma acumulou, na sua história de 20<br />
anos, as forças necessárias e suficientes<br />
para, nesta altura, estar a cumprir<br />
religiosamente as suas obrigações perante<br />
fornecedores, Estado e demais<br />
entidades e parceiros, para, assim que<br />
possível, retomar a atividade normal”.<br />
O quotidiano da empresa? “Estamos<br />
em permanente contacto com os<br />
clientes e vamos ainda fornecendo o<br />
que nos vai sendo pedido de mercadorias.<br />
Além disso, damos apoio técnico,<br />
telefónico ou via net, para resolver<br />
questões que surgem. Aproveitamos,<br />
também, o tempo disponível para<br />
proceder à limpeza e organização do<br />
armazém e do arquivo. Enfim, tudo<br />
o que, em tempos normais, fica um<br />
pouco de lado”, sublinha Isabel Monteiro.<br />
No que se refere à logística,<br />
“nomeadamente aos armazéns, foram<br />
cria<strong>das</strong> duas equipas, que dividem o<br />
tempo entre si, de modo a satisfazer o<br />
volume, menor do que o normal nesta<br />
altura, de encomen<strong>das</strong> que os clientes<br />
ainda vão colocando. O setor técnico<br />
e comercial está, também ele, em teletrabalho,<br />
embora disponível para, em<br />
função <strong>das</strong> solicitações dos clientes,<br />
sejam distribuidores, sejam oficinas,<br />
ir respondendo às questões de apoio<br />
técnico e/ou comercial”, garante Isabel<br />
Monteiro.<br />
Na sua opinião, não é ainda tempo<br />
de fazer contas de subtrair. “Este é<br />
um processo que está a começar. É<br />
um forte arrefecimento da atividade<br />
económica, que traduz quebras acentua<strong>das</strong><br />
nas receitas, não acompanha<strong>das</strong><br />
com proporcionais quebras nos<br />
custos, muitos dos quais são fixos,<br />
ou seja, ocorrem independentemente<br />
<strong>das</strong> receitas, o que, naturalmente,<br />
resultará em prejuízos para algumas<br />
organizações. Haverá, também, consequências<br />
ao nível do emprego e, por<br />
essa via, em termos de rendimento<br />
<strong>das</strong> famílias, uma vez que são os consumidores<br />
que dão vida a toda a atividade<br />
económica. Como tal, também<br />
do nosso setor de atividade”, afirma.<br />
Mais: “Só quando a atividade retomar,<br />
poderemos contabilizar esses<br />
prejuízos, pois não sabemos quando<br />
terminará esta fase em que estamos.<br />
Mas, repito, a Carsistema está, nesta<br />
altura, muito tranquila, estável e sólida,<br />
pronta para o retomar da atividade<br />
assim que ele ocorra”, garante<br />
Isabel Monteiro.<br />
Manter a calma<br />
A Filourém também teve de adaptar-se<br />
devido à Covid-19. Mas Carlos<br />
Jorge Gonçalves, diretor-geral da empresa,<br />
garante que, desde o primeiro<br />
momento, tentaram “adotar uma<br />
postura de equilíbrio, no sentido de<br />
respeitar todo este flagelo e de colocar<br />
em prática medi<strong>das</strong> de prevenção<br />
e segurança, mas sem alarmismos<br />
excessivos e sem entrar em on<strong>das</strong> de<br />
contestação”, diz. “É um período historicamente<br />
difícil, em que mesmo<br />
não parando a nossa atividade profissional<br />
a 100%, adotámos várias restrições<br />
e condicionámos os contactos<br />
sociais. Responsabilidade, solidariedade,<br />
coragem e bom senso devem imperar<br />
neste momento”, defende Carlos<br />
Jorge Gonçalves, reconhecendo,<br />
porém, que os efeitos do novo coronavírus<br />
se fazem sentir na atividade da<br />
Filourém. “Essencialmente, reduziu o<br />
volume de transações, nomeadamente<br />
<strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. Existe menos trânsito,<br />
existe menos fluxo de viaturas, logo<br />
menos desgaste e menos necessidade<br />
de reparações. Vínhamos numa fase<br />
muito positiva, sempre em crescendo<br />
nas ven<strong>das</strong>. Tínhamos arrancado o<br />
ano de 2020 com um stock bem reforçado<br />
e, neste momento, há menos<br />
faturação. Temos de compreender a<br />
situação, respeitar clientes e colaboradores<br />
e arranjar estratégias de forma<br />
a manter a viabilidade e o bom funcionamento<br />
da empresa”, diz. “Neste<br />
momento, é extremamente cedo para<br />
se poderem contabilizar prejuízos.<br />
Após um início de 2020 com ótimos<br />
resultados, nomeadamente em janeiro<br />
e fevereiro, em que ainda pouco se<br />
falava da pandemia, no mês de março,<br />
onde já eram evidentes as alterações<br />
na sociedade, ainda deu para se faturar<br />
razoavelmente. Sem dúvida que o<br />
mês de abril verá refletida esta paragem<br />
global, com cortes na ordem dos<br />
40 a 50%”, revela. “O ano de 2020,<br />
em termos de valores globais, provavelmente<br />
estará prejudicado. Mas<br />
era ótimo se, em agosto ou setembro,<br />
estivéssemos de volta aos resultados<br />
de faturação normais”, conclui Carlos<br />
Jorge Gonçalves, da Filourém.<br />
A MCoutinho Peças também não perdeu<br />
tempo. “Desde sempre, acompanhámos<br />
a evolução da pandemia no<br />
mundo, em geral, e no nosso país, em<br />
particular. Dia 9 de março, apenas<br />
uma semana após os primeiros casos<br />
registados de Covid-19 em Portugal,<br />
tomámos a decisão de colocar todos<br />
os colegas elegíveis em teletrabalho.<br />
No dia seguinte, 10 de março, estava<br />
toda a equipa de gestão de clientes,<br />
gestão de marcas, gestão de produto,<br />
devoluções, desenvolvimento, áreas<br />
administrativas e, inclusive, todo<br />
o call center com 30 colaboradores<br />
(apenas três tiveram de aguardar<br />
a resolução no sistema de uma <strong>das</strong><br />
marcas que ficou resolvido também<br />
em 24h) em regime de teletrabalho”,<br />
conta Miguel Melo, administrador<br />
da empresa. “Teremos sido, muito<br />
provavelmente, a primeira empresa<br />
do setor a implementar tão cedo<br />
e num espaço de tempo tão curto o<br />
teletrabalho, envolvendo toda a complexidade<br />
do call center e <strong>das</strong> ferramentas<br />
de cada uma <strong>das</strong> mais de 50<br />
marcas que trabalhamos, entre OEM<br />
e IAM. No total, mais de 70 colaboradores<br />
colocados em teletrabalho em<br />
24 horas”, afirma. “Foi um trabalho<br />
impressionante de toda a equipa da<br />
MCoutinho Peças e dos Sistemas de<br />
Informação do Grupo MCoutinho.<br />
Os clientes nem se apercebiam que<br />
cada atendedor de call center estava<br />
a trabalhar a partir de casa e era<br />
exatamente isso que pretendíamos.<br />
Minimizar a probabilidade de conta-<br />
16 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
minação dos colegas e zero impacto<br />
no cliente. Simultaneamente, distribuímos<br />
equipamento de proteção<br />
individual para todos os colegas dos<br />
armazéns, incluindo máscaras, luvas,<br />
óculos e desinfetante. Queríamos garantir,<br />
acima de tudo, a proteção dos<br />
nossos colegas”, conta Miguel Melo.<br />
“Paralelamente, em cada armazém<br />
(Porto e Lisboa) criámos dois turnos<br />
independentes e intercalados com<br />
desinfeção do espaço e equipamento.<br />
Isto para garantir a segurança dos colegas,<br />
por um lado, e para minimizar<br />
o impacto no serviço aos clientes em<br />
caso de uma eventual contaminação<br />
de algum colega, havendo redundância<br />
nas operações”, reforça. “Obviamente,<br />
a faturação caiu. Mas, em<br />
termos de modelo de negócio, nada<br />
mudou. Deixámos de ter a presença<br />
física dos colegas e, essa, é a enorme<br />
diferença”, afirma. “Naturalmente, o<br />
contacto com os clientes deixou de ser<br />
temos feito em conjunto, em unidade.<br />
A economia e as finanças do país,<br />
<strong>das</strong> empresas e <strong>das</strong> pessoas é fundamental.<br />
Mas acredito que vamos<br />
ultrapassar esse desafio. Neste momento,<br />
devemos focar-nos na saúde<br />
de todos e na nossa proteção.<br />
O isolamento físico é, neste momento,<br />
a única forma de controlo. Temos<br />
feito as coisas bem. Fiquemos em<br />
casa, protejamo-nos. Vai ficar tudo<br />
bem”, sublinha.<br />
José Vaz, administrador da Romafe,<br />
por sua vez, explica que, em “primeiro<br />
lugar”, a empresa focou-se naquilo que<br />
são as “questões de saúde pública e da<br />
nossa equipa”. Nesse sentido, “elaborámos<br />
e colocámos em prática o plano de<br />
contenção que considerámos adequado.<br />
De seguida, preocupámo-nos em<br />
tentar manter o nível de serviço que os<br />
clientes esperam de nós”, defende. “Seguindo<br />
a orientações da Direção-Geral<br />
de Saúde, entendemos que deveríamos<br />
casa e, portanto, as viaturas não circulam.<br />
Logo, existe uma diminuição<br />
nas reparações e muitos dos que precisam<br />
de fazer algum tipo de reparação,<br />
estão a aguardar por dias melhores,<br />
tanto em questões de saúde, como<br />
em questões monetárias”, explica.<br />
Perante este cenário, “a maneira de<br />
receber o cliente tornou-se um ‘pouco<br />
distante’. Esperemos que por pouco<br />
tempo. As entregas um pouco mais<br />
limita<strong>das</strong>, a via presencial e o contacto<br />
telefónico para orçamentos, continuam<br />
a ser efetua<strong>das</strong> normalmente”,<br />
conta Joana Angelino. E acrescenta:<br />
“O material que vem de Espanhas demora<br />
mais do que o normal, com em-<br />
muito serviço. Houve muitas pessoas<br />
que optaram por deixar o veículo nas<br />
oficinas esse tempo”, diz. O objetivo,<br />
acrescenta, é “evitar essa bola de neve”.<br />
A Vieira & Freitas “começou por fechar<br />
três dias, para conseguir adaptar<br />
e minimizar o risco de contágio entre<br />
a equipa. Reabrimos a 23 de março,<br />
com metade da equipa operacional,<br />
tendo a outra metade estado em confinamento<br />
em casa. Procuramos, assim,<br />
ter sempre uma equipa de reserva<br />
para se tivermos a infelicidade de<br />
ter algum caso de Covid-19 na empresa”,<br />
adianta Paulo Torres, administrador<br />
da Vieira & Freitas. “A atividade<br />
teve, forçosamente, de abrandar o habitual<br />
ritmo. Estamos a cumprir com<br />
a nossa missão, de servir os parceiros,<br />
sendo a nossa principal preocupação<br />
manter a sustentabilidade de todos os<br />
parceiros”, afirma. Paulo Torres não<br />
consegue prever o futuro próximo do<br />
setor, mas acredita que este será um<br />
“(...) VAMOS toDOS RESISTIR A ESTA ameaça E (...) SAIR AINDA MAIS FORTES<br />
(...) CONSIDERO-ME GENUINAMENTE ‘POSITIVO’. acREDITO QUE atÉ ao INÍCIO<br />
DE MAIO O NEGÓCIO SERÁ FRACO, MAS, DEPOIS, as COISAS VoltaRÃO,<br />
GRADUALMENTE, A UMA NOVA NORMALIDADE”, MIGUEL MELO, MCOUTINHO PEÇAS<br />
presencial, sendo realizado, também,<br />
recorrendo a esta ferramenta, além<br />
do telefone, mas ainda a outras ferramentas<br />
que temos implementa<strong>das</strong> há<br />
anos, como WhatsApp e Messenger,<br />
onde temos sido sempre inovadores<br />
e pioneiros”, acrescenta Miguel Melo,<br />
crente de que o “impacto vai ser significativo,<br />
mas não será dramático”.<br />
E deixa a mensagem. “Não temos<br />
dúvi<strong>das</strong> de que vamos todos resistir<br />
a esta ameaça e que a MCoutinho<br />
Peças e o Grupo MCoutinho vão sair<br />
ainda mais fortes. Sabemos que o<br />
termo ‘otimista irritante’ é associado<br />
ao nosso primeiro-ministro. Considero-me<br />
genuinamente ‘positivo’. Acredito<br />
que abril vai ser um mês muito<br />
fraco, início de maio também, mas,<br />
depois, as coisas voltarão, gradualmente,<br />
à normalidade. Uma nova<br />
normalidade. Pessoalmente, sinto<br />
que as medi<strong>das</strong> estão a ser as adequa<strong>das</strong><br />
e – como português – estou<br />
muito orgulhoso da consciência coletiva<br />
dos portugueses e do que todos<br />
fechar o atendimento ao público. Continuamos<br />
a processar as encomen<strong>das</strong><br />
online e mantemos operacional o nosso<br />
call center”, conta o administrador<br />
da Romafe. “Os prejuízos são, sem<br />
dúvida, inevitáveis, mas é prematuro<br />
avançar com a quantificação dos mesmos”,<br />
admite José Vaz. “Esperamos<br />
que o terceiro trimestre seja a alavanca<br />
da retoma da economia, em geral, e do<br />
setor automóvel, em particular”, diz.<br />
Apesar do pessimismo que se instalou<br />
no mercado, a Romafe “vai manter<br />
todos os grandes investimentos projetados<br />
para 2020, pelo que muitas<br />
novidades surgirão em breve. Estejam<br />
atentos”, alerta.<br />
Joana Angelino, gerente da Rugempeças,<br />
tal “como todos os outros”, reconhece<br />
que ainda está a “tentar perceber<br />
como o mercado se apresenta<br />
neste momento, pois muitas pessoas<br />
recorrerão ao mercado online, algumas<br />
oficinas fecharam e outras estão<br />
a trabalhar por marcação à porta fechada.<br />
Muitos clientes não saem de<br />
presas a fazer envios com portes, pois<br />
não permitem a sua recolha. Estamos<br />
todos com receio que esta pandemia<br />
venha a ser mais grave do que já é, se<br />
desleixarmos os reforços preventivos<br />
que estão a ser feitos por todos”, defende<br />
a responsável da Rugempeças,<br />
que explica não ter grandes problemas<br />
de stock, uma vez que encontra<br />
sempre “possibilidades nos nossos<br />
fornecedores”.<br />
Prejuízos? Ainda é prematuro. “Mas<br />
serão alguns. Se não tivermos apoios<br />
de estado e a ajuda de todos nas empresas<br />
(colaboradores, clientes), não<br />
conseguiremos remar todos para o<br />
mesmo lado. Ou será difícil seja para<br />
quem for, a longo prazo, cobrir os custos<br />
causados, pois a quarentena retirou<br />
“ano para sobreviver”, colocando as<br />
expectativas “em 2021, para seja um<br />
ano como estamos habituados. Neste<br />
caso, a pressa pode ser inimiga fatal<br />
da perfeição”, avisa.<br />
Retalhistas com precaução<br />
De todos os players do mercado<br />
contactados para a elaboração deste<br />
artigo, os retalhistas foram aqueles<br />
que menos responderam às questões<br />
do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. A Sabugalauto<br />
foi a exceção. Segundo Luís Silva,<br />
responsável da empresa, a pandemia<br />
está a ser combatida com “medi<strong>das</strong> rigorosas<br />
para proteção, tanto de colaboradores<br />
como de clientes. Temos de<br />
tomar uma atitude responsável para<br />
vencer a Covid-19”, adianta. “O atendimento<br />
passou a ser mais demorado.<br />
Temos de proteger-nos e, isso, leva<br />
a que se demore mais tempo a abrir<br />
encomen<strong>das</strong>, a receber encomen<strong>das</strong><br />
e a enviar encomen<strong>das</strong>. Mais tempo<br />
entre um atendimento e outro, de forma<br />
a tomar as precauções necessárias.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 17
COVID-19<br />
“OS PREJUÍZOS SÃO INEVITÁVEIS, MAS É PREMATURO AVANÇAR COM A SUA<br />
QUantificaÇÃO (...) ESPERAMOS QUE O TERCEIRO TRIMESTRE SEJA A ALAVanca<br />
da RETOMA DA ECONOMIA, EM GERAL, E DO SETOR AUTOMÓVEL, EM PARTICULAR<br />
(...) VAMOS MANTER TODOS OS GRANDES INVESTIMENTOS”, JOSÉ VAZ, ROMAFE<br />
De resto, mantemos a nossa atividade,<br />
dentro da normalidade possível.<br />
Também deixámos de abrir aos sábados”,<br />
conta. No caso da Sabugalauto,<br />
produto não faltou. “Temos um bom<br />
stock e andamos a receber, regularmente,<br />
a generalidade <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong>,<br />
apesar de, por vezes, termos ligeiros<br />
atrasos a receber algumas. Os<br />
clientes podem ter de esperar mais<br />
um pouco, mas ninguém tem ficado<br />
sem material”, acrescenta Luís Silva.<br />
O responsável da Sabugalauto já começou<br />
a fazer contas aos prejuízos<br />
causados pelo novo coronavírus. “Sim,<br />
claro. Estamos com quebras de ven<strong>das</strong><br />
na ordem dos 50% e já temos alguns<br />
clientes com dificuldades para cumprir<br />
com os seus pagamentos. Todos os<br />
nossos projetos de investimento tiveram<br />
de ser congelados e passámos de<br />
um ano com perspetivas de crescimento<br />
para um ano de quebra”, lamenta<br />
Luís Silva, que não vê solução a curto<br />
ou médio prazo. “A retoma vai ser demorada,<br />
mais do que muitos pensam.<br />
Na minha perspetiva, a grande maioria<br />
<strong>das</strong> empresas vai optar pelo pagamento<br />
faseado do IVA, Segurança Social<br />
e IRC. Isto vai comprometer toda<br />
a conjuntura económica até dezembro,<br />
pois apenas irão ter os pagamentos regularizados<br />
nessa altura. Ou seja, em<br />
2020 já não iremos ver retoma”, prevê.<br />
“Quanto a 2021, não iremos ver<br />
retoma, apesar de o negócio ‘começar<br />
a mexer’. A grande maioria <strong>das</strong> empresas<br />
irá começar a pagar, neste ano,<br />
os financiamentos que fizeram para<br />
enfrentar a Covid-19, que podem ter<br />
seis ou 12 meses de carência. Ou seja,<br />
teremos uma despesa extra nas empresas,<br />
o que levará a que se retraia<br />
novamente a economia, diz. “Mas nem<br />
tudo é mau. Ao terem menos liquidez,<br />
as empresas e particulares irão, maioritariamente,<br />
optar por reparar as viaturas<br />
que têm. Será necessária uma<br />
boa cobrança <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. As oficinas<br />
têm acesso a apoios específicos por via<br />
da Covid-19. Nós não os deveremos<br />
financiar gratuitamente, nesta fase, e<br />
assim comprometer a nossa liquidez<br />
para operações diárias”, explica.<br />
<strong>Oficinas</strong> de portas abertas<br />
As oficinas são o elo da cadeia de<br />
distribuição que convive com o grande<br />
público. Na sua maioria, durante<br />
a pandemia, continuam de portas<br />
abertas, cumprindo a sua função de<br />
“bem essencial”. No caso da oficina<br />
Auto Vasco da Gama, Rogério Martins<br />
confirma que foram adota<strong>das</strong> as<br />
“medi<strong>das</strong> de contingência e prevenção,<br />
colocando a saúde de colaboradores,<br />
clientes e fornecedores em primeiro<br />
lugar, mantendo-nos atualizados e informando<br />
todos sobre as regras a serem<br />
cumpri<strong>das</strong> durante este processo<br />
de forma a garantir a saúde de todos”,<br />
avança. “Durante a pandemia, houve<br />
uma diminuição significativa do volume<br />
de negócios. O número de clientes<br />
privados diminuiu. Estamos a trabalhar,<br />
maioritariamente, com empresas<br />
(viaturas de frotas). Este facto deve-se<br />
ao confinamento, uma vez que há menos<br />
veículos na estrada, e à incerteza<br />
económica que se vive, onde as pessoas<br />
tendem a cortar nas despesas, sendo os<br />
gastos com a viatura adiados ou reduzidos<br />
ao essencial”.<br />
A Auto Vasco da Gama não deixou<br />
de laborar durante todo este período<br />
de quarentena. “Estamos a garantir a<br />
operacionalidade dos nossos serviços,<br />
dentro dos horários habituais. Sempre<br />
em conformidade com os padrões de<br />
segurança e proteção exigidos”. Rogé-<br />
18 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TECNOLOGIA DE PONTA DUALOCK<br />
REDUZ EM 50%* O DESGASTE<br />
DO MOTOR<br />
As moléculas DUALOCK aderem aos principais<br />
componentes do motor e juntam-se para formar<br />
uma camada de proteção resistente que reduz<br />
o desgaste provocado pela condução de paraarranca<br />
e pelo aquecimento até 50%*.<br />
castrol.pt/magnatec<br />
* Testado em comparação com o limite de desgaste API SN do teste Sequência IVA e com o limite de desgaste ACEA do teste OM646LA
COVID-19<br />
rio Martins não sabe ainda o prejuízo<br />
final provocado pelo novo coronavírus,<br />
mas adianta que a oficina está a sentir<br />
um “forte impacto na faturação, sendo<br />
o mesmo superior a 70%”, revela.<br />
Já como refere fonte da Carpneu,<br />
“desde o primeiro momento, tomámos<br />
medi<strong>das</strong> preventivas, seguindo<br />
as indicações da DGS, consciencializando<br />
os nossos colaboradores sobre<br />
a importância de lavar as mãos com<br />
frequência, evitar o contacto físico.<br />
E ainda colocando alguns funcionários<br />
em teletrabalho e estabelecendo<br />
maior rigor com as equipas que trabalham<br />
diariamente no atendimento”. A<br />
oficina não vira a cara à batalha contra<br />
o vírus. “A Carpneu está comprometida<br />
em contribuir na luta contra a<br />
Covid-19 e queremos participar ativamente<br />
na solução. Trabalhamos para<br />
garantir os serviços a diversas forças<br />
de saúde, de segurança e transportadoras,<br />
bem como a todos os outros<br />
clientes para que nada falte ou falte<br />
num momento tão delicado como<br />
este”. A Carpneu manteve-se sempre<br />
aberta ao público, “mas com uma<br />
redução no horário de funcionamento”,<br />
diz. “Desde o dia 20 de abril que<br />
amentámos o horário de funcionamento,<br />
de forma a dar resposta a alguns<br />
constrangimentos que o horário<br />
mais reduzido causou aos clientes”,<br />
sublinha a mesma forte, reconhecendo<br />
que a oficina, em março, já sentiu<br />
“uma quebra face aos meses anteriores<br />
de 2020, especialmente na última<br />
quinzena do mês”. Em abril, “estimamos<br />
que a quebra seja superior a 50%<br />
face a 2019. A quebra na parte no<br />
cliente final tem sido acima de 80%,<br />
mas na empresarial não é tão elevada,<br />
porque muitos deles continuam a trabalhar,<br />
no esforço de não fazer o país<br />
parar”, afirma.<br />
Bruno Salgado, gerente da Movetec,<br />
fala mesmo em “coragem e resiliência”<br />
para descrever a posição da oficina<br />
perante a Covid-19. “Com o decréscimo<br />
acentuado de trabalho, tentamos<br />
manter a motivação certa que nos<br />
leve à continuidade do negócio. Acima<br />
de tudo, sentimos que estamos a<br />
cumprir o nosso dever num momento<br />
tão complicado como o que estamos<br />
a viver”, assegura. “Tudo mudou. A<br />
nossa prioridade é garantir a segurança<br />
de colaboradores, fornecedores<br />
e clientes. Para isso, implementámos<br />
um plano de contingência adaptado<br />
ao nosso setor. Internamente, discutimos,<br />
de forma clara e aberta, to<strong>das</strong><br />
as questões e dúvi<strong>das</strong> relativas a esta<br />
pandemia, de forma a que todos se<br />
sintam seguros e envolvidos nas suas<br />
atividades. Reformulámos a nossa estratégia<br />
e, diariamente, construímos<br />
um ‘novo amanhã´”, conta o responsável<br />
da Movetec, oficina que aderiu<br />
ao regime de lay-off simplificado:<br />
“parte da equipa trabalha 15 dias e a<br />
outra parte outros 15”, explica.<br />
Para a oficina, os prejuízos rondam<br />
os 85% relativos ao mês de feverei-<br />
“TEMOS UM BOM STOCK E RECEBEMOS, REGULARMENTE, A GENERALIDADE<br />
DAS ENCOMENDAS, APESAR DE, POR VEZES, EXISTIREM LIGEIROS ATRASOS NA<br />
CHEGADA DE ALGUMAS. OS CLIENTES PODEM TER DE ESPERAR MAIS UM POUCO,<br />
MAS NINGUÉM TEM FICADO SEM MATERIAL”, LUÍS SILVA, SABUGALAUTO<br />
20 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
o. E Bruno Salgado admite. “Neste<br />
momento, é impossível antever a<br />
retoma do setor. A economia global<br />
está dependente de uma série de medi<strong>das</strong><br />
que visam minimizar os impactos<br />
financeiros, não só em Portugal,<br />
como em outros países. Sabemos<br />
que essa retoma será lenta e trará<br />
consequências. Contudo, já vivemos<br />
outras crises, que, apesar de não serem<br />
comparáveis, deram-nos uma<br />
certa ‘bagagem’ para enfrentar o que<br />
aí vem. Tenho por hábito tentar ser<br />
otimista sem nunca perder a noção<br />
da realidade. Há famílias que dependem<br />
da Movetec para sobreviver. Isso<br />
é mais do que um motivo para continuar<br />
a lutar, como temos vindo a fazer<br />
até hoje. Felizmente, contamos com<br />
parceiros que têm sido fundamentais<br />
para a Movetec e esperamos continuar<br />
a contar com a ajuda de todos.<br />
Assim como estaremos aqui sempre<br />
para os que necessitarem”, afirma.<br />
Diogo Bordalo, responsável da Servidiesel,<br />
também fala em “responsabilidade<br />
social” para definir estes dias.<br />
“Entendemos a nossa prestação de<br />
serviço como essencial ao funcionamento<br />
da sociedade num Estado de<br />
Emergência e, por isso, nunca parámos<br />
a nossa atividade. Temos muitos<br />
clientes que garantem os transportes<br />
públicos, a distribuição de medicamentos<br />
e alimentos, o funcionamento<br />
de geradores dos hospitais e, claro,<br />
as viaturas dos nossos profissionais<br />
de saúde, que estão num desafio sem<br />
igual nos tempos modernos, no nosso<br />
país”. Diogo Bordalo acredita que<br />
a retoma, “pequena”, comece já “em<br />
maio e junho”. E explica o raciocínio.<br />
“O terceiro trimestre (trimestre de verão)<br />
pode ser o grande decisor desta<br />
retoma para o ano corrente, já que, se<br />
em termos epidemiológicos, não tivermos<br />
surpresas (uma nova vaga de<br />
crescimento exponencial de pessoas<br />
infeta<strong>das</strong>), poderemos ter um último<br />
trimestre mais próximo da normalidade,<br />
mas que será sempre inferior<br />
em termos de negócio, se comparada<br />
com o início deste ano”, afirma.<br />
Por fim, Ricardo Ferreira, gerente da<br />
RF Auto, reconhece a oficina encerrou<br />
entre 17 e 31 de março. “Achámos<br />
por bem salvaguardar a saúde de toda<br />
a equipa e perceber os contornos e<br />
consequências deste problema”, refere.<br />
“Retomámos o trabalho no passado<br />
dia 1 de abril. Como tínhamos<br />
um volume de viaturas em parque<br />
considerável a aguardar reparação,<br />
estamos a manter todos os postos em<br />
funcionamento, mas não com o ritmo<br />
que gostaríamos, o que se deve à<br />
instabilidade (empresas encerra<strong>das</strong>,<br />
inexistência de ven<strong>das</strong> de automóveis,<br />
grande diminuição da sinistralidade)<br />
e a um ou outro colaborador que pretendia<br />
estar em quarentena”, adianta.<br />
Ricardo Ferreira, por seu turno, está<br />
“preocupado, mas otimista”, uma vez<br />
que as empresas que, ao longo dos<br />
anos, desenvolveram relações sóli<strong>das</strong><br />
com os clientes e apostaram na qualidade,<br />
irão conseguir superar esta<br />
fase, com mais ao menos dificuldade,<br />
mas superar”, defende. “Ainda<br />
é muito cedo para contabilizarmos<br />
valores, mas antevejo quebras de 30<br />
a 40% da faturação”, frisa. E completa.<br />
“Acredito que esta área de negócio<br />
irá atravessar um período negro da<br />
sua história, pois enquanto não houver<br />
resolução para esta doença, nada<br />
apodemos fazer. Veremos a venda de<br />
viaturas. A ser muito reduzida, a vinda<br />
de turistas que movimentavam milhares<br />
de veículos poderá sofrer uma<br />
diminuição enorme. E até o número<br />
de sinistros pode ser muito reduzido,<br />
pois as pessoas passam mais tempo<br />
em casa”. Por tudo isto, conclui o<br />
responsável da RF Auto, “é tempo de<br />
criar alternativas!”. l<br />
PUB
ATUALidade<br />
HIGIENIZAÇÃO DE VIATURAS E INSTALAÇÕES<br />
TRABALHAR<br />
EM SEGURANÇA<br />
AS OFICINAS DEVEM ESTABELECER UM PLANO DE CONTINGÊNCIA NO ÂMBITO DA INFEÇÃO<br />
PROVOCADA PELO NOVO CORONAVÍRUS, QUE INCLUI OS PROCEDIMENTOS A ADOTAR NA RECEÇÃO<br />
E ENTREGA DAS VIATURAS AOS CLIENTES E NA LIMPEZA DAS INSTALAÇÕES por João Vieira<br />
Em primeiro lugar, a empresa deve estar preparada<br />
para a possibilidade de parte ou da<br />
totalidade dos seus colaboradores não ir<br />
trabalhar devido a doença, quarentena, suspensão<br />
dos transportes públicos ou encerramento<br />
de escolas, entre outras situações possíveis. Cada<br />
organização deve estabelecer um plano de limpeza<br />
e higienização <strong>das</strong> instalações, assim como os<br />
procedimentos de trabalho que os colaboradores<br />
devem seguir, nomeadamente a distância mínima<br />
de dois metros entre pessoas. Deverão ser escrupulosamente<br />
respeita<strong>das</strong> e fomenta<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> de<br />
distanciamento social, mesmo entre colegas.<br />
As oficinas que mantenham a sua atividade devem<br />
atender com prioridade os idosos e grupos de risco,<br />
assim como profissionais de saúde, elementos<br />
<strong>das</strong> forças e serviços de segurança, de proteção e<br />
socorro, pessoal <strong>das</strong> forças arma<strong>das</strong> e de prestação<br />
de serviço de apoio social. Deve ser privilegiado o<br />
atendimento e agendamento telefónico ou por via<br />
