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Jornal das Oficinas 205

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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/1<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>205</strong><br />

C<br />

Fevereiro 2023 Y<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XVIII | 3 EUROS<br />

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IMPACTO DA INFLAÇão NO AFTERMARKET<br />

O QUE MUDA<br />

NO PÓS-VENDA? Pág. 06<br />

Campanha E-Mobility<br />

Pág. 14 \\ Tornar a mobilidade mais<br />

ecológica e sustentável deve constituir a<br />

nova viabilidade que permita ao setor dos<br />

transportes crescer. A mobilidade deve<br />

basear-se num sistema de transportes<br />

multimodal<br />

Competição Melhor<br />

Mecatrónico<br />

Pág. 18 \\ Nesta edição revelamos quatro<br />

dos finalistas da Competição Melhor<br />

Mecatrónico 2023, que marcarão presença<br />

no Salão expoMECÂNICA, nos dias 14 a 16<br />

de abril, para disputar a grande Final<br />

Paulo Torres<br />

Pág. 32 \\ É com sentimento de orgulho<br />

que Paulo Torres nos conta a evolução<br />

positiva que tem marcado o percurso<br />

da Vieira & Freitas na distribuição<br />

de peças auto há mais de 35 anos<br />

António Mateus<br />

Pág. 36 \\ António Mateus, responsável<br />

de ven<strong>das</strong> da TMD Friction Portugal, explica<br />

as razões do crescimento <strong>das</strong> marcas<br />

que comercializa e porque estão alguns<br />

holofotes apontados ao nosso país<br />

Richard Izquierdo<br />

Pág. 40 \\ Fundada em 1973, a Lizarte<br />

comemora este ano o 50º aniversário,<br />

Richard Izquierdo, Diretor de Marketing,<br />

explicou-nos a forma como a empresa<br />

opera em todos os mercados onde marca<br />

presença<br />

GS Yuasa Academy<br />

Pág. 56 \\ A GS Yuasa lançou a sua<br />

plataforma de formação online de baterias<br />

GS Yuasa Academy. Para ter acesso<br />

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com o código “Yuasa pt”<br />

Aplicação de massas<br />

Pág. 58 \\ Para preparar a superfície,<br />

antes da aplicação <strong>das</strong> tintas<br />

de acabamento, é necessário utilizar<br />

massa adequada para a correção<br />

de irregularidades na chapa do veículo<br />

Reduzir despesas<br />

na oficina<br />

Pág. 62 \\ Quando se procura reduzir as<br />

despesas na oficina e ao mesmo tempo<br />

manter a qualidade do serviço que se<br />

presta, é de extrema importância realizar<br />

o controlo <strong>das</strong> despesas diretas e indiretas<br />

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C riando o futuro – o caminho da Exide:<br />

Criando futuro - o caminho da Exide<br />

C – Exide:<br />

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Editorial<br />

<strong>205</strong><br />

Fevereiro 2023<br />

Folha de Serviço..........................................................04<br />

DESTAQUE<br />

Inflação no Aftermarket...........................................06<br />

CAMPANHA<br />

E-Mobility.........................................................................14<br />

COMPETIÇÃO<br />

Melhor Mecatrónico 2023.......................................18<br />

ATUalidadE<br />

Apresentação Estudo ACAP................................. 22<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas.........................................................................26<br />

Produto.............................................................................50<br />

ENTREVISTAS<br />

Paulo Torres.................................................................... 32<br />

António Mateus............................................................36<br />

Richard Izquierdo.........................................................40<br />

Hakima Hasnaoui........................................................44<br />

OFICINA DO MÊS<br />

APM – Auto Pedro Mecânica................................48<br />

EMPRESA<br />

GS Yuasa Academy....................................................56<br />

TÉCNICA & SERVIÇO<br />

Aplicação de massas.................................................58<br />

GESTÃO<br />

Reduzir despesas........................................................62<br />

ATENÇÃO<br />

aoS NÚMEROS<br />

Para muitos proprietários de oficinas, a contabilidade e aquilo que a esta diz respeito é<br />

algo que está certo, mas apenas para contabilistas. Reconhecem a importância de uma<br />

contabilidade organizada, mas não lhe dão a devida atenção. A demografia dos proprietários<br />

de oficinas ajuda-nos a perceber esta realidade. A maioria são técnicos em primeiro<br />

lugar e empresários em segundo. Por todo o país, a história por detrás da maioria<br />

<strong>das</strong> oficinas envolverá um bom técnico cujos conhecimentos fundamentais se baseiam<br />

na reparação de veículos e que de repente, passou a ser proprietário de uma oficina. Não se pode gerir<br />

uma oficina quando se está por baixo de um veículo, perante o mercado cada vez mais competitivo de<br />

hoje em dia. O proprietário da oficina tem de se adaptar à gestão do negócio em vez de ser o negócio<br />

a geri-lo a ele.<br />

É claro que o negócio é a reparação de veículos e a experiência da maioria dos proprietários ou gestores<br />

de oficinas é nesta área. No entanto, é sua responsabilidade, e não do seu contabilista, controlar e gerir<br />

os seus números. Ter a capacidade de refletir a saúde e a robustez do seu negócio em qualquer altura ou<br />

num período específico é crucial para o seu sucesso. O seu contabilista apenas o aconselhará sobre as<br />

informações a fornecer. Tudo na sua oficina dependerá da qualidade dessa informação e da exatidão desses<br />

números. Os números e a contabilidade só são úteis se forem utilizados como um meio para atingir<br />

um fim, um catalisador para mudar comportamentos, processos e atitude, a fim de mudar a direção do<br />

negócio para um melhor desempenho financeiro no futuro.<br />

Em suma, é crucial compreender os números, especialmente os indicadores-chave de desempenho (KPI),<br />

que informam rapidamente em que medida o negócio se encontra bem ou não. Na realidade, sem ter um<br />

conhecimento sólido de onde vêm os números e o que eles mostram, o proprietário da oficina não pode<br />

sequer começar a discutir a situação financeira da empresa com o seu contabilista.<br />

Embora os termos “KPI” ou “métricas” possam fazer-nos pensar em algo complexo, o certo é que se<br />

baseiam em valores e dados que a oficina gere no seu dia a dia, e conhecê-los facilitará o seu controlo e<br />

gestão. As métricas permitem à oficina conhecer os seus pontos fortes e detetar áreas a melhorar, além<br />

de proporcionar uma visão mais abrangente do ponto em que se encontra e, portanto, maior controlo<br />

e melhor capacidade de reação. Desta forma, se analisarmos que aspetos poderão ser mais relevantes<br />

numa oficina de reparação, o primeiro deles será, sem dúvida, a faturação. Assim, um bom KPI será o<br />

número de ven<strong>das</strong> mensais, o que nos poderá levar, por exemplo, a monitorizar os orçamentos realizados<br />

e os aceites, para podermos realizar uma análise comparativa. Outros indicadores chave na oficina serão<br />

a produtividade, que mede o nível de atividade produtiva do tempo da oficina; a eficiência operacional;<br />

margens sobre ven<strong>das</strong>; eficiência geral da oficina e tempos de ciclo. Conhecer a taxa de fidelização de<br />

clientes, inclusivamente, qual poderia ser o melhor horário de atendimento, monitorizando as horas e<br />

o número de clientes que entram em cada intervalo, poderiam ser outros KPIs interessantes para o seu<br />

negócio.<br />

Procure controlar os seus KPI diariamente, semanalmente e mensalmente e tudo o resto irá funcionar<br />

por si só.<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com<br />

// PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N<br />

- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM 10.000 exemplares<br />

www.apcomunicacao.com<br />

Parceiro em Espanha<br />

EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

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PAULO TORRES,<br />

DIRETOR-GERAL DA VIEIRA<br />

& FREITAS<br />

AS PLATAFORMAS COM TECDOC<br />

TÊM SIDO MUITO FACILITADORAS<br />

DO NOSSO RAMO, MAS TAMBÉM<br />

ALGO COMPLICADORAS, PORQUE<br />

METADE DAS DEVOLUÇÕES QUE<br />

TEMOS SÃO ORIGINADAS POR<br />

ERROS DE EQUIVALÊNCIAS, POR<br />

CRUZAMENTOS NO CATÁLOGO E<br />

NAS PLATAFORMAS MAL FEITOS<br />

PELOS CLIENTES<br />

COMPETIÇÃO MM 2023 JÁ TEM FINALISTAS<br />

SEMÁFORO<br />

Com a publicação do 3º questionário terminou<br />

a 1ª fase da Competição “Melhor Mecatrónico<br />

2023” by <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em<br />

parceria com a ATEC, tendo sido apurados os oito<br />

finalistas que irão disputar a final nos dias 14, 15 e<br />

16 de abril, na expoMECÂNICA.<br />

Ao longo dos últimos meses, mais de 200 candidatos<br />

responderam às várias questões coloca<strong>das</strong> online no<br />

site do evento. As expetativas, quer em termos de<br />

adesão, quer no que toca à qualidade <strong>das</strong> respostas<br />

aos questionários foram largamente supera<strong>das</strong>.<br />

Este ano, a Grande Final tem como atrativo ser disputada<br />

no decorrer do salão expoMECÂNICA. Com<br />

um stand de 200 m 2 situado no Pavilhão 3, os visitantes<br />

do certame terão oportunidade de ver ao vivo<br />

o desempenho dos concorrentes, e assim ficarem a<br />

conhecer melhor a profissão de Mecatrónico Automóvel.<br />

Aos finalistas cabe agora prepararem-se o<br />

melhor possível para superarem as provas e conquistarem<br />

o ambicionado troféu. As provas, elabora<strong>das</strong><br />

pela equipa de formadores de Mecatrónica Automóvel<br />

da ATEC, têm o carácter de aferição de competências<br />

práticas e teóricas. Para conhecer os finalistas<br />

basta visitar o site www.melhormecatronico.pt<br />

RICHARD IZQUIERDO<br />

DIRETOR DE MARKETING<br />

DA LIZARTE<br />

EXISTE UM FATOR QUE PODE<br />

ESTAR A PROMOVER UMA<br />

UTILIZAÇÃO CRESCENTE DE PEÇAS<br />

RECONSTRUÍDAS: TER UMA PEÇA<br />

COM UMA RELAÇÃO QUALIDADE/<br />

PREÇO INFERIOR A UMA PEÇA<br />

ORIGINAL PERMITE POUPANÇAS<br />

NA REPARAÇÃO, E ISTO NUM<br />

AMBIENTE ECONÓMICO COMO<br />

O ATUAL, PESA MUITO<br />

HAKIMA HASNAOUI<br />

DIRETORA EXPORTAÇÃO EUROL<br />

SE A DIMINUIÇÃO DO CONSUMO<br />

DE LUBRIFICANTES NA INDÚSTRIA<br />

AUTOMÓVEL É ESPERADA,<br />

EXISTEM OUTROS PAÍSES EM<br />

DESENVOLVIMENTO ONDE<br />

SEGMENTOS COMO A INDÚSTRIA<br />

E A MINERAÇÃO EXIGEM VOLUMES<br />

DE LUBRIFICANTES GRANDIOSOS<br />

Conjuntura exige apoios mais rápidos<br />

Já está no terreno o pacote de apoios<br />

destinado ao combate à inflação por parte<br />

<strong>das</strong> empresas, mas os fundos efetivamente<br />

recebidos pelas empresas até ao momento<br />

são praticamente residuais. A lentidão<br />

com que o dinheiro dos apoios chega aos<br />

cofres <strong>das</strong> empresas continua a levar os<br />

empresários ao desespero. Não basta o<br />

Governo dizer que vai dar apoios, porque<br />

daí até haver efeitos práticos dessa<br />

decisão (o dinheiro chegar às empresas)<br />

vai uma distância enorme. A indústria<br />

que consome intensivamente energia<br />

(gás e eletricidade), por exemplo, vive<br />

uma situação desesperante. Há empresas<br />

que viram as faturas sofrer um aumento<br />

superior a 600%. Crónicos problemas<br />

de burocracia e ineficiência dos serviços<br />

públicos que lidam com estes apoios são<br />

uma <strong>das</strong> razões.<br />

Esperança de crescimento para 2023<br />

Perspetivar o futuro é algo que deve<br />

sempre ser feito, tanto na vida como<br />

nos negócios, de modo a acautelar,<br />

programar e preparar da melhor forma<br />

o que aí vem. No início de cada ano,<br />

estas perspetivas são comuns e, para não<br />

fugir à regra, a imprensa auscultou os<br />

decisores económicos para perceber como<br />

antecipam um 2023 envolto em tanta<br />

incerteza. Da guerra da Ucrânia à inflação,<br />

passando pela escalada <strong>das</strong> taxas de juro,<br />

entre tantas outras preocupações, sobra<br />

o otimismo, a resiliência e a esperança<br />

num futuro que permita um virar de<br />

página nas dificuldades recentes. Todos<br />

devemos ter esperança que seja o ano em<br />

que o país cresça de forma sustentada e<br />

robusta, que se aproveite a extraordinária<br />

onda de fundos europeus para reforçar o<br />

investimento e aumentar a produtividade<br />

e competitividade.<br />

Fórum DPAI/ACAP 2023<br />

A DPAI/ACAP anunciou a realização de<br />

um grande evento para o aftermaket, a<br />

decorrer no dia 23 de novembro de 2023.<br />

Denominado “Fórum DPAI”, pretende ser o<br />

ponto de encontro para análise do setor e<br />

debate de ideias de todos os profissionais do<br />

aftermarket.<br />

A DPAI/ACAP tem trabalhado cada vez<br />

mais na informação estatística e estudos de<br />

mercado, tendo profissionais especializados<br />

a executar essa informação. “Achamos<br />

que estava a chegar o momento que<br />

devíamos organizar um Fórum maior e mais<br />

abrangente, sempre a pensar na continuidade<br />

sustentável do nosso setor. É por isso muito<br />

importante a realização de um grande evento,<br />

com todos os níveis do aftermarket envolvidos<br />

de forma a ser aliciante para todos participar<br />

e que possa ser um ponto de referência a nível<br />

de informação e partilha para o futuro”, refere<br />

Joaquim Candeias, presidente da DPAI.<br />

4 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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Todos os anos, passamos mais de 38.000 horas fazendo testes em estrada de<br />

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sob as condições mais severas e em todos os ambientes de direção. Puramente em<br />

busca de um desempenho garantido. É isso que os especialistas em fricção fazem.<br />

