Heranca-Espiritual-Judaica
Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.
Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.
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Bad Bleiberg, em torno de antiga mina de chumbo (alemão - Blei). Nosso sobrenome é pois
um toponímico: montanha de chumbo.
Um dia a exaustão do minério determinou a desativação da mina, mas suas aguas quentes
permaneceram fluindo das profundezas, o que ensejou sua revitalização como atração
turística: passeios de trenzinho pelas galerias, um spa muito frequentado, parques de
diversões, algo como um misto de Bariloche e Gstaad, uma Caldas Novas ou Poços de Caldas
austríaca. Estava pois confirmada a história passada de geração a geração.
Na hipótese que ora formulamos, os Bleiberg, tangidos pela intolerância escaparam
naquela época do morticínio na Áustria, que como Alemanha e Holanda restaram quase
desprovidas de judeus. Dirigiram-se ao Leste, na direção da Rússia e Polônia, que não
sofreram com a Peste Negra, portanto menos hostis aos judeus. Por alguma razão os
Bleiberg escolheram estabelecer-se em Ostrowiec, Polônia, onde permaneceram pelos
próximos 600 anos até 1942, quando todos os judeus da cidade foram levados para o
Campo da Morte de Treblinka, onde pereceram Al Kidush haShem (pelo Santificado Nome).
Quando chegaram a Ostrowiec, nossos antepassados polonizaram a ortografia de Bleiberg
para Blajberg, para obter o mesmo efeito fonético da leitura em alemão, soando como
Blaiberg em português.
Mas na verdade, Bleiberg e Ostrowiec foram apenas pontos de passagem. Somos Levitas,
conforme a tradição oral passada ao meu pai por meu avô, que por sua vez a recebeu de seu
pai, e assim por diante, até chegar a um remoto antepassado da Tribo de Levi, que em pleno
Deserto ao sopé do Monte Sinai não quis acreditar naquele bezerro de ouro, preferindo
aguardar o retorno do nosso Grande Patriarca Moises trazendo as Tabuas da Lei. Pela
demonstração de fé e fidelidade foram os Levitas nomeados auxiliares dos membros da
casta sacerdotal, descendentes do Cohen haGadol (Sumo Sacerdote) Aharon, irmão de
Moisés. Até hoje os Levitas detém esta função, e o privilégio de sermos chamados a Torá
[10], logo apos os Cohanim. Nestes momentos, quando um Cohen une as mãos elevando-as
para o alto na benção sacerdotal, a congregação evita olhá-lo, cobrindo os olhos com o
Talit (manto ritual) pois ali naquele instante se manifesta a Presença Divina.
Não fora a pandemia, os Bleiberg teriam permanecido na Carinthia ? Não sabemos a
resposta, nem se estaríamos aqui no Brasil ou alguma outra paragem que os acolheu na
busca de um mundo melhor, onde não nos fosse lançada pejorativamente a palavra Zyd
(judeu). As únicas certezas são de que através dos séculos seguimos fieis a Lei de Moises,
tementes a D_us, o Grande Arquiteto do Universo, sendo hoje tão brasileiros quanto
qualquer outro brasileiro.