Heranca-Espiritual-Judaica
Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.
Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.
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Finalmente, sob a hupá os pais e avó observam embevecidos o casal que sobe e diante dos
Rabinos realiza o ritual das sete voltas, como os sete dias em que o Criador construiu o
Mundo, tendo o noivo pronunciado o Sheechianu [62] , abrigando-se com o talit [63] azul e
branco trazido especialmente de Israel, feito à mão por um artista de Jaffa. O vinho sagrado,
símbolo de alegria, é repartido para as bênçãos, os noivos colocam as alianças,
obrigatoriamente de ouro puro, firmando a ketubá [64]. A predica do Rabino é ouvida
atentamente pelos presentes, logo são entoadas as Sheva Brachot [65] e a Birkat Cohanim
[66]. Um copo é colocado no chão, para a milenar promessa recitada por todo noivo: Im
Ishkacher Yerushalaim, Tishcach Yemini [67], ao que o ruído do copo se quebrando, sinal de
tristeza pela destruição do Templo, determina o inicio da festa com a melodia alegre de
Siman Tov u Mazal Tov [68]
Os noivos adentram o salão, novamente murmúrios elogiosos, de como são tão bonitos e
vistosos, formando belo par. Corta-se o bolo, vem o brinde, a Valsa do Imperador embala os
noivos, depois os pais e todos os convidados com as alegres hoiras[69] , danças e musicas
tradicionais que marcam o casamento judaico como uma das festas mais animadas. Logo
os recém-casados estão suspensos em cadeiras levantadas sobre as cabeças da multidão
aglomerada na pista de dança. As luzes e sons enchem o salão, a festa prossegue até altas
horas, com as arkadot [70] contagiando o público.
O tempo vai passando, a noiva arremessa o bouquet, apenas os mais jovens ainda resistem
animados pela magnífica banda.
Em maus tempos, inimigos dinamitaram nossos templos. Mas não se pode dinamitar
sonhos, nem almas. Por isso estamos ainda aqui, passados os milênios. Que nos
encontremos somente em alegrias. Amém.
A ÁRVORE DOS JUDEUS
Verão de 2011, Teresópolis vazia de luto no Carnaval que não houve. Em meio às barracas
da Feirinha, bela árvore imponente e centenária domina a pracinha do Alto, no vale
emoldurado por elevações elegantemente sinuosas. Antigamente, à sua sombra, muitos e
muitos judeus se reuniam, jogando conversa fora em ídiche nas manhãs de domingo. Hoje
entretanto ninguém mais vem sentar no banco redondo construído à sua volta. Meio
escondida pelas barracas, cada vez em maior quantidade, cordas e toldos a escondem entre
bolsas, casacos e malhas.
Nos bons tempos a pracinha efervescia com a geração de imigrantes misturada aos demais
frequentadores, as criancinhas em seus carrinhos, os que chegavam para almoçar no
Ernesto, ali na esquina. Não havia shopping nem edifícios altos, um ou outro carro
estacionava, apenas casas e a tranquilidade, o canto dos passarinhos.
À sombra daquela arvore multidões desfilaram, até que os imigrantes se foram e ficamos
nós, brasileiros natos já de várias novas e vibrantes gerações. Ao contrário de nossos avós e
bisavós, não mais nos procuramos entre si, buscando notícias de antigos landsman [71],
comentando as novidades, fazendo aqui e ali algum shidech [72].