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Revista Newslab Edição 163

Revista Newslab Edição 163 - Dezembro/Janeiro 2021

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BIOSSEGURANÇA<br />

BIOSSEGURANÇA NA PREVENÇÃO<br />

DA CONTAMINAÇÃO HOSPITALAR POR CANDIDA AURIS<br />

Por: Gleiciere Maia Silva, Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.<br />

O surgimento da levedura patogênica<br />

Candida auris, uma levedura<br />

emergente do gênero Candida, têm<br />

gerado grande preocupação por ser<br />

um patógeno multirresistente e é<br />

considerada uma grave ameaça à<br />

saúde global. Esse agente foi descrito<br />

pela primeira vez em 2009, isolado<br />

do conduto auditivo de um paciente<br />

proveniente do Japão e se espalhou<br />

nos cincos continentes, tendo o primeiro<br />

caso no Brasil confirmado em<br />

9 de dezembro de 2020.<br />

A ANVISA (Agência Nacional de<br />

Vigilância Sanitária) notificou um<br />

alerta aos laboratórios para dar<br />

mais atenção às cepas suspeitas de<br />

C. auris e reforçar a vigilância dos<br />

profissionais da área de saúde.<br />

Assim como outras espécies do<br />

gênero, o espectro clínico associado<br />

à C. auris, varia desde colonização<br />

a infecção. Contudo, o que merece<br />

atenção e cuidado é a enorme resistência<br />

às drogas comumente utilizadas<br />

no tratamento de infecções<br />

invasivas causadas pelo gênero<br />

Candida. São elas: os azólicos (por<br />

exemplo, fluconazol, voriconazol,<br />

posaconazol e isavuconazol), os<br />

polienos (ex, anfotericina B) e as<br />

equinocandinas (anidulafungina,<br />

caspofungina e micafungina). Nunca<br />

visto em nenhuma outra espécie<br />

do gênero.<br />

A C. auris pode causar desde infecções<br />

na pele até infecções na corrente<br />

sanguínea. Os pacientes mais<br />

vulneráveis são os que estão no<br />

ambiente hospitalar, com comorbidades<br />

e que realizam tratamentos<br />

prolongados com antimicrobianos.<br />

Essas infecções são geralmente graves,<br />

com taxa de mortalidade que<br />

varia de 30% a 60%.<br />

A C. auris sobrevive em ambientes<br />

hospitalares, sendo a<br />

higienização fundamental como<br />

medida de controle e prevenção.<br />

Embora o modo de transmissão<br />

ainda não seja definido, devem<br />

ser adotadas medidas cruciais de<br />

prevenção, tais como:<br />

•Lavagem das mãos por parte dos<br />

profissionais de saúde e dos pacientes<br />

a fim de evitar disseminação;<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021

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