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DestAQUE<br />

INFLAÇÃO NO AFTERMARKET<br />

O QUE MUDA<br />

NO PÓS-VENDA?<br />

ENTRÁMOS EM 2023 CERTOS DE QUE UM DOS GRANDES DESAFIOS PARA ESTE ANO SERÁ A ESCALADA<br />

DA INFLAÇÃO, QUE JÁ ESTÁ A TER EFEITOS DIRETOS NA SOCIEDADE EM GERAL E CUJO IMPACTO TAMBÉM<br />

SE REFLETE NO AFTERMARKET. PERANTE ISTO, O QUE PODE ACONTECER NO NOSSO SETOR? IRÃO<br />

AS VISITAS ÀS OFICINAS DIMINUIR? PODEM FABRICANTES E DISTRIBUIDORES REDEFINIR ESTRATÉGIAS<br />

NESTE MOMENTO? COM A AJUDA DE ALGUNS RESPONSÁVEIS DE EMPRESAS DO SETOR, VAMOS RESPONDER<br />

A ESTAS E A OUTRAS QUESTÕES AO LONGO DESTE ARTIGO


AS MEDIDAS A TOMAR PARA COMBATER<br />

A INFLAÇÃO NÃO ESTÃO PROPRIAMENTE<br />

AO ALCANCE DAS OFICINAS. RESTA<br />

NÃO DAR ORÇAMENTOS COM PRAZOS<br />

DE VALIDADE LONGOS, NEM ASSUMIR<br />

COMPROMISSOS COM TABELAS DE<br />

PREÇO A LONGO PRAZO


INFLAÇÃO<br />

NO AFTERMARKET<br />

PARA JÁ NÃO EXISTEM DADOS QUE NOS INDIQUEM QUANDO<br />

É QUE A TAXA DE INFLAÇÃO PÁRA DE SUBIR. SE POR UM LADO NOS EUA<br />

A TAXA DE INFLAÇÃO DÁ INDICaçÕES DE JÁ TER COMEÇADO A BAIXAR,<br />

A VERDADE É QUE NA EUROPA ISSO NÃO ACONTECE<br />

Para percebermos melhor<br />

este fenómeno, é<br />

necessário recuarmos<br />

um pouco no tempo<br />

e olharmos para o cenário<br />

global que fez<br />

mudar o mundo. É verdade, tudo<br />

começou com a pandemia: muitos<br />

trabalhadores de várias áreas ficaram<br />

em casa e o elevado volume de<br />

empresas para<strong>das</strong> levou à disrupção<br />

<strong>das</strong> cadeias de abastecimento e ao<br />

congestionamento do transporte<br />

marítimo internacional de forma<br />

transversal um pouco por todos os<br />

setores. A isto, juntou-se, há quase<br />

um ano, a guerra na Ucrânia, que<br />

fez disparar os preços da energia e<br />

da comida. A diminuição da oferta<br />

de bens e serviços aliada a um<br />

aumento da disponibilidade para<br />

comprar após os confinamentos foi<br />

o mote para intensificar a inflação.<br />

Mas, afinal, o que é a inflação?<br />

A verdade é que, apesar de ser um<br />

termo que ouvimos cada vez com<br />

maior frequência, pode ainda não ser<br />

totalmente claro para todos nós. De<br />

uma forma simples, a inflação ocorre<br />

quando se verifica um aumento<br />

geral dos preços dos bens e serviços,<br />

fazendo com que, por exemplo, com<br />

dez euros, se compre hoje menos do<br />

que se comprava ontem. Por outras<br />

palavras, quer dizer que a inflação<br />

reduz o valor da moeda ao longo do<br />

tempo. Neste cálculo de aumento<br />

médio dos preços, que é feito pelo<br />

Eurostat todos os meses, são tidos<br />

em conta todos os bens e serviços<br />

consumidos pelas famílias, desde<br />

os produtos alimentares, aos bens<br />

duradouros, como o vestuário e eletrodomésticos,<br />

assim como serviços<br />

como o cabeleireiro, os seguros ou a<br />

renda de casa. O Gabinete de Estatísticas<br />

da União Europeia reúne um<br />

cabaz de compras que compreende,<br />

em média, cerca de 700 bens e serviços<br />

– o Índice Harmonizado de<br />

Preços no Consumidor (IHPC) – e<br />

compara-lhes o preço mensalmente,<br />

sendo que a taxa de inflação homóloga<br />

é o preço do cabaz completo<br />

num determinado mês, comparado<br />

com o preço no mesmo mês do ano<br />

anterior. Cada produto tem o seu<br />

peso (uma ponderação), dependendo<br />

de quanto as famílias gastam, em<br />

média, nesse produto. O café, por<br />

exemplo, tem um peso de 0,4%, ou<br />

seja, qualquer variação no seu preço<br />

não terá grande impacto no cálculo<br />

global. Isto permite perceber a variação<br />

da despesa média <strong>das</strong> famílias<br />

na zona euro e acompanhar a evolução<br />

dos preços na economia. Serve<br />

também de base para que o Banco<br />

Central Europeu tome decisões, de<br />

forma a manter a estabilidade de<br />

preços. O ideal é que a taxa de inflação<br />

seja baixa, estável e previsível, na<br />

ordem dos 2%.<br />

O que causa a inflação?<br />

Há três motivos que levam a que a<br />

inflação se intensifique: Primeiro,<br />

quando a procura é maior do que a<br />

oferta, o aumento dos preços é inevitável.<br />

Havendo mais disponibilidade<br />

para comprar, há um aumento súbito<br />

da procura que geralmente não é<br />

acompanhado pela oferta. O mesmo<br />

quando há uma rutura nas cadeiras<br />

de abastecimento, o que origina<br />

quebras na produção e, portanto,<br />

menos oferta disponível. Segundo, o<br />

aumento dos custos de produção. Se<br />

o custo <strong>das</strong> matérias-primas aumenta,<br />

se as empresas têm de pagar mais<br />

impostos ou se têm mais dívi<strong>das</strong>,<br />

os produtores têm de refletir esses<br />

custos nos preços ao consumidor e a<br />

inflação sobe. Por fim, quando existe<br />

mais dinheiro a circular, a população<br />

está mais disponível para gastar e os<br />

preços sobem.<br />

Recentemente as taxas de inflação<br />

registaram aumentos significativos<br />

muito devido à subida acentuada<br />

dos preços dos produtos energéticos<br />

e dos produtos alimentares, desde<br />

finais de 2021. A atual inflação, que<br />

é um evento mundial, deve-se a três<br />

fatores: Aos apoios financeiros e<br />

fiscais que foram colocados na economia<br />

durante a pandemia; à forte<br />

subida dos preços da energia, provocada<br />

pela transição energética e<br />

agravada pela guerra na Ucrânia, que<br />

se reflete nos preços de outros produtos<br />

e serviços; à política «Zero Covid»<br />

na China e à guerra na Ucrânia<br />

que causou uma rutura nas cadeias<br />

de abastecimento.<br />

8 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Que problemas traz<br />

a inflação?<br />

Devemos preocupar-nos com a inflação<br />

porque, desde logo, implica que<br />

seja preciso hoje mais dinheiro para<br />

comprar os mesmos bens e serviços<br />

de ontem. Isto provoca uma redução<br />

do poder de compra dos consumidores,<br />

uma vez que habitualmente os<br />

salários não acompanham a subida<br />

dos preços, assim como um adiamento<br />

de decisões de investimento<br />

por parte <strong>das</strong> empresas, pois o contexto<br />

está mais incerto.<br />

A inflação dificulta a atividade económica<br />

porque reduz a previsibilidade<br />

necessária às transações e à celebração<br />

de contratos, e acarreta acréscimos de<br />

custos, nomeadamente com atualizações<br />

mais frequentes de preços. Por<br />

regra, é um fenómeno temporário que<br />

surge quando as economias transitam<br />

de um período de contração para um<br />

momento de expansão. É temporário,<br />

desde que os preços reduzam quando<br />

a oferta alcança a procura. Ainda assim,<br />

esta é uma realidade completamente<br />

nova para muitos gestores, que<br />

nunca se viram a braços com tal situação<br />

durante as suas carreiras profissionais.<br />

O fenómeno é controlado<br />

pelos bancos centrais, que acalmam a<br />

procura com o aumento <strong>das</strong> taxas de<br />

juro, para reduzir o consumo e estabilizar<br />

os preços.<br />

Impacto no Aftermarket<br />

No aftermarket, assim como noutras<br />

atividades económicas, o aumento<br />

do preço <strong>das</strong> matérias-primas, produtos<br />

e custos operacionais estão<br />

gradualmente a fazer sentir-se no<br />

preço <strong>das</strong> peças. O custo médio irá<br />

continuar a aumentar muito por culpa<br />

da incerteza com a situação que se<br />

vive na Ucrânia mas também, e não<br />

menos importante, da resposta do<br />

Banco Central Europeu à crescente<br />

inflação que temos vindo a testemunhar.<br />

Ainda assim, este é um fenómeno<br />

complexo para o qual não há<br />

respostas simples e cuja resposta do<br />

mercado não poderá ser de retração,<br />

sob pena de todos nos ressentirmos.<br />

Apesar de este crescimento da inflação<br />

e consequente perda do poder de<br />

compra poder, eventualmente, levar<br />

muitos consumidores a procurar<br />

produtos que têm um foco exclusivo<br />

no fator preço, acreditamos que os<br />

profissionais consciencializados procurarão<br />

sempre os produtos que lhes<br />

dão confiança no desempenho eficaz<br />

do seu trabalho.<br />

Este foi, precisamente, o tema do<br />

Podcast «Dar voz ao Aftermarket»<br />

by <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, onde ouvimos<br />

vários responsáveis de empresas<br />

liga<strong>das</strong> à distribuição de peças e às<br />

oficinas, para perceber qual poderá<br />

ser a amplitude do problema que<br />

temos pela frente e o que pode ser<br />

feito por cada um dos «players» para<br />

minimizar o impacto da inflação no<br />

setor do pós-venda.<br />

Num mercado extremamente competitivo,<br />

onde o preço (ainda) é a variável<br />

mais importante do negócio, quisemos<br />

saber como se lida com estes aumentos<br />

de preços que têm obrigatoriamente<br />

de ser transmitidos aos clientes e<br />

como é que se reorienta a estratégia<br />

comercial de maneira a sobreviver<br />

aos ciclos mais difíceis da economia.<br />

Isabel Basto, COO de Aftermarket<br />

do Grupo Nors, conta que em 2022<br />

“tivemos mais do que uma subida do<br />

preçário” e que “foram tempos difíceis<br />

UM DOS aspetos MAIS SÉRIOS DESTE aumento DO CUSTO MÉDIO<br />

PRENDE-SE COM O CONSUMIDOR E COM A FORMA COMO ESTE PODE<br />

VIR A SER PROFUNDAMENTE afetaDO, FRUTO DO DECRÉSCIMO<br />

NA SUA CAPACIDADE FINANCEIRA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 9


INFLAÇÃO<br />

NO AFTERMARKET<br />

O CUSTO MÉDIO DAS PEÇAS IRÁ CONTINUAR A auMENTAR MUITO POR CULPA<br />

DA INCERTEZA COM A SITUAÇÃO QUE SE VIVE NA UCRÂNIA, MAS TAMBÉM<br />

À RESPOSTA DO BANCO CENTRAL EUROPEU À CRESCENTE INFLAÇÃO<br />

e conturbados, até porque havia muitos<br />

«players» no mercado que nem<br />

sempre alteravam o preço ao mesmo<br />

tempo, o que causava algum ruído no<br />

setor, porque não era claro a que preço<br />

estávamos a fornecer a mesma peça”.<br />

No entanto, não havia outra solução,<br />

entende, pois “como para todos os<br />

negócios, as peças aumentam devido<br />

ao custo da energia, dos salários, <strong>das</strong><br />

matérias primas, dos juros e isto terá<br />

um impacto na rentabilidade do setor<br />

uma vez que estes aumentos têm que<br />

ser passados aos clientes”.<br />

Também Manuel Félix, diretor geral<br />

da Euromais, nota que a maior parte<br />

dos distribuidores não está a refletir<br />

a 100% os aumentos de preços que<br />

foram transmitidos na cadeia, dado<br />

que “se alguém tem uma determinada<br />

peça em stock, que entrou a<br />

10 euros, não há uma repercussão<br />

imediata desse aumento de preço<br />

nos clientes. O que está a ser feito é<br />

absorver uma parte do aumento da<br />

inflação na margem”, explica, alertando<br />

que “há limites e não podemos<br />

abdicar da nossa margem, porque no<br />

final do mês é preciso pagar os salários,<br />

a água, a luz e as despesas e gerar<br />

algum retorno ao nosso acionista!”.<br />

Ainda assim, considera que atualmente<br />

o setor se ressente, sobretudo,<br />

“da perda do poder de compra que as<br />

pessoas estão a ter pelo aumento dos<br />

custos em to<strong>das</strong> as áreas”.<br />

Pouco a fazer<br />

Partilhada por todos é a opinião de<br />

Manuel Pena, o responsável da rede<br />

de oficinas CGA, que diz que “não há<br />

grande coisa que os fabricantes possam<br />

fazer”, perante este cenário, “porque<br />

estão reféns do próprio aumento<br />

de custos <strong>das</strong> matérias primas”. Nuno<br />

Reis, administrador da Redeinnov,<br />

diz mesmo que “somos mais espetadores<br />

atentos do que atores, neste<br />

contexto. São muitos os fatores que<br />

influenciam a inflação, sobre os quais<br />

não temos nenhum controlo, portanto,<br />

aquilo que poderemos fazer é<br />

adaptarmo-nos a este contexto, que é<br />

altamente exigente e muito dinâmico.<br />

Temos de procurar a máxima eficiência<br />

nas nossas empresas, de maneira<br />

a corresponder da melhor forma aos<br />

desafios que o mercado nos apresenta”,<br />

defende. Em termos de estratégia,<br />

comenta, esta “não se altera com estas<br />

questões mais conjunturais. A política<br />

comercial tem-se mantido estável,<br />

bastante bem definida e consolidada<br />

ao longo dos anos e aquilo que temos<br />

vindo a alterar é uma questão mais<br />

operacional no dia a dia. Temos tido<br />

um foco muito grande não em mais<br />

stock, mas em melhor stock. Diria<br />

que, em tempos mais exigentes, o<br />

principal é que as empresas continuem<br />

a olhar para elas e que percebam<br />

o que podem fazer melhor todos<br />

os dias em áreas críticas como a financeira<br />

e a económica, para que possam<br />

ser competitivas comercialmente. A<br />

dica é manter o foco nos fundamentos<br />

do negócio, apesar de to<strong>das</strong> estas distrações<br />

e de todos estes desafios que<br />

vão aparecendo no dia a dia”, remata.<br />

Isabel Basto adverte para a necessidade<br />

de “contenção dos gastos operacionais<br />

e, principalmente, de diminuir<br />

a exposição ao risco <strong>das</strong> taxas de<br />

juro variáveis”. De há alguns anos a<br />

esta parte, o Grupo Nors tem investido<br />

significativamente no negócio<br />

de aftermarket, nomeadamente em<br />

termos tecnológicos e em termos de<br />

processos, o que, para a COO, “hoje<br />

permite-nos conhecer melhor o nosso<br />

cliente, pois estamos melhor preparados<br />

para gerir estes períodos de<br />

inflação, se tivermos os meios para<br />

saber melhor aquilo que o nosso<br />

cliente precisa”, argumenta.<br />

Por seu turno, o diretor-geral da Euromais,<br />

Manuel Félix, afirma que, por<br />

esta altura, “toda a gente deve parar<br />

e analisar muito bem aquilo que está<br />

a fazer e mesmo que não tenham formação,<br />

devem falar com quem de direito,<br />

com contabilistas, fazer cursos<br />

online, formações especificamente<br />

em gestão de oficinas… os proprietários<br />

devem olhar para o seu negócio,<br />

porque é nestes momentos que se<br />

definem as boas e as más empresas!”,<br />

alerta. Com outra perspetiva, Manuel<br />

Pena, da CGA, considera que cada<br />

caso é um caso e declara que “não temos<br />

a veleidade de dar conselhos às<br />

outras empresas, seguimos o nosso<br />

caminho. Estamos a falar de estruturas,<br />

em muitos casos, diferencia<strong>das</strong><br />

da nossa, o que se aplica à nossa realidade<br />

pode não se aplicar à realidade<br />

de outras empresas. O que é bom para<br />

nós não é bom para eles, é complicado<br />

fazer esse tipo de julgamento”, diz ao<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

