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especial tv 70 anos Fotos: Divulgação Marcelo Scalzo: “Reorganização da cadeia de valor” Tatiana Costa comanda Gloob, Gloobinho e Multishow Lima, da Cheil: “Digital facilitou mensuração da TV” setentona e jovem Sóvero Pereira: “Experiência imersiva e agregadora” das plataformas digitais em criar ambientes apropriados para esse tipo de peça”. José Roberto Maciel, CEO do SBT, destaca que as TVs não param de investir em tecnologia e dados. “Somos uma fábrica de produzir dados pela nossa capacidade de mobilizar milhões de pessoas por minuto. Não podemos esquecer que a TV aberta já é digital desde 2007. Então tentar segregar o que fazemos só na televisão chamando de “offline” é errado. Esse termo tem de ser enterrado, pois, não dá para separar mais os dois mundos. Sempre fomos a verdadeira banda larga e hoje interagimos com a audiência em tempo real através das nossas redes sociais”, afirma. Sóvero Pereira, CCO do Telecine, também ressalta o poder integrador da TV. “Ela é uma experiência imersiva, agregadora e de segmentação. Isso permite que marcas com mercados de tamanhos variados encontrem seus públicos”. Marcus Vinicius Chisco, vice-presidente comercial da CNN Brasil, conclui que “se Assis Chateaubriand pudesse ver hoje aquilo que ele inaugurou há 70 anos, é certo que teria um enorme orgulho da TV como a conhecemos hoje”. aleXaNdRe GaRcIa Tenho 73 anos de microfone (sim, comecei em papéis infantis de radionovela), mas de TV apenas 37 - creio que ainda há muito que aprender. Quando a TV Manchete ganhou o canal, Adolpho e Jaquito prometeram que eu iria fazer estágio na CBS. Depois descobri o que era: deram-me o manual de reportagem da CBS e um leitor de U-Matic para ir vendo fitas de programas americanos. E chegou a Brasília uma mesa de madeira para o controle-mestre; inútil, porque a sucursal de Brasília não teria controle- -mestre. Aproveitamos um canto do restaurante da Casa da Manchete em Brasília para fazer o estúdio e colamos estojos de ovos na parede, como tratamento acústico. Eu era o apresentador, sem teleprompter nem script. Acompanhava a edição das reportagens e amarrava umas com as outras, no improviso. Acho que isso era, realmente, ancoragem. Quando comecei na TV, a telinha já vinha em cores. Eu cobri, pelo Jornal do Brasil, a primeira transmissão para o Brasil da TV em cor, na Festa da Uva, em Caxias do Sul, dia 19 de fevereiro de 1972; no dia seguinte, a primeira partida de futebol, que mostrava as cores das camisas do Grêmio e do Caxias. 38 anos depois, um dos autores desse feito, pioneiro da TV em cores, Walmor Bergesch, pediu-me para prefaciar a história da TV em cores, Os Televisionários. Foi então que percebi que, afinal, também faço parte dessa história. O livro é dedicado a outros três pioneiros, entre eles meu pai, que “descobriu” Walmor no programa de auditório que apresentava. No dia do lançamento do livro, eu estava no palco para conduzir a festa e contei que naquela noite iria preencher uma lacuna do currículo, chamando um gênio da TV brasileira que eu nunca havia anunciado: “Com vocês, Chico Anysio!”. O Brasil desenvolveu rapidamente a novidade que se espalhava nos Estados Unidos e criamos a própria TV, da melhor qualidade técnica e de programação. Em 1984, fui à China cobrir viagem do presidente Figueiredo e contratei equipe chinesa de câmera e edição. Todos da TV estatal. No primeiro dia entreguei meu off para o editor de imagem cobrir, como se faz no Brasil. Ele se recusou. Disse que antes editaria as imagens para eu falar em cima delas. Eu discordei, pois ele, assim, comandaria a edição da reportagem, não eu. O chinês então argumentou: “Temos dois mil anos de civilização”. E eu retruquei: “E quantos de televisão?”. Ganhei a argumentação, mas não levei. Por todos os dias ele me entregava as imagens editadas para eu cobrir com a voz. Agora, no octogésimo ano de vida, estou na CNN, a rede mundial de notícias. Quando saí da Globo, pretendia não voltar à TV tradicional. Mas, porque gosto do agro, aceitei convite para ser comentarista no Canal Rural; por fim acabei cedendo a uma boa proposta de trabalho da CNN, na qual eu seria dono de meu nariz, tal como no Canal Rural. Não sei quantos jornalistas de televisão no Brasil estão em dois canais ao mesmo tempo. Além disso, estou no meu canal do YouTube, com quase 2 milhões de inscritos, onde aplico tudo o que aprendi em técnica e qualidade, ao longo desses curtos 37 anos. Em todos, sou “dono de meu nariz” com limites: o respeito a quem dedica tempo para me ver e ouvir; e o serviço a quem me acompanha e assiste, sempre grato pela crítica que ensina. Creio que esse é o espírito da televisão setentona e jovem. 32 31 de agosto de 2020 - jornal propmark
supercenas Paulo Macedo paulo@propmark.com.br Divulgação As datas não celebradas em 2020 certamente deixaram saudades devido aos protocolos de segurança. Mas Sheron Menezes convida em nome da Arezzo a vibrar com o verão CRONOLOGIA Saudades do que não vivemos é o conceito da campanha de verão da Arezzo criada pela agência CuboCC com direção criativa de Munique Lima. A atriz Sheron Menezes estará presente nos fashion filmes que fazem referência às datas promocionais de mães e namorados, que tiveram de ser deixadas de lado. Mas o verão pode fazer a diferença; “O storytelling que queremos transmitir gira em torno da saudade, que se tornou comum diante do momento que estamos passando. Por isso, a ideia de criar histórias leves e otimistas como um respiro, além de propor que as pessoas revivam momentos e celebrem essas datas mesmo fora de época, ressignificando até mesmo a ideia de cronologia”, afirma Luciana Wodzik, diretora da marca Arezzo. Divulgação NOSTALGIA A maranhense Marcia Marques propõe nos livros Chocrível Kids e Diário de uma garota Chocrível um mergulho nos anos 1980. Para os teens, é a oportunidade de desenhar e usar cartela de adesivos. Os adultos vão curtir as memórias de Maia de Oliver, personagem principal do diário pop. Ótima leitura! Divulgação Marcia Marques narra features dos anos 1980 com humor para crianças e marmanjos Renato Bruchmann, Denise Petrone (Sagrada) e João Henrique Firmino (Yuny) IMOBILIÁRIO A Sagrada Comunicação assina a campanha de lançamento do projeto Uwin Brooklin, da Yuny Incorporadora, em São Paulo. O formato contempla studios e apartamentos de um dormitório. Além da campanha para o público final, a agência fez live meeting para corretores com transmissão direta do stand de vendas. “Criamos uma marca que traduz a essência de uma sociedade e como ela se expressa individualmente, quebrando e contestando estereótipos, que busca ambientes inspiradores”, explicou o diretor de criação Renato Bruchmann. A aprovação da ação foi do executivo João Henrique Firmino. jornal propmark - 31 de agosto de 2020 33
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