eletrónica, de modo a minimizar o contacto presencial<br />
com clientes. Cada colaborador deverá ter<br />
equipamento de proteção individual (EPI) adequado<br />
(luvas, máscara respiratória com filtragem<br />
FFP2 e vestuário de utilização exclusiva para laborar).<br />
A roupa de trabalho não deverá ser levada<br />
para casa e idealmente deverá ser lavada no final<br />
de cada dia.<br />
Entrega e recolha de viaturas<br />
A entrega e recolha de viaturas deverá ser efetuada<br />
no exterior <strong>das</strong> instalações, de modo a que o cliente<br />
não aceda aos espaços interiores da empresa. Procurar,<br />
sempre que possível, minimizar o contacto<br />
entre clientes e colaboradores. Idealmente, definir<br />
um colaborador responsável por essa tarefa.<br />
Na receção de viaturas, deverá proceder-se a uma<br />
limpeza/desinfeção inicial, nomeadamente nos<br />
locais em que exista contacto normal e provável<br />
(puxadores/manípulos de portas, volante, alavanca<br />
da caixa de velocidades, travão de mão, manetes<br />
e comandos). Adicionalmente, deverão ser higieniza<strong>das</strong>/desinfeta<strong>das</strong><br />
outras superfícies onde seja<br />
22 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
necessária a intervenção e em que possam ter sido<br />
deposita<strong>das</strong> secreções contamina<strong>das</strong>. Deverão ser<br />
colocados os resguardos descartáveis de volante,<br />
comandos e bancos antes da utilização da viatura,<br />
sendo a retirada destes o procedimento final do<br />
trabalho, antes da higienização final prévia à entrega<br />
da viatura ao cliente.<br />
Após a limpeza/desinfeção inicial, o colaborador<br />
deverá higienizar as suas mãos, lavando-as com<br />
água e sabão ou recorrendo a desinfetante específico.<br />
Sempre que possível, cada colaborador deverá<br />
ter disponível e utilizar uma única área/zona de<br />
trabalho e ferramentas de utilização individual.<br />
Deverão ser limpas frequentemente as superfícies<br />
de trabalho, nomeadamente banca<strong>das</strong>, bem como<br />
ferramentas de utilização comum, tanto antes de<br />
utilizar, como após a utilização. A necessidade de<br />
intervenção numa viatura por vários colaboradores<br />
deverá, sempre que possível, ser efetuada em<br />
separado, implementando as regras de limpeza/<br />
higienização anteriores entre cada utilizador. Em<br />
caso de necessidade de intervenção simultânea, é<br />
essencial manter as regras de distanciamento e a<br />
etiqueta respiratória. Se esta for impossível, deverão<br />
utilizados os equipamentos de proteção individual.<br />
A receção/devolução de peças de fornecedores<br />
deverá ser encarada de forma similar à receção/<br />
entrega de veículos de clientes. l<br />
É certo e sabido que uma <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> de prevenção para evitar<br />
o contágio do novo coronavírus é lavar as mãos e limpar to<strong>das</strong><br />
as superfícies que possam ser toca<strong>das</strong>. Como tal, é necessário<br />
proceder à higienização dos automóveis que entram nas oficinas<br />
de manutenção e reparação. Apesar de ser utilizado apenas<br />
por uma pessoa, é importante garantir que o veículo não seja<br />
contaminado com elementos externos e que, também, não<br />
contamine o operador da oficina. A seguir, apresentamos cinco<br />
medi<strong>das</strong> que devem ser adota<strong>das</strong> não só para proteger a saúde<br />
de todos, mas, também, para contribuir para aumentar o grau de<br />
confiança por parte dos clientes.<br />
1.° - Antes de tocar no veículo<br />
Lave as mãos e, a seguir, calce umas luvas descartáveis. Lembrese<br />
de utilizar sempre produtos de limpeza à base de álcool,<br />
apropriados para cada componente, de modo a evitar danos.<br />
2.° - Interior do veículo<br />
Limpe com um pano humedecido com água e detergente. E utilize<br />
um pano humedecido em desinfetante. Deixe secar.<br />
l Volante e manípulos<br />
l Manete de velocidades<br />
l Rádio<br />
l Botões start e da consola<br />
l Apoio dos braços<br />
l Cinto de segurança e encaixes<br />
l Porta-luvas<br />
l Ajuste de bancos<br />
l Tablier<br />
l Saí<strong>das</strong> de ar<br />
l Puxador interno da porta<br />
VANTAGENS DA LIMPEZA<br />
A VAPOR<br />
OS 5 PASSOS DA HIGIENIZAÇÃO DE UMA VIATURA<br />
O segredo por detrás da limpeza a vapor é combinar um jato de<br />
vapor a alta temperatura, que permite eliminar até 99,999%<br />
dos coronavírus e bactérias. Uma lavadora a vapor funciona<br />
basicamente como uma panela de pressão: a água é aquecida<br />
no tanque autónomo da lavadora até ferver e produzir vapor.<br />
Esse vapor é libertado da pistola em quantidades apropria<strong>das</strong>.<br />
Quanto maior a pressão do vapor, maior o seu poder de limpeza.<br />
A sujidade dissolve-se e as bactérias e vírus são extraí<strong>das</strong> em<br />
segundos. A limpeza e desinfeção também podem ser obti<strong>das</strong><br />
graças a uma ação combinada de temperatura e produto<br />
específico. Por exemplo, com o uso combinado de desinfetantes<br />
e detergentes à base de alquilaminas ou quaternários de amónio<br />
com propriedades fungici<strong>das</strong>, bacterici<strong>das</strong> ou viruci<strong>das</strong> e com o<br />
poder de uma lavadora de alta pressão de água quente, é possível<br />
eliminar bactérias e desinfetar de maneira ideal.<br />
l Botões de ajuste da janela<br />
l Compartimentos<br />
l Pegas<br />
l Espelho retrovisor<br />
l Suporte para a cabeça<br />
3.° - Exterior do veículo<br />
Limpe com um pano humedecido com água e detergente. Utilize<br />
um pano humedecido em desinfetante. Deixe secar.<br />
l Puxadores <strong>das</strong> portas<br />
l Parte superior dos vidros e <strong>das</strong> portas<br />
l Porta e tampa do depósito de combustível<br />
l Botão para abrir e fechar a bagageira<br />
l Parte frontal da prateleira<br />
l Parte frontal do capot<br />
l Manípulo para abrir capot<br />
l Parte superior da vareta do óleo<br />
l Tampa do depósito para água<br />
l Tampa do depósito do óleo<br />
4.° - Quando terminar a higienização, coloque uma folha<br />
informativa no interior do veículo, assinalando as áreas que foram<br />
intervenciona<strong>das</strong>.<br />
5.° - Por último, limpe as chaves do veículo. Termine deitando<br />
fora os panos que utilizou durante a intervenção, bem como as<br />
luvas. Lave as mãos ou utilize um gel desinfetante.<br />
Ao manter o veículo o mais higiénico possível com limpeza<br />
e desinfeção regulares, reduz o risco de propagação do novo<br />
coronavírus.<br />
Fonte: Polivalor<br />
UTILIZAR O OZONO PARA<br />
ELIMINAR A covID-19<br />
Neste momento, o mundo inteiro luta contra o novo coronavírus.<br />
Muitos testes têm sido realizados de forma a desenvolver uma<br />
vacina que controle esta pandemia. No entanto, nos países<br />
onde existe uma taxa de propagação muito elevada, estes têm<br />
procurado utilizar o ozono de forma a combater as debilidades<br />
físicas que os pacientes infetados enfrentam. Há mais de 100<br />
anos que o ozono é considerado como um forte eliminador<br />
de vírus na natureza e tem sido muito utilizado pelas pessoas<br />
para a desinfeção, esterilização, desodorização, desintoxicação,<br />
armazenamento e branqueamento, graças ao seu forte poder<br />
oxidativo. Por isso, é dos melhores aliados para combater a<br />
Covid-19. Se pensarmos que o oxigénio é essencial para a vida<br />
e que nos pode ajudar a combater esta pandemia, não resta<br />
qualquer dúvida que, hoje, mais do que ontem, necessitamos de<br />
saber mais sobre o ozono.<br />
O ozono, muitas vezes também chamado de “oxigénio ativo”, é a<br />
melhor “arma” da natureza para limpar o ambiente. Sendo o ozono<br />
constituído por três unidades do elemento O (O3) e como este<br />
elemento tem a capacidade de ligar-se a vírus, bactérias, impurezas,<br />
ácaros e maus odores, permite que as pessoas consigam respirar<br />
ar puro sem sair de casa ou do local de trabalho, já que o resultado<br />
desta união é nada mais nada menos do que moléculas de oxigénio,<br />
acabando estes agentes nocivos por ser anulados/destruídos.<br />
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o ozono é<br />
considerado um potente desinfetante do ar, capaz de inativar<br />
99% de vírus do Grupo IV (ao qual pertence o atual coronavírus). É<br />
o desinfetante ecológico mais forte do mundo, tendo um poder de<br />
desinfeção 3.600 vezes superior ao do cloro/lexívia provocando a<br />
eliminação de vírus, bactérias e fungos, entre outros. A utilização<br />
do ozono nas oficinas através de um “simples” gerador, transmite<br />
segurança para colaboradores e clientes neste momento de<br />
contingência devido à pandemia de Covid-19 e ajuda a eliminar<br />
elementos patogénicos do ar, purificando o ambiente que respiramos<br />
e fazendo desaparecer todo o tipo de odores desagradáveis.<br />
Em baixo, os benefícios da utilização de um gerador de ozono:<br />
ESTERILIZAÇÃO E DESINFEÇÃO<br />
l O forte poder oxidante e desinfetante do ozono é capaz de<br />
eliminar e, portanto, impedir a propagação de vírus e bactérias.<br />
Atua destruindo a parede celular e o ARN.<br />
DESODORIZAÇÃO<br />
l O ozono tem elevado rendimento na eliminação de maus<br />
odores no ambiente provocados por comida, tabaco, animais de<br />
estimação, outras substâncias nocivas e obras.<br />
EFICIÊNCIA<br />
l O ozono é um gás difuso e não cria espaços mortos na<br />
desinfeção. O tempo de desinfeção varia em função do espaço a<br />
desinfetar (20 m 2 em cerca de 15 minutos, aproximadamente),<br />
conseguindo-se um efeito de esterilização de 99%.<br />
SEGURANÇA<br />
l A utilização de um gerador de ozono é muito simples. Qualquer<br />
pessoa pode trabalhar com ele sem qualquer problema. O ozono<br />
gerado decompõe-se em oxigénio, depois da esterilização. Respeita<br />
o meio ambiente e não deixa nenhum tipo de resíduo.<br />
APLICAÇÕES<br />
l Eliminação de vírus e bactérias; eliminação de odores;<br />
eliminação de fumos; purificação de espaços; desinfeção de WC;<br />
desinfeção de todo o tipo de veículos ligeiros e pesados.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 23
OPINIÃO<br />
CRISTINA CARDOSO, CHIEF SALES OFFICER DA ALIDATA<br />
COVID-19 E SEGURANÇA INFORMÁTICA<br />
PREPARE-SE<br />
PARA O INESPERADO<br />
DESDE O MOMENTO EM QUE COMECEI A DELINEAR ESTE MEU HABITUAL ARTIGO, AQUI NO JORNAL DAS<br />
OFICINAS, QUE O MUNDO, SIMPLESMENTE, MUDOU. ISSO MESMO. O MUNDO MUDOU. COM ELE, MUDÁMOS<br />
TODOS NÓS E MUDEI TAMBÉM EU O TEMA QUE TINHA PLANEADO TRAZER-VOS NESTA EDIÇÃO<br />
Se, ao longo dos anos, nós, que<br />
estamos nas tecnologias de<br />
informação, temos vindo a<br />
cimentar uma retórica assente na<br />
factualidade de que o setor muda a<br />
uma velocidade vertiginosa, como<br />
adjetivar a mudança que estamos<br />
a viver - nas nossas vi<strong>das</strong> e nas<br />
empresas - desde que a pandemia de<br />
Covid-19 assolou a Europa? Se não<br />
conseguimos chegar a um melhor<br />
adjetivo, há, pelo menos, duas lições<br />
que a pandemia deixa para as nossas<br />
empresas: têm de estar prepara<strong>das</strong><br />
para o inesperado e a segurança<br />
vem sempre em primeiro lugar.<br />
Duas facetas, diz-me a experiência,<br />
subvaloriza<strong>das</strong> pelos decisores, mas<br />
de valor inestimável.<br />
O que aconteceria se a sua empresa<br />
perdesse toda a informação?<br />
Faturas, bases de dados de clientes<br />
e peças, entre outras? Tem infraestrutura<br />
e software para evitar um<br />
ciberataque? E cópias de segurança<br />
atualiza<strong>das</strong>, acautelando um possível<br />
acidente, como, por exemplo,<br />
um incêndio? No caso de acontecer<br />
um destes dois cenários, tem um<br />
plano de contingência e conseguiria<br />
ter a sua empresa em pleno funcionamento?<br />
Em quanto tempo? Estas<br />
são apenas algumas <strong>das</strong> perguntas<br />
básicas que, hoje, após o início da<br />
crise pandémica, ganham toda uma<br />
nova perspetiva de abordagem e nos<br />
parecem mais realistas e óbvias do<br />
que nunca. Antes, apenas as percecionávamos<br />
como uma projeção<br />
catastrofista. Se houver uma boa<br />
herança da pandemia para as empresas,<br />
esta é uma delas.<br />
O novo cenário a que a Covid-19<br />
nos forçou, de colaboradores a<br />
desempenhar as suas funções<br />
em regime de teletrabalho por<br />
tempo indeterminado, restrição<br />
de visitas às instalações da<br />
empresa e dos clientes, limitação<br />
de visitas às nossas instalações e<br />
ativação do plano de mobilidade<br />
de colaboradores (preparados<br />
para desempenhar as suas funções<br />
remotamente), entre outras, serão<br />
algumas <strong>das</strong> que a sua empresa<br />
estaria exposta em caso de acidente.<br />
Mas, e caso fosse antes alvo de um<br />
ciberataque, em que não teria acesso<br />
à rede informática da sua empresa?<br />
To<strong>das</strong> as interrogações que<br />
deixo não visam criar uma visão<br />
apocalíptica e generalizada sobre<br />
a preparação <strong>das</strong> empresas para<br />
cenários mais extremos, mas,<br />
antes, chamar à atenção para a<br />
possibilidade. Se é probabilidade,<br />
então, cabe aos gestores<br />
acautelarem que o impacto seja o<br />
menor possível para o seu negócio.<br />
Lembre-se: há, pelo menos, duas<br />
lições que a pandemia deixa para<br />
as nossas empresas: têm de estar<br />
prepara<strong>das</strong> para o inesperado e<br />
a segurança vem sempre em<br />
primeiro lugar. l<br />
HÁ, PELO MENOS, DUAS LIÇÕES QUE A PANDEMIA DE<br />
COVID-19 DEIXA PARA AS NOSSAS EMPRESAS: TÊM<br />
DE ESTAR PREPARADAS PARA O INESPERADO E A<br />
SEGURANÇA VEM SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR
ObservATório<br />
CONCEITOS DE MOBILIDADE<br />
AS MISTERIOSAS<br />
CÂMARAS DA TESLA<br />
Na corrida para o nível cinco da<br />
condução autónoma, a Tesla<br />
tem um dos lugares da frente<br />
na grelha de partida. Mas o desenvolvimento<br />
da tecnologia para esta<br />
nova e revolucionária forma de locomoção<br />
tem, por vezes, determinados<br />
percalços que deixam até os fãs<br />
da marca ligeiramente incomodados.<br />
O caso deu-se há poucas semanas,<br />
quando vários proprietários do<br />
Model 3 identificaram uma câmara<br />
apontada ao condutor e passageiros,<br />
dentro do habitáculo dos seus modelos.<br />
Por estranharem a presença deste<br />
“extra” não requisitado, logo trataram<br />
de questionar a Tesla sobre esta<br />
misteriosa câmara, que, aparentemente,<br />
“beliscava” a privacidade dos<br />
donos dos veículos. Ou não estivesse<br />
em causa uma grave suspeita de<br />
violação do direito à reserva de informações<br />
pessoais e da própria intimidade<br />
dos clientes da marca. As<br />
acusações ganharam uma dimensão<br />
CÂMARAS DE VÍDEO<br />
INSTALADAS NO<br />
HABITÁCULO DE TODOS<br />
OS TESLA MODEL 3<br />
SERVIRÃO, NO FUTURO,<br />
COMO COMPLEMENTO<br />
À TECNOLOGIA DE<br />
CONDUÇÃO AUTÓNOMA,<br />
A INCORPORAR NUMA<br />
FROTA DE TÁXIS<br />
IDEALIZADA POR<br />
ELON MUSK<br />
por Jorge Flores<br />
tal, que o próprio Elon Musk teve de<br />
vir a público dar satisfações aos irritados<br />
proprietários do Tesla Model 3.<br />
Táxis autónomos<br />
Como forma de tranquilizar os proprietários<br />
do modelo – e a legião de<br />
fãs -, o fundador do fabricante norte-americano<br />
explicou que nenhum<br />
daqueles equipamentos estará a funcionar<br />
atualmente. Segundo Elon<br />
Musk, o sistema de gravação de vídeo,<br />
que permite a recolha de imagens<br />
do interior do veículo, a partir<br />
de uma câmara instalada junto ao espelho<br />
retrovisor central, servirá, no<br />
futuro, apenas como complemento<br />
à tecnologia de condução autónoma<br />
de uma frota de táxis. Por outras palavras,<br />
o objetivo é que os proprietários<br />
destes táxis da marca consigam<br />
monitorizar os seus passageiros e garantir,<br />
ao mesmo tempo, a existência<br />
de registos em situações de má utilização.<br />
De acordo com fontes próximas da<br />
Tesla, o dispositivo encontrado no<br />
habitáculo do Model 3 tem ainda potencial<br />
para oferecer outro tipo de<br />
funcionalidades. Elon Musk chegou,<br />
inclusivamente, a considerar que estas<br />
câmaras poderiam, um dia, servir<br />
para gravar anima<strong>das</strong> sessões de<br />
karaoke ou como suporte para uma<br />
tecnologia de reconhecimento facial<br />
que permita personalizar, automaticamente,<br />
alguns itens do veículo. l<br />
26 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
É uma empresa TOP 100 do Aftermarket?<br />
Então esta revista é para si!<br />
Contacte-nos e reserve já o seu anúncio
GALA TOP 100<br />
CELEBRAR<br />
O AFTERMARKET<br />
ESTE ANO, A GALA TOP 100 REALIZAR-SE-Á NO INÍCIO DE OUTUBRO, NUM CONTEXTO PÓS-COVID-19. APESAR<br />
DA GRANDE INCERTEZA SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL NACIONAL, ACREDITAMOS<br />
QUE A MAIORIA DOS EMPRESÁRIOS VOLTARÁ A MARCAR PRESENÇA NESTA REUNIÃO ANUAL DO SETOR<br />
O<br />
pós-venda automóvel está a<br />
passar por momentos bastante<br />
complicados devido à pandemia<br />
do novo coronavírus. Quaisquer<br />
projeções económicas são, nesta altura,<br />
prematuras, mas as implicações<br />
económicas deste fenómeno serão,<br />
seguramente, severas. Contudo, a<br />
manutenção da atividade comercial<br />
de oficinas e distribuidores de peças,<br />
considerados pelo Governo como “serviços<br />
essenciais”, foi decisiva para que<br />
o setor não entrasse em paragem total,<br />
com to<strong>das</strong> as consequências negativas<br />
que daí adviriam a nível económico e<br />
de gestão de recursos humanos.<br />
A maioria <strong>das</strong> empresas presentes no<br />
ranking TOP 100 dos maiores distribuidores<br />
de peças, equipamentos e<br />
repintura, já passaram por diversos<br />
ciclos económicos, sempre associados<br />
a conjunturas difíceis, como a<br />
crise petrolífera e, mais recentemente,<br />
a austeridade imposta com entrada<br />
da Troika no nosso país. A verdade<br />
é que resistiram às dificuldades e<br />
conseguiram dar a volta a situações<br />
menos positivas. Agora, mais do que<br />
nunca, é necessário que o setor se<br />
mantenha unido e solidário, porque<br />
só com o esforço de todos conseguirá<br />
sobreviver. Esta situação originada<br />
pela Covid-19 terá um impacto económico<br />
profundo a curto prazo, mas<br />
acreditamos na recuperação rápida<br />
do aftermarket, porque as viaturas<br />
são um bem imprescindível e vão<br />
continuar a visitar as oficinas e a precisar<br />
de peças.<br />
O timing desta recuperação é ainda<br />
incerto e poderá estar associado a<br />
uma estabilização da pandemia ou<br />
a um maior grau de otimismo relativamente<br />
à capacidade de contenção<br />
da mesma. Apesar da incerteza e dos<br />
receios quanto ao futuro, temos de<br />
valorizar o trabalho dos profissionais<br />
da manutenção e reparação automóvel,<br />
que, mesmo em situações de<br />
perigo de contágio, têm-se mantido<br />
nos seus postos de trabalho para garantir<br />
a mobilidade necessária a todos<br />
os veículos que têm de circular<br />
por motivos profissionais, de emergência<br />
e de segurança.<br />
A Gala TOP 100 será, por certo, uma<br />
boa oportunidade para agradecer<br />
a todos os profissionais do setor o<br />
contributo que estão a dar para garantir<br />
a mobilidade dos cidadãos.<br />
Estar preparado para a mudança,<br />
em vez de resistir, é outra atitude<br />
que as empresas devem assumir se<br />
querem sobreviver a um cenário de<br />
crise como aquele que atravessamos.<br />
Flexibilidade e agilidade são palavras<br />
de ordem, uma vez que permitirão<br />
acelerar o negócio. O essencial é<br />
garantir que se avança para não deixar<br />
o negócio estagnar ou parar por<br />
completo, mesmo quando a pressão<br />
que chega de fora é enorme. O ideal<br />
será aproveitar a pressão externa que<br />
se sente e transformá-la numa força<br />
motivacional que servirá para diversificar<br />
o modelo de negócio. l<br />
28 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
2OUTUBRO2020<br />
Patrocinadores 2020<br />
galatop100iam.com
Organização: <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> | Apoio: expoMECÂNICA<br />
REPINTURA AUTOMÓVEL 7 DE MAIO DE 2021 SALÃO EXPOMECÂNICA<br />
MÁXIMA<br />
RENTABILIDADE<br />
O ATUAL CONTEXTO EM QUE NOS ENCONTRAMOS TEM MOTIVADO PROFUNDAS ALTERAÇÕES EM TODOS<br />
OS ASPETOS DA VIDA DAS ORGANIZAÇÕES. NUM CURTO ESPAÇO DE TEMPO, AS OFICINAS DE REPINTURA TIVERAM<br />
DE CONCENTRAR TODOS OS SEUS ESFORÇOS NA REVISÃO DE ESTRATÉGIAS, PROCESSOS E MODELOS DE NEGÓCIO<br />
A<br />
revolução tecnológica dos<br />
meios que apoiam a atividade<br />
de repintura automóvel<br />
foi enorme nos primeiros anos deste<br />
século. As possibilidades que se introduziram<br />
desde a identificação de<br />
cor e da busca da fórmula de cor até à<br />
disponibilização imediata dos gastos<br />
de pintura, sincronizando com os sistemas<br />
de gestão, fazem com que seja<br />
possível aplicar na secção de pintura<br />
métodos modernos e inovadores para<br />
esta área da reparação automóvel.<br />
Com os espectrofotómetros, é possível<br />
comparar, ajustar, formular cores<br />
e, mesmo, enviar valores numéricos<br />
que as representam para que outros<br />
possam executar o mesmo tipo de<br />
tarefas sem estar perto dos objetos<br />
coloridos que se mediram. A subjetividade,<br />
que é algo que se associa à<br />
cor, passa a ser um elemento secundário<br />
e quase desprezível.<br />
Os programas evoluíram de tal forma,<br />
que é possível seguir a viatura<br />
desde a sua entrada na oficina até<br />
que seja entregue ao proprietário.<br />
A abertura da folha de obra permite<br />
que os consumos de tinta adstritos<br />
lhe sejam imputados e, no limite,<br />
que, automaticamente, passem para<br />
o programa de faturação. A digitalização<br />
da secção de pintura já não é<br />
um objetivo de longo prazo. É uma<br />
realidade de hoje e está a auxiliar<br />
as oficinas aderentes a uma melhor<br />
organização, conduzindo a maiores<br />
produtividades e rentabilidades.<br />
Com a redução da circulação de automóveis,<br />
devido ao facto de as pessoas<br />
estarem confina<strong>das</strong> em casa, impossibilita<strong>das</strong><br />
de utilizar as suas viaturas, os<br />
acidentes vão decrescer substancialmente,<br />
ficando as oficinas de colisão<br />
com menos trabalho. Todos estes fatores<br />
vão influenciar o funcionamento<br />
<strong>das</strong> oficinas de colisão, que devem ser<br />
cada vez mais eficientes para conseguirem<br />
ser mais rentáveis. Também<br />
nestas empresas, a digitalização deve<br />
ser uma prioridade e contemplar, de<br />
forma transversal, to<strong>das</strong> as áreas funcionais,<br />
todos os processos e to<strong>das</strong> as<br />
pessoas. Para facilitar a análise e a<br />
reflexão, estabelecem-se diversos âmbitos<br />
de digitalização: o da cultura da<br />
empresa, o da gestão dos recursos humanos<br />
e transformação <strong>das</strong> equipas, o<br />
da otimização dos processos de produção<br />
e <strong>das</strong> operações, o do marketing e<br />
da relação com o cliente e o do controlo<br />
de gestão, da supervisão do gestor<br />
dos rácios económicos fundamentais<br />
da empresa e da tomada de decisões<br />
com boa informação e de forma ágil<br />
e eficaz. Tudo isto será debatido no<br />
painel do Plateau TV dedicado à repintura<br />
automóvel, para além do tema<br />
incontornável da falta de mão de obra<br />
especializada, que está a prejudicar<br />
muitas oficinas que dispõem de área<br />
de colisão. l<br />
30 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TODOS<br />
OS CAMINHOS VÃO<br />
DAR AO PLATEAU TV<br />
SEJA<br />
PATROCINADOR<br />
MAIS INFORMAÇÕES<br />
EM<br />
7|8|9 Maio 2021<br />
expoMECÂNICA - PORTO<br />
plateautv.pt<br />
/2021
Organização: <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> | Parceria: ATEC | Apoio: expoMECÂNICA<br />
FORMAÇÃO ONLINE<br />
SOLUÇÃO PARA<br />
TEMPOS DE CRISE<br />
OS MECATRÓNICOS SÃO PROFISSIONAIS QUE PRECISAM DE FORMAÇÃO CONTÍNUA, DE MODO A ESTAREM<br />
ATUALIZADOS COM AS NOVAS TECNOLOGIAS E OS NOVOS MÉTODOS DE REPARAÇÃO. A FORMAÇÃO ONLINE<br />
É A MELHOR SOLUÇÃO EM TEMPOS DE CONFINAMENTO E DISTANCIAMENTO SOCIAL<br />
Para aproveitar o tempo durante<br />
o período de quarentena, os<br />
mecatrónicos devem recorrer<br />
aos cursos de formação online que diversas<br />
entidades têm disponíveis nos<br />
seus sites, nomeadamente academias<br />
e centros de formação, assim como<br />
fabricantes de componentes, que disponibilizam<br />
Webinars e ações online<br />
gratuitas. Tratam-se de formações técnicas<br />
especializa<strong>das</strong> que permitem aos<br />
mecatrónicos adquirir novos conhecimentos<br />
em relação a muitas áreas,<br />
como os veículos elétricos e híbridos,<br />
gestão e organização da oficina ou<br />
ADAS. Relativamente a estes últimos,<br />
é importante que os mecatrónicos se<br />
familiarizem com estes sistemas avançados<br />
de assistência ao condutor, conseguindo<br />
mais conhecimentos e ferramentas<br />
para lidar com esta tecnologia,<br />
cada vez mais presente nos veículos<br />
modernos, e que se tornará, progressivamente,<br />
global nos próximos anos.<br />
As ações de formação online podem<br />
decorrer em formato de videoconferência,<br />
onde todos os participantes<br />
terão oportunidade de colocar as<br />
suas dúvi<strong>das</strong> e participar nas atividades<br />
propostas. À semelhança <strong>das</strong> formações<br />
presenciais, as horas despendi<strong>das</strong><br />
nestes cursos online poderão<br />
contar para o banco de horas anual<br />
obrigatório por lei, para cada colaborador<br />
da oficina. Os mecatrónicos<br />
devem encarar este tempo conturbado<br />
como uma oportunidade para<br />
apostar na formação e no desenvolvimento<br />
<strong>das</strong> suas competências, fundamentais<br />
para garantir a competitividade<br />
e a sustentabilidade futura.<br />
Diversas entidades estão a desenvolver<br />
um conjunto de cursos online por<br />
forma a dotar os profissionais de competências<br />
que os ajudem a fortalecer a<br />
sua atividade profissional e a <strong>das</strong> suas<br />
empresas. E são muitas as vantagens<br />
de fazer um curso totalmente digital<br />
a partir de casa ou da própria oficina.<br />
Para além de serem ministrados por<br />
formadores experientes, os participantes<br />
dos cursos online podem pedir<br />
para esclarecer dúvi<strong>das</strong> e exercícios em<br />
tempo real. Os horários são flexíveis e<br />
normalmente acordados entre todos<br />
os participantes. Com o aumento da<br />
concorrência no setor, é importante<br />
que as oficinas de reparação automóvel<br />
e os profissionais que lá trabalham<br />
se diferenciem no mercado, oferecendo<br />
um bom serviço, mas proporcionando,<br />
também, mais segurança ao<br />
cliente que procura sempre um serviço<br />
de qualidade, para, assim, ganhar a<br />
sua preferência.<br />
Com a formação online, as vantagens<br />
para a oficina são várias, começando<br />
por ganhar a confiança e a preferência<br />
dos clientes, sendo também<br />
possível obter vantagem competitiva<br />
em relação aos concorrentes que não<br />
apostam no e-learning.<br />
As plataformas de e-learning são<br />
desenvolvi<strong>das</strong> com as mais recentes<br />
tecnologias, sendo permanentemente<br />
atualiza<strong>das</strong>. É, por isso, uma<br />
plataforma multidispositivo, que se<br />
adapta a todos os dispositivos, ou<br />
seja, pode ser acedida a partir de um<br />
computador, tablet ou smartphone.<br />
A qualquer hora e em qualquer lugar.<br />
O conhecimento está sempre a evoluir<br />
e os conteúdos de aprendizagem<br />
estão em constante atualização. l<br />
32 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MASTER<br />
SEJA<br />
PATROCINADOR<br />
MAIS INFORMAÇÕES<br />
EM<br />
FINAL<br />
2021<br />
7|8|9 Maio 2021<br />
expoMECÂNICA - PORTO<br />
melhormecatronico.pt<br />
3 DIAS<br />
DE COMPETIÇÃO AO VIVO<br />
