Para entreter, informar e conectar Em setembro a TV completa 70 anos no Brasil e não para <strong>de</strong> se reinventar. Para explorar as diferentes dimensões do ví<strong>de</strong>o e do consumo on-<strong>de</strong>mand, a Kantar IBOPE Media lançou este mês o The Streaming Gui<strong>de</strong> <strong>2020</strong>, uma pesquisa inédita combinada com o mais completo levantamento sobre o universo dos streamings. Para saber mais, escreva para digital@kantaribopemedia.com Un<strong>de</strong>rstand People Inspire Growth kantaribopemedia.com
editorial Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br Quando setembro vier Como ninguém precisou ao certo quando se dará o fim da pan<strong>de</strong>mia do coronavírus, vamos torcer com base na queda que a sua ação <strong>de</strong>vastadora provocou no planeta que isso comece a ocorrer já no início <strong>de</strong> setembro, livrando-nos <strong>de</strong>sse mal inesperado que tantas vidas nos tirou e tanto prejuízo nos causou. Contribuirá muito para reequilibrar a alegria e a esperança na Terra o a<strong>de</strong>us <strong>de</strong>sse fantasma que tanto mal tem nos causado, ceifando vidas e atrasando o contínuo progresso da humanida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma ainda incalculável. O mercado publicitário, metier on<strong>de</strong> atuamos, situa-se entre os mais sofridos com a ação <strong>de</strong>sse vírus maldito, porque <strong>de</strong>le <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m muitos outros mercados para sobreviver. *** A matéria <strong>de</strong> capa <strong>de</strong>sta edição do PROPMARK é <strong>de</strong> autoria do editor Paulo Macedo e valoriza a evolução <strong>de</strong>sse meio fantástico que é a televisão, completando 70 anos <strong>de</strong> entrada no ar em nosso país, em uma noite inesquecível <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1950. Para aqueles que já viviam naquela época, com razoável capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entendimento e prosseguem vivos, com a gran<strong>de</strong> maioria fazendo um retrospecto das imagens <strong>de</strong> Assis Chateaubriand inaugurando a sua TV Tupi e seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, hoje, que somos todos nós, observando o quanto mudou a telinha <strong>de</strong> lá para cá, não apenas no seu formato, influenciado pela evolução do <strong>de</strong>sign, como também na sua luta para expandir-se territorialmente. A frase é <strong>de</strong> efeito, mas sempre cabe em situações como esta que tomara esteja vivendo seus últimos atos entre nós: o planeta já não será o mesmo após sofrermos essa terrível pan<strong>de</strong>mia, principalmente tendo-se em vista os milhares <strong>de</strong> seres humanos que morreram pela ação do vírus. Precisamos agora realmente torcer para que o fim <strong>de</strong>sse filme <strong>de</strong> horror esteja próximo (acreditamos que sim) e possamos reconstruir o que sobrou da humanida<strong>de</strong>, na sua luta contra o terrível mal. Como participantes há 55 anos do mercado publicitário brasileiro, acreditamos que virá uma propaganda com maior força criativa e sendo cada vez mais procurada pelos anunciantes, em todos os seus formatos, dando oportunida<strong>de</strong> a todos <strong>de</strong> verificarem que a maioria das formas <strong>de</strong> meios não morre, mas se transforma. Não esperamos por um mundo melhor após a pan<strong>de</strong>mia e, no que diga respeito à comunicação tradicional entre anunciantes e consumidores, via agências <strong>de</strong> propagandas, esperamos por muitas mutações. Não se enganem, porém, os leitores, que prevalecerá o <strong>de</strong>sconhecido sobre o até aqui exaustivamente usado. Preferimos acreditar mais em aperfeiçoamento do sistema, inclusive e principalmente os meios, do que numa radical transformação que atingirá a todos. Após as duas gran<strong>de</strong>s guerras (1914-1918 e 1939-1945), houve, sim, algumas