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Revista Apólice #255

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maior registrada na saúde pública em todo o mundo dos últimos 100

anos? Os corretores de seguros estão realizando um excelente trabalho,

atuando diuturnamente para atender os clientes e assegurar a

devida proteção para a sociedade, que está com medo e sentindo-se

desamparada. O recadastramento só traz perdas para todos, principalmente

para os consumidores, que precisam de dedicação em

tempo integral dos corretores de seguros neste momento”, analisa.

“Por que a Susep, que estava com o recadastramento previsto

em resolução do CNSP e circular interna da autarquia, e deveria

ter começado a fazer em julho de 2019, simplesmente suspendeu

e não fez, alegando que não precisava fazer. Depois, em novembro,

tenta acabar com a profissão e extinguir a categoria e, revogou a

lei dois dias após a MP 905/19 ser revogada, vem com esse recadastramento.

Como assim?”, questiona. Vergílio afirma que a Fenacor

sabe da importância do recadastramento. “Mas, fazê-lo neste

momento de pandemia, com um sistema tão ruim, tão frágil, tão

falho, que expõe as empresas e corretores a serem fraudados, é um

absurdo total e isso deveria ser investigado. Porque isso é um crime

contra os corretores de seguros ou mesmo mais uma vingança,

por ela não ter conseguido dizimar e extinguir a categoria, por via

da MP 905”, expõe.

O corretor de seguros Ranner Veríssimo de Carvalho Feitosa,

diretor Comercial da Arrecife Corretora de Seguros (Caruaru-

-PE), analisa que estas são “disputas políticas nas quais a razoabilidade

não está presente em nenhum dos lados. Quem está

perdendo até o presente momento é o corretor, que vê a legitimação

de seu sustento sendo jogada de um lado para o outro

como uma bolinha de ping-pong. A Susep, como órgão regulador,

bem como a Fenacor, poderiam ser moderadores no trato desta

valiosa profissão”, diz.

Em sua visão, as disputas não trazem ganho político nem

financeiro para a categoria. “Vejo tão somente uma classe, antes

forte e dinâmica, enfraquecida devido aos questionamentos das

duas partes que não contribuem em nada com assuntos mais urgentes

não só para a nossa classe mas, acima de tudo, para o consumidor

de seguros, que até a presente data está na escuridão do

esquecimento. Nossos amigos corretores se perguntam: Qual é o

problema tão grave com nossa profissão? O que estamos fazendo

de errado para o mercado? Onde está nossa representatividade?

Onde está o órgão regulador para acabar com o exercício dos que

vendem seguros como se fossem seguradoras? Onde está a seriedade

em nosso país?”

Flávio Antonio Mueller, da Mueller Corretora de Seguros

(Santa Cruz do Sul - RS), corrobora com o fato de que na disputa

entre Fenacor e Susep “quem perde é a parte mais frágil, desprotegida

e desamparada financeiramente: o corretor de seguros”. Em

sua visão, quem lucra são os empresários das grandes empresas

corretoras de seguros. “Não havendo recadastramento (considerando

que o último foi em 2009) as grandes empresas contratam

vendedores sem habilitação, sem qualificação e sem registro, contrariando

o que consta na Lei 4594/64 (art.2º, 3º, 4º e 12º). Nessa

lei constam os critérios e regras para ser corretor de seguros e

preposto. Não tendo recadastramento, abre-se espaço para quem

PAULO IBANES, da Sempre Seguro

quiser burlar a legislação, contratando

vendedores como se fossem prepostos.

Com um único objeto: aumentar a produção,

pagando um percentual ínfimo

ao vendedor e receber bonificação extra

das seguradoras”.

Marcelo Monteiro, da Marcelo

Monteiro Corretagem de Seguros (Santos-SP)

é favorável ao recadastramento.

“A Susep falhou, e muito. Mas nesta questão

do recadastramento, o qual é necessário,

ela está fazendo da melhor maneira

possível. Está inclusive se empenhando e

corrigindo os erros. Temos de volta nossos

certificados e a carteira de identificação

profissional pelo app”. Ele defende

que o corretor deve se recadastrar. “Eu

me recadastrei, mais de 30 mil corretores

se recadastraram. Quantos recadastros já

FLAVIO MUELLER,

da Mueller Corretora

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