/2021
Organização: <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> | Parceria: POLIVALOR | Apoio: expoMECÂNICA<br />
DIGITALIZAÇÃO DAS OFICINAS<br />
O GRANDE DESAFIO<br />
NESTE MOMENTO DIFÍCIL E ÚNICO QUE AS OFICINAS ESTÃO A ATRAVESSAR, É TEMPO DE OS PROPRIETÁRIOS<br />
ANALISAREM O ESTADO DAS SUAS EMPRESAS E ENCONTRAREM NOVAS FERRAMENTAS PARA MANTER E MELHORAR<br />
OS SERVIÇOS QUE PRESTAM AOS CLIENTES. A DIGITALIZAÇÃO É, SEM DÚVIDA, UMA DELAS<br />
A<br />
situação de contingência e de<br />
distanciamento social que,<br />
hoje, vivemos, veio provar que<br />
a digitalização <strong>das</strong> oficinas é um fator<br />
essencial para as empresas serem<br />
mais eficazes e eficientes. Mesmo sem<br />
o cliente estar presencialmente com o<br />
seu mecânico, se todos os processos<br />
de receção, orçamentação, reparação<br />
e entrega <strong>das</strong> viaturas forem digitalizados,<br />
o serviço pode ser efetuado<br />
sem problemas de maior. São muitos<br />
os especialistas do setor (e fora dele)<br />
que não deixam de referir que a digitalização<br />
já é uma obrigação empresarial<br />
para sobreviver no mercado. No<br />
entanto, ainda há quem tenha dúvi<strong>das</strong><br />
sobre as suas vantagens.<br />
O custo do investimento é visto como<br />
um dos principais obstáculos para<br />
proceder à transformação digital dos<br />
negócios. No entanto, está provado<br />
que o processo fará aumentar os benefícios<br />
da oficina. Neste sentido, convém<br />
referir que a digitalização é um<br />
investimento a médio e longo prazos.<br />
Numa primeira fase, implica não só<br />
um esforço financeiro, mas, também,<br />
de formação da equipa e de adaptação<br />
a novas dinâmicas de trabalho. No entanto,<br />
as oportunidades que se abrem<br />
para o negócio valem a pena: melhoria<br />
dos processos produtivos, agilidade na<br />
resposta às necessidades do mercado e<br />
na renovação tecnológica, maior capacidade<br />
de decisão ou, inclusivamente,<br />
abertura de novas opções de negócio.<br />
De facto, ignorar o processo de digitalização<br />
já não é uma opção para muitos<br />
empresários, que consideram que,<br />
se não procederem a esta transição,<br />
lhes será impossível cumprir os seus<br />
objetivos de negócio. Uma <strong>das</strong> vantagens<br />
da digitalização dos negócios<br />
é a melhoria na comunicação com<br />
os clientes. Graças à simples criação<br />
de um site, terá um ponto de contacto<br />
disponível 24 horas por dia e sete<br />
dias por semana. Deste modo, a possibilidade<br />
de ser solicitada marcação<br />
prévia online, algo muito valorizado<br />
pelos clientes, aumenta as probabilidades<br />
de atrair novos consumidores<br />
que acedam ao site. Conseguir dar<br />
uma resposta satisfatória, ser mais<br />
ágil na prestação do serviço, facilitar<br />
os processos de compra e disponibilizar<br />
soluções tecnológicas, serão aspetos<br />
cruciais no futuro <strong>das</strong> oficinas.<br />
Do mesmo modo, a capacidade de<br />
fidelização aumenta, visto que a digitalização<br />
permite conhecer melhor as<br />
necessidades do utilizador e, assim,<br />
possibilita a realização de campanhas<br />
promocionais destina<strong>das</strong> a diferentes<br />
grupos de utilizadores. A entrada da<br />
digitalização não se trata apenas de<br />
facilitar o trabalho. A digitalização<br />
permite avaliar processos, reunir dados,<br />
analisar melhor cada passo que<br />
se dá e identificar erros para melhorar<br />
o funcionamento da oficina. Um<br />
detalhe que é tudo menos insignificante,<br />
tendo em conta que o tempo<br />
despendido em cada operação na oficina<br />
é fundamental. l<br />
34 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MASTER<br />
SEJA<br />
PATROCINADOR<br />
MAIS INFORMAÇÕES<br />
EM<br />
FINAL<br />
2021<br />
7|8|9 Maio 2021<br />
expoMECÂNICA - PORTO<br />
challengeoficinas.pt<br />
O MAIOR DESAFIO<br />
DO ANO PARA EQUIPAS OFICINAIS<br />
/2021
empresas
GAMOBAR PEÇAS<br />
PLAYER DE REFERÊNCIA<br />
NA DISTRIBUIÇÃO<br />
A GAMOBAR PEÇAS É UM PLAYER DE REFERÊNCIA NO MERCADO NACIONAL DA DISTRIBUIÇÃO DE<br />
COMPONENTES. A DISTRIGO, PLACA DO GROUPE PSA, TEM AJUDADO AO GRANDE CRESCIMENTO DA<br />
EMPRESA LIDERADA POR PEDRO SANTOS por João Vieira<br />
Corria o ano de 2004 quando o Grupo Gamobar,<br />
que inclui concessionários de várias marcas<br />
de automóveis e que foi, inclusivamente,<br />
importador da Peugeot para a região norte do país,<br />
criou a Gamobar Peças para fornecer componentes a<br />
essas mesmas concessões. Dado o sucesso da empresa<br />
e a ligação ao Groupe PSA, passou a operar sobre<br />
a marca Distrigo a partir de 2017. No tom simpático<br />
e afável que o caracteriza, Pedro Santos, diretor da<br />
Gamobar Peças, explicou ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> o sucesso<br />
da empresa que lidera e os objetivos traçados<br />
para o presente e futuro.<br />
A Gamobar Peças foi a primeira placa de distribuição<br />
do Groupe PSA (Peugeot, Citroën, DS e Eurorepar) a<br />
envergar a imagem Distrigo em Portugal, na sequência<br />
da aposta do “gigante” da indústria automóvel<br />
francesa em novas áreas, enquanto fornecedor global<br />
de mobilidade e operador multimarca. Com sede<br />
no Porto, mais concretamente na Rua Eng.° Ferreira<br />
Dias, na Zona Industrial, ocupando um total de<br />
4.000 m 2 , com parque automóvel e ampla área de<br />
atendimento, além de um centro de distribuição nas<br />
instalações de Lisboa, a Gamobar Peças é, hoje, pela<br />
sua modernas infraestruturas e capacidade logística,<br />
uma referência no mercado português.<br />
Pedro Santos, diretor da Gamobar Peças, não é homem<br />
de meias palavras. Vê-se que gosta de comunicar,<br />
principalmente sobre o sucesso da empresa que<br />
lidera e que tem sabido crescer dentro do panorama<br />
do aftermarket nacional sob a égide do Groupe<br />
PSA. Na entrevista concedida ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
praticamente não foi preciso fazer perguntas. Pedro<br />
Santos conseguiu antecipar o que íamos perguntar e<br />
foi comentando o percurso da empresa. “A Gamobar<br />
Peças foi criada em 2004 para fornecer componentes<br />
para o Groupe PSA, mas, também, para começar<br />
a trabalhar o canal independente. Não somos uma<br />
empresa independente, pois estamos debaixo da alçada<br />
da Gamobar, S.A. Temos contas de exploração<br />
autónomas porque estamos divididos em unidades<br />
de negócio. Mas a Gamobar é só uma marca e um<br />
nome comercial”, explica Pedro Santos.<br />
Universo em expANSÃO<br />
Atualmente, operam 65 pessoas na Gamobar Peças.<br />
Em 2004, quando a empresa começou, eram menos<br />
de 20 colaboradores. Ou seja, o crescimento foi exponencial<br />
desde essa altura, não só no capital humano,<br />
mas, também, na dimensão <strong>das</strong> instalações. Todavia,<br />
o processo não foi fácil. “Em 2007, começámos a mudar<br />
de instalações, onde interagimos com a empresa<br />
de aftermarket Europeças. Entretanto, chegou a crise<br />
e, em 2012, voltámos a mudar de local de forma<br />
a reduzimos, drasticamente, os custos operacionais”,<br />
revela Pedro Santos. Que prossegue: “Corria o ano<br />
de 2015 quando o Groupe PSA apresentou o projeto<br />
Distrigo, que foi, desde logo, aceite dada a ambição<br />
do mesmo. A mudança para as novas instalações<br />
aconteceu em dezembro de 2016. Em 2017, começa,<br />
então, o projeto PSA. Inicialmente apenas como<br />
PCD (Peugeot, Citroën, DS) e, em 2020, com a inclusão<br />
da Opel e da Chevrolet”.<br />
Apesar da expansão do grupo, a identidade da Gamobar<br />
Peças não se perdeu. “Estamos apenas sobre<br />
alçada da Distrigo, que distribui as peças <strong>das</strong><br />
marcas do Groupe PSA. Mas também temos peças<br />
BMW, MINI, Fiat, Alfa Romeo, Lancia, Chrysler,<br />
Jeep, Dodge, Renault e SsangYong. São estas as<br />
marcas que distribuímos sob a chancela da Gamobar<br />
Peças”, frisa Pedro Santos. A empresa tem,<br />
por isso, grande dimensão, funcionando como uma<br />
central de peças. Até porque a maioria dos colaboradores<br />
estão localizados no edifício da Gamobar<br />
Peças. As instalações de Lisboa abriram em 2014 e<br />
vão ser aumenta<strong>das</strong> com um segundo piso já este<br />
ano, porque o negócio não para e o crescimento é<br />
uma <strong>das</strong> prioridades da empresa.<br />
Três canais de distribuição<br />
Pedro Santos continua o seu discurso a reforçar o<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 37
sucesso da empresa e fala sobre os três canais de distribuição:<br />
as oficinas do grupo, os reparadores independentes<br />
e os reparadores autorizados, sendo que<br />
estes têm um delegado de zona que os acompanha<br />
regularmente. Mas o nosso interlocutor prefere separar<br />
a rede Eurorepar Car Service destes canais. São<br />
já perto de 170 os aderentes a nível nacional (continente<br />
e ilhas) e a Gamobar Peças abastece mais de<br />
um terço. A angariação dos membros Eurorepar Car<br />
Service foi simplificada. “Trata-se de reparadores<br />
independentes que foram abordados por nós, onde<br />
lhes dissemos que tínhamos um excelente projeto<br />
sob alçada do Groupe PSA. Assim que aceitaram,<br />
entraram na rede, que definiu, em conjunto com o<br />
aderente, toda uma imagem corporativa, entre outros<br />
aspetos”, revela.<br />
Pedro Santos acrescenta que “a rede que é visitada<br />
quer pelos nossos vendedores quer pelos responsáveis<br />
da Eurorepar Car Service, passou a beneficiar <strong>das</strong><br />
mais-valias do projeto, como a formação, a linha de<br />
apoio técnico, os softwares específicos e, obviamente,<br />
o fornecimento de peças e até <strong>das</strong> convenções que já<br />
realizamos no âmbito da expoMECÂNICA”. E dado<br />
o adiamento da feira para 2021, “iremos realizar a<br />
3.ª Convenção num ambiente diferente, novamente<br />
para nos diferenciarmos da concorrência. Percebe-se<br />
que os clientes gostam daquilo que fazemos”, orgulha-se<br />
Pedro Santos.<br />
Apesar disso, o processo de angariação de oficinas<br />
continua. A marca tem três anos e está em evolução<br />
contínua, sempre com projetos novos. Mas dentro da<br />
Eurorepar, Pedro Santos gosta de separar as águas.<br />
Há a rede Eurorepar Car Service e as peças Eurorepar.<br />
To<strong>das</strong> as oficinas que aderem à rede Eurorepar<br />
Car Service mantêm o seu nome, até porque é através<br />
dele que são conheci<strong>das</strong> nas suas áreas de influência.<br />
“O nosso call center, por exemplo, tem especialistas<br />
em peças Eurorepar e outros para as marcas OEM.<br />
Felizmente, a rede Eurorepar Car Service continua a<br />
aumentar e há alguns clientes que vêm ter connosco<br />
para se inteirarem do projeto. Angaria<strong>das</strong> por nós,<br />
são cerca de 50 oficinas. E estamos satisfeitos com o<br />
projeto”, enfatiza Pedro Santos. Mas há muito mais<br />
para contar e o diretor da Gamobar Peças não hesita.<br />
“Temos, também, gamas de peças reconstruí<strong>das</strong> <strong>das</strong><br />
marcas OEM e queremos ter todos os sistemas informáticos<br />
integrados”, adianta.<br />
Digitalização de processos<br />
Para 2020, um dos projetos que está em cima da<br />
mesa é a alteração do modelo logístico existente,<br />
que inclui uma nova aplicação. Através deste projeto,<br />
a empresa pretende economizar dinheiro e recursos.<br />
Pedro Santos explica: “As marcas definem<br />
os PVP e as letras de desconto, ou seja, a nossa<br />
margem. Toda a restante política comercial pode<br />
ser nossa. Mas também não nos podemos esquecer<br />
que o mercado regula os descontos.... Como tal, só<br />
conseguimos criar valor nos serviços que prestamos.<br />
O nosso objetivo é a criação de valor a partir<br />
da redução dos custos, tornando-nos mais eficientes<br />
sempre com o foco no serviço que prestamos<br />
aos clientes”. Ainda no decorrer deste ano, será<br />
reformulado o portal da empresa e implementada<br />
uma nova central telefónica. Mas as novidades não<br />
ficarão por aqui.<br />
Hoje, grande parte <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> são inseri<strong>das</strong><br />
a partir de plataformas. E a empresa sabe perfeitamente<br />
que quem tiver o melhor preço, é quem vende.<br />
“É preciso racionalizar os custos que vamos ter com<br />
o novo portal e perceber qual o desconto a fazer. Isso<br />
é o que vale atualmente. Se o cliente for bem atendido,<br />
fica connosco. Não temos segredos. Divulgamos<br />
sempre a referência e o cliente, depois, pesquisa o<br />
que quiser e onde quiser. Não o impedimos. O objetivo<br />
é ter um relacionamento transparente. Se o cliente<br />
quiser pagar o que pedimos pela peça, é porque reconhece<br />
a nossa qualidade e o serviço que prestamos”,<br />
frisa.<br />
Trajetória de crescimento<br />
O ano de 2020 será fértil em novidades para a Gamobar<br />
Peças, que foi a primeira empresa de peças<br />
a utilizar a plataforma WhatsApp de forma profissional.<br />
Através de mensagem escrita, que pode ser<br />
complementada com foto, o cliente pede o preço<br />
de uma peça e a empresa faculta-o. Trata-se de um<br />
A GAMOBAR PEÇAS FOI A PRIMEIRA PLACA DE DISTRIBUIÇÃO<br />
DO GROUPE PSA (PEUGEOT, CITROËN, DS E EUROREPAR) A<br />
ENVERGAR A IMAGEM DISTRIGO EM PORTUGAL<br />
38 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
O ANO DE 2020 SERÁ FÉRTIL EM NOVIDADES PARA A<br />
EMPRESA LIDERADA POR PEDRO SANTOS, QUE FOI PIONEIRA<br />
NA UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP DE FORMA PROFISSIONAL<br />
projeto muito apelativo que consiste numa novidade<br />
absoluta no mercado. A juntar a esta, há ainda o<br />
crescimento constante da gama de peças Eurorepar,<br />
que contempla baterias, pneus e lubrificantes. Tudo<br />
com qualidade acima da média, uma vez que, apesar<br />
de ostentarem a marca Eurorepar, são produtos concebidos<br />
por fabricantes de renome. “Os fornecedores<br />
por detrás dessas linhas são fabricantes de marcas<br />
premium. A aposta feita pelo Groupe PSA foi muito<br />
boa, ao procurar os melhores fornecedores com os<br />
melhores preços”, esclarece Pedro Santos.<br />
Do responsável, quisemos saber ainda o que pensa<br />
ele acerca da atual cadeia de fornecimento de peças<br />
(fabricante, distribuidor, retalhista, oficina) e<br />
sobre as garantias e devoluções, encarados como<br />
grandes “problemas” deste negócio. Sobre o primeiro<br />
tema, a resposta foi perentória: “Apesar de o<br />
Groupe PSA ter sido algo fundamentalista no corte<br />
dessas cadeias, a casa de peças tradicional não<br />
vai terminar, vai-se manter. É um conceito antigo<br />
e é uma tradição. A proximidade com o cliente é<br />
muito importante. Quero que as pessoas saibam<br />
com quem falam quando pedem as peças. Queremos<br />
que nos reconheçam como um fornecedor de<br />
serviços e não apenas como uma “peça”. To<strong>das</strong> as<br />
empresas de peças fornecem filtros, mas nós fornecemos<br />
filtros e ouvimos os clientes”.<br />
Em relação à segunda questão, Pedro Santos também<br />
não tem quaisquer dúvi<strong>das</strong>: “É um dos problemas<br />
do nosso negócio. Vou separar isto em duas áreas.<br />
Nas garantias, temos de respeitar os procedimentos<br />
da marca. Na maior parte <strong>das</strong> garantias, os clientes<br />
têm de dirigir-se aos reparadores autorizados e eles<br />
GAMOBAR PEÇAS<br />
Diretor Pedro Santos<br />
Sede Rua Eng.° Ferreira Dias, 1010<br />
4100 - 246 Porto<br />
Telefone 226 152 700<br />
Email pecas&acessorios@gamobar.pt<br />
Site www.gamobarpecas.pt<br />
têm os procedimentos para ativar as garantias. Mas<br />
a Gamobar Peças também ajuda os seus reparadores<br />
para que os problemas sejam resolvidos o mais<br />
rapidamente possível. Já nas devoluções, estamos a<br />
melhorar o portal no sentido de facilitar esse pedido.<br />
Queremos que to<strong>das</strong> as devoluções sejam feitas através<br />
do portal, que tem tudo o que é preciso para as<br />
fazer. O volume é grande e, por isso, temos dois colaboradores<br />
a tempo inteiro só para gerir devoluções”.<br />
Na questão da logística, para além <strong>das</strong> entregas tradicionais,<br />
com duas a três “voltas” por dia, a empresa<br />
tem uma carga aérea diária para Madeira e Açores.<br />
E dispõe ainda de um serviço expresso de moto, em<br />
que, dentro de hora e meia e num raio de 30 km,<br />
faz a entrega ao cliente. Para Pedro Santos, a moto<br />
funciona melhor do que o automóvel nos serviços<br />
expressos. Todavia, tanto carrinhas como motos são<br />
forneci<strong>das</strong> em regime de outsourcing para se focarem<br />
no negócio. O sucesso da Gamobar Peças é comprovado<br />
pelo crescimento da sua faturação, que, desde<br />
2017 (ano em que foi selecionada pelo Groupe PSA<br />
para passar a operar sob a marca Distrigo), não tem<br />
parado de subir. “Servimos bem o cliente. Ainda assim,<br />
não somos perfeitos. Existem sempre melhorias<br />
a fazer”, conclui Pedro Santos. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 39
entrevista<br />
RODRIGO FERREIRA DA SILVA, PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ARAN<br />
TODOS VAMOS PRECISAR<br />
DE TODOS PARA<br />
ULTRAPASSAR ESTA CRISE<br />
40 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ELEITO HÁ, PRECISAMENTE, UM ANO, RODRIGO FERREIRA DA SILVA,<br />
PRESIDENTE DA DIREÇÃO, É O ROSTO DA “NOVA” ARAN. EM GÉNERO<br />
DE BALANÇO DO SEU (AINDA CURTO) REINADO, CONCEDEU UMA<br />
ENTREVISTA AO JORNAL DAS OFICINAS, NUMA ALTURA EM QUE O<br />
SETOR AUTOMÓVEL ATRAVESSA, PORVENTURA, O PERÍODO MAIS<br />
NEGRO DA SUA HISTÓRIA. UMA CERTEZA, PORÉM, EXISTE: A ARAN TUDO<br />
FARÁ PARA A ALMEJADA RECUPERAÇÃO. ATÉ PORQUE, COMO REFERE<br />
O SEU RESPONSÁVEL MÁXIMO, “TODOS VAMOS PRECISAR DE TODOS<br />
PARA ULTRAPASSAR ESTA CRISE” por Bruno Castanheira<br />
ARAN (Associação Nacional do<br />
Ramo Automóvel) nasceu a 29<br />
de maio de 1940 sob o nome Grémio<br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> de Reparação de<br />
Automóveis e Indústrias Anexas<br />
do Norte, através de alvará que<br />
aprova os seus estatutos, área<br />
geográfica e âmbito de atividade,<br />
emitido pelo Sub-Secretariado<br />
de Estado e Previdência Social. A<br />
história deste organismo de utilidade pública fica,<br />
invariavelmente, marcada pelo seu ex-líder, António<br />
Teixeira Lopes, que faleceu, em Paris, no dia<br />
20 de outubro de 2017, quando se preparava para<br />
assumir a presidência da Associação Europeia de<br />
Reparadores de Automóveis. Apesar desta enorme<br />
perda, a ARAN manteve-se inabalável na defesa dos<br />
interesses do setor, em geral, e dos seus associados,<br />
em particular, colhendo os frutos dos ensinamentos<br />
deixados por António Teixeira Lopes.<br />
Agora, em 2020, ano em que comemora oito déca<strong>das</strong><br />
de existência, a associação apresenta-se<br />
com uma nova imagem, depois de, em maio de<br />
2019, Rodrigo Ferreira da Silva ter sido eleito o<br />
novo presidente da direção. O rebranding de que<br />
a ARAN foi alvo (novo tipo de letra, novas cores)<br />
teve como base a identificação dos aspetos mais representativos<br />
da sua antiga identidade visual, bem<br />
como a incorporação de novos elementos, mais<br />
vinculativos ao setor. “Precisávamos de mostrar<br />
que queremos evoluir. Não esquecemos a nossa<br />
história, riquíssima, no apoio aos associados e ao<br />
setor, mas tínhamos de deixar bem claro que estamos<br />
prontos a adaptar-nos para podermos preparar<br />
o futuro”. As palavras de Rodrigo Ferreira da<br />
Silva, presidente da direção, aquando da apresentação<br />
da nova imagem da associação, assumem,<br />
hoje, mais do que nunca, outra dimensão. Quanto<br />
mais não seja porque o setor atravessa, porventura,<br />
o período mais negro da sua história devido à crise<br />
do novo coronavírus, que está a obrigar o mundo a<br />
adaptar-se numa altura em que Portugal prepara o<br />
regresso à normalidade possível. Mesmo em tempos<br />
de pandemia, em que é difícil traçar cenários<br />
devido às incertezas que pairam sobre o futuro, o<br />
responsável máximo da ARAN concedeu uma entrevista<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em género de balanço<br />
do seu (ainda curto) reinado.<br />
Há quanto tempo desempenha o cargo de<br />
Presidente da Direção da ARAN e que balanço<br />
faz do seu (ainda curto) percurso?<br />
Fui eleito em maio de 2019. Há, precisamente, um<br />
ano. De facto, ainda é cedo para fazer um balanço<br />
muito minucioso, mas considero que as bases<br />
do trabalho para os próximos anos estão lança<strong>das</strong>.<br />
Toda a equipa da ARAN esteve envolvida na construção<br />
de um novo plano estratégico para os tempos<br />
vindouros. É fundamental ter objetivos claros,<br />
atualizados e bem definidos do que queremos para<br />
a nossa associação.<br />
O que recorda de António Teixeira Lopes,<br />
ex-presidente da ARAN, falecido em outubro<br />
de 2017, que, durante anos, se bateu pela defesa<br />
dos interesses do setor?<br />
Em primeiro lugar, recordo a amizade. Era um<br />
bom amigo, sempre preocupado com os outros.<br />
Conheci-o há muitos anos, no tempo em que ele<br />
era o diretor da filial da Mitsubishi Motors, no<br />
Porto, na década de 90. Desenvolveu um fantástico<br />
trabalho na ARAN. Sem a liderança dele, nada<br />
do que temos projetado para o futuro seria possível.<br />
Vai ser sempre recordado como um grande<br />
presidente e um acérrimo defensor do setor automóvel<br />
que ele tanto adorava.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 41
Rodrigo Ferreira<br />
da Silva<br />
A ARAN conta já com oito déca<strong>das</strong><br />
de existência. Quais considera terem<br />
sido os pontos altos na história da<br />
associação?<br />
Em 80 anos, são muitos os pontos<br />
altos. A atribuição de utilidade pública,<br />
o reconhecimento como entidade<br />
formadora pela DGERT, a certificação<br />
ISO 9001:2015, os eventos,<br />
os congressos, o reconhecimento nacional<br />
e internacional, as conquistas<br />
junto dos diversos governos e instituições...<br />
Sempre na defesa do setor.<br />
Foram (e são) tantos os pontos altos,<br />
que, mesmo apontando alguns, corro<br />
o risco de estar a ser injusto por não<br />
mencionar outros.<br />
Os 80 anos da ARAN ficam marcados,<br />
invariavelmente, pelo lançamento da<br />
nova imagem, que pretende ilustrar a<br />
postura da associação, virada para o<br />
futuro. De que forma a tranquilidade, a<br />
serenidade e a harmonia dos tons de<br />
azul do logótipo aponta<strong>das</strong> pelo<br />
designer que o elaborou, se coadunam<br />
com a postura da ARAN?<br />
A agência de comunicação por nós escolhida,<br />
OPAL, fez um fantástico trabalho.<br />
O nosso objetivo era claro: sem<br />
perder a identidade do passado, projetar<br />
o futuro. Consideramos que foi<br />
plenamente atingido. Estamos muito<br />
contentes com o resultado final. Mas<br />
deu muito trabalho e não foi consensual.<br />
Mesmo até a última proposta.<br />
O lançamento do novo logótipo da<br />
ARAN coincidiu com o arranque de<br />
vários projetos da associação para<br />
2020. Tencionam retomá-los assim<br />
que for possível ou serão forçados a<br />
repensar toda a estratégia?<br />
Sim, tínhamos um ano repleto de<br />
eventos, de atividades e de viagens.<br />
De repente, tudo mudou. Íamos<br />
começar com uma viagem ao Salão<br />
de Genebra, por exemplo, seguindo-<br />
-se o congresso em junho, no Sheraton<br />
Porto Hotel & Spa. Dito isto, a<br />
estratégia mantém-se mas o calendário<br />
vai mudar. A saúde e a segurança<br />
estão sempre em primeiro lugar.<br />
Portugal, em geral, e o setor<br />
automóvel, em particular,<br />
atravessam, hoje, porventura, o<br />
período mais difícil da história<br />
Que relatos e pedidos de auxílio têm<br />
chegado à ARAN por parte <strong>das</strong><br />
empresas associa<strong>das</strong>, em particular<br />
<strong>das</strong> oficinas?<br />
Uma <strong>das</strong> grandes preocupações nos<br />
primeiros dias e semanas, foi a dificuldade<br />
de acesso a materiais de proteção<br />
individual, como, por exemplo,<br />
máscaras e desinfetantes de todo o<br />
tipo. Não havia stock suficiente e os<br />
preços começaram a ser inflacionados<br />
pelos vendedores. Conseguimos<br />
estabelecer parcerias para comprar<br />
estas mercadorias (máscaras, desinfetantes)<br />
e assumimos todos os cusmoderna<br />
devido à crise do novo<br />
coronavírus. Como olha a ARAN para<br />
toda esta situação?<br />
Ainda é muito cedo para termos um<br />
diagnóstico completo. O certo é... a<br />
incerteza. Mas uma certeza temos:<br />
enquanto não houver uma vacina,<br />
o novo “normal” vai ser devastador<br />
para a economia mundial. Estamos<br />
todos (pessoas e empresas) em modo<br />
“sobrevivência”.<br />
No dia 18 de março, a ARAN, num<br />
comunicado conjunto com outras<br />
três associações do setor,<br />
manifestou a sua preocupação<br />
relativamente à crise desencadeada<br />
pela pandemia de Covid-19.<br />
Considera que as medi<strong>das</strong> toma<strong>das</strong><br />
pelo Governo até agora são<br />
suficientes para ajudar o ramo<br />
automóvel a ultrapassar esta<br />
situação?<br />
Não estamos muito longe do que é<br />
necessário. Não somos líricos, sabemos<br />
que os recursos são limitados.<br />
Contudo, a resposta está a demorar<br />
muito e é, claramente, insuficiente.<br />
As empresas precisam de liquidez<br />
para não entrarem em rutura. A liquidez<br />
é o oxigénio da economia.<br />
Sem ele, nada sobrevive.<br />
Concorda com a decisão do Governo<br />
de manter todos os estabelecimentos<br />
de comércio de peças a funcionar<br />
durante o Estado de Emergência, tal<br />
como os serviços de manutenção e<br />
reparação de veículos?<br />
Claro que sim. Não podia ser de<br />
outra maneira. São serviços essenciais<br />
ao funcionamento de Portugal.<br />
PUB
SUSPENDEMOS A COBRANÇA DE QUOTAS DURANTE TRÊS<br />
MESES DE MODO A AJUDAR A ALIVIAR A TESOURARIA DAS<br />
EMPRESAS NOSSAS ASSOCIADAS NESTA FASE DIFÍCIL<br />
tos de transporte perante os nossos<br />
associados. Também suspendemos a<br />
cobrança de quotas durante três meses<br />
para ajudar a aliviar a tesouraria<br />
<strong>das</strong> empresas associa<strong>das</strong>, no momento<br />
de queda a pique do volume<br />
de negócios.<br />
Que futuro perspetiva a ARAN para o<br />
setor automóvel, sabendo-se que o<br />
país não voltará, porventura, a ser o<br />
mesmo depois desta pandemia, a<br />
começar pela própria forma como as<br />
pessoas (e os negócios) se<br />
relacionarão?<br />
Vamos todos ter de nos adaptar. Mas<br />
nós, portugueses, somos particularmente<br />
bons nisso. Depois do impacto<br />
inicial, centrado na saúde pública<br />
e na contenção do vírus, as empresas<br />
já estão a preparar o regresso ao<br />
novo “normal”. Nesta fase, o foco vai<br />
ser muito operacional: como vamos<br />
regressar e quais são as medi<strong>das</strong> fundamentais<br />
para as empresas garantirem<br />
a segurança de clientes e colaboradores.<br />
Por último, mas ainda sem<br />
fim à vista, promover a confiança e<br />
estimular o consumo. Sem estímulos<br />
ao consumo interno, não vamos<br />
recuperar em tempo “útil”.<br />
No entender da ARAN, as peritagens<br />
“caseiras” fragilizam oficinas e<br />
famílias. Gostava que se<br />
pronunciasse sobre esta matéria e,<br />
já agora, sobre o comunicado<br />
referente ao aditamento ao regime<br />
de prestação de serviços essenciais<br />
de inspeção de veículos...<br />
Não é possível fazer uma peritagem<br />
com as mesmas condições em casa de<br />
um cliente e numa oficina. A oficina<br />
é fundamental para garantir, tecnicamente,<br />
a reparação e atua como um<br />
defensor do sinistrado. E, nesta altura,<br />
em que milhares de pessoas estão<br />
em lay-off e com muitas incertezas<br />
em relação ao seu futuro, a tentação<br />
de aceitar uma indeminização diretamente<br />
da companhia de seguros pode<br />
ser muito grande. Assim, nem a oficina<br />