invenções que a humanida<strong>de</strong> ainda não conhecia, mas houve principalmente o aperfeiçoamento das existentes, provocando um salto enorme no progresso tecnológico da humanida<strong>de</strong>, com <strong>de</strong>staque para o pós-1945. Por último, a se lamentar em países como o nosso, o aproveitamento <strong>de</strong> uma terrível <strong>de</strong>sgraça como foi (e prossegue sendo) essa pan<strong>de</strong>mia, para enriquecer (ainda mais) aproveitadores <strong>de</strong> todos matizes. Inclusive daqueles que não visavam riquezas materiais, mas glória pessoal, já que na maioria das vezes uma coisa leva à outra. Vamos torcer para que saia logo a vacina, seja <strong>de</strong> que país for, e possamos voltar a ter nossas vidas mais seguras do que antes <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>sgraça que infernizou praticamente o mundo inteiro. Sem nenhuma comparação em termos numéricos <strong>de</strong> vítimas com outras epi<strong>de</strong>mias, o coronavírus mostrou-nos a fragilida<strong>de</strong> das nossas vidas e o quanto temos ainda <strong>de</strong> caminhar, imaginando-nos imbatíveis perante o inimigo aparentemente menor, mas que, atacando em bandos, minimiza o que até aqui conhecíamos como <strong>de</strong>sproporcional. Aqui no Brasil tratou-se <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira batalha, travada nos 400 quilômetros que separavam São Paulo do Rio <strong>de</strong> Janeiro, mas que aos poucos foi per<strong>de</strong>ndo terreno para a tecnologia, que não <strong>de</strong>sistia <strong>de</strong> se aperfeiçoar, principalmente nos países mais avançados. Observa, com muito conhecimento do tema, o jornalista Paulo Macedo: “Nesses 70 anos <strong>de</strong> história, que começou no mo<strong>de</strong>lo aberto e chegou no VOD, o que une essa linha do tempo é a publicida<strong>de</strong>. Canais fechados, apesar do custo para os assinantes, também <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> propaganda”. Eis aí, sempre presente fortalecendo a mídia, essa mágica do homem que chamamos <strong>de</strong> propaganda. *** No PROPMARK, praticamente todas as matérias são imperdíveis, até porque se trata <strong>de</strong> uma publicação, em suas versões impressas e online, que aborda praticamente tudo o que ocorre <strong>de</strong> importante na comunicação publicitária mundial. Mas, têm sido mesmo imperdíveis nossos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> redação <strong>de</strong> matérias, com simplicida<strong>de</strong> e ao mesmo tempo com profundida<strong>de</strong>, como a entrevista nesta edição que realizamos com Eduardo Schaeffer, diretor <strong>de</strong> negócios integrados da Globo, sobre os projetos e novida<strong>de</strong>s da emissora neste <strong>2020</strong>, como o lançamento do formato T-Commerce, que permite compra em tempo real pela TV (controle remoto) <strong>de</strong> produtos como a gela<strong>de</strong>ira da protagonista da novela, por exemplo. Da TV, pulamos para a Jovem Pan (que também possui tecnologia televisiva), lançando cinco novos programas a partir <strong>de</strong>sta semana (setembro), inovando-se com uma velocida<strong>de</strong> que supera todas as suas <strong>de</strong>mais concorrentes. *** Imperdível a matéria com Fernando Taralli, da VML, que acaba <strong>de</strong> conquistar a conta <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> digital da Sadia e toda a conta <strong>de</strong> KitchenAid, em um momento ainda difícil para o mercado. Mas, os bons surgem sempre. *** Destaque também para a entrevista com Sandra Martinelli, que completa seis anos como presi<strong>de</strong>nte-executiva na ABA e diz: “O nosso saldo é certamente positivo! Chegamos em <strong>2020</strong> com 144 associadas, mais que o dobro do número <strong>de</strong> 6 anos atrás”. jornal propmark - <strong>31</strong> <strong>de</strong> <strong>agosto</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong> 3