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Elas por elas 2012

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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Elas por Elas - Quais as

principais barreiras encontradas

pelas mulheres para participarem

mais ativamente da vida

política do país? Haveria, por

parte delas, um pouco de medo

em relação ao poder?

A discriminação, o precon ceito,

uma sociedade machista e sexista e a

violência são barreiras históricas, e as

mulheres estão, cada vez mais, somando

forças para modificar valores

que reforçam essas práticas. Os movimentos

feministas e de mulheres, o

conjunto de políticas públicas específicas

para as mulheres definidas no

Plano Nacional de Políticas para as

Mulheres, e a transversalidades dessas

políticas somam forças para a su pe -

ração dessas barreiras. Já avançamos

muito, mas há ainda muito que fazer.

Não acredito que as mulheres tenham

medo do poder, o que ocorre é a ausência

de espaços para elas exer -

cerem o poder.

Elas por Elas - Como a reforma

política em discussão pode

alterar esse quadro de sub-representação

feminina na política

brasileira?

Uma reforma política que contemple

a equidade de gênero e a participação

popular é uma questão de

democracia. Está relacionada com a

construção da autonomia das mulheres

e com a erradicação das práticas

de violência e intolerância. Se

uma mulher tem autonomia econômica,

ela não aceita com naturalidade

a violência e tem mais condições

e estrutura para se desligar do

seu agressor. Com autonomia política,

através de uma reforma que garanta

as condições de participação e

igualdade, as mulheres terão mais liberdade

e espaço para atuar e

exercer sua cidadania e, com isso,

aumentar sua presença no mundo da

política e nos espaços de poder e decisão.

Elas por Elas - Na sua

avalia ção, a lei de cotas de gênero

nas eleições já proporcionou

a ampliação da participação

feminina na política?

Quais os desafios para a aplicação

dessa lei hoje?

A lei de cotas foi um avanço e possibilitou

ampliar a participação feminina,

mas é ainda muito tímida a

presença das mulheres na política. O

Brasil tem 5.565 municípios e, na última

eleição, foram eleitas apenas

506 prefeitas, só duas nas capitais, e

6.503 vereadoras. Esse quadro só vai

se reverter com a reforma política,

pois sem lei que contemple e assegure

direitos não há como cobrar dos partidos

políticos. No entanto, não há lei

que mude a mente das pessoas, por

isso precisamos atuar também no sentido

da mudança de valores e práticas,

arraigadas na nossa cultura, que discriminam

as mulheres, especialmente as

negras, índias, pessoas com deficiências

ou com orientação sexual diferente.

Elas por Elas - Como as(os)

professoras(es) podem colaborar

na conscientização das mulheres

para uma maior participação política

e para a equidade de gênero?

Os(a)s educadores(as) são parte importante

para alterar as práticas discriminatórias

e a cultura patriarcal, machista

e sexista, pois isso também se

faz no ambiente escolar. A educação

pode fomentar novos valores que superem

o conservadorismo na visão

sobre os direitos das mulheres e que

favoreçam comportamentos para a

promoção da igualdade de gênero.ø

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