Manuel Pena defende que “nestas fases<br />

de crise, normalmente não há muitas<br />

coisas que se possam alterar radicalmente,<br />

porque normalmente vai<br />

criar nos clientes algumas questões e<br />

desconfianças”. A seu ver, “a gestão tem<br />

que ser feita sempre antecipadamente,<br />

já pensando que os ciclos da economia<br />

10 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


são variáveis. O que fazemos todos os<br />

dias na Auto Delta, é pensar em todos<br />

os cenários, bons e maus, e estruturamos<br />

a empresa para tal. Ou seja, na<br />

realidade, esta acaba por ser uma situação<br />

já perfeitamente identificada”.<br />

A Auto Delta, que tem mais de 40 anos<br />

de existência, “sempre foi conhecida<br />

por ter muito stock e variedade. Para<br />

nós, no contexto atual, é excelente,<br />

porque acabamos por ter antecipado<br />

a questão, e conseguimos fornecer os<br />

nossos clientes. Aumentamos regularmente<br />

a nossa capacidade de stock,<br />

de maneira a poder ter sempre mais<br />

soluções e mais opções para os nossos<br />

clientes. Já estamos a trabalhar antecipadamente<br />

e estamos perfeitamente<br />

confortáveis nesta situação”, salienta.<br />

Manter competitividade<br />

e nível de serviço<br />

Gerir o equilíbrio entre ser competitivo<br />

e manter o nível de serviço tem<br />

sido outro dos grandes desafios da<br />

inflação. Com os custos do transporte<br />

a subir expressivamente, os transportadores<br />

já aumentaram preços e isso<br />

significa custos agravados para os distribuidores<br />

que habitualmente fazem<br />

quatro, seis ou oito entregas diárias.<br />

“É o grande dilema na cabeça de muitos<br />

gestores. O nível de serviço em que<br />

as empresas estão a entrar para conquistar<br />

mercado, entregando seis ou<br />

dez vezes ao dia, sem qualquer organização<br />

ou regra, vai ser algo para que<br />

a médio prazo, as empresas vão ter<br />

que olhar. Os salários estão a aumentar,<br />

o preço dos carros está a aumentar,<br />

o preço do combustível, a manutenção<br />

dos carros… e eu não consigo<br />

perceber como é que há empresas que<br />

conseguem continuar a ter margens<br />

razoáveis para sobreviverem quando<br />

entram numa política de «pombo<br />

correio», que vão logo a correr para<br />

entregar as peças aos clientes”, questiona-se<br />

o diretor-geral da Euromais.<br />

Para Manuel Félix, duas entregas por<br />

dia “é mais do que suficiente para<br />

qualquer oficina, mas estamos numa<br />

loucura em que as empresas acham<br />

que porque entregam dez vezes ao<br />

dia, vendem mais. Honestamente, na<br />

nossa empresa preferimos não vender<br />

mais e ter as coisas organiza<strong>das</strong> e saber<br />

que somos rentáveis”.<br />

No Grupo Nors, garante Isabel Basto,<br />

“não conseguimos diminuir o nível de<br />

serviço que prestamos ao nosso cliente,<br />

até porque a procura não diminuiu,<br />

aumentou. Desde sempre que<br />

temos um nível de serviço de acordo<br />

com o segmento de cliente e temo-nos<br />

orgulhado da confiança que dá ao<br />

cliente”, afirma. Contudo, a responsável<br />

sabe que, além dos custos financeiros,<br />

há também custos ambientais<br />

pesados no que toca à pegada de carbono<br />

da empresa. Enquanto membro<br />

do fórum «Automotive Aftermarket<br />

Sustainability», a convite da ACAP<br />

com a CLEPA e com a FIGIEFA, Isabel<br />

Basto confirma que “temos que<br />

medir a nossa pegada de carbono e o<br />

número de entregas que fazemos, as-<br />

É NESTES MOMENTOS QUE A OFICINA TEM DE SE REINVENTAR,<br />

FAZER MAIS COM MENOS, PARA QUE A SUA PROPOSTA DE valor SEJA<br />

MAIOR E MELHOR, acoMPANHANDO O NATURAL AUMENTO DE PREÇOS<br />

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a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />

que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de<br />

Aftermarket. As baterias da linha TITANIUM garantem alta potência<br />

para as necessidades de energia dos carros mais modernos, não<br />

precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do<br />

nível de carga graças ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 11<br />

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INFLAÇÃO<br />

NO AFTERMARKET<br />

A MÉDIO PRAZO, OS EFEITOS DIRETOS DA ATUAL TAXA DE INFLAÇÃO,<br />

SÃO A REDUÇÃO DO CONSUMO CAUSADA PELA PERDA DO PODER<br />

DE COMPRA DOS CONSUMIDORES E A PERDA DE CAPACIDADE<br />

FINANCEIRA DAS EMPRESAS


SE A OFICINA PRETENDE MANTER A COMPETITIVIDADE AO NÍVEL<br />

DE PREÇOS, SEM COMPROMETER O NÍVEL DE SERVIÇO, TEM DE TER<br />

MUITOS CUIDADOS NOS CUSTOS OPERACIONAIS DA EMPRESA<br />

sim como o tipo de embalagens que<br />

usamos, se quisermos continuar a ter<br />

um mundo onde viver. Iremos trabalhar<br />

neste sentido”, promete.<br />

“O bARATO sai caro”<br />

Com menos rendimento disponível,<br />

as famílias terão mais dificuldade<br />

em fazer face a despesas inespera<strong>das</strong>,<br />

nomeadamente com os automóveis.<br />

Porém, os nossos interlocutores do<br />

Podcast «Impacto da Inflação no<br />

Aftermarket» concordam que este “é<br />

um setor que, aparentemente, vive<br />

bem com a crise económica”, como<br />

refere Isabel Basto, que acrescenta<br />

que “quem precisa do automóvel vai<br />

continuar a usá-lo e vai haver procura<br />

da reparação automóvel. Com a<br />

recessão económica, o consumidor<br />

adiará a compra de um carro novo e,<br />

assim, tem mais cuidado em preservar<br />

o carro que tem atualmente”. O facto<br />

de se ter verificado, em 2022, um<br />

grande crescimento na compra de<br />

viaturas usa<strong>das</strong> importa<strong>das</strong> pode,<br />

na opinião da COO, “ser um sinal<br />

positivo para um aumento na procura<br />

do setor do aftermarket”.<br />

Também para Manuel Félix, o impacto<br />

na atividade oficinal “não será<br />

altamente preocupante”, mas poderá<br />

traduzir-se no adiamento <strong>das</strong> reparações<br />

ou no “resvalamento de produtos<br />

de marcas premium, que são mais<br />

caras, para segun<strong>das</strong> linhas, que são<br />

mais económicas. Eu não acredito<br />

que as pessoas vão deixar de reparar<br />

o seu automóvel. Nós, portugueses,<br />

temos uma ligação muito forte ao<br />

automóvel, mas se calhar as oficinas<br />

vão ter de começar a adaptar as suas<br />

margens à realidade e, com isso, a não<br />

repercussão do aumento de preços na<br />

totalidade no preço <strong>das</strong> peças”, indica.<br />

A subida dos preços devido à inflação,<br />

para Manuel Pena, tem, “normalmente,<br />

um efeito positivo”, pois este setor,<br />

em particular a parte oficinal, abraça<br />

“um contraciclo. É verdade que as peças<br />

aumentam, que existe um custo<br />

e que algumas famílias terão dificuldades<br />

em reparar, mas há mais gente<br />

a querer manter o carro, ou seja, na<br />

realidade o mercado em crise no nosso<br />

setor autocompensa-se. Seguramente,<br />

vamos sentir um crescimento<br />

da reparação, porque há menos venda<br />

de automóveis novos”, comenta.<br />

Já Nuno Reis, da Redeinnov, mostra-se<br />

preocupado com a pressão que<br />

as oficinas irão sentir, pois considera<br />

que, em Portugal, o automóvel é<br />

“um bem de primeira necessidade<br />

e as pessoas não têm alternativas e<br />

não podem prescindir dele”. Prevê<br />

que surgirá pressão para que a oficina<br />

“possa facilitar os pagamentos e<br />

encontrar soluções para financiar as<br />

reparações mais caras”, além de pressão<br />

para encontrar “peças de menor<br />

qualidade e por reparadores de menor<br />

qualidade, que possam oferecer<br />

um preço que à partida lhes parece<br />

mais barato”, dois fatores desafiantes<br />

que pesam negativamente na<br />

atividade económica, alerta, usando<br />

mesmo a expressão bem conhecida<br />

pelo povo português que “o barato<br />

sai caro”. Ainda assim, entende que<br />

“infelizmente, quando as pessoas<br />

não têm, não têm. Se for preciso fazer<br />

uma reparação de 300 euros que<br />

não têm, não há outra solução que<br />

não optar pelo preço e por reduzir o<br />

investimento. É evidente que a médio<br />

prazo é uma má decisão, mas<br />

dificilmente posso criticar alguém<br />

que tenha pensado fazer um determinado<br />

investimento e tem que fazer<br />

um investimento diferente e menos<br />

bom. Mas sim, isso vai trazer essas<br />

consequências. Em ciclos de menor<br />

atividade económica já assistimos a<br />

alguma procura de peças mais baratas,<br />

que a curto prazo parecem uma<br />

ótima solução, mas que a médio prazo<br />

são uma péssima solução”, afirma.<br />

Mesmo face a inflação, é preciso frisar<br />

que o setor do pós-venda automóvel é<br />

um mercado resiliente, que se vê a braços<br />

com dificuldades desde 2020. Primeiro<br />

a pandemia, depois a guerra em<br />

2022, que abanaram, mas não fizeram<br />

cair os empresários, que souberam dar<br />

a volta por cima, pelo que há que olhar<br />

de forma positiva para o futuro próximo.<br />

Passados estes três últimos anos,<br />

com todos os problemas que houve,<br />

aprendemos que a Resiliência Humana<br />

tem uma força extraordinária.<br />

Na opinião de Nuno Reis, “os desafios<br />

são permanentes. Não me parece que<br />

2022 tenha sido um mau ano em termos<br />

de resultados económicos para a<br />

maior parte <strong>das</strong> empresas (e ao final<br />

do dia é isso que nos importa!), portanto,<br />

acho que 2023 vai ser um ano<br />

difícil, mas com outros desafios, nomeadamente<br />

este, da questão económica”.<br />

Manuel Pena também não teme<br />

a situação: “As crises financeiras são<br />

positivas para o aftermarket automóvel.<br />

Temos um pequeno contraciclo, é<br />

uma situação regular”, conclui.<br />

É nestes momentos que as empresas<br />

têm de se reinventar, fazer mais com<br />

menos, apoiar os seus clientes com<br />

mais serviço com mais apoio à sua atividade<br />

para que a nossa proposta de valor<br />

seja maior e melhor acompanhando o<br />

natural aumento de preços. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 13


PATROCINADORES ><br />

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL<br />

UMA TRANSIÇÃO<br />

IRREVERSÍVEL<br />

Imagem © Opel 2021


TORNAR A MOBILIDADE MAIS ECOLÓGICA E SUSTENTÁVEL DEVE CONSTITUIR A NOVA VIABILIDADE<br />

QUE PERMITA AO SETOR DOS TRANSPORTES CRESCER. A MOBILIDADE DEVE BASEAR-SE NUM<br />

SISTEMA DE TRANSPORTES MULTIMODAL EFICIENTE E INTERLIGADO, TANTO PARA PASSAGEIROS<br />

COMO PARA MERCADORIAS, OTIMIZADO POR UMA ABUNDANTE INFRAESTRUTURA DE<br />

CARREGAMENTO E REABASTECIMENTO DE VEÍCULOS DE EMISSÕES NULAS<br />

Esta evolução não deve deixar ninguém<br />

para trás, sendo crucial que a mobilidade<br />

esteja disponível e a preços acessíveis a<br />

todos. Em termos gerais, temos de mudar<br />

o paradigma existente de mudança<br />

sobre mudança para um de transformação fundamental.<br />

O Pacto Ecológico Europeu apela a uma redução<br />

de 90% <strong>das</strong> emissões de gases com efeito de<br />

estufa provenientes dos transportes, para que a UE<br />

se torne uma economia com impacto neutro no clima<br />

até <strong>205</strong>0. Para alcançar esta mudança sistémica,<br />

é necessário tornar todos os modos de transporte<br />

mais sustentáveis e criar os incentivos adequados<br />

para impulsionar a transição, o que implica que<br />

to<strong>das</strong> as alavancas políticas devem ser aciona<strong>das</strong>,<br />

nomeadamente:<br />

l Medi<strong>das</strong> destina<strong>das</strong> a reduzir significativamente a<br />

atual dependência dos combustíveis fósseis;<br />

l Ações decisivas para transferir mais atividade para<br />

os modos de transporte mais sustentáveis;<br />

l Internalização dos custos externos, através da<br />

aplicação dos princípios do «poluidor-pagador» e<br />

do «utilizador-pagador», nomeadamente através<br />

da tarifação do carbono e de mecanismos de tributação<br />

<strong>das</strong> infraestruturas.<br />

Tendo em conta a análise apresentada no documento<br />

da Comissão Europeia são definidos vários<br />

marcos para nortear o caminho do sistema de<br />

transportes europeu para alcançar os objetivos de<br />

mobilidade sustentável, inteligente e resiliente, indicando,<br />

assim, o nível de ambição necessário para<br />

as políticas futuras, a saber:<br />

Até 2030:<br />

l Pelo menos 30 milhões de veículos de emissões<br />

nulas estarão em funcionamento nas estra<strong>das</strong> europeias<br />

l 100 cidades europeias terão impacto neutro no<br />

clima<br />

l<br />

Haverá o dobro dos comboios de alta velocidade<br />

l As viagens coletivas programa<strong>das</strong> de menos de<br />

500 km devem ser neutras em termos de carbono<br />

na UE<br />

l A mobilidade automatizada será implantada em<br />

grande escala<br />

Até 2035:<br />

l As aeronaves de grande porte de emissões zero estarão<br />

prontas para o mercado<br />

Até <strong>205</strong>0:<br />

l Quase todos os automóveis, vans, autocarros, assim<br />

como os veículos pesados novos serão de emissões<br />

zero;<br />

l O tráfego ferroviário de mercadorias duplicará;<br />

l O tráfego ferroviário de alta velocidade triplicará;<br />

l A rede transeuropeia de transportes (RTE-T)<br />

multimodal, equipada para transportes sustentáveis<br />

e inteligentes com conectividade de alta velocidade<br />

estará operacional para a rede global.<br />

O ecossistema de carregamento VE<br />

O desenvolvimento da e-mobilidade representa<br />

uma oportunidade que as empresas devem aproveitar,<br />

preparando o futuro a partir de hoje. A chave<br />

está em adotar modelos de negócios viáveis que<br />

lhes permitem diferenciar-se da concorrência, num<br />

mercado cada vez mais competitivo. O calcanhar de<br />

Aquiles do mercado de VE encontra-se na infra-estrutura<br />

de carregamento, sendo esta uma via crucial<br />

para explorar, a fim de obter uma vantagem competitiva.<br />

Avaliar quem pode captar novos valores gerados<br />

por este mercado é crítico. De facto, os modelos de<br />

negócio e os cenários de desenvolvimento são constantemente<br />

alterados, sendo difícil prever retornos<br />

financeiros e económicos para os intervenientes no<br />

mercado. Na realidade, a complexidade da infra-estrutura<br />

de carregamento dos VE, incentiva todos os<br />

intervenientes a criar novos negócios para desenvolver<br />

soluções inovadoras. Como a penetração de<br />

VE aumenta e a infra-estrutura expande-se, duas<br />

questões-chave tornam-se importantes para as empresas<br />

ativas neste campo:<br />

l Quando investir: Quando irá acontecer “o ponto<br />

de viragem” para as ven<strong>das</strong> de VE tornarem o mer-<br />

cado de VE mais atrativo e permitir a industrialização<br />

total?<br />

l Onde investir: que parte da cadeia de valor irá<br />

concentrar a maior parte do valor e permitir as margens<br />

mais eleva<strong>das</strong>?<br />

A atual mudança de mobilidade empurra as empresas<br />

e condutores para a mudança ao longo da cadeia<br />

de valor da eletrificação, para rever as suas estratégias<br />

de investimento e para transformar os seus negócios<br />

através de fusões e aquisições. O imperativo<br />

de transformação torna-se ainda mais forte à medida<br />

que a complexidade do ecossistema aumenta.<br />

Tendências que estão a mudar a mobilidade<br />

A E-Mobility generalizou-se e está a experimentar<br />

um grande impulso, apesar <strong>das</strong> eleva<strong>das</strong> discrepâncias<br />

geográficas, a tendência é a acelerar. As quatro<br />

grandes tendências que estão a mudar a mobilidade<br />

são: conectividade; condução autónoma; partilha de<br />

serviços e mobilidade elétrica.<br />

O acesso às infra-estruturas de carregamento de VE<br />

será em breve a única barreira que resta, para desbloquear<br />

o potencial de e-mobilidade. Interesse crescente<br />

dos fabricantes de automóveis, como a Toyota,<br />

Volvo ou Renault, associado à queda dos preços <strong>das</strong><br />

baterias estão próximos de comercializar VE a um<br />

preço mais competitivo, ainda que estes permaneçam<br />

significativamente mais caros do que os veículos<br />

com motor de combustão interna (ICE) sem subsídios<br />

governamentais. Muitos condutores ainda têm<br />

preconceitos relativamente aos VE, por causa da autonomia<br />

e do ainda reduzido número de postos de<br />

carregamento A cadeia de valor do VE é suscetível<br />

de evoluir ainda mais à medida que o mercado se<br />

expande e o número de empresas ativas no terreno<br />

aumenta.<br />

Embora seja evidente que os modelos de negócio<br />

da e-mobilidade requerem gerir um ecossistema<br />

complexo, nenhuma empresa se destaca ainda entre<br />

fabricantes de automóveis, empresas de serviços<br />

públicos e petrolíferas. Os fabricantes de automóveis<br />

e alguns players estão melhor posicionados para<br />

apoiar modelos comerciais específicos, servindo<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 15


