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Elas por elas 2012

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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Reforma política pode

reduzir desigualdades

A reforma política, em discussão no

Congresso Nacional desde os anos 90,

propõe mudanças no sistema de representação

popular através do aperfeiçoamento

da democracia direta (através

de plebiscitos, referendos e iniciativas

populares), participativa (com os mecanismos

de diálogo), e representativa (por

meio de mudanças no sistema eleitoral

e partidário). As principais mudanças

em discussão que podem trazer avanços

para as mulheres em termos de igualdade

de condições para a disputa eleitoral

passam pela aprovação do financiamento

público de campanha e da lista preordenada

com alternância de gênero.

Atualmente, partidos e candidatos

podem receber doações de empresas

ou pessoas físicas para suas campanhas.

Essa forte influência do poder econômico

sobre os processos eleitorais prejudica

não só as mulheres, que têm menos

espaço nos partidos, como também

outros setores historicamente à margem

da política oficial. O projeto de lei

2679/03 prevê critérios para que as

campanhas políticas sejam financiadas

apenas com verbas públicas, o que

trará maior transparência e poderá

mudar o cenário desigual em que as

mulheres se encontram nos partidos.

O sistema eleitoral atual permite

também a sobreposição do candidato

ao partido ao qual pertence. Com as

listas preordenadas, os brasileiros não

elegeriam mais individualmente candidatos

a vereador, deputado federal e

estadual/distrital, mas votariam em listas

ordenadas pelos partidos, que respeitariam

a paridade e a alternância de

gênero. Cada partido receberia o número

de lugares proporcional à quantidade de

Lista preordernada com alternância de gênero é uma das propostas para reforma política.

votos obtidos, no entanto, 50% das

vagas seriam para homens e 50% para

as mulheres. Assim, para cada candidato

eleito, haveria também uma candidata

eleita. “Essa medida resolveria de vez o

problema da desigualdade de gênero na

política, mas dificilmente passa no Congresso”,

frisa José Eustáquio.

Para Rachel Moreno, se esses pontos

tivessem sido aprovados na minirreforma

eleitoral de 2009, as mulheres estariam

mais presentes na política hoje e fariam

a diferença. “Sem recursos e equidade

em termos de espaço torna-se difícil a

disputa pelo poder”, alerta.

Nesse contexto, segundo o Observatório

Brasil da Igualdade de Gênero,

“é necessário promover uma campanha

de encorajamento das mulheres, fomentando

suas candidaturas e conscientizando

a comunidade sobre a importância

do acesso dos grupos historicamente

subrepresentados à estrutura

governamental”.

Superar o patriarcado

A reforma política proposta pela

sociedade civil organizada pretende suscitar

a superação de antigos valores e

práticas que já não cabem na realidade

de hoje, como “o patriarcado, o patrimonialismo,

a oligarquia, o nepotismo,

o personalismo, o clientelismo e a corrupção”,

destaca documento publicado

pela Abong em 2006.

A Plataforma dos Movimentos So-

Revista Elas por Elas - março 2012 11

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