repara a viatura (numa altura crucial<br />
que pode significar mais despedimentos<br />
ou situações de lay-off), nem<br />
o cliente fica com a viatura reparada.<br />
Mais tarde, quando o cliente quiser,<br />
porventura, reparar, vai ter de suportar<br />
o IVA da reparação, visto que as<br />
indeminizações estão isentas de IVA.<br />
Todos perdem. Menos a companhia<br />
de seguros, que poupa. Neste caso, o<br />
IVA. A alteração da Portaria n.° 80-<br />
A/2020, de 25 de março, sugerida<br />
pela ARAN, após contacto com os<br />
seus associados, permitiu às empresas<br />
inspecionar veículos que tinham<br />
em reparação há algum tempo e com<br />
a Inspeção Técnica de Veículos (obrigatória)<br />
não regularizada antes de 13<br />
de março de 2020. Com a inspeção e<br />
a entrega destes veículos, as empresas<br />
conseguiram finalizar um serviço nesta<br />
altura de pandemia.<br />
Que mensagem de esperança quer<br />
deixar para o futuro, numa altura em<br />
que o setor (e o país) preparam o<br />
regresso à normalidade possível?<br />
A primeira mensagem, é união. Todos<br />
vamos precisar de todos para ultrapassar<br />
esta crise. Devemos estar, como<br />
nunca, comprometidos: Governo, associações,<br />
sindicatos, empresas e colaboradores.<br />
Para, juntos, construirmos<br />
compromissos de médio e longo prazos<br />
de modo a sairmos desta crise da<br />
“melhor” maneira possível. Os desafios<br />
do setor já eram enormes mesmo antes<br />
da pandemia. A solução depende<br />
de todos e ninguém pode ficar para<br />
trás. O mundo não ficará igual, mas<br />
tal não significa que não possa ficar<br />
melhor depois de superada a crise. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 43
empresa<br />
PLR GROUP<br />
PEÇAS JAGUAR ONLINE<br />
O NOVO SITE DE PEÇAS JAGUAR, LANÇADO A 12 DE MARÇO, É UMA DAS GRANDES APOSTAS DA PLR PARA<br />
2020. EM DOIS ANOS, ESTA PLATAFORMA PODERÁ REPRESENTAR PERTO DE 10% DAS VENDAS DA EMPRESA<br />
DE TORRES VEDRAS, ACREDITA O GERENTE, RUI PINTO por Jorge Flores<br />
A<br />
PLR surgiu no mercado nacional em 2008,<br />
com sede em Torres Vedras, e apostou, desde<br />
muito cedo, na sua loja online: www.<br />
pecaslandrover.com. Com mais de 15 mil clientes<br />
registados no site, “2019 foi um ano de mudança<br />
para novas e modernas instalações”, começa por<br />
explicar Rui Pinto, gerente da empresa, em entrevista<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. “Essa mudança permitiu-nos<br />
a possibilidade de expandir o negócio a<br />
outras marcas”, acrescenta. Cumprindo as regras<br />
de confinamento impostas pelo novo coronavírus,<br />
Rui Pinto não deixa de revelar pormenores sobre<br />
a grande novidade da empresa este ano: o site de<br />
Peças Jaguar. “A Jaguar é uma empresa do Grupo<br />
JLR (Jaguar Land Rover). Com o lançamento de<br />
novos modelos da marca, a necessidade de peças<br />
de substituição é, também, mais elevada. Sendo<br />
especialistas em peças para Land Rover e sendo algumas<br />
<strong>das</strong> peças partilha<strong>das</strong> entre as duas marcas,<br />
fez todo o sentido avançar para a criação desta loja<br />
online. Paralelamente, fomos, também, incentivados<br />
por diversos clientes da PLR a fazê-lo, pois,<br />
por diversas vezes, sentiam necessidade de adquirir<br />
peças Jaguar”, adianta.<br />
Quanto representam para a PLR, em termos percentuais,<br />
as peças Jaguar? “A loja foi lançada a 12<br />
de março e as ven<strong>das</strong> são ainda residuais, compara<strong>das</strong><br />
com as da Land Rover. De qualquer forma, o<br />
projeto prevê que, em dois anos, possa representar<br />
cerca de 10% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> da PLR”, preconiza Rui<br />
Pinto.<br />
PLR GROUP<br />
GERENTE Rui Pinto<br />
SEDE Zona Industrial do Pinhal de Cascais,<br />
510, 2560 - 123 Ponte do Rol<br />
TELEFONE 261 099 405<br />
Email info@pecasjaguar.com<br />
Site www.pecasjaguar.com<br />
Um cliente, um amigo<br />
O gerente da PLR tem eleva<strong>das</strong> expectativas em<br />
relação ao novo site de peças Jaguar. “As ven<strong>das</strong><br />
online de peças para automóveis terão tendência a<br />
incrementar nos próximos anos. De qualquer forma,<br />
as nossas lojas online distinguem-se da concorrência<br />
pelo atendimento telefónico que proporcionam,<br />
pelo aconselhamento e pelo atendimento<br />
personalizado, que não existe em lojas semelhantes.<br />
Para nós, cada cliente é um amigo e a abertura<br />
à nova marca faz com que a fidelização do cliente<br />
seja mais elevada”, garante.<br />
Fator distintivo é ainda a particularidade de o site<br />
ter sido desenvolvido in house. Outra <strong>das</strong> mais-valias<br />
da PLR no mercado. “Com a evolução da empresa,<br />
tornou-se necessário ter um departamento<br />
de informática e programação interno. Neste momento,<br />
o departamento constrói e gere os sites do<br />
Grupo PLR”, conta. Em relação às características e<br />
funcionalidades do novo site, Rui Pinto mostra-se<br />
ponderado. “Na nossa opinião, não existe muito<br />
por inventar nas lojas online. Na verdade, o site<br />
destaca-se pela possibilidade de consulta de cerca<br />
de 100 mil referências Jaguar, pelo atendimento<br />
personalizado que proporciona e pela possibilidade<br />
de publicar, no momento, imagens do manual<br />
de peças oficial da marca, de forma a que seja mais<br />
fácil ao cliente identificar a peça de que necessita.<br />
Esta funcionalidade aumenta o nosso índice<br />
de produtividade, bem como o do nosso cliente”,<br />
conclui. l<br />
44 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
FATOR DISTINTIVO É AINDA A PARTICULARIDADE DE O SITE<br />
TER SIDO DESENVOLVIDO IN HOUSE, OUTRA DAS MAIS-<br />
VALIAS DA PLR GROUP NO MERCADO
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
SOULIMA, S.A.<br />
HUGO TAVARES É O NOVO DIRETOR-GERAL<br />
A<br />
administração da Soulima, S.A. anunciou a<br />
entrada na empresa de Hugo Tavares como<br />
diretor-geral, que dispõe de vasta experiência<br />
no aftermarket e conta com um amplo currículo<br />
em funções de gestão de empresas, onde obteve excelentes<br />
resultados. Hugo Tavares integrou os quadros<br />
da Soulima, S.A. no dia 24 de março de 2020,<br />
passando a acumular, a par de Ricardo Lima, a<br />
direção de todos os serviços e áreas funcionais da<br />
empresa, ficando ambos a reportar ao Conselho de<br />
Administração. A entrada do novo diretor-geral<br />
surge na sequência da decisão da administração da<br />
Soulima/Lausan, que passa por reforçar a estratégia<br />
a desenvolver e garantir a continuidade dos<br />
projetos em curso, bem como os futuros planos no<br />
aftermarket em Portugal. Uma vez mais, a administração<br />
da Soulima, S.A. compromete-se, apesar<br />
de todo o setor estar a passar por uma crise profunda,<br />
sem que se consiga prever o futuro próximo, a<br />
continuar a dar apoio aos clientes, em particular, e<br />
ao mercado, em geral.<br />
46 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
SERVICEPACK É A SOLUÇÃO<br />
LEMFÖRDER | ServicePack é sinónimo de reparação cuidadosa e competente. Até porque contém to<strong>das</strong> as peças de fixação<br />
necessárias para a montagem com a mesma qualidade do equipamento original <strong>das</strong> peças de substituição Lemförder e permite<br />
uma reparação com base nas instruções originais do fabricante. Assim, as reparações podem ser realiza<strong>das</strong> com rapidez e<br />
segurança. Os ServicePacks da Lemförder, marca da ZF, estão disponíveis para rótulas, braços de suspensão, apoios de braços da<br />
direção e barras estabilizadoras.<br />
DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO<br />
M.F. Pinto | No passado mês de março, a M.F. Pinto deu início à<br />
distribuição exclusiva da marca de compressores de ar condicionado<br />
DTS Clima para o mercado português. Trata-se de uma aposta clara da<br />
empresa sediada na Abrunheira num produto de qualidade, com dois<br />
anos de garantia, que a própria M.F. Pinto acredita que venha a ser<br />
uma marca de referência no aftermarket nacional. “Temos já disponível<br />
em Lisboa e no Porto um stock importante de mais de 280 referências,<br />
que nos permitirá cobrir cerca de 80% do mercado português de<br />
veículos ligeiros de passageiros”, afirmou a empresa em comunicado.<br />
E conclui: “Esta nova área de negócio insere-se na nossa estratégia<br />
de diversificação da oferta de produtos de qualidade no mercado<br />
português”.<br />
APOSTA FORTE NA FORMAÇÃO EM 2020 CONTINUARÁ<br />
RPL Clima | Devido à pandemia de Covid-19, a RPL Clima está a adaptar a sua oferta formativa à nova realidade que o país vive. E a<br />
vertente online é, por isso, a opção. De forma a responder às necessidades de formação, a empresa algarvia, em parceria com o centro de<br />
ensino Saber Sem Limites, retomou a atividade formativa na modalidade de e-learning. As ações de formação arrancaram no dia 20 de abril,<br />
com a “Renovação de Técnico de Intervenção em Sistemas de Ar Condicionado” instalados em veículos a motor. Durante os próximos meses,<br />
serão realizados novos cursos online. Os interessados podem consultar o calendário no site da empresa, em www.rplclima.com.<br />
PUB
Notícias<br />
Empresas<br />
ANECRA<br />
INQUÉRITO DE CONJUNTURA<br />
Face ao momento que o país, em geral, e o setor, em particular, atravessam, fruto de um evento<br />
tão inesperado quanto devastador, com enormes consequências para a vida humana e para a<br />
economia, a ANECRA levou a cabo um Inquérito de Conjuntura - Estado de Emergência face<br />
à Covid-19. O objetivo é propor uma reflexão sobre a situação <strong>das</strong> empresas do setor e, em particular,<br />
dos associados da ANECRA. As respostas foram obti<strong>das</strong> através do site da associação, entre os<br />
dias 30 de março e 9 de abril de 2020, tendo sido valida<strong>das</strong> 481 de empresas. Este estudo aborda<br />
dados como quebra nos serviços, acesso <strong>das</strong> empresas ao regime de lay-off por região e por setor de<br />
atividade, quebra na faturação e fornecimento de peças. Estas são, entre outras, algumas <strong>das</strong> questões<br />
que foram respondi<strong>das</strong> através do inquérito.<br />
DOAÇÃO DE TRÊS MILHÕES<br />
Liqui Moly | Ernst Prost, CEO da LIQUI MOLY, anunciou que<br />
a empresa fez um donativo de três milhões de euros para ajudar<br />
hospitais, ambulâncias e bombeiros a manterem-se sempre<br />
operacionais com produtos gratuitos produzidos pela marca,<br />
durante o tempo em que se mantiver o Estado de Emergência<br />
provocado pela pandemia de Covid-19. “Não sabia que tínhamos<br />
tantas ambulâncias e hospitais na Alemanha. Mas não faz mal:<br />
oferecemos três milhões de euros de produtos gratuitos para<br />
os que se preocupam com a nossa saúde e a nossa vida”, referiu<br />
Ernst Prost. Relativamente à atividade da empresa, continua<br />
a produzir para satisfazer as encomen<strong>das</strong> e aumentar o stock<br />
de produtos em armazém. Ao mesmo tempo,<br />
reforça intensamente a publicidade nos meios de<br />
comunicação e mantém uma presença intensa nas<br />
redes sociais e na televisão, com a difusão de<br />
mais de 200 anúncios. Para a LIQUI MOLY,<br />
os planos de gestão passam por manter<br />
o negócio a funcionar e voltar<br />
a arrancar a todo o gás depois<br />
da crise, estando a prever um<br />
aumento da procura dentro<br />
de, no máximo, quatro a seis<br />
semanas.<br />
PUB<br />
Peças Mitsubishi<br />
Electric Automotive<br />
100% genuínas<br />
Peças elétricas Mitsubishi disponíveis<br />
para o aftermarket independente.<br />
Performance sem compromisso<br />
Desenha<strong>das</strong>, desenvolvi<strong>das</strong> e produzi<strong>das</strong> de acordo com os elevados<br />
padrões de qualidade pelos quais a Mitsubishi Electric é reconhecida,<br />
superando as expectativas dos fabricantes de automóveis e camiões.<br />
Visite o nosso site para encontrar os Distribuidores Autorizados<br />
existentes na sua área ou contacte-nos para obter mais informações.<br />
Encontre um Distribuidor Autorizado e efetue uma encomenda ao visitar<br />
www.aftermarket.mitsubishielectric.eu
UFI FILTERS<br />
BLOQUEIA 2,5 MILHÕES<br />
DE TRANSAÇÕES ILEGAIS<br />
A<br />
UFI Filters está na linha da frente no combate à venda de peças<br />
sobressalentes contrafeitas, tanto nos canais tradicionais<br />
como no comércio eletrónico. Graças ao registo <strong>das</strong> suas marcas<br />
e patentes a nível internacional e à implementação de tecnologias<br />
patentea<strong>das</strong>, a UFI Filters evitou, nos últimos dois anos, um potencial<br />
volume de negócios de quase cinco milhões de euros proveniente de<br />
mercadorias ilegais. Este importante resultado foi alcançado graças<br />
às atividades de Proteção da Marca e Produto supervisiona<strong>das</strong> pela<br />
Divisão Jurídica e pelo Departamento de Propriedade Intelectual<br />
da UFI Filters, que, juntamente com a CONVEY, empresa líder em<br />
serviços de Inteligência na Internet e Proteção de Marca, com sede<br />
em Turim, permitiu o bloqueio de quase 2,5 milhões de transações<br />
ilegais na web. A remoção completa deste volume de anúncios ilegais<br />
<strong>das</strong> plataformas de comércio eletrónico permitiu evitar a colocação<br />
no mercado de peças sobressalentes de produtos de qualidade significativamente<br />
inferior, em comparação com os originais desenvolvidos<br />
pela UFI Filters.<br />
PUB
Notícias<br />
Empresas<br />
PLANO DE APOIO AO SETOR<br />
ACAP | No período de 1 a 14 de abril, o mercado de ligeiros<br />
de passageiros registou uma queda de 86%. Ou seja, neste<br />
período, foram matriculados 838 veículos no nosso país,<br />
quando, no período homólogo de 2019, tinham sido 6.208. “E<br />
há que ter em consideração que a maioria destas matrículas<br />
correspondem a encomen<strong>das</strong> efetua<strong>das</strong> antes de 16 de março.<br />
Ou seja, a partir desta data, a queda foi sempre na ordem<br />
dos 80%. No mercado de viaturas usa<strong>das</strong>, a situação é mais<br />
complicada ainda, porque, depois daquela data, as ven<strong>das</strong><br />
estagnaram completamente”, afirmou a ACAP em comunicado.<br />
De acordo com a associação, esta situação leva-a a concluir que<br />
o setor automóvel é, sem dúvida, dos mais afetados por esta<br />
grave crise. Por isso, propôs ao Governo a tomada de medi<strong>das</strong><br />
para, por um lado, minimizar o impacto desta crise e, por outro,<br />
relançar a procura. A ACAP propõe um aumento imediato da<br />
linha de apoio à compra de veículos elétricos, assim como um<br />
plano de incentivo ao abate de veículos em fim de vida.<br />
ROAD HOUSE<br />
COMO MELHORAR O SERVIÇO OFICINAL<br />
A<br />
queda<br />
na ordem dos 60% nas visitas à oficina, a incapacidade de receber clientes devido a<br />
restrições na mobilidade de grupos considerados não essenciais ou a falta de fornecimento<br />
por parte dos retalhistas, obrigou a grande maioria <strong>das</strong> oficinas em Espanha a fechar portas<br />
durante o Estado de Emergência. Têm sido semanas difíceis, nas quais a falta de clientes coloca em<br />
risco muitas empresas do setor. Mas há quem aproveite o encerramento forçado da oficina para tentar<br />
melhorar os serviços quando a normalidade regressar após o período de confinamento. A Road<br />
House, marca especialista em travagem, incentiva empreendedores e profissionais a fortalecer os<br />
seus negócios com as oito dicas que se seguem: Fortalecer a comunicação; Ofertas especiais; Estratégia<br />
de negócios; Cálculo de margens; Plano de marketing; Afinação de ferramentas e máquinas;<br />
Transformação digital; Redes sociais.<br />
SINÓNIMO DE EXCELÊNCIA<br />
Auto Delta | A empresa de Leiria foi novamente<br />
distinguida com o estatuto de PME Excelência atribuído<br />
pelo IAPMEI, em virtude de um desempenho muito positivo<br />
alcançado durante o ano de 2019. To<strong>das</strong> as PME nacionais<br />
ambicionam esta distinção, que destaca os resultados obtidos<br />
no ano transato, cimentados na solidez e no desempenho<br />
económico-financeiro de determinada organização. A Auto<br />
Delta voltou a ser destacada, fruto da sua autonomia financeira,<br />
da rentabilidade líquida do capital próprio e do crescimento do<br />
volume de negócios, entre outros indicadores. “Este resultado é<br />
mérito de todos: equipas de gestão, administrativa, comercial<br />
e de logística. To<strong>das</strong> motiva<strong>das</strong> para obter o melhor resultado<br />
possível. Também é devido um agradecimento a todos os nossos<br />
parceiros, fornecedores e clientes. Este galardão é de todos”,<br />
pode ler-se na nota de imprensa enviada.<br />
CURSOS EM MODALIDADE DE LIVE TRAINING<br />
ATEC | A academia de formação está a desenvolver um conjunto de cursos online de forma a dotar os profissionais de competências<br />
que os ajudem a fortalecer a sua atividade profissional e a <strong>das</strong> suas empresas. O atual contexto que o país atravessa tem motivado<br />
profun<strong>das</strong> alterações em todos os aspetos da nossa vida, desde a forma como trabalhamos até ao modo como nos relacionamos. Num<br />
curto espaço de tempo, as empresas tiveram de concentrar todos os seus esforços na revisão de estratégias, processos e modelos de<br />
negócio, de forma a conseguirem continuar a apoiar os seus clientes e a comunidade em geral. A ATEC quer ajudar os profissionais<br />
e as empresas a encarar este tempo conturbado como uma oportunidade para apostarem na formação e no desenvolvimento de<br />
competências, fundamentais para garantir competitividade e sustentabilidade futuras. Como tal, está a divulgar vários cursos na área<br />
automóvel em live training (e-learning), sendo alguns deles gratuitos.<br />
50 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PRESENTE NO COMBATE À PANDEMIA<br />
MANN+HUMMEL | A empresa especialista em filtragem, que dispõe de mais de<br />
1.000 engenheiros em todo o mundo, implementou diversas atividades globais para<br />
ajudar a controlar a propagação do novo coronavírus. Com a aquisição do antigo Grupo<br />
Vokes Air, a MANN+HUMMEL tem quase nove déca<strong>das</strong> de experiência e conhecimento<br />
nas áreas de filtragem industrial e filtragem de ar em espaços públicos. Após esta<br />
aquisição, a empresa passou a contar com um portefólio de produtos avançados de<br />
filtragem HEPA e laboratórios especializados em testes de filtragem, além de especialistas<br />
com vasta experiência em filtragem de salas de operações no grupo. O que permite que<br />
a MANN+HUMMEL possa colaborar com a atual situação de pandemia, fornecendo os<br />
filtros HEPA necessários para instalação em salas de isolamento de emergência.<br />
WHATSAPP PARA MELHORAR CONTACTO COM CLIENTES<br />
AUTO Recto | A empresa pretende estar mais acessível aos clientes, proporcionando um contacto mais<br />
direto e mais rápido. Especialista em material elétrico, quer acompanhar, de forma constante, as tendências<br />
de mercado, oferecendo, assim, o melhor a quem escolhe os seus produtos e serviços. A estratégia da Auto<br />
Recto passa por disponibilizar mais opções de comunicação aos clientes, ao ponto de serem estes a escolher a<br />
forma como pretendem chegar até à empresa. No fundo, o objetivo é oferecer um atendimento mais amplo e<br />
completo. Foi a pensar nesta realidade que a empresa aderiu ao WhatsApp. Todos os clientes podem, agora,<br />
telefonar, enviar mensagem escrita ou exibir fotografias com as peças deseja<strong>das</strong>. Apesar da inovação, a Auto<br />
Recto mantém as restantes formas de comunicação a funcionar, pelo que os clientes podem continuar a<br />
contactá-la da mesma forma através da loja online, presencialmente ou via telefone.<br />
PUB<br />
NelsonTripa_II.pdf 1 18/02/20 10:24<br />
APOIO GARANTIDO A TODOS OS CLIENTES<br />
PCC | A situação atual impôs desafios únicos ao país e ao mundo. Por isso, a prioridade<br />
da PCC é (e será sempre, quer haja ou não pandemia), a segurança de colaboradores,<br />
clientes e parceiros. As oficinas de reparação automóvel foram considera<strong>das</strong><br />
essenciais para o funcionamento económico e social do país. A PCC está ciente da sua<br />
responsabilidade e, desta forma, continua a prestar serviços técnicos de manutenção<br />
preventiva e corretiva, garantindo que os clientes continuam a trabalhar com o todo o<br />
seu apoio. Porque é, sobretudo, nos momentos difíceis que vem ao de cima o carácter <strong>das</strong><br />
pessoas e a fibra de que são feitas as organizações, a PCC, especialista em equipamentos,<br />
reitera que está cá para o que der e vier.<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
Sistema de aquecimento<br />
Ar Condicionado<br />
Circuitos de<br />
refrigeração de óleo<br />
Refrigeração do motor<br />
Refrigeração de admissão<br />
do ar<br />
Depósito<br />
expansor<br />
Compressor<br />
Turbina<br />
Radiador de<br />
Aquecimento<br />
SOLUÇÕES EM A/C AUTO<br />
E REFRIGERAÇÃO DE TRANSPORTE<br />
Esquema de refrigeração e climatização ><br />
Válvula de control<br />
de aquecimento<br />
Control do climatizador<br />
CM<br />
Radiador<br />
MY<br />
CY<br />
Interruptor<br />
de Pressão<br />
Evaporador<br />
CMY<br />
Intercooler<br />
Válvula de expanção<br />
K<br />
Filtro<br />
desidratante<br />
Válvula de carga<br />
Condensador<br />
Ventilador<br />
Refrigerador de<br />
óleo auxiliar<br />
Refrigerador de<br />
óleo para mudança<br />
automática<br />
Filtro de<br />
óleo<br />
Refrigerador<br />
de óleo<br />
para filtro<br />
Termostato<br />
Rua Fernando Vicente - Armazém 15 - 2560-677 Torres Vedras<br />
Telefone: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />
Coordena<strong>das</strong> GPS - Latitude 39º5'42.83"N - Longitude 9º15'7,74"W
produto<br />
O OZONO É O DESINFETANTE ECOLÓGICO MAIS POTENTE DO MUNDO, TENDO<br />
UM PODER DE DESINFEÇÃO 3.600 VEZES SUPERIOR AO DO CLORO/LEXÍVIA,<br />
ELIMINANDO VÍRUS, BACTÉRIAS E FUNGOS, ENTRE OUTROS
GERADOR DE OZONO IBKO-10GC<br />
PODER DE DESINFEÇÃO<br />
DESENHADO E CONCEBIDO PARA DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS ATÉ 100 M 2 , O IBKO-10GC É UM GERADOR<br />
DE OZONO PROFISSIONAL COMERCIALIZADO PELA EQUIASSISTE, SENDO UM DOS MELHORES ALIADOS<br />
PARA COMBATER A COVID-19<br />
por<br />
João Vieira<br />
Há mais de 100 anos que o ozono é considerado<br />
como um forte eliminador de vírus na<br />
natureza. Por isso, tem sido muito utilizado<br />
pelas pessoas para desinfeção, esterilização, desodorização<br />
e desintoxicação, graças ao seu forte poder<br />
oxidativo. Se pensarmos que o oxigénio é essencial<br />
para a vida e que pode ajudar a combater a pandemia<br />
de Covid-19 que está a assolar o país e o mundo,<br />
não resta qualquer dúvida que, hoje, mais do que<br />
ontem, é necessário aprender algo sobre o ozono.<br />
O ozono, muitas vezes também designado de “oxigénio<br />
ativo”, é a melhor “arma” da natureza para<br />
limpar o ambiente. Sendo o ozono constituído por<br />
três unidades do elemento O (O3) e como este elemento<br />
tem a capacidade de se ligar a vírus, bactérias,<br />
impurezas, ácaros e maus odores, permite<br />
que as pessoas consigam respirar ar puro sem sair<br />
de casa ou do local de trabalho, já que o resultado<br />
desta união é nada mais nada menos do que moléculas<br />
de oxigénio, acabando os agentes nocivos por<br />
ser anulados ou destruídos.<br />
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde),<br />
o ozono é considerado um potente desinfetante do<br />
ar, capaz de inativar 99% de vírus do Grupo IV (ao<br />
qual pertence o novo coronavírus). É o desinfetante<br />
ecológico mais potente do mundo, tendo um<br />
poder de desinfeção 3.600 vezes superior ao do<br />
cloro/lexívia, eliminando vírus, bactérias e fungos,<br />
entre outros. A sua utilização nas oficinas, através<br />
de um “simples” gerador, transmite segurança<br />
para colaboradores e clientes neste momento de<br />
precaução causado pela pandemia de Covid-19,<br />
ajudando a eliminar elementos patogénicos do ar<br />
purificando o ambiente, bem como todo o tipo de<br />
odores desagradáveis.<br />
Benefícios do gerador de ozono<br />
O IBKO-10GC é fabricado em aço inoxidável. O<br />
seu desenho portátil e a facilidade de manuseamento<br />
fazem com que seja útil e prático em múltiplos<br />
negócios e aplicações. Eis os benefícios e<br />
propriedades do uso de deste gerador de ozono.<br />
Esterilização e desinfeção: o forte poder oxidante<br />
e desinfetante do ozono é capaz de eliminar e impedir<br />
a propagação de vírus e bactérias. Atua destruindo<br />
a parede celular e o ARN. Desodorização:<br />
o ozono tem elevado rendimento na eliminação de<br />
maus odores no ambiente provocados por comida,<br />
tabaco, animais de estimação, outras substâncias<br />
nocivas e obras. Eficiência: o ozono é um gás difuso<br />
e não cria espaços mortos na desinfeção. O<br />
tempo de desinfeção varia em função do espaço a<br />
desinfetar (20 m2 em cerca de 15 minutos, aproximadamente),<br />
conseguindo-se um efeito de esterilização<br />
de 99%. Segurança: o uso de um gerador<br />
de ozono é muito simples. Qualquer pessoa pode<br />
trabalhar com ele sem problema algum. O ozono<br />
gerado decompõe-se em oxigénio, depois da esterilização.<br />
Respeita o meio ambiente e não deixa nenhum<br />
tipo de resíduo. Aplicações: eliminação de<br />
vírus e bactérias; eliminação de odores; eliminação<br />
de fumos; purificação de espaços (escritórios,<br />
quartos, salas, casas, oficinas); desinfeção de WC;<br />
desinfeção de todo o tipo de veículos ligeiros e pesados;<br />
especialmente apropriado para táxis.<br />
AplicaÇÃo no veículo<br />
O veículo é responsável pela disseminação de um<br />
grande número de doenças devido à existência de<br />
milhares de fungos, vírus e bactérias, entre as quais<br />
Legionella, Shigella, Klebsiella pneumoniae ou até<br />
Covid. O ozono, devido ao seu elevado poder oxidante,<br />
pode remover muitos desses microorganismos,<br />
tornando o veículo num lugar mais seguro. O<br />
cheiro de tabaco e animais, por exemplo, entranha-<br />
-se nos tecidos e noutros materiais, permanecendo<br />
ativo por um longo período tempo, sendo difícil<br />
remover esses odores. Assim, somente com o uso<br />
de um gerador de ozono é possível remover maus<br />
odores do interior do veículo sem a necessidade de<br />
usar produtos químicos, pois o ozono pode alterar a<br />
estrutura química <strong>das</strong> moléculas que causam o mau<br />
cheiro num processo chamado oxidação.<br />
Outra <strong>das</strong> vantagens da utilização do gerador de<br />
ozono para a desinfeção do interior dos automóveis<br />
prende-se com a redução de custos. O gerador<br />
utiliza ar, incluindo oxigénio, para gerar ozono.<br />
Por isso, permite uma redução de custos, uma vez<br />
que não é necessário efetuar despesas com produtos<br />
químicos ou outros consumíveis. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 53
entrevista<br />
MIGUEL FRANCO,<br />
VICE PRESIDENT OF BUSINESS DEVELOPMENT<br />
DA STRATIO AUTOMOTIVE<br />
A ÁREA DA MANUTENÇÃO<br />
É MUITO EXAUSTIVA<br />
EM INVESTIGAÇÃO
Sediada em Coimbra e com espaços físicos<br />
em Lisboa, Londres e Singapura, a Stratio<br />
Automotive está, pelo menos desde 2017,<br />
a mudar a indústria da manutenção automóvel,<br />
tornando previsível o imprevisível. Ao fazer com<br />
que as frotas de transporte de mercadorias e de<br />
passageiros sejam mais fiáveis, a empresa criou a<br />
etapa seguinte à manutenção preventiva, recorrendo<br />
à Inteligência Artificial para monitorizar,<br />
continuamente, a saúde mecânica dos veículos,<br />
proporcionando previsibilidade, redução<br />
de custos e aumento de eficiência.<br />
Nesta entrevista, Miguel Franco, vice<br />
president of business development, revela<br />
as principais inovações desenvolvi<strong>das</strong>,<br />
aborda os serviços prestados aos<br />
clientes e explica de que forma está a<br />
Stratio Automotive a apoiar as empresas<br />
de transporte em plena crise sanitária<br />
e económica gerada pela pandemia<br />
de Covid-19.<br />
