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Elas por elas 2012

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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As desigualdades persistentes entre

as mulheres brasileiras; a concentração

das mulheres em cursos e carreiras

ditas “femininas"; a baixa valorização

das profissionais de educação básica; o

acesso desigual à educação infantil; a

manutenção de uma educação sexista,

homofóbica/lesbofóbica, racista e discriminatória

são alguns dos desafios

para a garantia da equidade de gênero

no espaço escolar, apontados no Informe

Brasil – Gênero e Educação. O

documento traça um panorama sobre

essa temática e apresenta recomendações

que teriam repercussões diretas

no campo das políticas públicas.

O informe brasileiro, apresentado

na audiência pública da Comissão Interamericana

de Direitos Humanos da

Organização dos Estados Americanos

(OEA), realizada em outubro de 2011,

em Washington, foi produzido no marco

da Campanha Educação Não Sexista e

Antidiscriminatória pela organização

Ação Educativa. A Campanha tem a

colaboração da organização Ecos – Comunicação

e Sexualidade e do Centro

de Referência às Vítimas de Violência

do Instituto Sedes Sapientiae.

Os números apresentados pelo informe

apontam que as desigualdades

de gênero na educação ainda não foram

superadas, como defendem alguns setores

governamentais e da sociedade

civil. Em números absolutos, as mulheres

ainda constituem a maioria dos analfabetos

com mais de 10 anos de idade

no país, apesar da diferença entre os

sexos ter diminuído ao longo da última

década, segundo o Observatório da

Equidade. Se em 2001, havia cerca de

7,2 milhões de homens e 7,8 milhões

de mulheres analfabetos, em 2008,

este número passou para 6,9 milhões

e 7,2 milhões, respectivamente, revelando

um ritmo maior de queda entre

as mulheres.

“É importante observar que nos documentos

oficiais não se nega a existência

de grandes desafios com relação

à situação das mulheres no mercado

de trabalho, na saúde, na violência doméstica,

no acesso ao poder, ao direito

à moradia, mas na educação, a agenda

perde potência, apesar de se considerar

que o investimento na educação é estratégico

para o enfrentamento das diversas

desigualdades, discriminações e

violências de gênero que continuam

presentes no cotidiano e para o acesso

de mulheres e homens a outros direitos

humanos”, destaca o informe.

Esperança

Mas a pesquisa também desenha

um cenário de esperança para as mulheres

no que diz respeito ao aumento

do grau de escolarização feminina.

Desde 2004, elas representam cerca

de 55% da população com nível superior

completo (graduação) e superaram

os homens em obtenção de títulos de

doutorado. No entanto, quando se

trata dos níveis mais elevados de escolarização

(pós-graduação em geral), as

mulheres respondem por apenas 43%

do total de pessoas com mais de 16

anos de estudo.

Esses e outros dados do informe indicam

que as discriminações de gênero

ainda se perpetuam na educação brasileira.

“Não se pode negar o avanço

expresso nos indicadores nacionais de

educacão com relação ao acesso das

mulheres à escolarização. Porém, essa

conquista é insuficiente para afirmar

que o país tenha alcançado a equidade

entre homens e mulheres na educação

e cumprido as metas internacionais de

uma educação não-sexista e não-discriminatória”,

problematiza o documento.

Saiba mais:

http://educacion-nosexista.org

Revista Elas por Elas - março 2012 43

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