assim alguns segmentos de clientes<br />

melhor do que outros, graças à sua<br />

capacidade para aceder aos dados dos<br />

utilizadores.<br />

As petrolíferas são definitivamente as<br />

organizações mais ameaça<strong>das</strong> e devem<br />

transformar-se rapidamente para capturar<br />

uma parte importante do mercado<br />

de carregamento dos VE para não<br />

desaparecer. Vão ter de compreender<br />

as preferências dos clientes, utilizando<br />

as bases de dados para saber as suas<br />

necessidades e as suas ligações com os<br />

prestadores de serviços. O domínio do<br />

digital e dos dados é fundamental para<br />

vencer neste mercado de fornecimento<br />

de energia para carregamento de VE.<br />

O digital traz oportunidades às empresas<br />

para adaptarem os seus modelo de<br />

negócio.<br />

Novos cenários de e-mobilidade<br />

A condução autónoma, digitalização e<br />

eletrificação estão a evoluir a partir de<br />

novas tecnologias, novos operadores<br />

no mercado, e novas abordagens por<br />

parte de agentes tradicionais da indústria.<br />

Com as crescentes preocupações<br />

ambientais e os objetivos dos ESG, a<br />

procura dos consumidores por veículos<br />

eléctricos (VE) estão a tornar-se<br />

mais comum. Os construtores de automóveis<br />

estão a aumentar a produção<br />

de VE, ou planos para converter linhas<br />

inteiras de veículos de passageiros e/ou<br />

comerciais de ICE para VE. Como resultado,<br />

o mercado de baterias VE está<br />

a crescer e a procura está a acelerar,<br />

com a sustentabilidade e a disponibilidade<br />

de matéria-prima como principais<br />

desafios.<br />

Os veículos também requerem quantidades<br />

cada vez maiores de software,<br />

e os OEMs estão a mudar para uma<br />

abordagem de Veículo Definido por<br />

Software (SDV), onde os veículos são<br />

construídos em torno de plataformas<br />

de software. A digitalização e o software<br />

tornaram-se diferenciadores,<br />

pressionando OEMs e fornecedores a<br />

desenvolver novos produtos e serviços<br />

baseados em software, e até modelos<br />

empresariais de software inovadores.<br />

Embora a escassez de semicondutores<br />

continue a ter impacto nos fabricantes<br />

automóveis, também apresenta a<br />

oportunidade de repensar estratégias<br />

a curto e longo prazo.<br />

Mobilidade partilhada<br />

A mobilidade partilhada, ou quando os veículos são partilhados entre indivíduos ao<br />

longo do tempo ou em conjunto entre vários passageiros, parece ter vindo para para<br />

ficar. Veja-se, por exemplo, o seguinte:<br />

l Os condutores europeus acumularam<br />

mais de 15 mil milhões de<br />

viagens de mobilidade em 2019,<br />

com receitas que atingiram 130 mil<br />

milhões de dólares. Até 2030, as receitas<br />

totais da mobilidade poderão<br />

aumentar para entre 450 mil milhões<br />

e 860 mil milhões de dólares,<br />

representando 80 a 90 por cento <strong>das</strong><br />

despesas dos consumidores em mobilidade<br />

partilhada.<br />

l Com uma taxa de crescimento<br />

anual de mais de 200 por cento de<br />

2018 a 2019 em receitas anuais de<br />

viagens, o mercado de mobilidade<br />

partilhada deverá gerar até 90 mil<br />

milhões de dólares em 2030.<br />

l Cinquenta e seis por cento dos<br />

consumidores atuais estão dispostos<br />

a substituir as viagens efetua<strong>das</strong> em<br />

veículos privados por futuros veículos<br />

autónomos partilhados. Em<br />

resultado da potencial canibalização<br />

da utilização de veículos privados e<br />

do fornecimento de uma opção de<br />

mobilidade partilhada mais acessível<br />

do que o transporte público<br />

atual, as receitas dos táxis e TVDE’s<br />

poderão atingir mais de 400 mil<br />

milhões de dólares em 2030, dependendo<br />

da forma como os regulamentos<br />

e tecnologias relaciona<strong>das</strong> se<br />

desenvolvem.<br />

Como os consumidores exigem modos<br />

de viagem convenientes, rentáveis<br />

e sustentáveis nas zonas urbanas,<br />

a mobilidade partilhada está a<br />

aumentar. De acordo com uma análise<br />

McKinsey dos relatórios anuais,<br />

o número de viagens e-hailing triplicou<br />

de 5,5 triliões em 2018 para 16,5<br />

triliões em 2021. Durante a última<br />

década, a mobilidade partilhada tornou-se<br />

também um campo atraente<br />

para os investidores. Desde 2012, investidores<br />

privados, empresas tecnológicas,<br />

e outros, investiram mais de<br />

100 biliões de dólares para empresas<br />

de mobilidade partilhada. As cidades<br />

têm como objetivo reduzir as<br />

emissões para enfrentar a crise climática,<br />

e esta década pode assistir a<br />

uma mudança ainda mais dramática<br />

para formas de viajar flexíveis, partilha<strong>das</strong><br />

e sustentáveis. Mais de 150<br />

cidades estão atualmente a trabalhar<br />

para introduzir medi<strong>das</strong> destina<strong>das</strong><br />

a reduzir a utilização de veículos privados,<br />

conclui a análise McKinsey.<br />

Os automóveis particulares de passageiros<br />

são convenientes, mas também<br />

podem ser ineficientes. Por<br />

exemplo, a frota de automóveis de<br />

passageiros da Alemanha é de cerca<br />

de 50 milhões de veículos, que poderiam<br />

potencialmente fornecer cerca<br />

de 250 milhões de lugares. Com<br />

mais de 80 milhões de pessoas na<br />

Alemanha, isto poderia teoricamente<br />

satisfazer as necessidades de mobilidade<br />

da população. Mas estudos<br />

mostram que os veículos particulares<br />

permanecem estacionados cerca<br />

de 95% do tempo e transportam frequentemente<br />

um pequeno número<br />

de pessoas. (Na Europa, uma média<br />

de 1,2 a 1,9 pessoas ocupam carros<br />

de passageiros que viajam em zonas<br />

urbanas). Isto leva a uma utilização<br />

média de menos de 2% de toda a capacidade<br />

de lugares para veículos.<br />

Devido a isto, as ruas <strong>das</strong> cidades<br />

estão frequentemente a transbordar<br />

de tráfego, o que reduz ainda mais a<br />

utilização eficaz do sistema de mobilidade.<br />

Três tendências que moldam a<br />

mobilidade partilhada<br />

Dos robo-táxis e robo-shuttles aos<br />

e-bikes partilhados, os gastos em<br />

serviços de mobilidade partilhada<br />

poderão crescer rapidamente durante<br />

a próxima década, com profun<strong>das</strong><br />

implicações para os decisores políticos,<br />

empresas priva<strong>das</strong>, e consumidores.<br />

Três tendências principais<br />

estão por detrás do crescimento da<br />

mobilidade partilhada.<br />

A primeira é uma transição potencial<br />

de utilização individual para a<br />

utilização conjunta de veículos. O<br />

ritmo vertiginoso da urbanização<br />

significa que o congestionamento é<br />

um desafio permanente nas zonas<br />

urbanas. Os passageiros poderiam<br />

preferir andar com outros porque é<br />

rentável (com várias pessoas a dividir<br />

a conta) e conveniente (uma vez<br />

que o ridesharing proporciona um<br />

serviço porta-a-porta e os consumidores<br />

não conduzem). Além disso,<br />

as cidades que trabalham para reduzir<br />

a utilização de veículos privados<br />

estão a promulgar regulamentos<br />

mais rigorosos e a fornecer incentivos<br />

para a utilização da mobilidade<br />

partilhada. Os líderes <strong>das</strong> cidades<br />

estão a estabelecer zonas sem carros,<br />

a cobrar para entrar com os carros<br />

nas cidades, a reduzir os lugares de<br />

estacionamento e a aumentar as tarifas<br />

de estacionamento. A transição<br />

para modos de viagem mais sustentáveis,<br />

flexíveis e agrupados poderia<br />

proporcionar benefícios ambientais,<br />

reduzir o tráfego e minimizar a utilização<br />

ineficiente <strong>das</strong> estra<strong>das</strong>.<br />

A segunda tendência é uma possível<br />

mudança dos modos de mobilidade,<br />

em que os consumidores fazem<br />

a sua própria condução para serem<br />

conduzidos - por exemplo, com<br />

veículos autónomos partilhados. O<br />

lançamento comercial de robotáxis<br />

e robots de transporte poderia dar<br />

aos consumidores opções mais acessíveis<br />

para viagens ponto-a-ponto.<br />

Isto poderia tornar desnecessária a<br />

posse de um carro para uns, enquanto<br />

para outros, reduzir o quanto utilizam<br />

os seus carros.<br />

Uma terceira grande tendência poderia<br />

envolver a mudança da utilização<br />

de veículos maiores para<br />

veículos mais pequenos. Muitos<br />

consumidores em áreas com muita<br />

gente estão a ter dificuldade em<br />

encontrar estacionamento e já não<br />

16 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PATROCINADORES ><br />

querem stress e confusão no tráfego<br />

durante as suas deslocações diárias.<br />

A investigação realizada a um vasto<br />

número de condutores mostrou que<br />

quase 70% declaram estar dispostos<br />

a utilizar veículos de micro-mobilidade<br />

para o transporte pendular.<br />

Isto sugere que cada vez mais trabalhadores<br />

estão a considerar utilizar<br />

veículos mais pequenos e formas de<br />

transporte mais sustentáveis.<br />

O interesse dos consumidores pela<br />

mobilidade partilhada floresceu<br />

após a pandemia global COVID-19,<br />

com muitos condutores a valorizar<br />

as viagens higiénicas, sustentáveis e<br />

flexíveis. Mais de 90 cidades adotaram<br />

políticas que apoiam indiretamente<br />

a micromobilidade, tais como<br />

a construção maciça de infra-estruturas<br />

para o ciclismo. Os avanços<br />

na tecnologia irão provavelmente<br />

melhorar ainda mais a experiência<br />

do consumidor, por exemplo, ao<br />

permitir viajar através de distâncias<br />

maiores. Em 2030, o mercado da<br />

micromobilidade partilhada poderá<br />

atingir 50 a 90 mil milhões de dólares,<br />

um aumento de cerca de 40 por<br />

cento por ano entre 2019 e 2030. A<br />

micromobilidade partilhada poderia<br />

representar cerca de 10% do mercado<br />

global de mobilidade partilhada<br />

em 2030.<br />

Uma vez que os consumidores que<br />

partilham automóveis têm de conduzir<br />

eles próprios, têm menos liberdade<br />

do que se estivessem num<br />

veículo autónomo. Os utilizadores<br />

de automóveis partilhados têm de<br />

encontrar estacionamento, e muitas<br />

vezes têm de ultrapassar as lacunas<br />

do primeiro e do último quilómetro<br />

(ou seja, os desafios que se colocam<br />

a partir do local onde apanham o<br />

seu carro, e depois chegar do ponto<br />

de entrega ao destino final). Ainda<br />

assim, alguns consumidores podem<br />

apreciar a maior flexibilidade que a<br />

partilha de carro oferece em relação<br />

à posse do carro. Os operadores de<br />

mobilidade com frotas puramente<br />

elétricas descobriram recentemente<br />

que as cidades que regulamentam<br />

rigorosamente as emissões são mercados<br />

atrativos.<br />

Transporte rodoviário inteligente e conveniente<br />

Salvaguardar uma indústria próspera e competitiva<br />

Um dos quatro pilares principais<br />

do Manifesto ACEA 2019-2024,<br />

que procura fomentar a colaboração<br />

entre a indústria automóvel e os<br />

decisores políticos da UE, é tornar<br />

o transporte rodoviário inteligente e<br />

conveniente. O principal objetivo é<br />

estabelecer firmemente a UE como<br />

líder mundial em soluções de mobilidade<br />

inovadoras e orienta<strong>das</strong> para<br />

o consumidor.<br />

O que a indústria automóvel<br />

oferece:<br />

l Um volume de negócios que representa<br />

mais de 7% do PIB da UE.<br />

l Emprego direto e indireto para<br />

13,8 milhões de europeus (6,1%<br />

da população empregada da UE) e<br />

mais de 11% do emprego total da indústria<br />

transformadora da UE (3,5<br />

milhões de empregos).<br />

l Cerca de 428 mil milhões de euros<br />

em contribuições fiscais só nos estados<br />

membros da UE<br />

l As exportações geram um excedente<br />

comercial de 84,4 mil milhões<br />

de euros por ano para a União Europeia.<br />

l O investimento mais forte do mundo<br />

em I&D automóvel, no valor de<br />

57,4 mil milhões de euros por ano ou<br />

28% da despesa total de I&D da UE.<br />

l 37,2% de todos os pedidos de patentes<br />

são relacionados com veículos<br />

desde 2011, colocando a Europa<br />

à frente da China (3%), Japão (13%)<br />

e Estados Unidos (33,7%).<br />

l Soluções específicas e flexíveis<br />

para cada realidade de mobilidade.<br />

No caso de utilização dos transportes,<br />

correspondendo às características<br />

únicas de cada uma <strong>das</strong> muitas<br />

áreas urbanas da Europa.<br />

l Uma oferta cada vez mais ampla e<br />

diversificada de veículos com emissões<br />

zero e baixas (ZLEVs).<br />

l Veículos que emitirão continuamente<br />

menos poluentes, intensificando<br />

a sua contribuição para cidades<br />

mais limpas e um ambiente<br />

mais saudável.<br />

l Tecnologia de segurança ativa de<br />

ponta para veículos, melhorada por<br />

sistemas automatizados, que podem<br />

ajudar a evitar a ocorrência de acidentes.<br />

l Melhor comunicação com os cidadãos<br />

sobre uma condução segura e<br />

uma utilização mais eficaz dos elementos<br />

de segurança já disponíveis<br />

nos seus veículos.<br />

l Uma ampla escolha de diferentes<br />

tipos de veículos, através de vários<br />

segmentos de preços, fornecendo<br />

soluções adequa<strong>das</strong> para diferentes<br />

orçamentos.<br />

l Investimento contínuo em novos<br />

serviços de mobilidade, incluindo<br />

partilha de carros, ridesharing e<br />

conceitos logísticos inovadores.<br />

O que a Europa deve fazer<br />

l Lançamento de iniciativas emblemáticas<br />

europeias centra<strong>das</strong> na inovação<br />

da mobilidade que reúnem<br />

universidades, centros de investigação<br />

e atores de toda a cadeia de valor<br />

automóvel.<br />

l Eliminar os obstáculos regulamentares<br />

à implantação (transfronteiriça)<br />

de novas tecnologias de mobilidade.<br />

l Permitir a implantação rápida da<br />

infra-estrutura de comunicações digitais<br />

necessári para complementar<br />

as infra-estruturas de transporte e<br />

rodoviárias existentes.<br />

l Permitir a inovação em novos modelos<br />

empresariais de mobilidade<br />

impulsionados por dados, bem como<br />

soluções de transporte partilhado.<br />

l Adotar uma abordagem “centrada<br />

no consumidor”, adotando políticas<br />

de mobilidade e transporte que respondam<br />

às mudanças de hábitos e<br />

necessidades dos consumidores.<br />

l Elaborar um plano abrangente<br />

para a transição para a mobilidade<br />

com baixas e zero emissões, como<br />

já foi feito na China e nos Estados<br />

Unidos da América.<br />

l Recolher e analisar dados sobre<br />

acidentes a nível da UE para ter<br />

uma base de conhecimentos mais<br />

sólida para a escolha de outras medi<strong>das</strong><br />

de segurança.<br />

l Criar condições de mercado adequa<strong>das</strong><br />

e favoráveis para a aceitação<br />

dos ZLEV em todos os estados<br />

membros através de incentivos financeiros<br />

e não financeiros, tornando<br />

os veículos mais limpos acessíveis<br />

a todos os níveis da sociedade.<br />

l As novas regras e regulamentos<br />

não devem ter um impacto negativo<br />

na liberdade de mobilidade <strong>das</strong> pessoas<br />

com meios limitados.<br />

l Impor tecnologias específicas apenas<br />

limita a escolha e restringe a<br />

inovação; a Europa só prosperará se<br />

as pessoas tiverem mais escolha em<br />

vez de menos.<br />

l Abordar a incerteza dos consumidores,<br />

combatendo a crescente<br />

manta de retalhos de restrições de<br />

acesso aos veículos urbanos, e a sua<br />

falta de coerência com as regras do<br />

mercado interno da UE.<br />

O DESENVOLVIMENTO DA E-MOBILIDADE REPRESENTA<br />

UMA OPORTUNIDADE QUE as EMPRESAS DEVEM<br />

APROveitar, PREPARANDO O FUTURO. A CHAVE ESTÁ<br />

EM ADOtar MODELOS DE NEGÓCIOS VIÁVEIS QUE LHES<br />

PERMITEM DIFERENCIAR-SE DA CONCORRÊNCIA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 17


