Heranca-Espiritual-Judaica
Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.
Sao 45 breves narrativas, sobre judaismo, viagens, Memórias Familiares, algumas semi-ficcionais. A obra perpassa 6 Milenios de Herança Espiritual Judaica e 5 séculos de Brasilidade em 45 breves textos, como A Sinagoga Que Os Nazistas Não Conseguiram Queimar, Amazônia Judaica e a Redenção da Floresta, De Volta a Toledo, Portões de Buchenwald, General David Shaltiel – 1º. Embaixador, Memórias de Uma Hupá, O Judeu Que Salvou um Porta-Aviões, Paris Está Em Chamas ?, Recife Judaica da Sinagoga e do Galo da Madrugada, Shaindale – A Última Imigrante, Sou o Teu D_us ... Em Santa Maria da Boca do Monte…, Ter Um Vizinho Judeu, Terror Nazista Nos Mares Brasileiros, Tragédia Judaica: Os Poetas Que Stalin Mandou Fuzilar, Olhar Brasileiro Sobre a Amsterdam Judaica, Universidade de Teerã Descobre a Cura do Câncer, Yehiel da Lusitânia – O Judeu que Recebeu a Bênção do Céu e outros.
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retornar. Deixou de ir a festas. Nem ao bar-mitzvá dos netos compareceu. Sequer pensou
em receber uma indenização, pois afirmava que dinheiro não os traria de volta.
Sua filha Eta vivia o mesmo drama, que seria agravado três anos depois com a morte do
marido, deixando-a sozinha com o filhinho de dois anos, Izac. Havia perdido o marido
David, o pai Nute Faiwel e o irmão Alter Ber. Até hoje Eta, aos 90 anos, não consegue falar
sobre o acontecido, embora chegue a comentar às vezes que seu pai e irmão teriam
possivelmente se salvado.
A família ficou sem Alter Ber, o provedor que lhe dava sustento, sendo fácil imaginar os
percalços por que teve de passar. Entretanto, os piedosos judeus da Praça XI podiam não
ter recursos, mas herdaram de seus antepassados o espírito inquebrantável de luta, a
religiosidade indestrutível, a honra judaica imemorial. Não se deixaram abater, e mesmo
com dificuldades foram para frente.
A foto do dia do casamento é a prova de que a final eles venceram, pelo trabalho duro e
honesto formaram seus filhos e legaram-nos um exemplo de vida. Observando melhor as
crianças sentadas na frente, se notará que uma delas, neto de Nute Faiwel e sobrinho de
Alter Ber, que chegou ainda a conhecê-los, hoje é um médico dedicado, que preside
importante sinagoga em Copacabana. E outro neto de Nute Faiwel, sobrinho de Alter Ber,
que iria nascer no ano seguinte, 1943, jamais conhecendo avô e tio, viria a ser um
competente arquiteto, de brilhantes ideias, ainda que Eta, sua mãe viúva, não pudesse lhe
comprar os livros para a faculdade, que cursou estudando nas bibliotecas.
Enviando submarinos para torpedear nossos navios mercantes, Hitler empurrou o Brasil
para alinhar-se com as democracias. O ditador nazista havia classificado o Brasil como um
país de mestiços, que poderia lhe fornecer escravos, a exemplo da Polônia e URSS.
Pois este mesmo país enviou para o teatro de operações italiano uma força expedicionária
com 25 mil soldados, façanha ainda hoje respeitável, dos quais 25 eram judeus, vários
condecorados com as mais significativas medalhas.
Por tudo isso, é quase inacreditável que em princípios de 1964, durante viagem de
instrução do Navio Escola Custódio de Mello, quatro Oficiais da Marinha do Brasil, durante
escala em Hamburgo, fizessem “visita de cortesia” ao Almirante Doenitz, responsável por
terríveis atrocidades e crimes de guerra, aquele mesmo que ordenou os ataques ao Brasil.
Doenitz era nazista convicto e antissemita, além de louvar a Hitler como enviado do céu.
Passadas décadas, a Alemanha é uma nação amiga, mas não se pode esquecer. Diante do
Monumento aos Náufragos, no Forte do Imbuhy em Jurujuba, Niterói - RJ, o Exército
recorda os que fizeram sua última viagem para jamais retornar, tendo como túmulo os
mares verdes do Nordeste.
A Comunidade Judaica Brasileira também recordou os 70 Anos da Entrada do Brasil na
Segunda Guerra Mundial, em cinco de agosto de 2012, com a inauguração pelo Ministro da
Defesa, Embaixador Celso Amorim, de uma peça escultórica alusiva, onde figura uma placa
encimada por uma Estrela de David estilizada, no Monumento aos Pracinhas no Rio de
Janeiro.
E assim prosseguimos a nossa caminhada, tementes unicamente a D´us, o Grande Arquiteto
do Universo. Hana e Eta foram lutadoras, sendo mais fortes que a tragédia, verdadeiras
heroínas a se espelhar nas mulheres bíblicas. É, justamente, um exemplo de amor e