Quais são os principais serviços que a<br />
Stratio Automotive presta aos<br />
clientes?<br />
Os produtos da Stratio abrangem to<strong>das</strong><br />
as áreas necessárias para uma empresa<br />
de transportes poder gerir, efetivamente,<br />
a sua operação remotamente e em<br />
tempo real, com foco quer ao nível do<br />
veículo quer do motorista. Através da<br />
análise dos dados dos sensores presentes<br />
nos veículos pelos nossos algoritmos de Inteligência<br />
Artificial, a tecnologia da Stratio permite aumentar<br />
a previsibilidade <strong>das</strong> operações ao informar, atempadamente,<br />
os gestores de frota e de manutenção<br />
para a potencial ocorrência de falhas, permitindo às<br />
equipas técnicas agir rapidamente e com acesso prévio<br />
a toda a informação do diagnóstico. A solução<br />
da Stratio oferece, simultaneamente, a capacidade<br />
para as frotas poderem controlar as suas operações<br />
remotamente, o que, hoje, já não é apenas uma otimização,<br />
mas sim uma necessidade devido aos efeitos<br />
da crise do novo coronavírus, que veio obrigar<br />
as empresas do setor a acelerar rapidamente os seus<br />
processos de transição rumo à automação <strong>das</strong> suas<br />
operações. Foi desenvolvida em conjunto com algumas<br />
<strong>das</strong> frotas de transporte de mercadorias com<br />
quem trabalhamos, agregando eco-driving, recolha<br />
remota de dados do tacógrafo e outras funcionalidades<br />
essenciais para a produtividade destas empresas,<br />
como a formação remota de motoristas para<br />
permitir maior economia de combustível e menor<br />
desgaste dos veículos.<br />
Como é que a Stratio está a apoiar as empresas<br />
do setor nesta altura de crise?<br />
Enche-nos de orgulho o facto de estarmos, neste<br />
momento crítico, lado a lado com os clientes a dar<br />
o nosso melhor, de modo a contribuirmos para acelerar<br />
a sua transição para operações controla<strong>das</strong><br />
remotamente. Naturalmente que, neste momento,<br />
estamos muito focados no apoio que podemos<br />
dar na resposta às grandes preocupações do setor,<br />
de modo a assegurar a continuidade dos negócios<br />
dos clientes: maior proteção dos colaboradores e<br />
minimizar o contacto social, gestão de caixa mais<br />
rápida e eficaz com a transição para e-CMR, assim<br />
como ajudá-los a aumentar, rapidamente, a sua<br />
produtividade com a automação de processos.<br />
VELOCIDADE DE NOVOS DESENVOLVIMENTOS,<br />
NOVAS DESCOBERTAS E CAPACIDADE<br />
DE ADAPTAÇÃO. SÃO ESTES OS FATORES<br />
QUE OS CLIENTES (EMPRESAS<br />
DE TRANSPORTE DE MERCADORIAS<br />
E DE PASSAGEIROS) MAIS VALORIZAM<br />
NA STRATIO AUTOMOTIVE. MIGUEL FRANCO,<br />
VICE PRESIDENT OF BUSINESS DEVELOPMENT,<br />
REVELA AS PRINCIPAIS INOVAÇÕES<br />
DESENVOLVIDAS PELA COMPANHIA,<br />
ENFATIZANDO QUE “A ÁREA DA MANUTENÇÃO É<br />
MUITO EXAUSTIVA EM INVESTIGAÇÃO”<br />
por Bruno Castanheira<br />
Que tipo de acompanhamento a Stratio<br />
proporciona aos clientes?<br />
A Stratio oferece aos clientes um serviço personalizado<br />
com a alocação de um gestor de conta especializado<br />
em engenharia automóvel, independentemente<br />
da dimensão do cliente. O apoio começa no<br />
início de cada projeto e cobre o planeamento dos<br />
recursos, a avaliação da aplicabilidade do produto e<br />
a definição de requisitos técnicos. Após implementação<br />
e configuração do sistema no cliente, oferecemos<br />
formação técnica para produtos e serviços, suporte<br />
personalizado e proativo, além de consultoria<br />
para operações de frota. Este processo é adaptado<br />
às necessidades de cada cliente e às características<br />
da sua frota, beneficiando, continuamente, com as<br />
melhorias e atualizações constantes na plataforma e<br />
produtos da Stratio. Para reforçar a capacidade <strong>das</strong><br />
frotas em assegurar uma transição rápida para o<br />
controlo remoto <strong>das</strong> operações nesta altura crucial,<br />
a Stratio reforçou os esforços no apoio direto aos<br />
clientes, estendendo os horários <strong>das</strong> linhas de suporte.<br />
E estamos a disponibilizar planos dedicados<br />
de formação individual ao staff dos clientes.<br />
A Stratio detém tecnologia patenteada e<br />
reconhecida na Europa ao nível do setor<br />
transportes. Quais são as principais inovações da<br />
empresa a este nível?<br />
A plataforma e os respetivos algoritmos de Inteligência<br />
Artificial já são utilizados tanto por frotas<br />
como por fabricantes de veículos. Isto só é possível<br />
pela aposta clara na qualidade e fiabilidade do serviço,<br />
que permitiram que o setor automóvel pudesse<br />
encarar o conceito de manutenção automatizada<br />
como uma ideia do presente, ao invés de uma utopia.<br />
A área da manutenção é muito exaustiva em<br />
investigação. Todos os meses, desenvolvemos novos<br />
modelos de deteção de falhas, aumentamos a<br />
cobertura a novos componentes, novos<br />
veículos e novas tecnologias de powertrain,<br />
enquanto melhoramos modelos<br />
já em produção. De igual forma, estamos,<br />
permanentemente, a desenvolver<br />
novas ideias de modo a dotar o nosso<br />
produto de ferramentas que aportem<br />
valor aos clientes - como é agora o caso<br />
de funcionalidades para gestão remota<br />
e-CMR -, que trazem imensas vantagens<br />
imediatas para a melhoria rápida<br />
e eficaz de gestão de caixa aos clientes.<br />
É um trabalho que exige inovação<br />
constante e, também por isso, é tão entusiasmante.<br />
É a velocidade de novos<br />
desenvolvimentos, novas descobertas e<br />
a capacidade que temos de adaptação<br />
que os clientes mais valorizam.<br />
Quais são as principais parcerias da<br />
Stratio?<br />
No mercado nacional, os nossos maiores<br />
parceiros são, claro, os clientes, entre os quais<br />
a Transportes Paulo Duarte, a Transportes Pascoal<br />
e a Repolho & Rodrigues, isto no transporte<br />
de mercadorias. Já no transporte de passageiros,<br />
são as empresas do Grupo Barraqueiro e a Transdev.<br />
No âmbito <strong>das</strong> parcerias comerciais, podemos<br />
referir o forte apoio da BPN - Comércio e Peças,<br />
que é um exemplo para as parcerias que estamos<br />
a desenvolver noutras geografias. Temos, também,<br />
um acordo de parceria com a ANTRAM, a qual valorizamos<br />
muito pela ligação direta que nos dá ao<br />
segmento do transporte de mercadorias ao nível da<br />
informação disponibilizada acerca <strong>das</strong> reais necessidades<br />
<strong>das</strong> empresas do setor.<br />
Qual é a cobertura geográfica da Stratio no país e<br />
no mundo?<br />
Neste momento, com clientes em todos os distritos<br />
do continente e Madeira, a cobertura da Stratio<br />
no mercado nacional é grande. Temos uma equipa<br />
dedicada que assegura um acompanhamento constante<br />
aos clientes e dispomos de capacidade operacional<br />
para estarmos presentes no terreno a apoiar<br />
os gestores de frota e de manutenção a manterem as<br />
suas operações ativas com o mínimo de disrupções.<br />
Internacionalmente, trabalhamos com algumas <strong>das</strong><br />
maiores frotas da Europa, nomeadamente no Reino<br />
Unido, em Espanha, em França e na Rússia. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 55
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Produto<br />
OSRAM<br />
LUZES DE INSPEÇÃO LEDINSPECT<br />
Após um longo período sem circular, o veículo<br />
precisa de uma vistoria mais profunda.<br />
As luzes de inspeção LEDinspect PRO e<br />
LEDinspect foram especialmente desenvolvi<strong>das</strong><br />
para inspeção e manutenção de veículos. O design<br />
de cada luz de LED tem em consideração o<br />
uso adequado da luminosidade e inclui elementos<br />
adicionais, como ímanes, clipes e ganchos, em diferentes<br />
tamanhos e potências, ideais para facilitar<br />
qualquer trabalho de inspeção e manutenção do<br />
veículo. As LEDinspect PRO da OSRAM consistem<br />
em luzes de gama profissional, ideais para oficinas,<br />
ao passo que asLEDinspect são anuncia<strong>das</strong><br />
como a gama perfeita para DIY, destinada aos<br />
amantes de bricolage. A gama LEDinspect PRO<br />
oferece aos profissionais soluções de iluminação de<br />
LED duradouras, flexíveis, robustas, com sistema<br />
mãos livres e que emitem luz exatamente onde ela<br />
é precisa. É possível escolher a luz de LED que melhor<br />
se adequa ao trabalho de manutenção numa<br />
ampla variedade de modelos. Seja para verificar o<br />
chassis ou para trabalhar no motor, estas luzes de<br />
inspeção da OSRAM fornecem iluminação fiável,<br />
confortável e segura.<br />
56 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
KROFTOOLS<br />
NOVAS FERRAMENTAS<br />
O<br />
trabalho<br />
que a KROFtools tem vindo a desenvolver no<br />
mercado trouxe novas oportunidades de negócio. Esta<br />
marca especialista em ferramentas para o setor automóvel<br />
mantém-se focada em dispor de uma gama de produtos<br />
atualizada, em concordância com as necessidades do mercado.<br />
Dando seguimento a esta política, acrescentou quatro novos artigos<br />
à família Ferramenta Elétrica. A saber: Gambiarra Capot<br />
LED 2x5W multifunções; Gambiarra COB 5W; Suporte Fixação<br />
para gambiarra 1077; Caixa carregadora para gambiarra 1077.<br />
ROLAMENTOS E CUBOS DE RODA MOOG<br />
AleCarPeças | Quando um veículo necessita de travar em segurança, os<br />
rolamentos de roda devem ser verificados, sendo que, cada um deles, é composto<br />
por rolos, grade e pistas internas e externas que devem ser inspeciona<strong>das</strong> quando<br />
apresentam sinais de descoloração, ataque químico, desalinhamento e fraturas. Os kits<br />
de rolamento de roda MOOG disponíveis na AleCarPeças são projetados e fabricados<br />
para garantirem um desempenho ideal e máxima durabilidade. Engenharia de ponta e<br />
fabrico de classe superior fazem com que os kits de rolamentos e cubos de roda MOOG<br />
sejam seguros e confiáveis por mais quilómetros.<br />
jornal <strong>das</strong> oficinas 2020aaa.pdf 1 21/02/2020 15:12<br />
PUB<br />
O Pneu que Procura, a S.José tem!<br />
A gama mais diversificada do mercado<br />
sjosepneus.com<br />
Venda a Profissionais
Notícias<br />
Produto<br />
CEMB<br />
NOVO ALINHAMENTO DE RODAS<br />
O<br />
mais<br />
recente sistema de alinhamento de ro<strong>das</strong> CCD da CEMB dá pelo nome de<br />
DWA1100. Este novo equipamento, graças ao facto de dispor de evoluídos componentes<br />
eletrónicos, software intuitivo, gráficos user-friendly que orientam o utilizador<br />
em to<strong>das</strong> as operações de alinhamento e banco de dados constantemente atualizado<br />
que permite uma seleção rápida dos diferentes veículos, assegura uma medição rápida e<br />
precisa de todos os parâmetros de alinhamento. Além disso, a função “Audit”, para identificação<br />
de problemas de condução resultantes de medi<strong>das</strong> não contempla<strong>das</strong> nas especificações,<br />
oferece um suporte válido para a venda de serviços de regulamentação. Os detetores<br />
CCD de oito sensores, equipados com baterias de longa duração, comunicam com<br />
o computador utilizando uma frequência de transmissão de 2,4 GHz, garantindo uma<br />
comunicação estável e fiável durante um longo período.<br />
CABO DE CONTROLO DT SPARE Parts<br />
Diesel Technic Group | O cabo de controlo (referência 2.32914)<br />
da DT Spare Parts aciona a caixa de velocidades e tem a função de transmitir<br />
energia através de uma malha metálica ou de um cabo metálico flexível.<br />
O cabo está protegido por uma bainha de polietileno flexível resistente<br />
à pressão. A bainha guia o cabo e, devido à sua natureza, também pode<br />
facilitar a transmissão de energia com formas curvas ou complexas. A<br />
DT Spare Parts, marca do Diesel Technic Group, alerta para o facto de,<br />
no momento da substituição, ter-se em atenção a instalação correta<br />
de comprimentos, cores e terminais do cabo de controlo, devendo ser<br />
consulta<strong>das</strong> as especificações do fabricante do veículo.<br />
EM PLENA atiVIDADE COM PRODUTOS atuaLIZADOS<br />
Kroon-Oil | “Mesmo nestes tempos sem precedentes e preocupantes, as nossas operações não<br />
pararam. Ao respeitarmos regras e regulamentos, bem como ao operarmos de forma compatível e com o<br />
maior cuidado, podemos continuar a nossa atividade, defendendo sempre aquilo que somos: especialista<br />
em lubrificantes”. Começa assim o comunicado enviado pelo fabricante holandês Kroon-Oil, que dá conta<br />
de desenvolvimentos técnicos, quer por parte dos OEMs, quer na área de aditivos e óleos básicos, que,<br />
regra geral, resultam em atualizações e melhorias aplicada nos seus produtos.<br />
Recentemente, a Kroon-Oil efetuou diversas alterações na sua linha de óleos. Mudanças essas que<br />
trouxeram atualizações de produtos já existentes e introdução de novos. A saber:<br />
• O Avanza MSP+ 5W-30 substituiu o Avanza MSP 5W-30;<br />
• Atualização do Asyntho 5W-30;<br />
• Introdução do novo Meganza MSP 5W-30;<br />
• Introdução do novo Enersynth FE 0W-16 ;<br />
• Introdução do novo SP Gear 5015;<br />
• O novo Meganza MSP FE 0W-20 estará disponível brevemente.<br />
Mais informações sobre os produtos e a sua aplicação correta, podem ser obti<strong>das</strong> no site da Kroon-Oil.<br />
NOVO GERADOR DE OZONO DA OPEN Parts<br />
AleCarPeças | Nunca a higienização e desinfeção estiveram tão na ordem do dia. A<br />
crise do novo coronavírus tornou absolutamente necessária a utilização de equipamentos<br />
de limpeza. O gerador de ozono X-PRO Safety, da marca Open Parts, comercializado pela<br />
AleCarPeças é um deles. Dispõe de tecnologia de quartzo que gera, artificialmente, ozono,<br />
transformando O 2 para O3 através do efeito de coroa, o que, comparado com os geradores<br />
de placas comuns, não produz gases nocivos à saúde (nitrogénio e dióxido de nitrogénio).<br />
A vida útil do equipamento (20 mil horas) é mais do dobro da duração de outras versões<br />
existentes no mercado, como, por exemplo, placa de cerâmica. Adequado para higienização<br />
de veículos (ligeiros até autocarros) de várias dimensões, salas pequenas e médias até<br />
70m², o gerador de ozono X-PRO Safety da Open Parts, comercializado pela AleCarPeças,<br />
não requer manutenção. A estrutura portátil (pesa 3,5 kg) e acessível permite higienizar o<br />
veículo em quatro etapas simples. A saber: posicionar o gerador no habitáculo do veículo;<br />
definir os tempos de higienização desejados; feche o veículo e aguardar o tratamento;<br />
retirar o equipamento e ventilar o habitáculo. A higiene e limpeza de ambientes e veículos<br />
são elementos essenciais para a segurança e saúde do técnico de reparação e do condutor.<br />
Estudos científicos referem que a higienização por ozono é mais poderosa cerca de duas mil<br />
vezes do que qualquer tratamento tradicional, eliminando bactérias, alérgenos e bolores do<br />
meio ambiente, reduzindo, significativamente, os riscos de contaminação e infeção por vírus.<br />
O ozono tem uma forte ação desinfetante e esterilizante, graças ao seu poder oxidante, capaz<br />
de destruir bactérias, mofo e inativar vírus.<br />
58 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Classificados<br />
09mod_APMariaPia_vw_2016.pdf 2 17/07/19 11:55<br />
41jeep_CROWN_vrs_8modulos.pdf 3 28/06/19 15:38<br />
AUTO PEÇAS MARIA PIA, LDA<br />
“Com 25 anos de experiência”<br />
C<br />
C<br />
M<br />
M<br />
Y<br />
Y<br />
CM<br />
CM<br />
MY<br />
MY<br />
CY<br />
CY<br />
CMY<br />
CMY<br />
K<br />
K<br />
HORÁRIO >2ª a 6ª Feira - 9h às 12h30 - 14h30 às18h30 >Sábado - 8h às 12h<br />
Especializados nas marcas VW, SKODA, SEAT, AUDI e em peças para VW Carocha<br />
Tel.: 213 964 690 | 213 964 837 | Fax: 213 971487<br />
Rua Freitas Gazul,13B - C. Ourique - 1350-148 Lisboa<br />
autopecasmariapia@gmail.com<br />
GRANDE VARIEDADE DE PEÇAS JEEP<br />
. .<br />
geral@41jeep.com 261 931 456 www.41jeep.com
Passo a Passo<br />
Colaboração<br />
Centro ZARAGOZA<br />
www.centro-zaragoza.com<br />
1<br />
Identificação do tipo de plástico<br />
por código gravado na parte<br />
interior ou, em alternativa, por<br />
ensaio de pirólise<br />
REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS<br />
POR SOLDADURA<br />
A REPARAÇÃO POR SOLDADURA É O MÉTODO MAIS UTILIZADO NOS TERMOPLÁSTICOS, PROPORCIONANDO<br />
EXCELENTES RESULTADOS. EM SEGUIDA, REVELAMOS O CONJUNTO DE OPERAÇÕES DE TRABALHO ADOTADAS<br />
NA REPARAÇÃO DE UMA RANHURA<br />
Como aspetos fundamentais a ter em conta, encontram-se os seguintes: tipo de plástico da peça (o qual deve ser o mesmo do que o da vareta de adição), ajuste<br />
da temperatura de soldadura no maçarico de ar quente e preparação da zona em “V” ou “X” para a inserção da vareta. Durante o processo de soldadura, também<br />
é fundamental a aplicação de movimento pendular no maçarico, ao mesmo tempo que se exerce ligeira pressão sobre a vareta, facilitando-se, desta forma, a sua<br />
inserção na zona.<br />
2<br />
5 8<br />
9<br />
Delimitação, através de berbequim e<br />
broca, <strong>das</strong> extremidades da ranhura<br />
Soldadura/ponteado da base da<br />
ranhura sem adição de material para<br />
alinhar superfícies<br />
3 6 10<br />
Corte da parte restante da vareta<br />
Consoante o dano, pode ser<br />
conveniente reforçar a zona<br />
aplicando cordões adicionais nos<br />
dois lados do cordão de soldadura<br />
principal<br />
Preparação de superfícies: limpar<br />
zona, eliminar resíduos de pintura,<br />
realizar bisel em forma de “X” ou “V”<br />
de acordo com a espessura da peça e<br />
voltar a limpar<br />
4 7<br />
Realização, na extremidade da<br />
vareta, de um corte oblíquo e em<br />
forma de seta para facilitar a sua<br />
inserção na zona<br />
Seleção da vareta de material<br />
igual ao da peça e regulação da<br />
temperatura do maçarico de ar<br />
quente para este material<br />
Soldadura de um cordão de vareta<br />
pela parte interior e outro pela parte<br />
exterior da rutura, aplicando calor<br />
com o maçarico na vareta e na zona<br />
Acabamento final da parte exterior vista: desbaste do cordão e lixamento<br />
60 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Técnica<br />
&Serviço<br />
TECNOLOGIA ADESIVA PARA COLAGEM DE VIDROS<br />
SUBSTITUIÇÃO DE<br />
PARA-BRISAS COLADO<br />
OS FABRICANTES DE ADESIVOS INOVAM CONSTANTEMENTE PARA CONSEGUIR PRODUTOS DE GRANDE<br />
QUALIDADE, REDUZINDO OS TEMPOS DE ENTREGA DO VEÍCULO. A TECNOLOGIA ADESIVA GANHA A CADA<br />
DIA MAIS FORÇA NO RAMO AUTOMÓVEL. IMPLICA UM GRANDE DESAFIO PARA O SETOR REPARADOR<br />
E EXIGE A FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS TÉCNICOS<br />
62 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Colaboração Centro CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
da cura, reação química por meio<br />
da qual se unem as moléculas do<br />
adesivo, atinge um estado sólido final<br />
que resiste às tensões de separação<br />
(coesão). Para se trabalhar com<br />
adesivos, são aspetos fundamentais<br />
a sua correta escolha, a preparação<br />
<strong>das</strong> superfícies, a conceção da junta,<br />
a preparação e aplicação do adesivo,<br />
o processo de cura e a sua durabilidade,<br />
entre outros. Caso estes não<br />
sejam considerados, podem ser origina<strong>das</strong><br />
uniões que não correspondem<br />
às expectativas.<br />
A união dos vidros à carroçaria ocorre<br />
através de aderência, sendo utilizados<br />
adesivos elásticos de poliuretano, que<br />
promovem uma união estanque e resistente.<br />
Isto acontece devido à boa<br />
aderência do adesivo sobre os substratos<br />
da carroçaria (aço, alumínio,<br />
plásticos termoplásticos, termoestáveis)<br />
e vidro. Neste tipo de uniões, o<br />
vidro faz parte da estrutura da carroçaria.<br />
Por outro lado, a elasticidade do<br />
adesivo absorve as vibrações, evitando<br />
a quebra do vidro, e insonoriza<br />
o habitáculo. A sua utilização abrange<br />
todos os vidros fixos dos ligeiros e<br />
foi incluída em todos os veículos industriais.<br />
O procedimento de substituição de<br />
um para-brisas colado compreende<br />
uma série de passos que têm de ser<br />
respeitados para se conseguir uma<br />
colagem eficaz. A saber:<br />
Existem múltiplas técnicas de<br />
união para a montagem <strong>das</strong><br />
peças da carroçaria. As mais<br />
utiliza<strong>das</strong> são a soldadura, a rebitagem<br />
e a colagem. Por este motivo,<br />
o processo de seleção e combinação<br />
destas técnicas é determinante para<br />
o fabrico de veículos. Os adesivos sofreram<br />
um grande desenvolvimento<br />
nos últimos anos, razão pela qual se<br />
incluem como alternativa ou como<br />
única opção para unir materiais de<br />
diferente natureza e com espessuras<br />
muito finas.<br />
Um adesivo é uma substância de carácter<br />
não metálico, capaz de unir<br />
materiais graças ao contacto <strong>das</strong><br />
suas superfícies (aderência). Através<br />
1<br />
• Utilização de ferramentas especiais<br />
para desmontagem do vidro a substituir,<br />
que permitam o corte do adesivo<br />
de união entre o vidro e a carroçaria;<br />
• Acondicionamento <strong>das</strong> superfícies<br />
de união para garantir a eficácia do<br />
adesivo;<br />
• Aplicação do adesivo indicado às<br />
peculiaridades dos vidros;<br />
• Respeito pelo tempo de espera necessário<br />
para a cura do adesivo, que<br />
implica a imobilização do veículo.<br />
Preparação de superfícies<br />
As superfícies dos corpos são muito<br />
complexas, com características distintas,<br />
inclusivamente as poli<strong>das</strong> ou<br />
considera<strong>das</strong> muito lisas. A textura<br />
da superfície que resulta do acaba-<br />
1 | Aplicação do spray de limpeza 2 | Remoção do adesivo 3 | Primário 4 | Ativador<br />
2<br />
3 4<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 63
TECNOLOGIA<br />
ADESIVA PARA<br />
COLAGEM DE<br />
VIDROS<br />
mento final, tem grande importância<br />
e influência no momento de definir<br />
propriedades, como desgaste, resistência<br />
à fadiga, capacidade de aderência<br />
e aspeto externo de uma peça,<br />
entre outros. Dependendo da superfície,<br />
o processo variará e permitirá<br />
assegurar a aderência. Em traços<br />
gerais, os tratamentos superficiais<br />
genéricos exigidos para utilização<br />
de adesivos são os seguintes: limpeza<br />
e desengorduramento, que se<br />
pode realizar por fricção, imersão ou<br />
spray; tratamentos mecânicos, que<br />
consistem em modificar a topografia<br />
da superfície através de lixamento,<br />
escovagem ou granalhagem; tratamentos<br />
físicos, que se realizam por<br />
intermédio de flamejamento; tratamentos<br />
químicos, baseados em produtos<br />
que aumentam a polaridade da<br />
superfície, melhorando a aderência.<br />
O mais utilizado é o primário, substância<br />
usada como meio intermédio<br />
entre o adesivo e o substrato para<br />
facilitar a aderência por compatibilidade<br />
química entre ambos, melhorando<br />
a energia superficial.<br />
A colagem de vidros consiste numa<br />
união estrutural com adesivo elástico.<br />
O processo de montagem de<br />
vidros colados começa com a preparação<br />
<strong>das</strong> superfícies, o passo mais<br />
importante. Existem dois casos bem<br />
diferenciados: os substratos, vidro e<br />
carroçaria, apresentam resíduos do<br />
poliuretano antigo ou então os dois<br />
que haverá que reabilitar a superfície.<br />
A seguir, limpam-se e desengorduram-se<br />
os substratos a unir. Esta<br />
operação deve ser realizada com toalhitas<br />
impregna<strong>das</strong> e com produtos<br />
de limpeza específicos ou dissolventes<br />
orgânicos puros (xileno, acetona,<br />
tricloretileno, percloretileno), que<br />
possam ser considerados adequados.<br />
Neste caso, não é necessário aplicar<br />
primário, visto que o adesivo colocado<br />
revela muito boa aderência sobre<br />
o antigo.<br />
Nas superfícies em que se tiver eliminado<br />
todo o poliuretano ou em<br />
zonas pinta<strong>das</strong>, uma vez limpas e<br />
desengordura<strong>das</strong>, é recomendável<br />
modificar a topografia através de um<br />
lixamento fino, limpando e aplicando<br />
um primário para aumentar a<br />
aderência nessa zona. Se o vidro for<br />
novo, deve ser efetuada uma limpeza<br />
do contorno com o produto adequado.<br />
Uma vez evaporado o produto<br />
de limpeza, aplica-se o promotor de<br />
aderência ou primário.<br />
A função do primário é garantir<br />
uma união perfeita, conseguindo-se<br />
que ocorra o fenómeno de aderência<br />
entre dois materiais, garantindo<br />
que o adesivo fique com a superfície<br />
molhada e aumente a sua energia<br />
superficial para que a união ocorra.<br />
Este primário é de cor preta e, aplicado<br />
sobre o vidro, também cumpre<br />
a missão de proteger o poliuretano<br />
5<br />
5 | Adesivo 6 | Fixação do vidro<br />
A COLAGEM DE VIDROS CONSISTE NUMA UNIÃO ESTRUTURAL COM ADESIVO<br />
ELÁSTICO. O PROCESSO DE MONTAGEM DE VIDROS COLADOS COMEÇA COM<br />
A PREPARAção DAS SUPERFÍCIES, QUE É O PASSO MAIS IMPORTANTE<br />
substratos são novos (ou foi realizada<br />
uma pintura).<br />
Após a desmontagem do vidro, para<br />
se proceder à sua montagem têm de<br />
ser eliminados os resíduos de poliuretano<br />
da carroçaria e do vidro.<br />
Se for recuperado, para evitar que o<br />
adesivo cortado se deteriore, não é<br />
recomendável deixá-lo mais de duas<br />
horas antes de montar o vidro. Nestes<br />
casos, é conveniente deixar uma<br />
base de poliuretano de 1 ou 2 mm de<br />
espessura para garantir a aderência<br />
do novo. Caso se detete deterioração,<br />
o adesivo velho poderá apresentar<br />
óxido ou tinta sem aderência, pelo<br />
contra a radiação ultravioleta do sol,<br />
que provoca a sua degradação.<br />
Aplicação do adesivo<br />
Os adesivos utilizados na colagem<br />
de vidros são testados e caracterizados<br />
pelo fabricante. Podem considerar-se<br />
adesivos de alta qualidade e o<br />
utilizador apenas se deve preocupar<br />
com a sua aplicação correta, seguindo<br />
as instruções do fabricante. Caso<br />
se utilize poliuretano monocomponente,<br />
a sua reação com a humidade<br />
atmosférica provoca a sua polimerização.<br />
É fornecido pronto a utilizar<br />
e não requer preparação prévia. Caso<br />
se utilize poliuretano bicomponente,<br />
a sua polimerização é resultado da<br />
reação desencadeada pela mistura<br />
dos seus dois componentes. Para a<br />
sua mistura, são utiliza<strong>das</strong> cânulas<br />
especiais. Também existem polímeros<br />
ou híbridos. Trata-se de adesivos sem<br />
radicais livres, isocianatos e PVC baseados<br />
em pré-polímeros terminados<br />
de silano ou poliuretano híbrido. Têm<br />
muito boa aderência em superfícies<br />
sem pré-tratamento. Cumprem os requisitos<br />
de estanquidade, aderência,<br />
resistência e elasticidade requeridos<br />
pelos fabricantes. Também exibem<br />
propriedades adicionais de alto módulo<br />
e baixa condutividade elétrica<br />
para serem utilizados em carroçarias<br />
de alumínio e em vidros com sensores<br />
eletrónicos integrados, evitando a<br />
corrosão e interferências na utilização<br />
de equipamentos eletrónicos.<br />
Para se conseguir a altura correta do<br />
cordão de adesivo e uma distribuição<br />
uniforme <strong>das</strong> tensões, colocam-se tacos<br />
de altura. Depois da preparação<br />
do bico, do poliuretano, da pistola de<br />
aplicação e decorridos 10 minutos,<br />
tempo necessário para que o primário<br />
seque, começa a aplicação. Esta<br />
realiza-se a uma velocidade constante<br />
para se conseguir uma altura uni-<br />
64 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
forme do cordão sobre a carroçaria<br />
ou sobre o vidro.<br />
Colocação do vidro<br />
Uma vez aplicado o adesivo, coloca-se<br />
o vidro imediatamente,<br />
dado que o tempo de formação<br />
da pele de poliuretano é relativamente<br />
reduzido (e pode variar<br />
em função <strong>das</strong> condições atmosféricas).<br />
Centra-se o mesmo na<br />
moldura e pressiona-se ligeiramente<br />
até que as borrachas<br />
de contorno fiquem assentes e<br />