FINALISTAS CONHECIDOS<br />

COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO 2023<br />

NESTA EDIÇÃO REVELAMOS QUATRO DOS FINALISTAS DA COMPETIÇÃO MELHOR<br />

MECATRÓNICO 2023, QUE MARCARÃO PRESENÇA NO SALÃO EXPOMECÂNICA,<br />

NOS DIAS 14 A 16 DE ABRIL, PARA DISPUTAR A GRANDE FINAL. NA PRÓXIMA<br />

EDIÇÃO IREMOS APRESENTAR OS RESTANTES FINALISTAS


Patrocinadores 2022 / 2023<br />

Armando Coutinho<br />

“ Esta edição da<br />

Competição Melhor<br />

MeCAtrónico tem tudo<br />

para correr bem”<br />

Armando Coutinho tem quarenta e seis anos de<br />

idade, vive em Lisboa e trabalha na Mercauto Santogal,<br />

em Sete Rios, um concessionário oficial da<br />

Mercedes-Benz<br />

Fez o Curso de Mecatrónica Automóvel na Casa<br />

Pia de Lisboa, Colégio de Pina Manique, com uma<br />

duração e quatro anos, tendo terminado em 1992.<br />

Começou a trabalhar inicialmente num concessionário<br />

da Ford, cerca de oito anos, e está há vinte<br />

e dois anos na Mercauto de Sete-Rios. Não teve<br />

ninguém que o inspirasse a seguir a profissão, mas<br />

desde cedo percebeu que era o que queria fazer.<br />

Em criança, sempre que via alguém com o capô<br />

de um automóvel aberto, lá estava sempre a observar<br />

atentamente. “Sempre soube que queria ser<br />

mecatrónico de automóveis, fazer carreira nesta<br />

área. O que me atraiu foi a paixão que sempre tive<br />

pelo mundo automóvel, pela tecnologia em constante<br />

desenvolvimento do setor”, refere Armando<br />

Coutinho. Para se manter atualizado com as novas<br />

tecnologias frequenta as formações que são<br />

disponibiliza<strong>das</strong> pela Mercedes-Benz, e-learnings<br />

e presenciais. Tenta também, sempre que possível,<br />

fazer formações da<strong>das</strong> por empresas externas<br />

à marca para adquirir outro tipo de conhecimentos<br />

relativos a outras marcas de automóveis. O<br />

equilíbrio entre a vida profissional e pessoal nem<br />

sempre é fácil, pois a maior parte dos dias da semana<br />

trabalha cerca de onze a doze horas diárias.<br />

“Penso que todo o mecatrónico, tem aquela avaria<br />

mais complicada, que enquanto não a resolve sempre<br />

nos “persegue”, mesmo em casa”, diz.<br />

Quando não está a trabalhar, convive com a família,<br />

pratica BTT e tenta ir ao ginásio, sempre que<br />

possível, de forma a manter algum equilíbrio na<br />

vida. No geral sente-se satisfeito com a profissão,<br />

gosta imenso do que faz e do desafio constante da<br />

profissão de mecatrónico automóvel. Continua a<br />

ver esta profissão como uma área em constante desenvolvimento,<br />

que necessita de uma adaptação<br />

constante “Hoje em dia executamos reparações<br />

em praticamente todo tipo de viaturas, desde<br />

os PHEV aos EV, futuramente estes últimos em<br />

maior percentagem. Cada vez mais, existe uma<br />

maior necessidade de especialização dos técnicos<br />

para acompanhar a evolução da indústria do sector<br />

automóvel, só assim, é possível garantir um<br />

trabalho de qualidade e valorização da profissão”,<br />

sublinha.<br />

Decidiu concorrer à Competição Melhor Mecatrónico<br />

para testar o seu nível de conhecimentos e<br />

também como um desafio pessoal, “sair da minha<br />

área de conforto e adquirir novas experiências/<br />

conhecimentos”. Considera que o nível de preparação<br />

dos concorrentes é cada vez maior, assim<br />

como o grau de dificuldade <strong>das</strong> provas. Por isso<br />

acredita que esta edição vai uma vez mais superar<br />

as expetativas de todos, mesmo em relação ao espaço<br />

envolvente onde o concurso irá decorrer. “O<br />

facto da Competição decorrer no salão expoME-<br />

CÂNICA, será um desafio acrescido, tanto para os<br />

concorrentes como para a organização, algo nunca<br />

feito em Portugal. Tem tudo para correr bem.<br />

Certamente, todos os concorrentes e organização,<br />

vão dar o seu melhor e dignificar a profissão de<br />

mecatrónico automóvel”, conclui Armando Coutinho.<br />

João Miguel Luís<br />

“ Os benefícios,<br />

divulgação, e<br />

credibilização desta<br />

Competição, ajuda na<br />

evolução do setor”<br />

João Miguel Passarinho Luís tem 46 Anos, mora<br />

no concelho de Odivelas e há quinze anos que desenvolve<br />

o projeto oficinal Miguel & Luísa Auto<br />

Lda. como fundador e parte integrante dos quadros<br />

da empresa como Mecatrónico<br />

Dentro do meio oficinal, João Luís já tem um percurso<br />

longo, pois desde tenra idade que frequenta as<br />

oficinas, pois o seu pai era bate-chapas, e desde sempre<br />

acompanhou a evolução oficinal bem de perto.<br />

Como profissional, a sua etapa começou entre 1997<br />

e 2001, quando se tornou orçamentista e chefe de<br />

oficina, tendo começado a efetuar o seu percurso de<br />

formação eletrónica, bem como os primeiros passos<br />

a nível de diagnóstico automóvel. A sua principal<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 19


inspiração foi sempre o desafio em encontrar solução<br />

para novos problemas, e assim que a revolução<br />

a nível tecnológico começou e as dificuldades senti<strong>das</strong><br />

pelos profissionais do setor a partir de 1998 se<br />

instalaram, despoletou em si uma vontade cada vez<br />

maior de saber mais e entrar nesse novo mundo do<br />

OBD e <strong>das</strong> normas Euro e sistemas de antipoluição<br />

estabeleci<strong>das</strong> na altura. Desde criança que a curiosidade<br />

de saber como funciona o acompanhou. Legos<br />

e desmantelar pequenos carros de brincar eram o<br />

seu hobbie. “Lembro-me perfeitamente, que a partir<br />

do secundário, e como tinha a possibilidade de<br />

estar dentro do meio oficinal, a minha curiosidade<br />

aguçou e fez-me começar a aprender com os mecânicos<br />

da altura a profissão que hoje executo com<br />

todo o orgulho”, refere João Luís.<br />

O seu percurso, para além <strong>das</strong> inúmeras formações<br />

que já efetuou e continua a efetuar até hoje, para<br />

poder acompanhar a evolução tecnológica e digital<br />

do automóvel, passou por trabalhar na oficina<br />

do seu pai durante toda a infância e adolescência.<br />

Numa certa etapa abraçou outros projetos, tendo<br />

trabalhado na Sociedade Portuguesa de Reboques<br />

e na BMW, Auto Fialho de Almeida, até que em<br />

2007 resolveu criar o seu projeto pessoal, a M. &<br />

L Auto Lda. Tem como referência profissional uma<br />

formação contínua e meticulosa, assim como a<br />

aposta em meios tecnológicos para poder acompanhar<br />

não só os novos sistemas eletrónicos como o<br />

ADAS, sistemas de antipoluição cada vez mais sofisticados<br />

ou a eletrificação dos veículos, mas também<br />

a evolução do mercado a nível de produtos de<br />

origem e aftermarket. “A minha dedicação a esta<br />

profissão, é sem sombra de dúvida de corpo e alma,<br />

posso confessar que já sonhei com várias resoluções<br />

de problemas de algumas viaturas”, frisou.<br />

Para João Luís, esta é uma profissão que exige<br />

dedicação e sacrifício, e salienta que na maior parte<br />

<strong>das</strong> vezes ainda é vista de lado e negligenciada.<br />

“O trabalho que desempenho é para proteger a<br />

vida dos condutores e aumentar o conforto de todos<br />

aos quais me é permitido resolver as avarias e<br />

desgaste dos seus automóveis. Tenho a responsabilidade<br />

de colocar a proteção ativa de cada viatura<br />

em segurança máxima, pois tenho a noção que sou<br />

responsável pela vida <strong>das</strong> pessoas a quem efetuo a<br />

reparação <strong>das</strong> suas viaturas”, sublinha. “Esta dedicação<br />

acaba por nos desgastar e ter um impacto no<br />

nosso seio familiar, pois temos que dedicar muito<br />

do nosso tempo em prol da segurança de outros, e<br />

da nossa própria convicção e autoestima, mas com<br />

o desenrolar da idade e da experiência profissional<br />

acabamos por conseguir conciliar melhor o tempo<br />

dedicado a família”, acrescenta João Luís. Como<br />

seria de esperar, também tem o seu escape, e o<br />

motociclismo há já muitos anos que o acompanha<br />

nesse processo de exteriorizar a sua adrenalina,<br />

bem como a sensação de liberdade que lhe traz.<br />

Tal como qualquer relacionamento, e como já referiu<br />

anteriormente, “a dedicação é a base fundamental.<br />

A satisfação de exercer esta profissão, ocorre em<br />

cada momento em que o serviço executado é motivo<br />

para nosso orgulho e a satisfação do nosso cliente<br />

que nos confiou a vida dele, e dos que irão circular<br />

com ele na sua viatura”. Para João Luís, a profissão<br />

de mecatrónico automóvel deveria ser mais valorizada,<br />

até porque a sua continuação é uma incógnita,<br />

muito porque as novas gerações não veem a mesma<br />

como uma profissão a seguir, e em sua opinião, este<br />

facto deve-se à falta de valorização, desgaste prematuro,<br />

e ao grau de dificuldade da mesma em prol de<br />

um rendimento abaixo de outras profissões que hoje<br />

se encontram no top do mercado, como as profissões<br />

digitais e tecnológicas. “Mas acredito que esta<br />

profissão irá vingar no futuro pois terá que haver<br />

sempre meios de transporte, e terá que haver sempre<br />

quem lhes efetue a sua manutenção. A evolução<br />

tecnológica será sempre um desafio para todos nós<br />

mecatrónicos, mas acho que será sempre um motivo<br />

também para o desenvolvimento de competências<br />

inerentes à profissão”, assegura.<br />

Na sua opinião, a Competição Melhor Mecatrónico,<br />

para além de demonstrar que existem excelentes<br />

profissionais em Portugal, tem a capacidade de<br />

os motivar para serem ainda melhores. “A minha<br />

participação advém não só do reconhecimento de<br />

competências, bem como é uma forma de satisfação<br />

pessoal pela qualidade como decorre, e me<br />

proporcionar uma vontade imensa de me superar<br />

a mim próprio, e claro ser valorizado na profissão<br />

a qual já dediquei uma parte da minha vida”, enaltece.<br />

“As finais são para ganhar, e como por mérito<br />

aqui cheguei, vou tentar ao máximo o melhor<br />

desempenho possível, de preferência o primeiro<br />

lugar, sei que não será fácil, mas não será para<br />

mim nem para nenhum dos colegas de profissão<br />

que irão disputar comigo o tão cobiçado pódio”,<br />

acrescenta. O facto da Competição se realizar na<br />

expoMECÂNICA, para além de ser uma montra<br />

para todos os participantes, acima de tudo irá ser<br />

um prestígio para todos os profissionais que executam<br />

com orgulho e mérito a profissão Mecatrónico<br />

Automóvel. Por isso, João Luís acredita que esta<br />

exposição e credibilidade se irá refletir na confiança<br />

depositada em todos os profissionais do ramo.<br />

“Os benefícios, divulgação, e credibilização desta<br />

Competição, acima de tudo ajuda para que o estigma<br />

da descredibilização da profissão se espraie, e<br />

que a mesma seja divulgada, reconhecida e remunerada<br />

como merece. Só eventos como este podem<br />

chegar a uma fatia enorme de mercado, e sociedade<br />

em geral. O dinamismo destes eventos também<br />

acaba por lançar o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> como uma<br />

referência , não só no mercado Aftermarket, como<br />

também uma referência para os profissionais de<br />

reparação do sector automóvel. Que venha Abril, e<br />

que o evento seja um sucesso”, conclui.<br />

Joel Marques<br />

“ A minha perspetiva<br />

nesta edição é vencer e<br />

fazer bom networking<br />

com todos os<br />

concorrentes”<br />

Joel Marques tem 30 anos, mora em São Julião do<br />

Tojal em Loures e trabalha na oficina multimarca<br />

JMS Auto, onde tem o gosto diário de ser o gerente<br />

da mesma<br />

Joel Marques nasceu numa família ligada ao ramo<br />

automóvel, o que, desde jovem, o fez despertar a<br />

curiosidade sobre os automóveis. O pai foi mecânico<br />

na Citroën e tinha uma oficina com o seu irmão,<br />

onde desde miúdo, depois da escola, passava o dia<br />

20 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Patrocinadores 2022 / 2023<br />

