Heranca-Espiritual-Judaica
Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.
Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.
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Os arqueólogos não procuravam coisas judaicas no Algarve. Buscavam alguma inscrição em
latim, quando deram com a lápide ao desenterrar estruturas da vila romana com mais de
cem metros quadrados, que teriam sido destinadas ao curral e outras instalações.
A inscrição não está em hebraico. Foi provavelmente escrita em aramaico ou outra língua
semita. Mas não há dúvidas de que se trata da lápide do túmulo de um homem da Judéia. A
inscrição na placa de 40 x 60 cm ainda não foi totalmente decifrada, supondo-se que esteja
escrito Yehiel - o judeu que recebeu a bênção do céu.
Este achado tem uma particularidade absolutamente inédita: em todas as terras de Roma
jamais fora encontrado qualquer outro vestígio judaico numa vila. Quem terá sido
Yehiel? Sabe-se apenas que viveu na província romana da Lusitânia, em suntuosa vila.
Talvez houvesse por ali um cemitério? Talvez fosse um escravo judeu, cujos antepassados
foram arrancados por Tito da Judéia? talvez; ou talvez nunca venhamos a saber!
Mas um dia seus irmãos tiveram que sair. Consta que um grande número de pessoas
daquele povo entre o qual viveu Yehiel resolveu partir. Chegaram a um lugar perdido nas
montanhas da Carinthia, onde hoje é a Áustria. Havia uma mina de chumbo (Blei em
alemão). Por isso a cidade se chamou Bleiberg, ate hoje uma província mineral importante,
rica em diversos elementos. Mais adiante, já adotando o nome Bleiberg, entraram na
Polônia, sob o grande Rei Kaziemirz, isso há quase mil anos, onde se estabeleceram nas
montanhas do paleolítico, na região de Kielce, também uma região mineira, onde há 2
séculos já havia uma usina metalúrgica, na cidade de Ostrowiec. Ali viveu a Família Bajberg,
então com a grafia alemã modificada para o polonês.
Em 1929 um jovem Blajberg imigrou para o Brasil, Avraham Avigdor haLevy Ben
Shlomo. Ele nos deixou em 1994, antes da popularização da Internet. Teria sido difícil
comprovar a historia que contava, transmitida per secula seculorum por tradição oral de
seus pais, avos, bisavós. Mas hoje uma simples consulta ao Google revela que existe sim na
Carinthia, a cidade de Bad Bleiberg, um recanto paradisíaco nas montanhas, como se fora
uma Poços de Caldas, muito procurado por turistas de toda a Europa graças aos seus hotéis
e águas termais, bombeadas de antigas instalações desativadas de uma mina ... de chumbo
!
Yehiel jamais iria saber, mas a benção do céu que lhe foi consagrada faria uma viagem
fantástica de 1600 anos pela Eternidade. Oculta nas profundezas a lápide repousou,
enquanto passavam pela história gregos e romanos, mouros e bárbaros, cossacos e
nazistas, todos apagados da face da terra, até que ela nos foi revelada pelo milagre da
arqueologia. E aquela mesma benção acompanhou a sua gente, da Judéia a Roma, Lusitânia
e Sefarad - da Carinthia a Ostrowiec, vencendo o Holocausto e chegando ao Brasil como
singelo testemunho da Eternidade de Israel !
Agradecimento - Ao ilustre Arqueólogo Marcos Albuquerque, do Laboratório de Arqueologia
da UFPE, por ter encaminhado a notícia da impressionante descoberta da lápide de Yehiel. A
este eminente Professor muito deve a História Judaica, pelos importantes trabalhos que
levaram a revelação ao mundo da primeira Sinagoga das Américas, Kahal Tzur Israel no
Recife.