o ajustem sobre a moldura ou<br />
chegue aos tacos de altura, assegurando<br />
o contacto total entre<br />
o vidro, o adesivo e a carroçaria.<br />
Devem evitar-se excessos de<br />
pressão, assim como panca<strong>das</strong><br />
localiza<strong>das</strong>, que podem partir o<br />
vidro e apertar, excessivamente,<br />
o cordão de poliuretano.<br />
Cura do adesivo<br />
A cura do adesivo é o processo de<br />
polimerização ou secagem no qual<br />
aplica o adesivo até que se coloca<br />
a peça a unir;<br />
• Tempo de manipulação - período<br />
que deve decorrer para que o<br />
adesivo adquira as prestações suficientes<br />
e possa continuar com<br />
outro processo de trabalho (no<br />
caso dos vidros, desde que se aplica<br />
até que se entrega o veículo);<br />
• Tempo de cura – período necessário<br />
para adquirir as suas prestações<br />
finais com máximo rendimento<br />
(normalmente, 24 horas).<br />
A cura dos adesivos monocomponentes<br />
(1K) ocorre através da<br />
absorção de humidade e é relativamente<br />
lenta. No caso dos<br />
bicomponentes (2K), a secagem<br />
ocorre pela reação química que<br />
tem lugar quando se misturam<br />
o poliuretano e o seu catalisador.<br />
Este tipo de adesivos costuma<br />
apresentar uma cura mais<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
Nós damos uma mãozinha<br />
Não fazemos<br />
manutenção automóvel,<br />
mas fazemos a manutenção<br />
da sua terminologia!<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA<br />
Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />
relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />
profissionais especializados em várias áreas<br />
da indústria e uma tecnologia que nos permite<br />
criar projetos à medida de cada cliente.<br />
sofre um endurecimento para se<br />
tornar num material resistente e<br />
coeso. Durante a utilização dos<br />
adesivos, devem ser tidos em conta<br />
os seguintes requisitos:<br />
• Tempo de trabalho - período<br />
máximo durante o qual o adesivo<br />
pode ser utilizado. Caso se exceda,<br />
já não é válido;<br />
• Tempo aberto - intervalo máximo<br />
que decorre desde que se<br />
uniforme e rápida. Uma vez colocado<br />
o vidro do para-brisas, é<br />
necessário que decorra o tempo<br />
adequado antes de entregar o<br />
veículo. É conhecido como tempo<br />
de imobilização, intervalo<br />
mínimo necessário para que o<br />
adesivo adquira uma resistência<br />
suficiente e o veículo possa circular<br />
com total garantia. Alcançará<br />
a resistência final quando ocorrer<br />
a sua cura completa, normalmente<br />
24 horas. l<br />
6<br />
PUB<br />
CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA<br />
Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />
as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />
uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong><br />
as repetições em novos projetos e baixar<br />
consideravelmente o valor final do documento,<br />
mantendo a terminilogia e o estilo<br />
de comunicação já existentes. Um programa<br />
criado a pensar em si!<br />
Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />
Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt
epintura
CROMAX CHROMAWEB<br />
GESTÃO DE COR<br />
NA PONTA DOS DEDOS<br />
A NOVA APLICAÇÃO CHROMAWEB DA CROMAX, PARA SMARTPHONES E TABLETS, ESTÁ, AGORA,<br />
DISPONÍVEL NA APP STORE E NO GOOGLE PLAY. A APP É RÁPIDA E FÁCIL DE USAR, DISPONDO<br />
DE UMA INTERFACE USER-FRIENDLY QUE INCLUI TODAS AS FUNCIONALIDADES DO SOFTWARE<br />
PRINCIPAL CHROMAWEB por João Vieira<br />
A<br />
aplicação ChromaWeb é gratuita e proporciona<br />
a mesma funcionalidade do abrangente<br />
software ChromaWeb de procura de<br />
cor da Cromax baseado na web. Mas inclui algumas<br />
funcionalidades adicionais, como, por exemplo,<br />
um leitor de código de barras, que oferece uma<br />
solução de valor acrescentado para a combinação<br />
digital de cores. A app ChromaWeb contribui para<br />
que os pintores trabalhem de forma mais rápida<br />
e mais precisa, permitindo-lhes aceder e partilhar<br />
dados de cores com a balança por IP para a mistura<br />
de fórmulas com a oficina ou com uma rede de<br />
oficinas em movimento. Em conjunto com o espectrofotómetro<br />
ChromaVision Pro Mini, a aplicação<br />
ChromaWeb constitui o sistema de gestão de cores<br />
digital mais avançado: Cromax ChromaConnect.<br />
A app ChromaWeb é parte integrante do ChromaConnect<br />
e permite acesso direto a uma base de<br />
dados de produtos e cores global. A aplicação integra-se<br />
na perfeição na infraestrutura digital <strong>das</strong><br />
oficinas e será particularmente útil às redes, uma<br />
vez que permite a partilha rápida e fácil de fórmulas<br />
de cores em diferentes localizações.<br />
Com esta aplicação, to<strong>das</strong> as fórmulas pessoais são<br />
guarda<strong>das</strong> automaticamente na “nuvem”, para que<br />
possam ser acedi<strong>das</strong> onde e quando forem necessárias.<br />
Além disso, a aplicação ajuda os utilizadores<br />
a verificarem a quantidade de tinta necessária para<br />
uma reparação específica. A aplicação ChromaWeb<br />
proporciona um acesso fácil e rápido a uma base<br />
de dados de cores que está sempre atualizada, contribuindo<br />
para as oficinas aumentarem a produção<br />
e precisão. Além disso, torna mais rápido o acesso<br />
a fórmulas de cores e facilita a gestão de produtos.<br />
Otimizar a produtividade<br />
Como o seu próprio nome indica, o ChromaWeb<br />
é um pacote de software baseado na web que inclui<br />
todos os módulos ColorNet Pro atuais. Mas<br />
o ChromaWeb dispõe de novas e percetíveis vantagens.<br />
A primeira, é que as atualizações de cor,<br />
de produto e de software são imediatas, bastando<br />
apenas um clique desde que efetuada a ligação à<br />
Internet. A segunda vantagem principal, é que o<br />
ChromaWeb está totalmente acessível através de<br />
qualquer dispositivo, incluindo smartphones e tablets.<br />
Tudo isto, combinado com o software baseado<br />
na Cloud, proporciona enormes benefícios para<br />
to<strong>das</strong> as oficinas, especialmente para aquelas de<br />
maior dimensão e para as inseri<strong>das</strong> em rede.<br />
Os pintores podem aceder a fórmulas desenvolvi<strong>das</strong><br />
noutros locais por outros profissionais, sem<br />
necessidade de protocolos especiais. E as oficinas<br />
podem ainda beneficiar da produtividade conferida<br />
pelo desempenho melhorado de correspondência<br />
de cor do software e pelo enriquecimento<br />
da interface em geral. Ao descarregar a versão<br />
mais recente da app do software de gestão de cor<br />
ChromaWeb, o pintor tem acesso aos mais evoluídos<br />
recursos e avanços. A app é rápida e fácil de<br />
utilizar, dispondo de uma interface user-friendly<br />
que inclui to<strong>das</strong> as funcionalidades do software<br />
principal ChromaWeb. E contempla, também, as<br />
opções de digitalização em dispositivos móveis<br />
para maior comodidade. As oficinas podem ainda<br />
beneficiar da produtividade conferida pelo desempenho<br />
melhorado da correspondência de cor<br />
do software e pelo enriquecimento da interface<br />
em geral. l<br />
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS<br />
DO CHROMAWEB<br />
l Atualizações imediatas de fórmulas de cor, produto e<br />
programa quando ligado à Internet<br />
l Cópia de segurança automática de dados para a “nuvem”<br />
quando online<br />
l Fácil partilha de fórmulas entre diferentes locais<br />
l As últimas cinco pesquisas de cor mantêm-se disponíveis<br />
na pesquisa da web<br />
l Completo acesso a partir de dispositivos, incluindo<br />
smartphones e tablets<br />
l Interface de fácil utilização<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 67
NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />
repintura<br />
AXALTA DOA EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL<br />
Axalta encontra-se a produzir milhares de litros de álcool em gel e a fornecer<br />
equipamento médico a hospitais, pessoal de primeira intervenção e<br />
A<br />
colaboradores nas suas comunidades locais em todo o mundo. O fabricante de<br />
tintas para automóveis anunciou que está a potenciar as suas operações mundiais<br />
e conhecimento técnico para fornecer equipamento e produtos essenciais<br />
a pessoas e organizações nas suas comunidades locais em todo o mundo para<br />
combater a disseminação do novo coronavírus. E, para tal, está a utilizar a sua<br />
capacidade de produção e a fornecer stocks de abastecimento para oferecer<br />
produtos que fazem a diferença onde são mais necessários, como em quartos<br />
de hospitais, ambulâncias ou áreas de produção. Os esforços da Axalta no<br />
combate ao novo coronavírus incluem o fabrico de milhares de litros de álcool<br />
em gel e a doação de equipamento de proteção individual (EPI), como máscaras<br />
(incluindo o seu stock de máscaras N-95), macacões, toucas fecha<strong>das</strong> e<br />
mangas de proteção a hospitais em todo o mundo.<br />
68 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
SPIES HECKER E STANDOX ATÉ 2023<br />
Mercedes-Benz | Desde o dia 1 de abril que as marcas Spies Hecker e Standox<br />
foram novamente aprova<strong>das</strong> para serem utiliza<strong>das</strong> na rede Mercedes-Benz em 11<br />
países europeus até 31 de março de 2023. Este acordo vem juntar-se às aprovações da<br />
Mercedes-Benz existentes com as duas marcas da Axalta em mais de 60 países a nível<br />
mundial. Além disso, a Standox foi nomeada “Parceiro Preferido” da Mercedes-Benz<br />
em Espanha, Itália e República Checa. A Hi-TEC da Spies Hecker e a Standoblue da<br />
Standox, terceira geração da base bicamada aquosa destas marcas, são especialmente<br />
adequa<strong>das</strong> para a rede Mercedes-Benz, uma vez que proporcionam uma excelente<br />
combinação de cores e soluções personaliza<strong>das</strong> para acabamentos superiores e<br />
duradouros. Nos termos do acordo, a Spies Hecker e a Standox não só fornecerão tintas<br />
de repintura às oficinas Mercedes-Benz, como, também, assegurarão formação técnica<br />
da mais elevada qualidade, assistência na gestão da cor, consultoria e apoio.<br />
ASB<br />
LIMPEZA E DESINFEÇÃO<br />
Tendo em conta o panorama atual, a Álvaro de Sousa Borrego, S.A. tem feito<br />
todos os esforços para responder da melhor forma às necessidades que surgem<br />
no âmbito da pandemia de Covid-19. A empresa está a trabalhar no<br />
sentido de melhor satisfazer os clientes e procurar soluções que ajudam no combate<br />
à propagação do novo coronavírus. A oferta de produtos de limpeza e desinfeção é<br />
abrangente, destacando-se o desinfectante Sanit Clean, em embalagens de cinco<br />
litros (ref.ª DV14104), o gel desinfetante para mãos, também em embalagens de<br />
cinco litros (ref.ª DV14107) e as luvas de látex, disponíveis em caixas de 100 unidades<br />
(ref.ª DV09503). Para mais informações, visitar www.asborrego.pt.<br />
ELEITA MELHOR MARCA DE<br />
CAR CARE NA ALEMANHA<br />
SONAX | Pela 15.ª vez consecutiva, a SONAX, que está<br />
disponível na KRAUTLI Portugal, é a marca de car care<br />
mais apreciada e reconhecida no mercado alemão, na<br />
categoria de “Produtos para Cuidado Automóvel”, pelos<br />
leitores de várias revistas especializa<strong>das</strong>, nomeadamente<br />
“Auto Motor und Sport”, “Auto Bild” e “Auto Zeitung”. Na<br />
votação para “Top Brands 2020”, é generalizado que a<br />
SONAX se trata de uma marca em que se pode confiar<br />
e cujo nome é garantia de qualidade. A “Marca Líder”<br />
para produtos de cuidado automóvel chama-se “SONAX”.<br />
Este reconhecimento da SONAX vem reforçar a aposta da<br />
KRAUTLI Portugal em marcas e produtos de qualidade.<br />
AJUDA E SOLIDARIEDADE<br />
PARA TRAVAR A PANDEMIA<br />
PPG | Atendendo à situação sem precedentes que o mundo<br />
está a atravessar em termos sanitários, a PPG doou material<br />
de segurança para os profissionais de saúde. E está a ajudar<br />
diretamente diferentes comunidades, em muitos casos<br />
através da Cruz Vermelha, cuja delegação na China, por<br />
exemplo, recebeu uma doação no valor de mais de 130 mil<br />
euros. Em Espanha, a sede da empresa em Rubí (Barcelona)<br />
doou vários materiais de segurança dos seus centros de<br />
formação Refinish para serem utilizados por profissionais<br />
de saúde. Nos EUA, entregou 80 mil máscaras especiais para<br />
hospitais, bem como máscaras cirúrgicas para bombeiros.<br />
Além disso, está a fabricar gel desinfetante para mãos.<br />
PROTOCOLO DE SEGURANÇA NO<br />
COMBATE AO CORONAVÍRUS<br />
AUTOBRillante | Integrado na rotina da oficina, desde<br />
o momento da receção do veículo até à entrega do mesmo ao<br />
cliente após a conclusão do processo de manutenção ou reparação,<br />
o protocolo de limpeza e desinfeção da Autobrillante sistematiza<br />
a higiene de pessoas e viaturas. Além disso, no futuro, esta será,<br />
de resto, a metodologia standard para inúmeros concessionários<br />
e oficinas multimarca. Trata-se de um processo que contempla<br />
cinco passos e que garante a segurança de técnicos de oficina e<br />
clientes. De acordo com a Autobrillante, ”este protocolo de limpeza<br />
e desinfeção é económico, fácil de implementar e seguro para<br />
clientes e funcionários. Pelo que será, sem dúvida, uma mudança<br />
sistémica que se tornará comum, mesmo nas oficinas do futuro.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 69
EM FOCO BATERIAS<br />
À PROCURA DA<br />
CARGA MÁXIMA<br />
AS BATERIAS CONTINUAM A DEMONSTRAR ENORME ENERGIA NO COMPETITIVO MERCADO<br />
NACIONAL. O JORNAL DAS OFICINAS FOI OUVIR O QUE PENSAM DIVERSOS PLAYERS SOBRE<br />
O PRESENTE E O FUTURO DESTE SETOR<br />
por Jorge Flores
O<br />
mercado nacional <strong>das</strong> baterias para automóveis<br />
tem sofrido, ao longo dos anos, períodos de “carga<br />
máxima” e outros com um pouco menos de<br />
“energia”. A pandemia provocada pela Covid-19<br />
que o país e o mundo enfrentam apanhou este setor<br />
numa fase dinâmica, com as marcas a apostarem<br />
forte na inovação e nos produtos destinados<br />
aos veículos equipados com sistema start&stop. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
foi ouvir o que pensam muitas marcas deste importante setor do<br />
aftermarket luso. Na opinião <strong>das</strong> Auto Energia e Vipiemme, distribuí<strong>das</strong><br />
pela Auto Duas e Quatro Ro<strong>das</strong>, o mercado “tem sofrido as<br />
evoluções que os próprios fabricantes de automóveis têm apresentado<br />
aos seus potenciais clientes com técnicas inovadoras. Há mercado<br />
para as chama<strong>das</strong> baterias convencionais, cada vez mais baterias<br />
start&stop e baterias específicas, como as de apoio e outras”, revela.<br />
“Há espaço para todos os tipos de baterias, sendo que, num futuro<br />
não muito distante, as necessidades <strong>das</strong> baterias convencionais serão<br />
menores, fruto do desenvolvimento do parque automóvel, quer seja<br />
de ligeiros, pesados ou agrícolas”, explica.<br />
Já o Grupo TRUSTAUTO, que representa, em exclusivo, a marca polaca<br />
AUTOPART, considera que se trata de um “mercado de venda<br />
com um crescimento estável, com a sua típica sazonalidade”, não tendo<br />
dúvi<strong>das</strong> de que a “bateria é um produto importante para as ven<strong>das</strong>”.<br />
Sobre o futuro, a mesma fonte acredita que o “aumento do parque<br />
circulante de veículos híbridos e elétricos será, naturalmente,<br />
uma oportunidade em termos de mercado de baterias, não<br />
da forma como o conhecemos, mas com necessidades de<br />
especialização e conhecimento bastante maiores”.<br />
Já a Bosch, afirma que o mercado <strong>das</strong> baterias tem-<br />
-se “mostrado bastante relevante na manutenção<br />
dos veículos”. Apesar do seu “notório desenvolvimento,<br />
notamos que ainda existem fatores que<br />
condicionam a sua reposição, como as condições<br />
meteorológicas e a idade do parque automóvel em<br />
Portugal”, acrescenta o fabricante. Segundo explica,<br />
os veículos “híbridos e elétricos vão trazer novidades<br />
muito importantes para as baterias”. Porquê? “Este tipo<br />
de componentes é completamente diferente na tecnologia utilizada.<br />
Os veículos convencionais têm baterias de chumbo-ácido,<br />
os micro híbridos (start&stop) têm baterias com tecnologia AGM<br />
(Absorbent Glass Mat) ou EFB (Enhanced Flooded Batteries) para<br />
resistir aos múltiplos arranques/paragens e, por último, os veículos<br />
híbridos e elétricos precisam de baterias de hidretos metálicos de<br />
níquel e iões de lítio”, esclarece.<br />
Segundo a Exide Technologies, o negócio corre “bem e continuará<br />
estável por mais alguns anos” devido à “idade do parque”, embora a<br />
mesma fonte reconheça que, em termos de preços, “continua a existir<br />
muita pressão”. Mais: “O cliente final prefere marcas de baterias<br />
instantaneamente reconheci<strong>das</strong> e fiáveis. O facto de os veículos mais<br />
recentes serem, tecnicamente, mais evoluídos e com maior oferta, veio<br />
criar um desafio aos clientes para estes selecionarem o produto certo.<br />
Quando todos os blocos de baterias aparecem lado a lado, a marca é a<br />
única garantia real da qualidade interna. A Exide Technologies mantém<br />
a reputação <strong>das</strong> suas marcas.”, acrescenta o fabricante.<br />
Por outro lado, a euroPARTNER, marca da rede de lojas de peças independentes<br />
com o mesmo nome dinamizada pela EuroMais, defende<br />
que o “atual” mercado se encontra numa “alta pressão” de preço. Com<br />
a agravante de “não ter em conta a qualidade de produto”. De tal maneira,<br />
que “qualquer distribuidor importa baterias com um único objetivo:<br />
conseguir o melhor preço do mercado. Mas como o preço não<br />
tem fim, começam novamente a surgir as marcas premium”, explica. A<br />
euroPARTNER acredita que “o grande desafio do mercado, no último<br />
meio século, é a comercialização de baterias para veículos equipados<br />
com sistema start&stop, com tecnologia AGM”.<br />
Mercado maduro<br />
“À semelhança do que é o aftermarket nacional, o mercado <strong>das</strong> baterias<br />
para automóveis, em Portugal, é maduro, contando com a presença<br />
dos principais players internacionais”, adianta fonte da Auto<br />
Delta, a empresa que dinamiza a marca (e a rede oficinal com o mesmo<br />
nome) CGA. “Na distribuição, verifica-se a presença de entidades<br />
especializa<strong>das</strong> neste tipo de produto, que se fazem valer da sua<br />
especificidade técnica para manter uma presença assinalável”, frisa.<br />
“Os players generalistas também apostam forte num produto que<br />
ganha cada vez maior importância no aftermarket”, reforça a Auto<br />
Delta, que não esconde a sua visão otimista do setor. E completa:<br />
“A necessidade de produtos de maior qualidade para responder às<br />
exigências elétricas dos veículos modernos e o combate, por parte<br />
dos fabricantes, à falsificação dos seus produtos, levam-nos a assumir<br />
que apenas as marcas que disponibilizam artigos de qualidade<br />
reconhecida terão um futuro sustentável no mercado”.<br />
A Eurobaterias, empresa que distribui a marca Fulmen, também concorda<br />
que o mercado ainda se pauta “muito pelo preço e não pela qualidade”,<br />
diz. “As principais ameaças para empresas como a Eurobaterias,<br />
que ‘respiram’ baterias e vivem, exclusivamente, delas, é o constante estreitar<br />
de margem por parte de grandes empresas de distribuição automóvel,<br />
em que o negócio <strong>das</strong> baterias apenas serve para alcançar rappéis<br />
e números”, adianta a mesma fonte, que continua, ainda<br />
assim, a acreditar que o futuro do mercado será “risonho”.<br />
Já a Soarauto, que distribui a Midac, assegura que o<br />
mercado “se encontra totalmente satisfeito pelos grandes<br />
distribuidores exclusivos de baterias e por to<strong>das</strong><br />
as empresas de retalho aftermarket em geral”, diz.<br />
“Pela tipologia do produto e pela margem reduzida, o<br />
importador fica em desvantagem caso não faça venda<br />
direta ao cliente final”, explica a Soarauto, que acredita<br />
existirem “demasia<strong>das</strong> marcas no mercado português,<br />
sendo o fabricante o mesmo e rotulando à medida<br />
do cliente, acabando por confundir o setor”. Frisando que<br />
“a oportunidade passa por estarmos ligados a um fabricante de<br />
qualidade e de tecnologia de fabrico inovadora”.<br />
Por seu turno, a AleCarPeças, que distribui a marca Open Parts, da Exo<br />
Automotive, destaca que, no nosso país, “a gama da OP será otimizada<br />
com base na frota nacional de automóveis específica, selecionando os<br />
modelos e especificações mais necessários”. E acrescenta: “Acreditamos<br />
que o futuro da bateria de arranque, em Portugal, se baseará a nível<br />
duplo: um para obter uma bateria com melhor densidade de carga para<br />
veículos novos, Diesel e gasolina, micro e híbridos suaves; outra para<br />
implementação <strong>das</strong> de estado sólido para veículos elétricos”, explica.<br />
Já a Rodapeças, distribuidor da PADOR, refere que “existe excesso de<br />
oferta de produto no mercado, o que leva a uma depreciação dos preços.<br />
Produtos premium chegam ao mercado com preços muito baixos,<br />
o que gera confusão na opção do consumidor final relativamente ao<br />
valor da marca”, afirma. E antecipa o cenário: “Com a crise forte que<br />
se vislumbra, irá existir uma redução na venda de viaturas novas, um<br />
aumento da tendência em manter a viatura atual em circulação e um<br />
aumento do prazo médio de abate de viaturas. O que equivale a dizer<br />
que o mercado de reposição poderá crescer nos próximos meses”.<br />
Na mesma linha de raciocínio, a TRW Automotive Portugal, responsável<br />
pela marca Lucas, descreve o mercado de baterias como<br />
“saturado”, incluindo “marcas próprias e ‘brancas’, onde a constante<br />
flutuação da cotação do chumbo faz com que os preços sejam muito<br />
voláteis”. A maior ameaça ao mercado destas baterias tradicionais?<br />
“A eletrificação em curso do parque automóvel, pois os veículos elé-<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 71
em Foco Baterias<br />
tricos utilizam outro tipo de<br />
baterias e não necessitam <strong>das</strong><br />
tradicionais baterias de chumbo-ácido,<br />
mas sim de baterias à<br />
base de iões de lítio”, acrescenta.<br />
O SEGMENTO DAS BATERIAS É DOS MAIS<br />
CONCORRIDOS DO AFTERMARKET, EXISTINDO<br />
ENORME variedade DE MARCAS E MODELOS<br />
Marcas varia<strong>das</strong><br />
“Temos um mercado muito maduro,<br />
com um nível de oferta muito alargado,<br />
onde, resumidamente, coabitam<br />
muitas marcas de baterias, mas relativamente<br />
poucos fabricantes OEM”, realça<br />
fonte da KRAUTLI Portugal, que distribui<br />
a marca Yuasa no canal automóvel (veículos<br />
ligeiros e pesados). “Verifica-se ainda uma<br />
elevada presença de marcas priva<strong>das</strong>, sendo<br />
que, alguns operadores, para tornar o seu<br />
produto competitivo, falseiam os valores nas<br />
etiquetas <strong>das</strong> baterias. Estas práticas estão, obviamente,<br />
a desaparecer devido aos elevados requisitos<br />
elétricos e tecnológicos dos veículos, o que<br />
torna o mercado mais profissional e sensível à qualidade<br />
do produto em causa”, acrescenta. Afirmando que<br />
“devido a gerar volumes de faturação muito interessantes,<br />
incentiva muitos operadores à sua comercialização. Todavia, a<br />
bateria não é uma peça convencional. É, sim, um produto químico<br />
e muito complexo. Logo, carece de um nível de conhecimento<br />
e tratamento diferenciado dos restantes componentes do automóvel”,<br />
explica fonte da KRAUTLI Portugal. O futuro? “O setor<br />
tem muitas abordagens e teorias quanto ao futuro <strong>das</strong> baterias,<br />
designadamente a eletrificação e as células de hidrogénio, entre<br />
outras. Contudo, a indústria automóvel continua na constante<br />
procura da evolução em termos de tecnologia de baterias. O<br />
derradeiro objetivo consiste em inventar uma bateria capaz de<br />
armazenar grandes quantidades de energia elétrica, mas que exija<br />
um período de tempo relativamente curto para a sua recarga<br />
completa”, refere.<br />
A Polibaterias, distribuidor da marca italiana FIAMM (e da<br />
EUROCELL), também considera<br />
que o mercado é “competitivo,<br />
em que a oferta, neste momento,<br />
supera largamente a procura por<br />
parte dos principais retalhistas e<br />
instaladores, onde se assiste, muitas<br />
vezes, à presença de operadores<br />
sem quaisquer bases técnicas<br />
e de duvidosa postura comercial”,<br />
adianta. “No entanto, é um mercado<br />
que está muito dependente <strong>das</strong><br />
capacidades económicas do nosso<br />
país. Daí que ainda se baseie muito<br />
nas chama<strong>das</strong> linhas brancas,<br />
onde proliferam e nascem marcas<br />
quase diariamente”, alerta a Polibaterias.<br />
Pelo mesmo diapasão afina a RedeInnov, que dispõe da marca<br />
InnovParts. “É um mercado bastante concorrencial, inundado<br />
de ofertas, algumas mesmo duvidosas, sem nenhum controlo<br />
por parte de qualquer tipo de entidade, permitindo que qualquer<br />
um afirme o que entender sobre a performance <strong>das</strong> baterias que<br />
comercializa”, acusa. “Há poucos fabricantes de baterias com dimensão<br />
mundial que garantam a qualidade e a estabilidade da<br />
oferta necessária para estar no mercado, de forma séria, durante<br />
muitos anos. A RedeInnov só aposta em baterias de qualidade<br />
original. A nossa marca própria, InnovParts, é, exclusivamente,<br />
fabricada pela Exide Technologies e tem a sua qualidade comprovada.<br />
Os resultados obtidos demonstram que as oficinas valorizam,<br />
cada vez mais, a qualidade e a consistência da oferta em<br />
detrimento de baterias a preços inferiores, que acabam por sair<br />
mais caras tendo em conta a insatisfação dos clientes”, explica.<br />
A Create Business, que distribui a marca Indieparts, assina por<br />
baixo a opinião acima transcrita. E defende que, no caso específico<br />
da sua marca, a oportunidade passa por “entrar num novo<br />
segmento de mercado”. As ameaças? “Aparecimento de novos<br />
concorrentes com produtos semelhantes e preços competitivos,<br />
fazendo com que o segmento <strong>das</strong> baterias para automóveis se<br />
torne menos atraente para potencial desenvolvimento de negócio”,<br />
reconhece. Ainda assim, “nos próximos tempos, será um<br />
mercado de grande volume de negócio, onde a Create Business<br />
quer estar presente nos segmentos “better” e “best” com as marcas<br />
IndieParts, VARTA e Bosch”, enfatiza o distribuidor.<br />
Também as empresas MCoutinho Peças e AZ Auto, que distribuem<br />
a marca MÄKTIG, dão conta da competitividade do<br />
setor. “Falamos de um mercado saturado de players, onde as<br />
marcas com mais nome continuam a ter aceitação sem o mercado<br />
levantar questões. Esta ‘superpopulação’ de baterias, no<br />
mercado português, leva a que, muitas vezes, a maior fatia seja<br />
alcançada através do preço mais baixo. Essa procura faz com<br />
que exista uma diminuição da qualidade do produto, o que vai<br />
afetar o utilizador final, abalando a sua confiança na marca<br />
ou no prestador do serviço. É, por isso, importante que tanto<br />
retalhistas como oficinas apostem em produtos de qualidade”,<br />
defendem, a uma só voz, MCoutinho Peças e AZ Auto.<br />
A Magneti Marelli, distribuída em Portugal pela Bombóleo, acredita<br />
que o mercado de baterias “exige tanto a solução de problemas<br />
para os clientes como as solicitações de competitividade e<br />
rentabilidade”. E defende a teoria de que a “oportunidade para<br />
as marcas de primeira qualidade é o poder de remover uma ampla<br />
gama de soluções para um parque mais antigo, oferecendo<br />
soluções de muitos concorrentes e uma grande relação de preço,<br />
como para o parque mais inovador, como a gama mais apropriada<br />
e que assegura rentabilidade”, destaca. Para a marca italiana, o<br />
mais importante é o futuro, “tanto do fabricante como do componente<br />
