Elas por elas 2012
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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Por já ter “criado a família” e por ser
divorciada, ela considera que tem mais
tempo livre para se dedicar à política.
“Marido e filhos exigem atenção. No
caso das professoras, elas ainda levam
trabalho pra casa. Já um cargo político,
em muitos momentos, requer dedicação
exclusiva. A mulher se cobra muito e a
família acaba pesando mais na balança”,
aponta.
Ela conta que já viu casos de mulheres
que, diante de um impasse, abdicaram
de sua atuação política e priorizaram
a família. “As mulheres ainda
têm dificuldade de romper com essa
cultura patriarcal. Elas ainda se sentem
responsáveis pela casa, por manter a
paz, o equilíbrio familiar”, analisa.
Mas há aquelas que conseguem superar
essas barreiras e recebem apoio
para se candidatar. Para Fátima, cada
vez mais, os partidos têm apostado em
mulheres em posições de liderança,
com chances reais de serem eleitas, e
isso tem acontecido não somente em
função das cotas. “A mulher é mais
cuidadosa, dedicada ao bem-estar de
todos. Quando ocupa um cargo de direção,
atua com mais garra, com o coração,
e isso faz toda a diferença”,
completa.
Política para o bem comum
Vera Lúcia Alfredo, 64 anos, é
professora aposentada e diretora do
Sinpro Minas. Na juventude, participava
de movimentos estudantis, e, ao longo
da vida, seguiu atuando em movimentos
populares, ONGs e associações. Cursou
Filosofia, Pedagogia e conclui o curso
de Direito ainda neste ano. Nessa trajetória
de atuação nos territórios da
educação e da cidadania, percebeu
que podia contribuir ainda mais e que
faria isso se eleita pelo povo para um
mandato legislativo em sua cidade,
São João del-Rei. Em 2007, candidatou-se
e foi eleita vereadora com
947 votos. Atualmente, faz
parte das Comissões de Legislação,
Justiça e Redação, de
Educação e de Saúde da Câmara
Municipal.
Vera Lúcia, conhecida
como Vera do Polivalente, foi
por muitos anos professora e
diretora da Escola Estadual Governador
Milton Campos, mais
conhecido como Colégio Polivalente.
“Gosto do apelido que
ganhei, pois na vida nós, mulheres,
temos que ser polivalentes,
ser mãe, educadora,
profissional do lar, trabalhar
fora”, destaca.
Vera demonstra sua paixão
pela política, como raras mulheres
parecem ter. “Para
exercer um cargo político, você
tem que gostar muito. Às
vezes, é cansativo e a gente se
frustra, porque depende dos
colegas e do Executivo. Mas
também é muito gratificante
quando você pode ajudar muita
gente, e ver aprovado um projeto
seu que atenda ao coletivo”,
compartilha.
Ela pretende se candidatar
para um segundo mandato na
Câmara, porque diz ter ainda
muitos projetos a realizar, em
nome de seu ideal. “Um dos
meus maiores sonhos é ver
uma sociedade com menos desigualdade,
mais fraterna, mais
organizada, da qual todos participem
e onde todos possam
viver em prol do bem comum”,
sintetiza, como exemplo para
tantas outras mulheres que,
nos próximos anos, de acordo
com o que apontam as pesquisas,
podem vir a ocupar
novos cargos políticos no
Brasil.
Valter Campanato/ABr
A ex-ministra-chefe da
Secretaria de Políticas
para as Mulheres (SPM),
Iriny Lopes, deixou a pasta
no dia 6 de fevereiro de
2012, para concorrer à
prefeitura de Vitória (ES)
em outubro. Em janeiro,
ainda como ministra, Iriny
concedeu uma entrevista
exclusiva à Revista Elas
por Elas, em que analisa o
crescimento da participação
política das mulheres
no Brasil, e faz um
balanço das ações desenvolvidas
em 2011, ano em
que esteve à frente da Secretaria
Especial de Políticas
para as Mulheres.
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