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Heranca-Espiritual-Judaica

Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.

Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.

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as fogueiras, a intolerância da Inquisição não conseguiram evitar que a tradição florescesse,

mesmo dissimulada através dos séculos. As orações são conduzidas por um jovem cantor e

o eminente Rabino João F. Dias Medeiros, de Acari do Seridó, com quase 80 anos, que faz

sua prédica, como um daqueles descendentes de cristãos-novos, descobrindo o judaísmo de

seus avós portugueses, como nos conta em seu emocionante livro Nos Passos do Retorno

(Natal, 2005).

Ao final todos entoam as mesmas conhecidas canções e se despedem conforme as

tradições. Pedem que não fiquemos pelas imediações, assim a partida é rápida, e logo a

sinagoga está fechada, luzes apagadas, tudo discretamente, parecendo emular o passado,

mantendo em segredo as práticas religiosas.

Assim, Natal continua sendo a mesma Comunidade Singular que o Casal Wolff descreveu.

Os que partiram continuam dando a mesma contribuição ao Brasil dos que ficaram, para

o progresso do Brasil, pois o Nordeste foi uma terra de cristãos-novos, onde estabeleceram

engenhos de cana de açúcar. Com o tempo foram se transformando em cristãos velhos, para

poderem ser aceitos na sociedade. Alguns viravam até padres e construíram capelas.

Até hoje descendentes remotos acendem velas sexta-feira à noite, ignorando que se trata

do ritual judaico da chegada do Shabbat (sábado - dia do descanso). Muitas famílias

herdaram este costume de antepassados imemoriais sem saber o real significado, algo

como uma simpatia da vovó... E reza uma lenda que os rabinos cabalistas formavam nomes

utilizando letras da palavra Israel: Linhares, Salgueiro e outras ....

Andando pelas ruas olhava os rostos dos natalenses, revelando o amálgama em que se

constitui o povo brasileiro, resultado da junção ao longo dos séculos dos índios e tantos

outros imigrantes, identificando em alguns dos passantes os traços dos guerreiros

potiguares; em outros, dos negros que ajudaram a fazer deste país uma grande nação e sem

dúvida em tantos os antigos traços judaicos sefaradim (Sefarad = Espanha em hebraico).

Certamente nas veias de muitos deles corre ainda hoje um infinitésimo de sangue judaico,

do que certamente podem se orgulhar.

Nestes poucos dias manifestou-se uma sensação estranha - já havia estado aqui, não nas

recentes visitas, mas num passado muito mais distante... um lugar que me parecia familiar,

quem sabe ... ?

E assim continuamos nossa jornada, confirmando a profecia de Isaias, tão numerosos

quanto as estrelas no céu, e quanto os grãos de areia do deserto...

YEHIEL DA LUSITÂNIA – O JUDEU QUE RECEBEU A BÊNÇÃO DO CÉU

Foi há 1600 anos. Ainda passariam mais de 10 séculos até que daquela terra partissem as

caravelas que iriam colocar o Brasil no mapa. Agora, em 2012, arqueólogos alemães da

Universidade Friedrich Schiller, de Jena, junto com seus colegas portugueses levantaram a

pátina do tempo que encobria uma placa de mármore com a inscrição Yehiel. Ao que tudo

indica teria sido uma lápide funerária, uma matzeivá hebraica datando no mínimo do final

do século IV da nossa era. Trata-se pois do mais antigo vestígio cultural judaico jamais

encontrado na Península Ibérica.

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