com eles a aprender. O início de carreira foi na oficina<br />

da família, de onde mais tarde decidiu sair para<br />

a Mi<strong>das</strong>, com apenas dezoito anos. Dois anos mais<br />

tarde, voltou para junto da família e fez várias formações<br />

de especialização na área. Aos vinte e três<br />

anos, iniciou o projeto JMS Auto (em 2016), onde<br />

desempenha as funções de gerente e neste momento<br />

são sete apaixonados pelo setor e pela empresa.<br />

Sempre adorou a tecnologia e os automóveis, e o<br />

que mais lhe desperta interesse e curiosidade são<br />

os desafios diários que a mesma apresenta. Frequenta<br />

regularmente vários cursos sobre as novas<br />

tecnologias desde a mecânica à eletrónica automóvel.<br />

Sempre que surgem oportunidades para acompanhar<br />

as novas tendências faz por estar atualizado.<br />

No entanto, ultimamente com o crescimento<br />

da JMS Auto, tem direcionado a sua formação<br />

para gestão de recursos humanos.<br />

No início da JMS Auto teve que dedicar mais tempo<br />

ao projeto “mas o que me torna mais equilibrado é<br />

a minha mulher e parceira de negócio. Começámos<br />

este projeto juntos e com o tempo a família cresceu<br />

e conseguimos lidar com os desafios que nos deparámos<br />

e separar o trabalho da família”, sublinha.<br />

De momento não tem nenhum hobby e nos tempos<br />

livres lê e pesquisa sobre várias tendências e novas<br />

ideias para o seu negócio. Fica com uma enorme<br />

satisfação sempre que a equipa conquista as metas<br />

propostas. “No entanto, reconheço que, como empreendedor,<br />

quero sempre mais e mais. Desde que<br />

tenha saúde, procurarei sempre fazer melhor”, afirma.<br />

No futuro acredita que a necessidade de formar<br />

e encaminhar novas gerações para este setor tem<br />

de ser o foco, pois “todos sentimos a enorme falta<br />

de mão-de-obra qualificada e as empresas têm de<br />

se focar em ter boas políticas de recursos humanos<br />

para capturar e reter talento”, realça.<br />

A decisão de participar na Competição partiu<br />

de uma brincadeira, mas como é extremamente<br />

competitivo, confessa que irá fazer tudo para levar<br />

o prémio para a JMS Auto. “A minha perspetiva<br />

nesta edição é conquistar o primeiro lugar e<br />

fazer bom networking com todos os concorrentes.<br />

Considero que este novo formato pode trazer<br />

benefícios para a divulgação e credibilização da<br />

profissão Mecatrónico Automóvel. Precisamos<br />

de mais eventos como este para cativar as novas<br />

gerações a verem que esta profissão é divertida.<br />

Penso que até faria sentido existir um vídeo para<br />

posteriormente o mesmo ser divulgado nas escolas<br />

profissionais de mecatrónica, de modo que os<br />

jovens consigam entender que é um setor aliciante.<br />

Para nós que fazemos a prova, até será divertido<br />

a pressão extra”, conclui.<br />

Jorge Jesus<br />

“ Participo pela<br />

possibilidade de<br />

aprendizagem e troca<br />

de conhecimentos”<br />

Jorge Jesus tem 34 anos e vive em Maria Vinagre<br />

concelho de Aljezur, Algarve. Trabalha na Auto<br />

Marreiros, uma oficina independente multimarca<br />

O percurso de Jorge Jesus até chegar a mecatrónico<br />

automóvel foi o normal. Fez o 12º ano e depois<br />

foi para a universidade estudar Engenharia Mecânica<br />

que concluiu em 2010. Depois disso ainda<br />

procurou alguns trabalhos na área da engenharia,<br />

nomeadamente nas marcas, mas como na altura<br />

se vivia uma crise em Portugal, foi complicado arranjar<br />

emprego e decidiu então começar a trabalhar<br />

na oficina dos seus pais, a Auto Marreiros, e<br />

a aprender mais mecânica prática e a frequentar<br />

cursos de mecânica. “O meu pai foi a fonte de inspiração<br />

para seguir esta profissão, pois ele começou<br />

com 12 anos nesta área a aprender, montando<br />

depois o seu próprio negocio e eu sempre o via a<br />

trabalhar, a mexer nos carros a desmontar motores<br />

desde pequenino e sempre fui curioso com o que<br />

ele fazia e me ensinava e comecei desde muito cedo<br />

a ter o bichinho da mecânica”, refere Jorge Jesus.<br />

Desde pequeno que sabia o que queria na vida e<br />

sempre teve a intenção de ser mecânico “lembro-<br />

-me de os meus professores no 9º ano me perguntarem<br />

o que queria ser, a área que queria seguir, e<br />

eu sempre lhes respondia que ia tirar engenharia<br />

mecânica e depois especializar-me na mecânica<br />

automóvel. O que mais me atraiu e continua a<br />

atrair é a constante evolução dos carros e o aprender<br />

todos os dias coisa novas nesta área”, sublinha.<br />

Para acompanhar a evolução tecnológica dos veículos<br />

tem feito muitas formações na área da eletrónica<br />

e tenta estar sempre atualizado com as novidades<br />

do mercado, com o material que sai e com<br />

as novas motorizações que vão surgindo. “Procuro<br />

sempre mais formações e mais conhecimento,<br />

apesar de no Algarve ser um pouco difícil existir<br />

formações a nível de eletrónica tento sempre frequentar<br />

formações e realizar cursos online para<br />

obter mais conhecimentos, pois os carros estão em<br />

constante evolução e nós mecatrónicos temos que<br />

estar sempre atualizados. Nem sempre consegue<br />

equilibrar a vida pessoal com a profissional, pois é<br />

uma profissão que ocupa muito tempo, mas existe<br />

uma grande compreensão da sua parceira e tenta o<br />

máximo para equilibrar as duas partes. Nos tempos<br />

livres aproveita para estar com a família e ainda<br />

faz serviço de bombeiro voluntário nos Bombeiros<br />

de Aljezur.<br />

Todos os dias sente satisfação a desempenhar o seu<br />

trabalho e realizado pela profissão que escolheu.<br />

Quanto ao futuro da profissão, acha que vai ser<br />

muito mais exigente derivado aos veículos elétricos,<br />

terá de existir mais formações e mais informação<br />

disponível mas sempre em constante evolução.<br />

“Penso que o futuro da mecatrónica irá ser muito<br />

diferente, pois com a chegada dos carros elétricos<br />

o mercado automóvel mudou bastante e com o fim<br />

previsto dos carro a combustão tudo irá mudar, o<br />

mercado automóvel, as peças, a manutenção e isso<br />

irá obrigar as oficinas a mudar”, afirma.<br />

Inscreveu-se no Melhor Mecatrónico Automóvel<br />

2023, não pela competição em si, mas pela possibilidade<br />

de aprendizagem e troca de conhecimentos.<br />

Espero que seja um evento muito bom e<br />

consiga tirar o maior partido do mesmo a nível de<br />

conhecimento e aprendizagem pois é o mais importante<br />

da competição. “Penso que a ser realizada<br />

no decorrer do salão expoMECÂNICA é uma mais<br />

valia, pois assim podemos divulgar ainda mais as<br />

nossas profissões e quem sabe atrair os mais novos<br />

para esta profissão, pois hoje em dia o mercado<br />

está cada vez mais exigente e existe muita falta de<br />

mão de obra.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 21


ATUALIDADE<br />

DPAI/ACAP APRESENTA ESTUDO SOBRE O AFTERMARKET<br />

ANTECIPAR AS EVOLUÇÕES<br />

DO MERCADO!<br />

A DPAI/ACAP APRESENTOU UM ESTUDO PIONEIRO SOBRE O PRESENTE E O FUTURO DO AFTERMARKET EM PORTUGAL. FAZ<br />

UMA ANÁLISE REALISTA DO SETOR DO PÓS-VENDA INDEPENDENTE NA ATUALIDADE E IDENTIFICA OS DESAFIOS E MEDIDAS<br />

TENDENTES A UMA MAIOR COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS, NUM MERCADO EM CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO<br />

22 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE OPERAÇÕES E DO NÚMERO<br />

DE HORAS DE MÃO-DE-OBRA DO AFTERMARKET, COMO CONSEQUÊNCIA<br />

DO AVANÇO DA ELETRIFICAçãO DOS AUTOMÓVEIS, REFLETE-SE<br />

NO VOLUME DE NEGÓCIOS PRESTADO<br />

O<br />

s resultados do estudo, desenvolvido<br />

por uma equipa de investigadores<br />

do ISEG – Executive Education,<br />

e promovido pela DPAI/ACAP, foram apresentados<br />

pelo Professor Zorro Mendes, Presidente do<br />

Departamento de Economia do ISEG, pela Dra.<br />

Rita Alemão, Professora convidada do ISEG e por<br />

Francisco Nunes, Professor Auxiliar do ISEG.<br />

Os temas em destaque foram a Caracterização<br />

do Sector do Aftermarket Automóvel em Portugal<br />

e do perfil do consumidor; Evolução futura<br />

da procura dirigida ao pós-venda, em função <strong>das</strong><br />

inovações tecnológicas no sector automóvel e <strong>das</strong><br />

alterações nas preferências dos clientes; e as Consequências<br />

da evolução futura da procura, nas estratégias<br />

futuras do canal independente do Aftermarket<br />

Automóvel.<br />

Objetivos do Estudo<br />

Os objetivos do Estudo foi caracterizar a situação<br />

atual do canal independente do aftermarket automóvel<br />

em Portugal e a procura a ele dirigida; perspetivar<br />

a evolução futura da procura dirigida ao<br />

canal independente do aftermarket em função <strong>das</strong><br />

inovações tecnológicas no setor automóvel e <strong>das</strong><br />

alterações nas preferências dos clientes; e ainda<br />

avaliar as consequências destas mudanças nas estratégias<br />

futuras do canal independente do aftermarket<br />

automóvel. A estrutura do Estudo teve por<br />

base as principais empresas do canal independente<br />

e os aspetos relevantes da sua exploração, designadamente<br />

a segmentação entre peças novas e peças<br />

usa<strong>das</strong>, assim como os diversos canais de contacto<br />

com os clientes. O Estudo teve em conta a caracterização<br />

da procura dirigida ao canal independente<br />

e a valorização do serviço pelo consumidor, assim<br />

como o impacto da eletrificação no aftermarket.<br />

Foi também considerada a regulamentação europeia<br />

com impacto no pós-venda, nomeadamente o<br />

acesso aos dados dos veículos, a cibersegurança, a<br />

cláusula de reparação, a codificação <strong>das</strong> peças de<br />

reposição e o MVBER.<br />

Centros Auto e Reparadores<br />

Independentes<br />

O inquérito sobre o estado atual do setor dos serviços<br />

do aftermarket automóvel foi dirigido às<br />

empresas que representam os Centros Auto / Fast<br />

Fit (cerca de ¼ da amostra) e os Reparadores Independentes<br />

Multimarcas (cerca de ¾ da amostra).<br />

Para este conjunto de oficinas, as peças novas OE<br />

representam 25%, enquanto as peças novas IAM<br />

70% e as peças usa<strong>das</strong> 6%. Em termos de expetativas,<br />

cerca de 50% <strong>das</strong> empresas acham que a quota<br />

de mercado do aftermarket independente IAM<br />

face à do OE vai aumentar nos próximos anos. E<br />

80% <strong>das</strong> empresas consideram que o uso de peças<br />

novas IAM deverá aumentar ou manter-se no futuro<br />

perfil de exploração. Em relação às peças usa<strong>das</strong>,<br />

é apenas nos reparadores independentes que<br />

a expetativa de aumento é maioritária (54% destas<br />

empresas esperam um aumento <strong>das</strong> compras/<br />

ven<strong>das</strong> de peças usa<strong>das</strong>). Com credibilização e garantias,<br />

esta perceção poderá indiciar uma maior<br />

atenção do setor ao uso de peças usa<strong>das</strong> nas suas<br />

atividades. Cerca de ¼ da faturação em peças novas<br />

IAM é empregue em veículos novos, com idade<br />

até 3 anos, que procuram os serviços do canal<br />

independente do aftermarket. De um modo mais<br />

desagregado, relativamente às peças novas IAM, é<br />

notório o otimismo numa evolução mais intensa<br />

da sua utilização nos centros-auto/fast fit (75%),<br />

o que poderá ser um indicador do reforço estratégico<br />

na fileira peças-serviços deste segmento do<br />

aftermarket independente. Nos reparadores independentes<br />

também se coloca a primazia na evolução<br />

<strong>das</strong> peças novas IAM, embora de forma muito<br />

mais moderada.<br />

Mercado paralelo é uma preocupação<br />

Existe uma preocupação de que o peso da economia<br />

paralela no negócio da manutenção e reparação<br />

seja igual ou superior a 30% da atividade real<br />

do setor, opinião revelada por 56% <strong>das</strong> empresas.<br />

Os reparadores independentes têm mais vincada<br />

esta perceção do que os centros-auto/fast fit. Em<br />

relação aos canais de contacto com o cliente, perceciona-se<br />

um ambiente generalizado de digitalização<br />

do mercado, na natureza logística <strong>das</strong> operações<br />

de encomenda de peças: 2/3 dos pedidos<br />

de peças no canal independente são já realiza<strong>das</strong><br />

via online. Os grossistas de peças lideram logisticamente<br />

no canal online, seguidos dos reparadores<br />

independentes.<br />

Confiança na oficina<br />

Os clientes mantêm o seu apreço pelas características<br />

que tradicionalmente valorizam no aftermarket,<br />

designadamente o bom compromisso<br />

qualidade/preço do serviço e da confiança na oficina,<br />

mas tendem a valorizar cada vez mais o tempo<br />

gasto na reparação/manutenção, a proximidade<br />

geográfica da oficina e a manutenção da mobilidade<br />

enquanto estão privados do automóvel.<br />

Quanto ao uso de peças usa<strong>das</strong>, a recomendação<br />

CONSUMIDORES/CLIENTES<br />

DO AFTERMARKET<br />

O Estudo incluiu um inquérito a 721 consumidores/clientes do<br />

aftermarket, tendo respondido 63% homens e 37% mulheres;<br />

62% com menos de 30 anos, 30% entre os 30 e os 50 anos e<br />

8% com mais de 50 anos; 84% dos inquiridos eram de zonas<br />

urbanas e 16% de zonas rurais.<br />

6 em cada 10<br />

Pessoas escolhem as oficinas independentes para reparar/<br />

manter a sua viatura<br />

7 em cada 10<br />

Pessoas possuidoras de uma viatura de marca generalista<br />

preferem reparar/manter a sua viatura nas oficinas<br />

independentes<br />

5 em cada 10<br />

Pessoas possuidoras de uma viatura de marca premium<br />

preferem reparar/manter a sua viatura nas oficinas<br />

independentes<br />

7 em cada 10<br />

Pessoas com menos de 30 anos preferem as oficinas<br />

independentes<br />

4 em cada 10<br />

Pessoas com mais de 50 anos preferem as oficinas<br />

independentes<br />

8 em cada 10<br />

Pessoas têm um custo de reparação/manutenção anual<br />

inferior a 400 €<br />

Em função da idade da viatura, a percentagem do parque<br />

intervencionado pelas oficinas independentes é de:<br />

39% nas viaturas até 3 anos<br />

54% nas viaturas entre 3 e 8 anos<br />

72% nas viaturas com mais de 8 anos<br />

A transição entre a assistência feita na marca e a passagem<br />

para os reparadores independentes ocorre entre os 3 e 4 anos<br />

da viatura ou, em média, até aos 85.000 Km.<br />

AS GRANDES LINHAS<br />

DE FORÇA PARA O FUTURO DO CANAL<br />

INDEPENDENTE DO AFTERMARKET<br />

1 Conjugar os serviços de manutenção/reparação aos veículos<br />

de combustão com a entrada gradual dos serviços de<br />

manutenção/reparação aos VE<br />

2 Investir na formação dos colaboradores, capacitando-os para<br />

a manutenção/reparação dos VE<br />

3 Garantir a mobilidade dos clientes durante o tempo da<br />

manutenção/reparação dos seus veículos<br />

4 Aproveitar a eletrificação dos veículos para aumentar a<br />

contribuição do setor para a sustentabilidade ambiental<br />

5 Pressionar as autoridades competentes no sentido da criação<br />

de legislação que permita a existência de uma concorrência<br />

justa e aberta entre todos os palyers do aftermarket<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 23


DPAI/ACAP<br />

Responsáveis do Estudo sobre o Presente e o Futuro do Aftermarket<br />

independente em Portugal (da esquera para a direita): Francisco Nunes,<br />

Professor Auxiliar do ISEG, Dra. Rita Alemão, Professora convidada do<br />

ISEG e Professor Zorro Mendes, Presidente do Departamento de<br />

Economia do ISEG<br />

ALTERAÇÃO NO VOLUME DE EMPREGO<br />

A diminuição do emprego no aftermarket, entre 2020 e 2036, atinge os 11%, no cenário<br />

mediano, esperando-se que a maioria desta diminuição ocorra nos concessionários de marca<br />

e nos centros-auto/fast fit. No caso dos reparadores independentes, poderá até registar-se<br />

um ligeiro aumento do emprego, em consequência da transferência de clientela com veículos<br />

a combustão envelhecidos, que deverá ir abandonando os concessionários de marca e os<br />

centros-auto/fast fit. Em face desta situação, os reparadores independentes não podem<br />

descansar numa aparente segurança que os clientes dos veículos a combustão ainda lhes<br />

proporcionarão nos próximos anos. Terão de se ir preparando para as mudanças que, mais<br />

tarde ou mais cedo, chegarão às suas oficinas. Para tal, deverão: manter uma tipologia<br />

generalista, procurando um mix entre a assistência aos veículos a combustão (que ainda serão<br />

os seus principais clientes por vários anos) e a assistência aos VE (que começarão a entrar<br />

gradualmente na sua carteira de clientes); antecipar constantemente as evoluções do seu<br />

trabalho e do mercado, e melhorar a informação e o acolhimento prestado aos seus clientes.<br />