fabricado, em conjunto com o projeto do produto”.<br />
Tendências do mercado<br />
A Autozitânia, que distribui a marca Nostop, adianta que a “tec-<br />
72 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
nologia da bateria tem vindo a sofrer alterações para se adaptar<br />
às novas necessidades dos automóveis”. E vai mais longe:<br />
“As marcas que melhor acompanharem esta evolução, estarão,<br />
certamente, melhor posiciona<strong>das</strong> para conquistar mercado. O<br />
custo de produção pode vir a afetar, negativamente, o preço final<br />
destas novas baterias, podendo levar a que o mesmo para o<br />
aftermarket fique perigosamente próximo do preço OE”, diz. “O<br />
futuro deste mercado estará cada vez mais condicionado pelas<br />
tendências dos fabricantes de automóveis na questão <strong>das</strong> motorizações<br />
dos modelos lançados. Soluções de combustão interna,<br />
soluções híbri<strong>das</strong> ou soluções 100% elétricas vão moldar o futuro<br />
<strong>das</strong> baterias no automóvel”, adverte a Autozitânia.<br />
Na visão da Atlantic Parts, que dispõe da marca RecOficial,<br />
existe “um número crescente e diversificado de marcas no<br />
mercado, com índices de qualidade igualmente distintos”. Por<br />
isso, a empresa “escolheu posicionar-se no nível de qualidade<br />
superior, em que as baterias dispõem de uma durabilidade de<br />
ciclos maior. Baterias com bons índices de potência de arranque<br />
a frio, boa fiabilidade e robustez e com maior resistência<br />
aos ciclos de descarga são sinónimo de garantia e confiança. E<br />
confiança é a palavra chave no nosso negócio”, reforça a Atlantic<br />
Parts. Sobre o futuro do mercado, a empresa está convicta<br />
de que “continuará competitivo e continuará a existir espaço<br />
para todos os players”, diz. “Até porque a bateria é um elemento<br />
elétrico vital que, independentemente da sua tecnologia,<br />
equipa todos os automóveis”, conclui.<br />
A TAB Spain, que dispõe da TAB Batteries, não discorda. “É<br />
um mercado muito competitivo, devido à grande oferta de casas,<br />
que atendem um cliente de proximidade de cada vez. Mas<br />
competem com grandes empresas, que dispõem da sua própria<br />
rede em todo o país”, refere. Ao olhar para o horizonte, a TAB<br />
Spain vê um mercado português na mesma linha do europeu:<br />
“Mais profissional e preparado para um parque automóvel mais<br />
sofisticado e para um consumidor mais exigente”, sublinha.<br />
Por fim, a Clarios, fabricante da marca VARTA, também caracteriza<br />
o mercado luso de baterias como “muito dinâmico e competitivo”.<br />
Mais: “É muito maduro na lista completa de distribuição<br />
de papéis determinantes e cada vez tem menos diferenças<br />
em relação a outros países”. E remata: “O mercado de baterias<br />
EFB e AGM está a movimentar-se a um ritmo muito elevado.<br />
Cada vez mais, o mercado procura baterias específicas, tendência<br />
que seguirá em alta durante os próximos anos”. l<br />
PUB<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 73
em Foco Baterias<br />
ENERGIA E<br />
STECOPOWER<br />
A PBS (Portugal Bateria Serviço) trabalha com duas marcas principais: Energia<br />
e StecoPower, de origem francesa, presentes no mercado europeu há mais<br />
de 50 anos. “A gama Energia é fruto de uma seleção de baterias de vários<br />
ENERGIA E STECOPOWER. SÃO ESTAS AS DUAS MARCAS<br />
PRINCIPAIS DA PBS, ÀS QUAIS SE JUNTA A COMPLETA<br />
GAMA DE CARREGADORES, BOOSTERS E MÁQUINAS DE<br />
DIAGNÓSTICO DA FRANCESA GYS<br />
fabricantes, com o objetivo de garantir aos clientes uma gama completa com<br />
qualidade de origem, disponibilidade e preços competitivos”, explica fonte da<br />
empresa, cujas principais novidades, no seu portefólio, passam pela “gama<br />
completa AGM e EFB, na marca Energia, para o segmento start&stop”. Junta-se<br />
a esta “a gama completa de carregadores, boosters e máquinas de diagnóstico<br />
da marca francesa GYS”, refere a PBS. “Com o número de consumidores<br />
‘elétricos’ a aumentar nos automóveis, o principal desafio é oferecer um<br />
produto de qualidade de origem, que garanta ao cliente to<strong>das</strong> as necessidades<br />
elétricas e durabilidade”, salienta a mesma fonte.<br />
www.portugalbateriaservico.pt | www.stecopower.com<br />
PUB<br />
74 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
AUTOPART<br />
REPRESENTADA, EM EXCLUSIVO,<br />
PELO GRUPO TRUSTAUTO, A POLACA<br />
AUTOPART CONTA COM UMA AMPLA<br />
GAMA PARA LIGEIROS E PESADOS<br />
Dotada de uma gama “ampla”, a AUTOPART abrange desde ligeiros a pesados,<br />
incluindo ainda baterias de ciclo profundo e específicas para veículos equipados<br />
com sistema start&stop. Com estes últimos, “as baterias ganharam importância”,<br />
aliando “elevada duração com gestão dos ciclos de carga/descarga, de acordo<br />
com as necessidades do veículo”, refere o Grupo TRUSTAUTO, que representa a<br />
marca polaca no nosso país em exclusivo. “Não só à bateria foi exigido um tipo<br />
de especificações totalmente diferente, mas, também, o sistema de carga teve<br />
de acompanhar a evolução”. A principal novidade? A gama de baterias EFB, com<br />
uma cobertura ampla neste segmento de produto, permitindo ter uma elevada<br />
fiabilidade e consequente duração, de acordo com as exigências do mercado.<br />
Refira-se que o Grupo TRUSTAUTO desenvolve um programa de formação técnica<br />
regular que acompanha as necessidades <strong>das</strong> oficinas e dispõe de um call center<br />
dedicado ao apoio técnico.<br />
www.autopart.pl/<br />
BOSCH<br />
A Bosch tem uma posição consolidada no mercado <strong>das</strong> baterias para<br />
automóveis. E o peso <strong>das</strong> destina<strong>das</strong> a servir veículos equipados com sistema<br />
start&stop, neste contexto, é “crescente”. Este tipo de equipamento “já começa<br />
a ser comercializado no aftermarket para suprir algumas falhas <strong>das</strong> baterias de<br />
origem”, refere fonte do fabricante alemão. Cada vez mais automóveis estão a<br />
A BOSCH TEM UMA POSIÇÃO CONSOLIDADA NO MERCADO<br />
DAS BATERIAS. AS QUE SE DESTINAM AOS SISTEMAS<br />
START&STOP TÊM VINDO A GANHAR EXPRESSÃO<br />
ser equipados com este tipo de baterias. E, “sendo a Bosch uma empresa cujo<br />
foco também está na mobilidade do futuro e na tecnologia, há que responder<br />
a estas necessidades de mercado”, acrescenta. A maior exigência de energia<br />
dos automóveis traz consigo desafios. “As baterias têm de ser cada vez mais<br />
potentes e eficientes. Hoje, as necessidades de energia de um automóvel<br />
são muito maiores do que há 10 anos”, sublinha. E acrescenta: “Os esforços<br />
<strong>das</strong> empresas devem estar focados na durabilidade, no desempenho e na<br />
poupança sustentável”.<br />
https://pt.bosch-automotive.com<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 75
em Foco Baterias<br />
CGA<br />
A CGA dispõe de uma extensa gama de produtos, pautando-se sempre<br />
pela “qualidade comprovada”, segundo a Auto Delta, o seu distribuidor. E<br />
admite alargar as suas linhas, “num futuro próximo, a “baterias AGM e EFB”.<br />
De resto, a “gama de baterias CGA é abrangente e apresenta um leque de<br />
soluções de grande qualidade a preço bastante competitivo”, afirma. “A<br />
forte aposta, aliada ao facto de esta ser a bateria disponibilizada pelo grupo<br />
em que estamos inseridos, tem dado bastantes frutos. Importa mencionar<br />
ainda a grande adesão do mercado, nomeadamente da rede de oficinas<br />
CGA Car Service”, acrescenta. O desafio técnico <strong>das</strong> novas baterias? “O<br />
acompanhamento <strong>das</strong> grandes exigências elétricas <strong>das</strong> viaturas atuais. Longe<br />
vão os tempos em que um bom pico de arranque era suficiente para marcar<br />
DISTRIBUÍDAS PELA AUTO DELTA, AS BATERIAS CGA<br />
CONTARÃO, NUM FUTURO PRÓXIMO, COM MODELOS AGM<br />
E EFB, SEMPRE COM PREÇOS COMPETITIVOS<br />
a diferença, sendo que, hoje, fruto dos muitos equipamentos presentes no<br />
interior <strong>das</strong> viaturas, bem como da tecnologia start&stop, as exigências são<br />
maiores e mais complexas”.<br />
www.autodelta.pt<br />
AUTO ENERGIA<br />
E VIPIEMME<br />
A gama de baterias para automóveis <strong>das</strong> marcas Auto Energia e Vipiemme<br />
é “completa e abrangente”. Quer as de marca própria, importa<strong>das</strong>, quer as<br />
comercializa<strong>das</strong> através de parcerias comerciais com os principais construtores<br />
e grupos de distribuição deste componente. “A mais recente novidade lançada<br />
no mercado diz respeito às baterias pesa<strong>das</strong> para o setor dos camiões. Baterias<br />
com mais potência e com maiores prestações e durabilidade”, explica a Auto<br />
Duas e Quatro Ro<strong>das</strong>, distribuidor destas marcas. “As baterias têm tido, ao<br />
AS BATERIAS PARA O SETOR DOS<br />
CAMIÕES FORAM, RECENTEMENTE,<br />
LANÇADAS PELA AUTO DUAS E<br />
QUATRO RODAS, QUE DISPÕE DAS<br />
MARCAS AUTO ENERGIA E VIPIEMME<br />
longo dos tempos, alterações substanciais, quer nos componentes de fabrico,<br />
quer nas composições químicas, quer ainda nos moldes em que eram e são,<br />
hoje, fabrica<strong>das</strong>”, refere a empresa. “As novas tecnologias <strong>das</strong> viaturas exigem<br />
dos fabricantes novas prestações e capacidades. Isso, por si só, tem feito<br />
que haja um desenvolvimento quase permanente e contínuo <strong>das</strong> baterias”,<br />
sublinha a mesma fonte.<br />
www.vipiemme.it<br />
76 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
EUROPARTNER<br />
“Na EuroMais, disponibilizamos uma gama completa e diversificada, que cobre<br />
mais de 95% <strong>das</strong> necessidades do mercado. Dispomos de baterias de arranque<br />
para ligeiros, pesados e motociclos, nas gamas standard, sem manutenção, AGM,<br />
EFB e gel, baterias de 6V e 12V”, explica fonte da empresa que detém a marca<br />
própria euroPARTNER, exclusiva da sua rede de lojas de peças independentes<br />
com o mesmo nome. “O grande desafio do mercado <strong>das</strong> baterias, no último meio<br />
século, é a comercialização dos modelos start&stop com tecnologia AGM”, explica.<br />
Porquê? “A grande revelação da bateria start&stop consiste na dupla função:<br />
bateria de arranque tradicional e bateria cíclica para suportar todos os serviços<br />
elétricos e tecnológicos que as viaturas dispõem hoje”, afirma. “A bateria AGM não<br />
pode ser confundida com a bateria de gel. O desafio passa por adaptar-se às novas<br />
tecnologias e por saber-se substituir uma bateria start&stop, porque, caso se opte<br />
por uma bateria dita ‘normal’, será uma fonte de problemas no funcionamento da<br />
viatura e uma morte prematura do componente”.<br />
www.europartner.pt<br />
DE ACORDO COM A EUROMAIS, A GAMA<br />
DA EUROPARTNER COBRE MAIS DE 95%<br />
DAS NECESSIDADES DO MERCADO. A OFERTA<br />
É VARIADA: LIGEIROS, PESADOS E MOTOS<br />
EXIDE TECHNOLOGIES<br />
“Confiável para os fabricantes líderes de veículos”. É, desta forma, que a Exide<br />
Technologies descreve o seu produto. Fornecedor de equipamento original<br />
“com mais de 100 anos de experiência e da maior confiança para a maioria<br />
dos fabricantes líderes de veículos, 70% <strong>das</strong> marcas de veículos europeus<br />
trabalham com as nossas baterias no OEM”, refere fonte da empresa, que<br />
encara os desafios futuros com otimismo, nomeadamente, os objetivos<br />
ambiciosos da Europa em termos de restrições <strong>das</strong> emissões de CO₂, recursos<br />
de última geração para economia de combustível, tais como o start&stop,<br />
sistemas de gestão <strong>das</strong> baterias (BMS) e alternadores inteligentes. “O número<br />
de veículos equipados com sistema start&stop, aumenta, drasticamente, ano<br />
após ano. E, para todos eles, são necessárias baterias AGM e EFB, compatíveis<br />
com as instala<strong>das</strong> pelo OE. Ainda que, em 2018, o parque circulante fosse,<br />
maioritariamente, com motores convencionais, a percentagem de veículos<br />
com este sistema vai aumentar rapidamente na Europa”, alerta fonte do<br />
fabricante Exide.<br />
www.exide.com/eu<br />
COM MAIS DE 100 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO FABRICO<br />
DE BATERIAS, A EXIDE TECHNOLOGIES AFIRMA QUE 70%<br />
DAS MARCAS DE VEÍCULOS EUROPEUS TRABALHAM<br />
COM OS SEUS MODELOS NO SEGMENTO OEM<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 77
em Foco Baterias<br />
FIAMM<br />
Com o crescimento do mercado na área dos veículos equipados com sistema<br />
start&stop, a Polibaterias, representante da FIAMM em Portugal, acrescentou à sua<br />
oferta baterias <strong>das</strong> gamas FIAMM AFB e EUROCELL X-Pro para viaturas japonesas<br />
(JIS), bem como a gama AGM para pesados da FIAMM. São estas as mais recentes<br />
NA QUALIDADE DE REPRESENTANTE DA FIAMM<br />
EM PORTUGAL, A POLIBATERIAS DISPONIBILIZA<br />
UMA VASTA GAMA DE PRODUTOS QUE COBREM<br />
TODAS AS VERTENTES DO RAMO AUTOMÓVEL<br />
novidades de uma gama bastante composta. “Como representantes para Portugal<br />
de um fabricante OEM e de gamas premium, como a FIAMM, disponibilizamos<br />
ao mercado uma vasta gama de produtos que cobrem to<strong>das</strong> as vertentes do<br />
ramo automóvel, mas, também, a área de motos e industrial: Ecoforce para<br />
sistemas start&stop; Titanium Pro para veículos mais modernos e com potências<br />
e capacidades superiores; Titanium Black, uma gama completa para automóveis<br />
ligeiros, entre muitos outros”, afirma a Polibaterias.<br />
www.polibaterias.com | www.fiamm.com<br />
FULMEN<br />
A Fulmen, marca distribuída, em Portugal, pela Eurobaterias, introduziu,<br />
recentemente, no mercado nacional, as baterias com tecnologia AGM e EFB.<br />
Segundo explica fonte da empresa ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, a sua gama de baterias<br />
para automóveis é “completa”, apresentando propostas tanto em “12V como em<br />
6V, estas últimas para aplicação em viaturas clássicas”, afirma. “As baterias, hoje, e<br />
para as viaturas mais modernas, têm de respeitar a tecnologia do fabricante (tanto<br />
AGM como EFB), bem como a amperagem e o arranque corretos. Os tempos em que<br />
se colocava uma bateria a ‘olho,’ estão a terminar. Para cada viatura, a sua bateria”,<br />
explica a mesma fonte. Apoio a distribuidores e oficinas clientes? “O apoio, neste<br />
momento, e desde sempre, é facultado através da nossa rede comercial e passa,<br />
acima de tudo, pelo aconselhamento técnico”, enfatiza.<br />
www.eurobaterias.pt<br />
A EUROBATERIAS INTRODUZIU, RECENTEMENTE, NO MERCADO<br />
NACIONAL AS FULMEN COM TECNOLOGIA AGM E EFB,<br />
CONCEBIDAS PARA VEÍCULOS COM SISTEMA START&STOP<br />
78 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
em Foco Baterias<br />
INDIEPARTS<br />
A gama de baterias da Indieparts pauta-se<br />
pela “excelente qualidade, abrangência de<br />
produto e garantia Create Business”, empresa<br />
que as faz chegar a Portugal. Os desafios<br />
técnicos são uma constante do mercado atual.<br />
“As baterias têm de ter a capacidade de armazenar<br />
a carga e manter a fiabilidade no arranque,<br />
independentemente <strong>das</strong> condições meteorológicas.<br />
Têm de ser capazes de fornecer energia a todos<br />
os tipos de gadgets e ecrãs eletrónicos que vão<br />
aparecendo, cada vez mais, nos veículos modernos”,<br />
afirma fonte da empresa. Outras características<br />
essenciais? “Rapidez na recarga e resistência à corrosão,<br />
devendo a gama ser otimizada para integrar com to<strong>das</strong> as<br />
tecnologias, nomeadamente EFB e AGM”, explica a Create<br />
Business. A formação a distribuidores e comerciais é outra <strong>das</strong><br />
prioridades da Indieparts.<br />
www.maisvalor.pt<br />
A GAMA DE BATERIAS DA INDIEPARTS PAUTA-SE, DE ACORDO<br />
COM O SEU DISTRIBUIDOR, PELA EXCELENTE QUALIDADE,<br />
ABRANGÊNCIA DE PRODUTO E GARANTIA CREATE BUSINESS<br />
INNOVPARTS<br />
“Comercializamos as baterias Tudor e Exide e temos a nossa marca própria,<br />
InnovParts, que abrange uma gama de 30 referências”, adianta fonte da RedeInnov.<br />
“Esta gama de marca própria caracteriza-se por três fatores fundamentais:<br />
qualidade original, dar cobertura a mais de 90% <strong>das</strong> necessidades e praticar um<br />
preço muito ajustado à realidade do mercado. A gama é fornecida, exclusivamente,<br />
pela Exide”, acrescenta a RedeInnov. “As baterias nos automóveis têm, hoje, um<br />
papel cada vez mais importante, visto que é através do BMS (Battery Management<br />
System) que ocorre a alimentação de todos os componentes elétricos e eletrónicos<br />
existentes a bordo”, conta. E acrescenta: “As baterias terão de dispor de maior<br />
capacidade de aceitação de carga e maior resistência aos ciclos (carga/descarga),<br />
para poder responder aos constantes arranques e, simultaneamente, às descargas<br />
lentas a que são sujeitas”.<br />
www.redeinnov.pt<br />
A REDEINNOV DISPÕE DA MARCA PRÓPRIA INNOVPARTS,<br />
QUE SE CARACTERIZA PELA QUALIDADE ORIGINAL,<br />
COBERTURA DE MAIS DE 90% DAS NECESSIDADES E<br />
PREÇO MUITO AJUSTADO À REALIDADE<br />
80 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
LUCAS<br />
COMERCIALIZADA PELA TRW<br />
AUTOMOTIVE PORTUGAL, A MARCA<br />
LUCAS APRESENTA UM VASTO LEQUE<br />
DE OPÇÕES DE EXCELÊNCIA A NÍVEL<br />
DE DESEMPENHO, COM UM TOTAL DE<br />
248 REFERÊNCIAS E 119 BATERIAS<br />
A gama de baterias Lucas apresenta “um vasto leque de opções de excelência<br />
a nível de desempenho, com um total de 248 referências e contando com 119<br />
baterias para veículos ligeiros e pesados, incluindo AGM, EFB e auxiliares. Além<br />
disso, dispõe de 68 baterias para motociclos e 61 para a nova gama de lazer que<br />
serve náutica, autocaravanas e carrinhos de golfe”, revela a TRW Automotive<br />
Portugal ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. No horizonte, vislumbram-se bastantes<br />
oportunidades. “Os principais desafios que se colocam às baterias tradicionais<br />
dizem respeito ao acompanhamento <strong>das</strong> crescentes necessidades de potência<br />
que os novos veículos exigem e na resposta ao aumento dos ciclos exigido pelos<br />
sistemas start&stop e travagem regenerativa que começam a generalizar-se. Isto,<br />
respeitando normas ambientais cada vez mais exigentes”, acrescenta a mesma<br />
fonte.<br />
trwaftermarket.com/pt | https://lucas.info<br />
MAGNETI MARELLI<br />
Com a distribuição nacional a cargo da Bombóleo, a Magneti Marelli tem apostado<br />
forte na sua tecnologia exclusiva Graphite Power, que “consiste em reduzir o tempo<br />
de recarga em 33%”, explica a marca. “Essa redução da duração do carregamento<br />
diminuiu a deterioração da bateria devido à falta de uso ou condições climatéricas<br />
extremas, reduzindo, também, a falha da bateria e a sulfatação da placa”,<br />
COM DISTRIBUIÇÃO A CARGO DA BOMBÓLEO, A MAGNETI<br />
MARELLI TEM APOSTADO FORTE NA TECNOLOGIA GRAPHITE<br />
POWER, QUE REDUZ O TEMPO DE RECARGA EM 33%<br />
acrescenta a mesma fonte. Esta foi, de resto, a mais recente inovação da marca<br />
em baterias, produtos de aplicação industrial do tipo EVR (Extreme Vibration<br />
Resistance), onde, além de um sistema específico de fixação de placas para<br />
suportar grandes vibrações nessas aplicações, as baterias são forneci<strong>das</strong> com<br />
uma redução no tempo de recarga de 33%, reforça a mesma fonte. “Portanto, são<br />
otimiza<strong>das</strong> para assegurar elevada resistência a descargas e sulfatação <strong>das</strong> placas.<br />
Como tal, à possível deterioração <strong>das</strong> baterias”, enfatiza a Magneti Marelli.<br />
www.magnetimarelli-aftermarket.pt<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 81
em Foco Baterias<br />
MÄKTIG<br />
A MÄKTIG é uma marca que está em constante<br />
desenvolvimento e adaptação. Como parte<br />
<strong>das</strong> novidades de 2020, está um catálogo de<br />
referências, aprimora<strong>das</strong> para Portugal. Segundo<br />
as empresas MCoutinho Peças e AZ Auto, a gama é<br />
extensa e atualizada. “É composta pelas referências<br />
de maior utilização no mercado português e cobre o<br />
parque automóvel nacional, desde os veículos ligeiros<br />
aos pesados, passando pelos asiáticos. Conta, também,<br />
com baterias AGM e EFB, a tecnologia start&stop com<br />
cada vez maior utilização nos veículos mais recentes e que<br />
revela, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios e uma<br />
<strong>das</strong> maiores oportunidades para as baterias de automóveis”,<br />
sublinham. E os desafios técnicos são cada vez maiores. “Hoje,<br />
exigimos não só que a bateria tenha uma boa performance no<br />
arranque, como, também, na manutenção e no funcionamento de<br />
todos os elementos elétricos do veículo, que, como sabemos, existem<br />
em cada vez maior número”, concluem.<br />
www.maktigparts.com<br />
A MÄKTIG, DISPONÍVEL NAS EMPRESAS MCOUTINHO PEÇAS E AZ AUTO,<br />
É UMA MARCA QUE ESTÁ EM CONSTANTE EVOLUÇÃO E ADAPTAÇÃO.<br />
O CATÁLOGO MELHORADO FAZ PARTE DAS NOVIDADES PARA 2020<br />
MIDAC<br />
DISTRIBUÍDA PELA SOARAUTO,<br />
A MIDAC APRESENTA AO MERCADO<br />
DIFERENTES GAMAS DE BATERIAS<br />
PARA O SETOR AUTOMÓVEL.<br />
AS DESTINADAS AOS SISTEMAS<br />
START&STOP TÊM AUMENTADO<br />
A Midac, distribuída em Portugal pela Soarauto, apresenta ao mercado diferentes<br />
gamas de baterias para o setor automóvel: Celeris, (económica), Hermeticum<br />
(premium com melhores performances) e as gamas start&stop e EFB, bem como a<br />
gama asiática, de pesados e de motos. “O aumento <strong>das</strong> gamas start&stop e EFB,<br />
o teste <strong>das</strong> mesmas em veículos pesados e o início de fabrico e testes de baterias<br />
de lítio” são as principais novidades. Segundo a Soarauto, para os “veículos<br />
com tecnologias mais recentes, a bateria não é necessária apenas para o início<br />
do funcionamento do motor, mas, também, para alimentar todos os (cada vez<br />
mais numerosos) sistemas e componentes eletrónicos do veículo. A tecnologia<br />
<strong>das</strong> baterias deverá satisfazer cada vez mais um número superior de ciclos,<br />
principalmente na tecnologia start&stop”.<br />
www.midacbatteries.com<br />
82 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A GAMA PROFISSIONAL DA<br />
NORBAT FOCA-SE NOS VEÍCULOS<br />
COMERCIAIS MAIS ANTIGOS,<br />
COM UTILIZAÇÃO REGULAR,<br />
RECORRENDO À TECNOLOGIA<br />
CLÁSSICA CHUMBO/ÁCIDO<br />
NORBAT<br />
A gama profissional da Norbat foca-se nos “veículos comerciais mais antigos,<br />
com utilização regular, recorrendo à tecnologia clássica chumbo/ácido e com<br />
manutenção”, explica. A Profissional Power foi “desenhada para fornecer a<br />
mais elevada potência de arranque para veículos comerciais mais populares,<br />
sendo isenta de manutenção. Já a Expert HVR, garante “durabilidade e<br />
dispensa manutenção”. E, por fim, a StrongPro, que se adapta à tecnologia<br />
AdBlue. “Alguns fabricantes de camiões mudaram a instalação <strong>das</strong> baterias<br />
para a secção traseira, para cima do rodado dos veículos. Isto origina um<br />
aumento muito significativo de vibração, o que pode provocar falhas na<br />
bateria. Houve necessidade de desenvolver uma solução inteligente, criando<br />
um reforço de carbono, anti-vibração, para reduzir a estratificação do<br />
eletrólito e proporcionar uma recarga mais rápida da bateria, aumentando<br />
os ciclos possíveis da mesma”.<br />
https://norbat.pt<br />
NOSTOP<br />
Distribuída, em Portugal, pela Autozitânia, a Nostop ganhou, recentemente, uma<br />
nova tecnologia de baterias com carbono para veículos ligeiros. “A nossa gama<br />
de baterias, neste momento, permite-nos oferecer ao mercado uma solução<br />
competitiva de alta qualidade com a nossa marca Nostop, além de uma gama<br />
premium com a Exide. Comercializamos baterias para veículos ligeiros, veículos<br />
pesados, motos e aplicações marítimas e industriais”, explica fonte do distribuidor.<br />
Com a tecnologia start&stop, “o papel da bateria ganhou uma importância acrescida<br />
ao nível do desempenho ecológico dos automóveis atuais. Juntando a essa<br />
tecnologia uma série de aju<strong>das</strong> eletrónicas à condução e acessórios de conforto,<br />
criou-se uma dependência enorme da performance <strong>das</strong> baterias. É fundamental ter<br />
baterias de elevada qualidade que garantam um desempenho capaz de suportar<br />
to<strong>das</strong> estas tecnologias”, reforça.<br />
www.autozitania.pt<br />
DISTRIBUÍDA, EM PORTUGAL, PELA AUTOZITÂNIA,<br />
A NOSTOP GANHOU, RECENTEMENTE, UMA NOVA<br />
TECNOLOGIA DE BATERIAS COM CARBONO PARA<br />
VEÍCULOS LIGEIROS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 83
em Foco Baterias<br />
OPEN PARTS<br />
A Open Parts, marca da Exo Automotive, estuda<br />
uma variedade de baterias que cobrem 95% do<br />
parque automóvel europeu. Por esse motivo, criou<br />
uma gama para veículos asiáticos, compactos,<br />
comerciais e pesados, para sistemas start&stop, entre<br />
outros. “Adicionámos ainda uma gama Hermetic Power<br />
e Extra Power para os clientes mais exigentes ou onde as<br />
condições climatéricas exigem especificações especiais”,<br />
explica a AleCarPecas, distribuidor da marca. “As nossas<br />
baterias estão em total conformidade com os padrões ISO/<br />
TS 16949”, diz. E acrescenta: “As baterias da Open Parts<br />
garantem potência e fiabilidade, graças ao elevado número de<br />
placas e à avançada tecnologia de fabrico. Estamos confiantes<br />
no que afirmamos. Fomos os primeiros (e dos poucos ainda)<br />
a exibir o número real de placas na etiqueta da bateria, sendo<br />
possível deduzir a energia real desta”.<br />
www.openparts.it<br />
A OPEN PARTS,<br />
COMERCIALIZADA PELA<br />
ALECARPEÇAS, ESTUDA UMA<br />
VARIEDADE DE BATERIAS QUE<br />
COBREM 95% DO PARQUE<br />
AUTOMÓVEL EUROPEU<br />
PADOR<br />
O mais recente lançamento da marca PADOR, através do distribuidor<br />
Rodapeças, no mercado <strong>das</strong> baterias, foi a nova gama com tecnologia AGM e<br />
EFB, com o objetivo de cobrir o parque de viaturas mais recentes, equipa<strong>das</strong><br />
com estas tecnologias. Segundo fonte da Rodapeças, trata-se de uma “gama<br />
adaptada à realidade do mercado português, com qualidade top a preços<br />
acessíveis”, afirma. De acordo com o mesmo interlocutor, existem grandes<br />
desafios técnicos para que as novas baterias respondam às exigências dos<br />
modelos mais atuais. “Os veículos mais recentes têm grandes necessidades de<br />
energia e formas diferentes de disponibilizá-la. Os sistemas start/stop, entre<br />
outros, são a prova disso mesmo”, refere o distribuidor da PADOR. E conclui:<br />
“Através do nosso site, temos toda a informação e fichas técnicas de produto.<br />
Fazemos, periodicamente, sessões de formação técnica sobre baterias e<br />
prestamos apoio técnico através dos colaboradores <strong>das</strong> nossas sete lojas em<br />
Portugal”, sublinha a Rodapeças.<br />
www.pador.pt<br />
O MAIS RECENTE LANÇAMENTO DA MARCA PADOR, ATRAVÉS DO<br />
DISTRIBUIDOR RODAPEÇAS, NO MERCADO DAS BATERIAS, FOI A NOVA<br />
GAMA COM TECNOLOGIA AGM E EFB PARA VIATURAS COM START&STOP<br />
84 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TITANIUM.<br />
A EXPERIÊNCIA DA FIAMM<br />
AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.<br />
A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original dos fabricantes de automóveis<br />
mais importantes do mundo: a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />
que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de Aftermarket. As baterias da linha<br />
TITANIUM garantem alta potência para as necessidades de energia dos carros mais modernos,<br />
não precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do nível de carga graças<br />
ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />
www.polibaterias.com<br />
geral@polibaterias.com<br />
www.fiamm.com
em Foco Baterias<br />
RECOFICIAL<br />
“A RecOficial, da Atlantic Parts (empresa inserida no Grupo Recalvi), é uma marca<br />
premium, com índices de qualidade superior de primeiro equipamento”, explica<br />