OS CLIENTES MANTÊM O SEU apreço PELAS CARACTERÍSTICas<br />

QUE TRADICIONALMENTE VALORIZAM NO AFTERMARKET,<br />

DESIGNADAMENTE O BOM COMPROMISSO QUALIDADE/preço<br />

DO SERVIÇO E DA CONFIANÇA NA OFICINA<br />

para as empresas do canal independente<br />

do aftermarket é a alteração da<br />

atual situação de um peso residual<br />

destas no negócio do aftermarket,<br />

desenvolvendo uma aposta na oferta<br />

de peças usa<strong>das</strong>, dada a elevada<br />

disposição do grosso dos clientes que<br />

constituem o seu mercado futuro (os<br />

clientes com menos de 30 anos hoje e<br />

que, na sua grande maioria, possuem<br />

marcas generalistas) para adquirir<br />

este tipo de peças. A sustentabilidade<br />

ambiental para a qual o setor<br />

do aftermarket deve contribuir de<br />

uma forma cada vez mais acrescida,<br />

é outra razão que também justifica<br />

a maior atenção a dar às peças usa<strong>das</strong>.<br />

Em relação à aquisição de peças<br />

online parece haver alguma desconfiança<br />

por parte dos clientes, a qual<br />

perdurará para o futuro, uma vez que<br />

é extensiva a to<strong>das</strong> as idades e a todos<br />

os tipos de automóveis. Desconfiança<br />

essa que não é tão elevada para os<br />

detentores de automóveis de marca<br />

premium, onde quase um terço admite<br />

a aquisição de peças online.<br />

Diminuição <strong>das</strong> operações<br />

Vai acontecer a diminuição do número<br />

total de operações do aftermarket,<br />

decorrente da eletrificação dos veículos,<br />

a qual ocorre fundamentalmente<br />

à custa <strong>das</strong> reparações (onde se regista<br />

uma diminuição de 12%, no cenário<br />

mediano), as quais são menos<br />

necessárias nos veículos elétricos (os<br />

componentes de um VE são menos e<br />

necessitam de menos reparações do<br />

que os componentes de um veículo a<br />

combustão). A diminuição do número<br />

de operações e do número de horas<br />

de mão-de-obra do aftermarket,<br />

como consequência do avanço da<br />

eletrificação dos automóveis, reflete-se<br />

no volume de negócios, o qual<br />

diminui tanto mais quanto mais rápida<br />

for a penetração dos VE, sendo<br />

que, no cenário mediano, a diminuição<br />

é de cerca de 6%. Esta tendência<br />

de evolução é confirmada por um<br />

estudo da Delloite, segundo o qual<br />

as receitas dos “serviços pós-venda”<br />

tenderão a diminuir 39%, entre 2018<br />

e 2035, para um grupo de 5 países<br />

europeus (Alemanha, França, Reino<br />

Unido, Espanha e Itália). Estas<br />

previsões são efetua<strong>das</strong> aos preços<br />

atuais, pelo que a previsível diminuição<br />

dos volumes de negócios poderá<br />

ser atenuada por um aumento dos<br />

preços. l<br />

ALTERAÇÃO DA COMPOSIÇÃO<br />

DO VOLUME DE NEGÓCIOS<br />

Cerca de 3% do volume de negócios do setor transfere-se dos concessionários de marca para os<br />

reparadores independentes, devido ao elevado peso que os veículos a combustão continuarão<br />

a ter no parque automóvel, veículos esses que terão uma idade média cada vez mais elevada e<br />

cuja manutenção e reparação se deslocará dos concessionários de marca para os reparadores<br />

independentes. Em 2020, apenas 0,1% do volume de negócios dos reparadores independentes<br />

era proveniente do VE, enquanto que 99,3% (a quase totalidade) era proveniente dos veículos<br />

a combustão. Mas em 2036 e no cenário mediano, os VE já representam 9,4% do volume de<br />

negócios e os veículos a combustão diminuem o seu peso para 82,2% do volume de negócios.<br />

É uma alteração lenta, mas que deverá acelerar na década de 2040, com o fim da vida útil de<br />

muitos dos veículos a combustão, que serão inevitavelmente substituídos por VE.<br />

CUSTO MÉDIO anuaL DA REPARAÇÃO/<br />

MANUTENÇÃO<br />

O custo médio anual da reparação/manutenção nos reparadores independentes é de 350 €,<br />

sendo que, quanto a quem repara a sua viatura nos reparadores independentes:<br />

3 em cada 10 dizem gastar até 200 €<br />

5 em cada 10 dizem gastar entre 200€ e 400€<br />

1,5 em cada 10 dizem gastar entre 400€ e 600€<br />

0,5 em cada 10 dizem gastar mais de 600€<br />

A qualidade esperada do serviço, a idoneidade e transparência da oficina e a confiança são os<br />

fatores mais valorizados pelos consumidores na hora de escolher onde manter/reparar a sua<br />

viatura. Nos reparadores independentes, é igualmente valorizado o preço do serviço prestado.<br />

24 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


CHEGOU<br />

O SIMPLEX DA OFICINA<br />

O 360º SCAN É UM PROGRAMA INOVADOR DESENVOLVIDO PELA IMPOESTE,<br />

PARA QUE A SUA OFICINA ALCANCE A MÁXIMA PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE!<br />

GESTÃO<br />

OFICINAL<br />

INTEGRADA<br />

FACILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO<br />

REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS<br />

OPTIMIZAÇÃO DE STOCKS<br />

REDUÇÃO DE CUSTOS<br />

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE<br />

AUMENTO DE RENTABILIDADE


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

A<br />

expoMECÂNICA acelera e segue para a realização<br />

da maior feira de sempre. A 8.ª edição<br />

do Salão, agora com periodicidade bienal,<br />

a realizar 14 a 16 de abril, na Exponor - Feira<br />

Internacional do Porto, expande a área expositiva<br />

para mais um pavilhão (8.000 metros quadrados)<br />

e dá resposta à crescente procura do mercado ibérico.<br />

Os excelentes resultados alcançados na edição<br />

de 2021, não obstante o contexto ainda pandémico,<br />

e o interesse <strong>das</strong> empresas espanholas no certame<br />

português reforçam os planos de uma internacionalização<br />

sustentada do expoMECÂNICA. «Estamos<br />

a dar resposta a um mercado mais amplo, sobretudo<br />

o espanhol, fruto da alteração da periocidade<br />

da feira e da ampliação do espaço para mais um<br />

pavilhão», refere José Manuel Costa, diretor-geral<br />

da Kikai Eventos, organizador do certame. Nesta<br />

8.ª edição, caberá mais uma vez à Kikai, conduzir<br />

os destinos do aftermaket nacional à grande feira<br />

da Península Ibérica. O Salão continua a escrever<br />

a sua história de sucesso, alavancada na confiança<br />

e no reconhecimento de todo o tecido empresarial.<br />

Muitos expositores (180 empresas) já se posicionam<br />

na linha da frente (80% da área reservada) e garantem<br />

um lugar num dos quatro pavilhões disponíveis<br />

EXPOMECÂNICA EXPANDE ÁREA EXPOSITIVA<br />

A MAIOR EDIÇÃO DE SEMPRE<br />

(24.000 m 2 ) na Exponor, em Matosinhos. A edição<br />

deste ano mantém a linha de crescimento, acrescentando<br />

oito mil metros quadrados à área expositiva.<br />

Quem não é visto, não é lembrado<br />

Torna-se “fulcral” nesta altura, mais do que em<br />

qualquer outro momento, as empresas marcarem<br />

presença no acontecimento mais importante do setor<br />

do aftermaket ao nível nacional. «Quem abraça<br />

connosco esta oitava edição usufruirá da possibilidade<br />

de reforçar a sua presença no mercado. Quem<br />

não participa tem que pensar que vai estar ausente<br />

da montra mais representativa do setor - onde tudo<br />

acontece - quatro anos, pois a próxima só acontecerá<br />

em 2025. Quem não é visto, não é lembrado»,<br />

reforça Sónia Rodrigues, a diretora-comercial da<br />

KiKai. A cada nova edição, a Organização acrescenta<br />

ao evento muito mais do que um número.<br />

«Vamos muito mais além de uma feira tradicional»,<br />

refere o diretor-geral, explicando que é importante<br />

que o Salão se «reinvente e explore novas abordagens».<br />

O objetivo é proporcionar a melhor experiência,<br />

através de iniciativas que cativem a presença<br />

dos profissionais nos dias do evento. «Estamos<br />

muito comprometidos em marcar a diferença. Queremos<br />

surpreender com ideias novas a cada edição.<br />

To<strong>das</strong> as iniciativas que estamos a preparar pretendem<br />

proporcionar dinâmica e mais valias a quem<br />

participa e nos visita», concretiza.<br />

Grande Final do “Melhor Mecatrónico<br />

2023” disputa-se na feira<br />

Até à abertura de portas, de 14 a 16 de abril, a expoMECÂNICA<br />

2023 receberá contributos para<br />

tornar ainda mais imparável a dinâmica da feira,<br />

sustentada, como já tem vindo a ser habitual, no<br />

seu leque de atividades paralelas. A formação assume,<br />

mais uma vez, na edição de abril, um carácter<br />

«contínuo e ininterrupto» ao longo dos três dias do<br />

certame, bem como os espaços de debate sobre os<br />

principais temas e preocupações do setor. Uma <strong>das</strong><br />

iniciativas patrocina<strong>das</strong> pela feira e já em agenda<br />

é a competição dedicada à mecatrónica. A grande<br />

final da competição “O Melhor Mecatrónico 2023”<br />

by <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria com a ATEC, vai<br />

disputar-se no expoMECÂNICA. Os visitantes terão<br />

oportunidade de ver ao vivo o desempenho dos<br />

concorrentes, e assim ficarem a conhecer melhor<br />

a profissão de mecatrónico automóvel. O objetivo<br />

passa por divulgar a profissão, valorizando-a.<br />

26 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


FÓRUM DPAI/ACAP 2023:<br />

UM EVENTO PARA O AFTERMARKET<br />

DPAI/ACAP | A DPAI/ACAP anunciou a realização de um evento para o aftermaket, a decorrer no<br />

dia 23 de novembro de 2023. Denominado “Fórum DPAI”, tem o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> como Media Partner,<br />

e pretende ser o ponto de encontro para análise do setor e debate de ideias de todos os profissionais do<br />

aftermarket. No seguimento dos Fóruns realizados anualmente pela DPAI/ACAP, foi decidido pelas várias<br />

Comissões avançar este ano com um Fórum diferente, mais abrangente e aberto a todos players do setor e<br />

outros interessados em temas dedicados ao afermarket. O Fórum DPAI ainda não tem o programa definido,<br />

assim como o local de realização, que poderá ser em Lisboa ou no Porto. Ao longo do ano, a DPAI irá revelar<br />

um conjunto de informações sobre o programa do evento, nomeadamente o local de realização, os temas<br />

em debate e os oradores convidados. As expetativas são grandes, e a organização espera a participação de<br />

várias centenas de pessoas. “Queremos fazer algo diferente e envolvente para todo o setor. Todos os níveis<br />

do aftermarket vão estar envolvidos de forma a ser aliciante para todos participar e que possa ser um ponto<br />

de referência a nível de informação e partilha para o futuro”, assegurou este responsável.<br />

DISTINGUIDA PELA EMPLOYERS INSTITUTE<br />

AKZONOBEL | A AkzoNobel foi classificada como Melhor Empregadora Europeia pelo<br />

Top Employers Institute pelo segundo ano consecutivo. Na última revisão de benchmark, a<br />

empresa foi reconhecida em oito países – Brasil, China, França, Alemanha, Holanda, Suécia,<br />

Reino Unido e Estados Unidos. A AkzoNobel qualifica-se assim como Melhor Empregador<br />

Europeu porque cinco dos países certificados estão localizados na Europa. Todos os anos, o<br />

Top Employers Institute certifica organizações que têm as pessoas em primeiro lugar devido<br />

às suas políticas de Recursos Humanos. A pesquisa abrange seis domínios de RH compostos<br />

por 20 tópicos, incluindo estratégia de pessoas, ambiente de trabalho, aquisição de talentos,<br />

aprendizagens, inclusão e bem-estar. A AkzoNobel realizou várias iniciativas volta<strong>das</strong> para as<br />

pessoas em 2022, projeta<strong>das</strong> especificamente para ajudar os seus funcionários a prosperar e<br />

a desenvolverem as suas capacidades. Concentra-se em várias áreas-chave para garantir que<br />

continua a criar um ambiente diverso e inclusivo que respeita as diferenças culturais e que<br />

oferece oportunidades de desenvolvimento pessoal.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 27


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

23 ANOS DE SUCESSOS<br />

RPL CLIMA | Já lá vão 23 anos que a RPL Clima, uma empresa<br />

dedicada à climatização Automóvel, abriu portas por terras<br />

algarvias. Ao longo do seu percurso, tornou-se uma empresa<br />

sólida, moderna, permanentemente atualizada e uma referência<br />

na sua área de atuação “Foram muitos os obstáculos superados,<br />

mas também objetivos atingidos e, entre altos e baixos, houve<br />

sempre espaço para conquistas. Todavia, quando se reconhece<br />

sucesso é imprescindível reconhecer, também, quem esteve ao<br />

nosso lado através de parcerias vencedoras. Um caminho trilhado<br />

pela capacidade de trabalho de todos aqueles que diariamente<br />

contribuem para um serviço de excelência e que nos permitem<br />

ocupar um lugar de referência no ramo automóvel. Vivemos tempos<br />

de mudança, porém comprometemo-nos a ir mais além e a<br />

superar novos desafios com a certeza que sempre nos caracterizou:<br />

continuar a trabalhar com a ambição de um futuro melhor”, referiu<br />

Rui Lopes, Diretor Geral da RLP Clima.<br />

TECALLIANCE LANÇA<br />

PROGRAMA DE PARCERIAS<br />

PARA MERCADO PÓS-VENDA<br />

A<br />

TecAlliance, lançou o Programa de Parcerias TecAlliance. A iniciativa apoia fornecedores de software<br />

e consultores que distribuam, integrem e recomendem produtos e soluções TecAlliance<br />

para ajudar empresas a crescer e vingar no mercado internacional do pós-venda automóvel.<br />

Ao longo de quase 30 anos, os produtos e soluções TecAlliance têm ajudado agentes do mercado<br />

do pós-venda automóvel - fabricantes de peça, concessionárias, oficinas, operadores de frotas -<br />

a expandir os seus negócios através do recurso ao poder da normalização dos dados. Por todo o<br />

mundo, fornecedores de software e consultores auxiliam os clientes TecAlliance a tirarem o máximo<br />

partido <strong>das</strong> soluções. Este novo Programa de Parcerias TecAlliance foi pensado para impulsionar o<br />

crescimento de atuais e novos parceiros, ajudando-os a na aquisição de novas competências, permitindo-lhes<br />

crescer mais rapidamente e a faturarem mais.<br />

OTIMIZA WEBSITE PARA CLIENTES B2C<br />

FIRST STOP | entrou em 2023 com uma novidade direcionado ao setor B2C, melhorou a versão do seu website, com páginas<br />

atualiza<strong>das</strong>, informações sobre a rede e oficinas e implementação de um novo catálogo de pneus. A nova plataforma permitirá a partir<br />

de agora, aos clientes, a possibilidade de consultar preços, comprar pneus, efetuar serviços de manutenção automóvel e agendar um<br />

horário no seu Ponto de Venda, através da nova agenda de marcações online. Um serviço fácil e rápido que irá otimizar a resposta da<br />

marca e a satisfação do cliente. Estas funcionalidades serão lança<strong>das</strong> de forma faseada, ao longo deste ano. Num primeiro momento, a<br />

apresentação do renovado website, seguindo-se a fase número dois com a ativação da Agenda Online, onde os clientes poderão marcar<br />

uma data e hora na sua oficina de eleição. Para a terceira e quarta fase, estão previstos, respetivamente, a implementação da possibilidade<br />

de comprar pneus e respetivos serviços online e por fim, serão adiciona<strong>das</strong> as opções de manutenção automóvel, ampliando<br />

constantemente a oferta de acordo com os serviços prestados e disponíveis por cada uma <strong>das</strong> oficinas da rede First Stop.<br />