fonte da empresa. “Sendo o fabricante <strong>das</strong> baterias de renome internacional,<br />
o investimento é contínuo em investigação e desenvolvimento, bem como no<br />
A RECOFICIAL, DA ATLANTIC PARTS, É UMA MARCA<br />
PREMIUM COM ÍNDICES DE QUALIDADE SUPERIOR<br />
DE PRIMEIRO EQUIPAMENTO, DISPONDO DE 30<br />
REFERÊNCIAS<br />
desenvolvimento <strong>das</strong> tecnologias mais avança<strong>das</strong>. Nesse sentido, to<strong>das</strong> as novas<br />
tecnologias do fabricante são, gradualmente, apresenta<strong>das</strong> e replica<strong>das</strong> no<br />
mercado”. A gama da RecOficial dispõe, atualmente, de 30 referências de baterias,<br />
que cobrem a quase totalidade do parque circulante ibérico. “A gama caracterizase<br />
pela excelente relação qualidade/preço (posicionamento de PVP e custo<br />
médio muito lucrativo para a oficina) e por uma apresentação verdadeiramente<br />
diferenciadora no mercado”, enfatiza a Atlantic Parts.<br />
www.atlantic-parts.com | www.recoficial.pt<br />
TAB BATTERIES<br />
A TAB Batteries oferece uma vasta gama de baterias de elevada qualidade,<br />
totalmente sela<strong>das</strong> e com recurso à nanotecnologia. Segundo a TAB Spain, as<br />
novas baterias devem “oferecer potência máxima no menor tempo possível,<br />
além de disporem de elevado grau de recuperação de carga”. A linha 5G é a<br />
principal novidade da TAB Batteries no mercado. “Trata-se de uma bateria de<br />
alto desempenho, com apenas cinco referências, baseada em nanotecnologia,<br />
que oferece a possibilidade de estender a garantia inicial de três para sete anos”,<br />
revela a TAB Spain. A formação é algo essencial na atividade da empresa. “A TAB<br />
Spain está, constantemente, a desenvolver planos de formação para dar resposta<br />
à crescente exigência técnica <strong>das</strong> oficinas. Atualmente, com a ajuda dos nossos<br />
distribuidores, pretendemos formar até 1.000 profissionais em Portugal”, afirma a<br />
empresa espanhola.<br />
www.tabspain.com<br />
A LINHA 5G CONSISTE NA PRINCIPAL NOVIDADE DA TAB BATTERIES NO<br />
MERCADO. TRATA-SE DE UMA BATERIA DE ELEVADO DESEMPENHO, COM<br />
APENAS CINCO REFERÊNCIAS, BASEADA EM NANOTECNOLOGIA<br />
86 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
VARTA<br />
A VARTA, FABRICADA PELA<br />
CLARIOS, TEM UM PAPEL<br />
MUITO ATIVO NO MERCADO DAS<br />
BATERIAS. NA ÚLTIMA EDIÇÃO DA<br />
AUTOMECHANIKA FRANKFURT,<br />
DEU A CONHECER A MAIS RECENTE<br />
GAMA PROMOTIVE AGM<br />
A VARTA, do fabricante Clarios, tem um papel muito ativo no mercado<br />
<strong>das</strong> baterias. Ainda na última edição da Automechanika Frankfurt, deu a<br />
conhecer a mais recente gama da marca: ProMotive AGM. “Este produto foi,<br />
especificamente, desenhado para camiões e desenvolvido em conjunto com<br />
os principais fabricantes de pesados europeus. Com esta gama, podemos<br />
prolongar exponencialmente a vida útil da bateria em serviço e reduzir<br />
o custo de transporte e preços”, refere a marca. Um produto que a Clarios<br />
acredita ser revolucionário. Até porque, “à data de hoje, duvidamos que<br />
exista uma bateria com as prestações técnicas da ProMotive AGM. Contudo,<br />
na Clarios, não faz parte da nossa cultura conformarmo-nos. Por isso,<br />
continuamos a desenvolver novas soluções, antes mesmo de apareceram no<br />
mercado as necessidades para elas”, garante a empresa.<br />
www.varta-automotive.pt | fleet.varta-partner-portal.com<br />
YUASA<br />
A Yuasa é uma <strong>das</strong> marcas líderes mundiais na produção e<br />
fornecimento de baterias, tendo feito uma alteração da sua imagem<br />
com a introdução de elementos mais “modernos e apelativos,<br />
adicionando as especificações de rendimento de acordo com as novas<br />
normas europeias EN50342.1 2015”, explica a KRAUTLI Portugal. Além<br />
desta mudança de design, “a marca está em constante incorporação de<br />
novos modelos de baterias, designadamente AGM e EFB para veículos<br />
equipados com sistema start&stop, de modo a entregar aos seus<br />
parceiros a gama mais completa do mercado.”, acrescenta a mesma<br />
fonte, que destaca ainda, como novidade, “toda a renovação da gama<br />
Cargo para veículos pesados”. E conclui: “Com base na gama automóvel<br />
YBX, líder de mercado, a nova linha YBX Cargo da Yuasa substitui as<br />
gamas Cargo anteriores da Yuasa (HD; SHD; GM). A nova gama YBX<br />
Cargo foi desenvolvida para cumprir as especificações crescentes dessas<br />
marcas de veículos comerciais de topo”, sublinha a KRAUTLI Portugal.<br />
www.batterylookuppt.yuasa.co.uk | www.yuasa.es<br />
DISTRIBUÍDA PELA KRAUTLI<br />
PORTUGAL NO CANAL AUTOMÓVEL<br />
(VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS),<br />
A YUASA É UMA DAS MARCAS<br />
LÍDERES MUNDIAIS NA PRODUÇÃO<br />
E FORNECIMENTO DE BATERIAS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 87
em Foco Baterias<br />
BERNER<br />
O setor automóvel é, para a Berner, “um pilar<br />
estruturante da sua atividade e estratégia”,<br />
sendo, por esse motivo, “importante capacitar<br />
os nossos produtos da melhor qualidade possível,<br />
detendo uma vasta gama com as melhores soluções<br />
para os clientes”, explica fonte da empresa. “Dispomos,<br />
desde logo, de um terminal de bateria de aperto<br />
rápido, disponível com polaridade positiva e negativa,<br />
cuja manutenção deve ser assegurada pelo nosso spray<br />
de lubrificação para polos de bateria”, revela. Quanto à<br />
“medição e carregamento de baterias, destaque para o<br />
nosso tester de baterias, que permite um diagnóstico rápido<br />
de baterias start&stop de 6V e 12 V e carga de alternadores<br />
de 12V e 24 V, equipado com impressora que permite um<br />
rápido registo do diagnóstico”, acrescenta. Referência ainda ao<br />
carregador de baterias, “ideal para carregamento e manutenção<br />
automática de baterias de 12V de nova geração (start&stop), baterias<br />
de lítio para veículos elétricos e baterias standard no mercado”.<br />
Neste caso, estamos perante acessórios para baterias e não baterias<br />
propriamente ditas.<br />
www.berner.pt<br />
O SETOR AUTOMÓVEL É,<br />
PARA A BERNER, UM PILAR<br />
ESTRUTURANTE DA SUA<br />
ATIVIDADE E ESTRATÉGIA.<br />
AINDA QUE, NESTE CASO,<br />
ESTEJAMOS PERANTE<br />
ACESSÓRIOS PARA BATERIAS<br />
WÜRTH<br />
“Na Würth, temos como objetivo ser a número um aos olhos dos clientes”, explica fonte da<br />
empresa. “Para tal, trabalharmos para apresentar novidades e artigos diferenciadores de<br />
alta qualidade no mercado. Recentemente, introduzimos dois novos boosters com a mais<br />
recente tecnologia de bateria de lítio (Booster JUMP 2000 Littihum 12V e Booster Jump<br />
4000 Lithium 12V)”. Segundo a mesma fonte, o “booster Wúrth Jump 2000 lithium 12V é<br />
indicado para veículos até 6.000 cc de cilindrada a gasolina 4.000 cc Diesel”, afirma. “Esta nova<br />
linha de boosters de alta tecnologia, apresenta materiais e componentes de alta qualidade<br />
e é extremamente simples de utilizar, conectar, ligar, arrancar”, sublinha. Na gama de<br />
carregadores, a marca lançou, recentemente, “dois novos modelos de carregadores de baterias<br />
Würth para automóveis: Active Expert 12/24v - 35Ah; 12V, 100 A, 20 – 1.200 Ah”. Também no<br />
caso da Wúrth, não se tratam de baterias, mas de acessórios para as mesmas.<br />
www.wurth.pt<br />
DOIS NOVOS BOOSTERS, COM A MAIS<br />
RECENTE TECNOLOGIA DE BATERIA DE<br />
LÍTIO, FORAM AS NOVIDADES LANÇADAS<br />
PELA WÜRTH NO MERCADO NACIONAL<br />
88 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MAIS ENERGIA<br />
PARA O SEU NEGÓCIO<br />
QUALITY<br />
CERTIFIED<br />
EXCELLENCE<br />
AWARDS<br />
35<br />
years<br />
ex perience<br />
QUALIDADE DAS GRANDES MARCAS<br />
A UM PREÇO MAIS COMPETITIVO<br />
A AUTOPART está no mercado desde 1982. É uma empresa<br />
especializada na produção industrial de baterias de alta qualidade<br />
para todos os tipos de automóveis, tratores e máquinas agrícolas,<br />
bem como barcos ou caravanas campistas. Produz 2,5 milhões de<br />
baterias por ano, distribuí<strong>das</strong> para mais de 40 países. A constante<br />
pesquisa e desenvolvimento são sinais da paixão por criar e<br />
seguir as últimas tendências. www.autopart.pl<br />
Exclusivo<br />
T.: 210 534 808/210 534 809 | F.: 210 534 809 | E.: geral@afkt.pt | www.trustauto.pt
Mundo<br />
automóvel<br />
Suv<br />
AUDI Q3 SPORTBACK 35 TDI<br />
MEIO<br />
COUPÉ<br />
MEIO<br />
S LINE S TRONIC
NÃO SE ASSUME COMO UMA COISA NEM OUTRA. ANTES AS DUAS.<br />
A MEIO CAMINHO ENTRE UM SUV E UM COUPÉ, O Q3 SPORTBACK, ANUNCIADO<br />
COMO O PRIMEIRO CROSSOVER COMPACTO DA AUDI, FOI CONCEBIDO<br />
PARA QUEM VALORIZA A INOVAÇÃO TÉCNICA E O CARÁCTER DESPORTIVO.<br />
TUDO EMBELEZADO POR UM DESIGN EXPRESSIVO E COM UM PEDIGREE<br />
QUE DISPENSA APRESENTAÇÕES. NA VERSÃO 35 TDI S LINE S TRONIC (2.0 TDI<br />
DE 150 CV), COM TRAÇÃO DIANTEIRA, CUSTA, SEM EXTRAS NEM DESPESAS,<br />
€54.212, OU SEJA, MAIS €2.350 DO QUE O Q3 “NORMAL” COM A MESMA<br />
ESPECIFICAÇÃO. O PREÇO DA OUSADIA por Bruno Castanheira<br />
A<br />
gama do Q3 Sportback não podia estar mais simplificada.<br />
Com apenas dois motores Diesel de 2,0<br />
litros (150 e 190 cv), tração dianteira ou quattro<br />
(embora esta última apenas na versão 40 TDI) e dois níveis<br />
de equipamento (Base e S line), este irreverente modelo,<br />
disponível sempre com caixa automática de dupla embraiagem<br />
com sete velocidades (S tronic), é anunciado como o<br />
primeiro crossover compacto da Audi. Junta-se aos Q2, Q3<br />
“normal”, Q5, Q7 e Q8 (não existe um Q1, mas um A1 citycarver,<br />
que anda lá muito perto). A marca de Ingolstadt<br />
está, definitivamente, na era dos “Q”. A 16.ª letra do alfabeto<br />
português (17.ª se quisermos incluir o “K”) é, por isso,<br />
sinónimo de inovação e ousadia.<br />
Mistura de conceitos<br />
Grelha frontal singleframe com design octogonal e entra<strong>das</strong><br />
de ar trapezoidais. Proteções da carroçaria em preto.<br />
Formas muscula<strong>das</strong>. Oito barras verticais a dividir a grelha<br />
do radiador. Faróis de LED estreitos que deslizam para a<br />
parte interior em forma de cunha. Opcionais jantes de 19”<br />
(€1.090). Opcionais vidros escurecidos (€485). Tejadilho<br />
descendente em direção à traseira, que termina num defletor<br />
integrado, sendo esta uma <strong>das</strong> características que vinca<br />
o estilo de coupé com volumetria de SUV, enquanto o pilar<br />
B, deslocado mais para trás, demarca-se do Q3 “normal” e<br />
cria uma sensação de maior largura a partir <strong>das</strong> diferentes<br />
opções de design. A flexibilidade em termos de configuração<br />
exterior permite a personalização do Q3 Sportback de<br />
acordo com o gosto pessoal. No pacote S line, vem equipado<br />
com para-choques com pintura de contraste, jantes de 18”<br />
com cinco raios (não é o caso desta unidade) e soleiras <strong>das</strong><br />
portas ilumina<strong>das</strong> com inserções em alumínio na dianteira<br />
e logótipo “S”.<br />
A nova linha de tejadilho está situada apenas 3 cm mais<br />
abaixo, retirando 29 mm à altura do Q3 Sportback em relação<br />
ao Q3 “normal”. O suficiente para lhe conferir um porte<br />
mais atlético, mesmo quando está parado. A identidade<br />
própria deste modelo meio SUV meio coupé é transmitida<br />
pela grelha dianteira mais larga com contorno em preto<br />
ou alumínio, linha de cintura mais baixa e zona inferior da<br />
carroçaria com possibilidade de contar com elementos em<br />
alumínio ou na cor da carroçaria. Na secção traseira, destacam-se<br />
o difusor específico e o longo spoiler superior junto<br />
ao óculo. Iluminação inteligente através de luzes de LED<br />
que se acendem de forma independente, só mesmo com opcionais<br />
faróis HD Matrix LED.<br />
Orientado para o condutor, o interior, com elementos de estilo<br />
tridimensional, dá continuidade ao design do exterior,<br />
incorporando características dos modelos da segmentos superiores<br />
da Audi. A arquitetura harmoniza-se perfeitamente<br />
com o novo conceito operacional. O seu elemento central<br />
é o ecrã MMI touch, com um visual de vidro preto de alto<br />
brilho. Juntamente com os controlos do ar condicionado<br />
posicionados em baixo, o MMI tem uma inclinação de 10°<br />
orientado em direção ao condutor. Todos os displays, botões<br />
e comandos estão localizados de forma ergonómica. Os<br />
bancos desportivos oferecem um encaixe ótimo e o volante,<br />
de três braços, acentuadamente inclinado, dispõe de uma<br />
pega excelente. A qualidade de construção elevada, o espaço<br />
de bom nível para ocupantes e bagagem, os inúmeros dispositivos<br />
de segurança e o equipamento expressivo, são outros<br />
predicados do Q3 Sportback. A lista de extras também<br />
é vasta, onde se inclui sistema de som 3D Bang & Olufsen,<br />
Audi Virtual Cockpit, diversas soluções de infoentretenimento<br />
e vários sistemas, como o “Car-to-X” (permite saber,<br />
por exemplo, quando vão os semáforos ficar vermelhos) e a<br />
integração do controlo de voz da Amazon, conhecido como<br />
Alexa.<br />
Eficiência modular<br />
A Audi aplicou no Q3 Sportback as tecnologias provenientes<br />
do seu programa de eficiência modular, sendo a função start&stop<br />
(desliga o motor quando o seu funcionamento não<br />
está a ser necessário, como, por exemplo, num semáforo vermelho<br />
ou numa fila de trânsito) e a plataforma transversal<br />
modular (MQB) do Grupo Volkswagen, apenas duas delas.<br />
Se a suspensão desportiva, os bons pneus Hankook Ventus<br />
S1 evo 2 SUV, de medida 235/50 R19 99V, e a direção precisa<br />
contribuem para a elevada eficácia e para a grande agiwww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Maio I 2020 91
AUDI Q3 SPORTBACK<br />
lidade deste SUV coupé, a verdade é<br />
que o chassis equilibrado, os travões<br />
resistentes à fadiga e a rapidez de<br />
atuação da caixa automática de dupla<br />
embraiagem (S tronic) com sete<br />
velocidades, tornam este Audi num<br />
dos melhores automóveis de tração<br />
dianteira que ensaiámos. Para mais,<br />
dispõe de cinco modos de condução,<br />
selecionáveis pelo condutor através<br />
do comando Audi Drive Select existente<br />
na consola central: “efficiency”;<br />
“comfort”; “auto”; “dynamic”; “individual”<br />
(o “off-road” não está aqui<br />
presente). Conforto é área onde este<br />
modelo não dá assim muitas cartas.<br />
Com opcionais jantes de 19” e suspensão<br />
desportiva...<br />
O motor 2.0 TDI de quatro cilindros<br />
com 150 cv (35 TDI) que anima o Q3<br />
Sportback que figura nestas páginas<br />
oferece prestações de grande nível<br />
com consumos comedidos em to<strong>das</strong><br />
as circunstâncias. Para um modelo<br />
que tem 4,50 metros de comprimento<br />
e 1.580 kg de peso (em vazio), este<br />
conhecido bloco Diesel common rail<br />
(que foi conhecendo um aumento<br />
gradual de potência ao longo do tempo,<br />
ainda que disponibilize na gama<br />
uma variante de 190 cv, designada 40<br />
TDI) cumpre a sua missão com elevada<br />
competência, acabando por imprimir<br />
à condução um ritmo que se coaduna<br />
com os pergaminhos da marca<br />
alemã. Sente-se que estamos ao volante<br />
de um modelo a gasóleo (a insonorização,<br />
ainda que cuidada, não<br />
consegue disfarçar o tipo de combustível<br />
que passa pelos cilindros deste<br />
Q3 Sportback), mas nada que mereça<br />
comentários depreciativos. Embora,<br />
lá está, existam situações de condução<br />
desportiva em que uma mudança, por<br />
vezes, é “muito baixa” e outras em que<br />
a seguinte é “muito alta”, o que não<br />
acontece nos motores a gasolina (inexistentes<br />
neste modelo), que dispõem<br />
de um regime de utilização superior<br />
até ao corte de injeção.<br />
Em género de conclusão, podemos<br />
afirmar que não existiu nada, mas<br />
mesmo nada, que não tivéssemos<br />
gostado no Q3 Sportback. É certo que<br />
€54.212, sem extras nem despesas,<br />
não são propriamente convidativos,<br />
mas ajustam-se face a tudo aquilo que<br />
é proposto. Quem, como nós, gosta de<br />
inovação e de design, certamente ficará<br />
rendido aos encantos deste Audi. l<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1968<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
81,0x95,5<br />
Taxa de compressão 16,2:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 150/3500-4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 340/1750-3000<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção common rail<br />
Sobrealimentação turbo VTG + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com ESC<br />
Caixa de velocidades auto. de 7+ma (S tronic)<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,8<br />
DISPONÍVEL APENAS COM CAIXA S TRONIC, O AUDI<br />
Q3 SPORTBACK CONTA COM CINCO MODOS DE<br />
CONDUÇÃO. A LISTA DE EXTRAS É IMENSA<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventilados (n.d.)<br />
Traseiros (ø mm)<br />
discos maciços (n.d.)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson<br />
Traseira<br />
Fourlink<br />
Barra estabilizadora (diant./tras.) sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 205<br />
0-100 km/h (s) 9,3<br />
Consumo comb. (l/100 km)<br />
5,9 (WLTP)<br />
Emissões de CO 2 (g/km)<br />
154 (WLTP)<br />
Nível de emissões<br />
Euro 6 DG<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,34<br />
Comp./larg./alt.(mm) 4500/1843/1567<br />
Distância entre eixos (mm) 2680<br />
Vias frente/trás (mm) 1584/1576<br />
Capacidade do depósito (l) 58<br />
Capacidade da mala (l) 530-1400<br />
Peso (kg) 1580<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 10,53<br />
Jantes de série<br />
7Jx18”<br />
Pneus de série<br />
235/55 R18<br />
Pneus teste Hankook Ventus S1 evo 2 SUV<br />
235/50 R19 99V<br />
Mecânica<br />
Pintura<br />
Anticorrosão<br />
GARANTIAS<br />
2 anos<br />
3 anos<br />
12 anos<br />
Um verdadeiro<br />
compêndio de<br />
tecnologia. O interior<br />
transpira modernidade<br />
e o motor 2.0 TDI de<br />
150 cv dá muito bem<br />
conta do recado<br />
ASSISTÊNCIA<br />
1.ª revisão 2 anos ou 30.000 km<br />
Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €350<br />
Intervalos<br />
2 anos ou 30.000 km<br />
PREÇO (sem despesas) €54.212<br />
Unidade testada €55.787<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €228,27<br />
92 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Mundo<br />
AUTOMóvel<br />
NOTÍCIAS por Bruno Castanheira<br />
MUSTANG COBRA JET 1400<br />
DRAGSTER 100% ELÉTRICO<br />
N<br />
ão é ensurdecedor e não necessita sequer de uma única gota de combustível. Mas está concebido<br />
para “esmagar” a quarter-mile (reta com cerca de 400 metros) em menos de 8,0<br />
segundos, a mais de 270 km/h. Pela primeira vez, a Ford Performance apresentou um Mustang<br />
Cobra Jet (único e de fábrica) com propulsão totalmente elétrica. Equipado com um conjunto de<br />
baterias, este protótipo foi projetado para desenvolver mais de 1400 cv e um binário instantâneo superior<br />
a 1100 Nm. Após a estreia do SUV Mustang Mach-E, o primeiro Mustang totalmente elétrico,<br />
o protótipo Mustang Cobra Jet 1400 representa uma nova oportunidade para dar um passo em frente<br />
na tradição de performance da marca Mustang e, em simultâneo, incorporar algumas <strong>das</strong> mais avança<strong>das</strong><br />
tecnologias dos futuros propulsores da Ford. O Mustang Cobra Jet 1400 é, também, uma homenagem<br />
ao Cobra Jet original, que dominou as pistas de dragsters no final da década de 60 e que,<br />
ainda hoje, é uma grande referência nas competições de drag racing. A Ford Performance continua a<br />
realizar testes ao Cobra Jet 1400 antes da sua estreia mundial, agendada para o final deste ano, num<br />
evento de drag racing.<br />
BENTLEY MULLINER BACALAR<br />
PRODUÇÃO LIMITADA A 12 UNIDADES<br />
Com o anúncio do final da produção do Bentley Mulsanne, a<br />
divisão Mulliner inicia, agora, uma nova etapa. O carroçador<br />
pertencente à Bentley passa a dedicar-se à produção dos modelos<br />
mais exclusivos e especiais da marca de Crewe, dando início a uma<br />
estratégia que inclui as séries de produção mais limita<strong>das</strong>, como<br />
é o caso desta barchetta, da qual serão construí<strong>das</strong> à mão apenas<br />
12 unidades. O Bacalar deve o seu nome a um lago situado na<br />
península de Yucatán, no México, conhecido pela sua beleza natural<br />
de cortar a respiração. E dá continuidade à estratégia da Bentley<br />
de denominar os seus modelos em honra de pontos geográficos<br />
notáveis, iniciada com o Bentayga, em 2015. Inspirado no EXP 100<br />
GT, concept comemorativo do centenário da Bentley, o Mulliner<br />
Bacalar recorre a materiais nobres (alumínio e carbono no exterior;<br />
titânio, bronze, couro Beluga e lã natural no interior) e é movido<br />
pelo motor 6.0 W12 Twin-Turbo do Continental GT com 659 cv e 900<br />
Nm. A transmissão está a cargo de uma caixa automática de dupla<br />
embraiagem com oito velocidades, ligada a um sistema de tração<br />
integral. As jantes de 22” e a suspensão pneumática com barras<br />
estabilizadoras ativas são outros atributos<br />
RR EVOQUE E LR DISCOVERY SPORT<br />
AGORA HÍBRIDOS PLUG-IN<br />
O<br />
s Range Rover Evoque e Land Rover Discovery Sport já se encontram disponíveis nas<br />
variantes híbri<strong>das</strong> plug-in (PHEV), anunciando uma autonomia em modo 100% elétrico<br />
de até 66 km no Evoque e de até 62 km no Discovery Sport, sendo as emissões de CO 2<br />
de 32 e 36 g/km (ciclo WLTP) para os Evoque e Discovery Sport, respetivamente. Denomina<strong>das</strong><br />
P300e, as versões híbri<strong>das</strong> plug-in destes dois modelos baseiam-se na Arquitetura Transversal<br />
Premium (PTA) de motor transversal da Land Rover, concebida para apoiar a eletrificação e<br />
manter a capacidade todo-o-terreno característica da marca. As novas versões P300e juntam-se<br />
aos SUV micro híbridos de 48 Volt atuais de ambas as gamas para atingir novos níveis de eficiência<br />
no segmento dos SUV premium compactos. Os novos modelos disponibilizam uma performance<br />
sustentável, combinando o novo motor Ingenium a gasolina de três cilindros (1,5 litros de 200<br />
cv) com um motor elétrico de 80 kW (109 cv) integrado no eixo traseiro e alimentado por uma<br />
bateria de iões de lítio de 15 kWh, incorporada sob os bancos traseiros. O arranque dos 0 aos 100<br />
km/h cumpre-se em 6,4 segundos no Evoque, enquanto o Discovery Sport necessita de 6,6 segundos.<br />
Ambos atingem uma velocidade máxima de 135 km/h em modo 100% elétrico. Modos<br />
de condução, são três: “Hybrid”; “EV”; Save”.<br />
HYUNDAI VELOSTER N<br />
NOVA CAIXA DE DUPLA EMBRAIAGEM<br />
Por enquanto, está disponível apenas na Coreia do Sul. O Veloster<br />
N, que recorre aos préstimos de uma nova caixa automática de<br />
dupla embraiagem com oito velocidades (N DCT), necessita de 5,6<br />
segundos para cumprir o arranque dos 0 aos 100 km/h, de acordo<br />
com testes realizados no Centro de I&D da Hyundai. Equipado com<br />
atuadores elétricos que operam a dupla embraiagem, o Veloster<br />
N utiliza, ao contrário de uma transmissão de dupla embraiagem<br />
“normal” (com cárter seco), óleo com o objetivo de melhorar,<br />
significativamente, o desempenho da lubrificação e da refrigeração,<br />
solução comum em veículos de binário elevado. Com equipamentos<br />
bem ao estilo dos videojogos, este desportivo conta com o N<br />
Grin Shift (NGS), que aumenta o binário em 7%, permitindo que<br />
o turbocompressor disponibilize mais potência, maximizando<br />
a resposta para 20 segundos. Destaque merece, também, o N<br />
Track Sense Shift (NTS), que identifica quando as condições da<br />
estrada são ideais para uma condução dinâmica, ativando-se de<br />
forma automática. Em conjunto com as outras funcionalidades<br />
melhora<strong>das</strong>, como Rev Matching, Launch Control e Overboost, o<br />
Veloster N foi otimizado de forma a detetar, automaticamente, o<br />
padrão do condutor e as condições de estrada, de modo a melhorar<br />
os momentos de mudança de velocidade.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Maio I 2020 93
Mundo<br />
Automóvel<br />
EM ESTRADA<br />
por Bruno Castanheira<br />
SEAT LEON 1.5 TSI XCELLENCE<br />
DESPEDIDA EM BELEZA<br />
Foi <strong>das</strong> últimas versões que testámos da atual geração do Leon, cujas alterações mais recentes<br />
datam de 2017. Enquanto se aguarda pela chegada do seu substituto, a variante 1.5 TSI de 150 cv<br />
com cinco portas aqui em análise, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades e sistema<br />
start&stop, faz uma despedida em beleza. Às linhas (ainda) apelativas da carroçaria, aprimora<strong>das</strong> pelo<br />
nível de equipamento Xcellence, junta-se um habitáculo espaçoso, bem construído e com ambiente<br />
desportivo. O posto de condução é muito bom, os dispositivos de segurança estão presentes em<br />
número elevado e a conectividade torna este familiar compacto interativo. Na verdade, o atual<br />
Leon ainda tinha muitos trunfos para continuar a sua carreira comercial por mais algum tempo, se<br />
bem que a Seat deu um grande salto com o novo, a começar pelo estilo, mais estilizado. A geração<br />
presente nesta edição, que está prestes a passar à reforma depois de vários anos de bons e leais serviços, faz-se ainda valer de um desempenho<br />
dinâmico eficaz, que combina conforto com uma postura aguerrida se a intenção do condutor for adotar um temperamento desportivo. Para mais,<br />
tendo à sua disposição um motor a gasolina de 1,5 litros com 150 cv, que não só oferece boas prestações, como convence ainda pelos consumos<br />
comedidos e pela suavidade de funcionamento. O preço a que é proposto este Leon é outros dos seus argumentos. Custa pouco mais de €30.000<br />
sem extras nem despesas. Não admira, pois, que esta geração vá deixar saudades.<br />
Motor 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1498 Potência máxima (cv/rpm) 150/5000-6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3000 Velocidade máxima (km/h) 215 0-100 km/h (s) 8,2<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,8 (WLTP) Emissões de CO 2 (g/km) 132 (WLTP) Preço €30.034 IUC €159,3<br />
VOLVO XC40 T3 MOMENTUM PLUS<br />
(IN)FUSÃO VERMELHA<br />
Pequeno no tamanho, grande na atitude. E na atração. O XC40 é o SUV mais compacto da<br />
Volvo. A combinação de vermelho “Fusion” da carroçaria (€732) com tejadilho pintado<br />
de branco (€554), reúne as preferências de quem se cruza com este modelo. Mas a<br />
sua elegância deve-se, sobretudo, à grelha e aos grupos óticos estilo “Martelo de Thor”. Com<br />
jantes de 18”, o visual do conjunto ganha ainda imponência. Por dentro, destaca-se a qualidade<br />
de construção elevada, o posto de condução ergonómico e o equipamento expressivo, dispondo<br />
esta unidade dos Packs Business Pro (€836), Light (€1009), Park Assist (€664) e Versatility Pro<br />
(€664). Depois, há que somar também os estofos em couro carvão (€1.230) e o BLIS (€554). Contas<br />
feitas, são nada menos do que €6243 de extras. Que valem bem a pena, refira-se. Equipado com o<br />
motor T3 (1,5 litros a gasolina de 163 cv), que traz acoplada caixa automática de oito velocidades (Geartronic), o XC40 é eficaz, reativo e confortável.<br />
Dispõe de vários modos de condução em função <strong>das</strong> preferências e <strong>das</strong> exigências do momento. Já as prestações, são francamente convincentes, mais<br />
do que os consumos. E ainda que seja o SUV mais compacto da Volvo, desenganem-se aqueles que pensam que o espaço para ocupantes e bagagem é<br />
escasso. Já as aventuras fora de estada, estão algo limita<strong>das</strong> pelo facto de a tração ser apenas dianteira e da altura ao solo não ser muito elevada. Quanto<br />
ao preço, €40.138 (sem extras nem despesas) aceita-se face a tudo aquilo que é proposto.<br />
Motor 3 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1477 Potência máxima (cv/rpm) 163/5500 Binário máximo (Nm/rpm) 265/1500-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 9,6 Consumo combinado (l/100 km) 7,3 (WLTP) Emissões de CO 2 (g/km) 165 (WLTP)<br />
Preço €40.138 IUC €159,37<br />
94 Maio I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com