ENI SUSTAINABLE MOBILITY<br />

A NOVA APOSTA SUSTENTÁVEL<br />

ENI | desenvolveu a Eni Sustainable Mobility, a sua nova<br />

empresa dedicada à mobilidade sustentável. A empresa está verticalmente<br />

integrada ao longo de toda a cadeia de valor, reunindo<br />

serviços e produtos que suportam a transição energética e aceleram<br />

o caminho para zero emissões ao longo de todo o seu ciclo<br />

de vida. A Eni Sustainable Mobility desenvolverá a biorefinação,<br />

o biometano e a venda de produtos e serviços de mobilidade em<br />

Itália e no estrangeiro, num caminho que permitirá evoluir para<br />

uma empresa multi-serviços e multi-energia. A empresa incorpora<br />

ativos existentes na biorefinação e no biometano, incluindo as<br />

biorefinarias de Veneza e Gela, e desenvolverá novos projetos,<br />

incluindo os de Livorno e Pengerang na Malásia, que estão<br />

atualmente em avaliação. A Eni Sustainable Mobility incorporará<br />

também uma rede de mais de 5.000 postos de abastecimento na<br />

Europa para comercializar e distribuir vários produtos energéticos,<br />

entre os quais hidrogénio e eletricidade, bem como combustíveis<br />

de origem orgânica, incluindo biometano e HVO (Óleo Vegetal<br />

Hidrogenado), a adicionar a outros produtos para mobilidade<br />

como o betume, lubrificantes e combustíveis.<br />

28 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NORAUTO<br />

COMPENSA<br />

COLABORADORES<br />

DEVIDO À INFLAÇÃO<br />

A<br />

Norauto<br />

decidiu atribuir um prémio extraordinário,<br />

de até 400 euros, aos seus colaboradores como<br />

forma de mitigar os impactos da inflação nos rendimentos<br />

no mês de dezembro, através de um cartão pré-<br />

-pago para ser utilizado numa rede retalhista e vem complementar<br />

os tradicionais jantares de natal <strong>das</strong> equipas e<br />

os cabazes de Natal. Paralelamente a este apoio imediato<br />

e para fazer face ao período de inflação atual, a empresa<br />

preparou o PAC Norauto, um Plano de Apoio ao Colaborador,<br />

que prevê apoios específicos e especializados em<br />

situações de dificuldade, sendo estes apoios sempre analisados<br />

de forma individualizada. Atualmente a empresa<br />

já disponibiliza seguro de vida, seguro de saúde, consultas<br />

de psicologia a todos os colaboradores e fruta gratuita nas<br />

áreas sociais. Além destas medi<strong>das</strong>, o pacote de benefícios<br />

extra-salariais para 2023 será reforçado com “day-off ” no<br />

dia de aniversário, ou seja mais dia de folga que contribuirá<br />

para uma maior conciliação com a vida familiar.<br />

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TUDO PELA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 29<br />

TOTALMENTE PERSONALIZÁVEL


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

PISCAPISCA.PT<br />

CONQUISTA LUGAR NO MERCADO<br />

COM PRÉMIO CINCO ESTRELAS<br />

Com apenas dois anos de vida, a plataforma PiscaPisca.pt voltou a ser<br />

reconhecida com o Prémio Cinco Estrelas, na categoria de plataforma<br />

de classificados. Num ano em que a marca se consolidou no mercado<br />

automóvel, destaca-se o caminho feito focado na experiência do consumidor<br />

e na melhoria da mesma. O PiscaPisca.pt conquistou um lugar no mercado,<br />

onde é mais que uma plataforma de compra e venda de automóveis usados, já<br />

que se diferencia por ser uma ferramenta inovadora e credível - a atribuição<br />

do Prémio Cinco Estrelas vem reforçar este posicionamento que tem ajudado<br />

a trazer mais credibilidade para esta linha de negócio através, por exemplo,<br />

de carros certificados e distribuidores certificados pelo Banco Credibom. Lançada<br />

em 2020, a plataforma PiscaPisca.pt aproxima-se do seu terceiro ano<br />

de vida com grandes planos. A consolidação dos bons resultados dos últimos<br />

dois anos permite encontrar novos caminhos e responder a novos desafios. O<br />

foco no cliente será sempre uma prioridade da marca e a estratégia de crescimento<br />

continuará assente na inovação e numa user experience cada vez mais<br />

otimizada.<br />

PRETENDE SER AINDA MAIS<br />

SUSTENTÁVEL EM 2023<br />

BASF | Para preservar o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, a BASF<br />

afirma estar comprometida durante o ano de 2023 em ser mais eficiente com os recursos<br />

necessários ao exercício da sua atividade, criando uma química para um futuro sustentável.<br />

A eficiência nos processos, assim como a redução <strong>das</strong> emissões de CO2 e a poupança<br />

energética são os principais objetivos para este ano 2023. Graças aos seus produtos<br />

e à mais alta tecnologia ecoeficiente, os seus clientes também são protagonistas da<br />

mudança. A R-M realizou durante o ano 2022, um dos lançamentos mais completos até<br />

ao momento, com uma renovação de portfólio de produtos que se destaca pela notável<br />

redução de energia graças à rapidez nos tempos de processo e excelente acabamento.<br />

Além disso, com a linha eSense e AGILIS, a R-M contribui para a redução de emissões de<br />

CO2 nas oficinas, produzindo assim a menor quantidade de resíduos possível e permitindo<br />

que as oficinas se certifiquem como Oficina Sustentável.<br />

ABRE PORTAS EM BRAGA PELA PRIMEIRA VEZ<br />

MIDAS | A MIDAS estreou-se em Braga, com a sua 2ª oficina em regime de franquia em Portugal, sob gestão<br />

do Grupo Maintarget, S.A. A nova oficina fica situada numa <strong>das</strong> mais importantes zonas comerciais da cidade,<br />

o Shopping Nova Arcada. A escolha desta localização segue a linha da estratégia de proximidade em que a<br />

marca aposta no nosso país e o seu objetivo de assegurar uma resposta rápida e atenta às necessidades dos<br />

seus clientes. Com uma equipa de técnicos especializados, uma estrutura ampla, moderna e equipada com as<br />

mais avança<strong>das</strong> ferramentas de manutenção automóvel, a Mi<strong>das</strong> Braga Nova Arcada assegura aos condutores<br />

bracarenses e às suas viaturas um serviço de qualidade superior. Para celebrar a abertura, a Mi<strong>das</strong> Braga, vai<br />

presentear os visitantes com uma oferta de diagnóstico em 80 pontos e 20% de desconto em revisões, peças e<br />

vários serviços. Para facilitar e agilizar todo o processo, cada cliente poderá fazer o agendamento online.<br />

30 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


BILAPEÇAS<br />

FAZ PARTE DA FAMÍLIA NEXUS SHOP<br />

A<br />

KRAUTLI PORTUGAL continua a investir<br />

e a dinamizar o conceito N!SHOP com os<br />

seus parceiros. Desta vez chegou a Vila Real<br />

com a adesão da BILAPEÇAS. Localizada na “Corte<br />

de Trás-os-Montes”, é uma empresa jovem dedicada<br />

ao retalho de peças auto, com a visão e dinamismo<br />

essenciais para proporcionar aos seus clientes soluções<br />

chave na evolução e profissionalização <strong>das</strong><br />

oficinas do futuro. A BILAPEÇAS tem assim, abandeirada<br />

pela NEXUS, ao seu dispor para desenvolvimento,<br />

dois conceitos oficinais: NEXUS AUTO<br />

(premium) e Profissional Plus (modular) com uma<br />

forte componente de formação e apoio técnico qualificado<br />

assim como um conjunto de soluções de<br />

fidelização construíveis à medida dos seus clientes.<br />

Com esta adesão, a Krautli Portugal continua a fortalecer<br />

a sua posição de fornecedor de soluções de<br />

elevado valor acrescentado.<br />

COMEMORA EXCELENTES<br />

RESULTADOS ANUAIS<br />

NO EGIPTO<br />

DIPART | esteve no Egipto com mais de 70 participantes.<br />

Neste congresso, a empresa quis comemorar os excelentes<br />

resultados dos últimos dois anos, bem como valorizar<br />

as inúmeras ações realiza<strong>das</strong> junto dos seus parceiros e<br />

fornecedores. Os 70 participantes, partiram de Madrid e<br />

Barcelona com destino a Aswan, a primeira paragem da<br />

viagem, onde deram inicio ao cruzeiro no Nilo. Iniciaram o<br />

primeiro dia, no templo de Philae, dedicado à deusa Ísis,<br />

e para terminar o dia, um passeio pelas falucas. Nos dias<br />

seguintes, puderam visitar templos tão famosos como Abu<br />

Simbel, em Edfu o Templo de Deus Horus (um dos mais belos<br />

e mais bem preservados) datado do ano 237 aC, em Luxor<br />

o dedicado ao Deus do sol Amon Ra e ao templo de Karnak,<br />

a necrópole de Tebas sem esquecer o Vale dos Reis, entre<br />

muitos outros. Uma vez no Cairo, entre to<strong>das</strong> as riquezas<br />

que a cidade oferece, visitaram a Necrópole de Gizé, onde<br />

estão localiza<strong>das</strong> as Pirâmides dos faraós da IV dinastia:<br />

Quéops, Kefren e Micerinos e as famosa Esfinge que guarda a<br />

necrópole e representa o Rei Kefren.<br />

FUTURMOTIVE – EXPO AND TALKS ESTÁ DE REGRESSO EM NOVEMBRO<br />

De 16 a 18 de novembro de 2023, em Bolonha, vai realizar-se a Futurmotive – Expo and Talks, o novo certame organizado pela Autopromotec. O evento<br />

vai coincidir com o E-Charge, um acontecimento dedicado à indústria do carregamento de veículos elétricos, infraestruturas e mobilidade elétrica. A nova<br />

sinergia entre o E-Charge e a Futurmotive vem reforçar a oferta de ambos os eventos: a proposta E-Charge, focada no mundo da produção e distribuição<br />

de sistemas de carregamento para veículos elétricos e dedicada a técnicos, instaladores, designers, fornecedores de serviços, administrações públicas,<br />

serviços públicos, investidores e utilizadores finais, integra-se com os setores e com os públicos a que a Futurmotive se dirige. O próximo salão Autopromotec<br />

será assim o local ideal para transmitir informação e apresentar soluções, tecnologias e produtos inovadores relacionados com a nova geração de<br />

materiais e energia e com a interligação homem-máquina para a manutenção informatizada automóvel, para a transição energética sustentável do ponto<br />

de vista económico, ecológico e social.<br />

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REVISÃO DE PEÇAS ELETRÓNICAS<br />

PREÇO ACESSÍVEL E SUSTENTÁVEL<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 31<br />

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Entrevista<br />

PAULO TORRES, DIRETOR-GERAL DA VIEIRA & FREITAS<br />

NUNCA DEMOS UM<br />

PASSO PARA TRÁS<br />

É COM SENTIMENTO DE ORGULHO QUE PAULO TORRES NOS CONTA<br />

A EVOLUÇÃO POSITIVA QUE TEM MARCADO O PERCURSO<br />

DA VIEIRA & FREITAS NA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTO HÁ MAIS<br />

DE 35 ANOS. RECENTEMENTE, A EMPRESA DE BRAGA MUDOU-SE<br />

PARA NOVAS INSTALAÇÕES, NO PARQUE INDUSTRIAL DE CELEIRÓS,<br />

COM 5.000 M 2 DE CAPACIDADE DE STOCK, PARA MAIS DE 50 MIL<br />

REFERÊNCIAS, MUITAS DELAS DE EQUIPAMENTO ORIGINAL<br />

Especialista em peças elétricas e eletrónicas –<br />

também conheci<strong>das</strong> como «Special Parts»<br />

ou Peças Difíceis – a Vieira & Freitas está em<br />

pleno processo de transição para um novo espaço<br />

que lhe vem trazer ainda mais eficiência e rapidez ao<br />

negócio. As novas instalações situam-se no Parque<br />

Industrial de Celeirós, em Braga, numa localização<br />

mais próxima <strong>das</strong> saí<strong>das</strong> da cidade, o que permite<br />

que os transportadores cheguem um pouco mais<br />

tarde, oferecendo mais tempo à empresa para<br />

preparar as encomen<strong>das</strong> do dia a dia.<br />

O espaço com 5 mil metros quadrados de área albergará<br />

mais de 50 mil referências em stock e passará<br />

a contar com um sistema informático de gestão<br />

de armazém completamente novo, que localiza<br />

os produtos por estantes, através de códigos de<br />

barras, para que as encomen<strong>das</strong> sejam executa<strong>das</strong><br />

no próprio dia em que entram. Trata-se de um investimento<br />

superior a dois milhões de euros, todo<br />

feito com capitais próprios. Para já, como nos con-<br />

ta o diretor-geral, Paulo Torres, o processo “ainda<br />

está a ser afinado” e apesar de, temporariamente,<br />

estarem a operar em dois armazéns, os clientes<br />

têm compreendido que esta fase de adaptação trará<br />

à empresa uma nova dinâmica.<br />

«Special PARTS»<br />

Com o número de referências a aumentar, quisemos<br />

saber se também está nos planos da Vieira &<br />

Freitas alargar as gamas de produtos que comercializa.<br />

Paulo Torres é perentório na resposta: “Já<br />

temos muitas peças relaciona<strong>das</strong> com a mecânica,<br />

que vieram atrás da eletrónica, da gestão de motor…<br />

temos ar condicionado, turbocompressores…<br />

mas não temos – nem iremos ter num curto espaço<br />

de tempo – calços de travão, nem discos de<br />

embraiagem ou outras peças de mecânica”. Esse<br />

mercado, considera, “tem belíssimos players, que<br />

são muito fortes, e nós gostamos de estar como<br />

complementares, somos fornecedores de peças<br />

ALÉM DA PRESTAÇÃO FINANCEIRA,<br />

PAULO TORRES DESTACA AS DISTINÇÕES<br />

DA VIEIRA & FREITAS COMO PME EXCELÊNCIA, UM<br />

PRÉMIO QUE, EM TREZE EDIÇÕES,<br />

FOI CONQUISTADO ONZE VEZES<br />

32 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PAULO TORRES<br />

ESPECIALISTA EM PEÇAS ELÉTRICAS E ELETRÓNICAS, tamBÉM<br />

CONHECIDAS COMO «SPECIAL PARTS», A VIEIRA & FREITAS ESTÁ<br />

EM PLENO PROCESSO DE TRANSIÇÃO PARA UM NOVO ESPAÇO<br />

especializa<strong>das</strong> e vamos manter-nos<br />

nessa nossa linha que é termos as<br />

peças difíceis. Custa muito dinheiro<br />

tê-las em stock, não têm muita rotação,<br />

mas temos que as ter!”, declara.<br />

A marca própria foi um projeto que<br />

lançaram, “há muito tempo” nas peças<br />

de motor de arranque, conta, mas<br />

neste momento não está ativa, pois a<br />

seu ver, “o mercado português é pequeno,<br />

não justifica fazer coisas em<br />

grande número e para ter marca própria<br />

é preciso ter volume”. Mantêm,<br />

por isso, a parceria há mais de 40<br />

anos com a Meat & Doria, assim como<br />

com a HC-CARGO, “duas marcas de<br />

referência”, que são os principais fornecedores<br />

da Vieira & Freitas. Porém,<br />

devido às falhas de peças recorrentes<br />

no mercado nos últimos anos, a empresa<br />

tem optado por trabalhar com<br />

“muitos fornecedores distintos e vários<br />

para a mesma peça”, de forma a<br />

garantir o stock. Uma <strong>das</strong> novidades<br />

no portefólio da Vieira & Freitas é a<br />

gama de cabos de carga para veículos<br />

elétricos, que o diretor-geral classifica<br />

como “um primeiro passinho para<br />

ver o que irá ser este mercado”, que,<br />

diz, está convencido de que não será o<br />

futuro da mobilidade e, neste ponto,<br />

ainda “não é um negócio importante”.<br />

Sempre a crescer<br />

Para muitos, o auge da pandemia foi<br />

difícil de gerir e provocou mesmo<br />

alguns «trambolhões» nos resultados<br />

anuais. No entanto, na Vieira &<br />

Freitas, Paulo Torres congratula-se de<br />

ter passado praticamente incólume à<br />

crise, afirmando que “nunca demos<br />

um passo para trás. Tem sido sempre<br />

a andar para a frente, temos crescido<br />

todos os anos. Não caímos em 2020,<br />

nem em 2021. Subimos 4% em 2020,<br />

voltámos a subir 18% em 2021 e agora<br />

mais 10%, pois procurámos não<br />

dar passos maior que a perna”, revela,<br />

apontando um volume de faturação<br />

em 2022 próximo dos 14 milhões de<br />

euros.<br />

A equipa também aumentou, tendo<br />

atualmente mais de 40 colaboradores.<br />

Além da prestação financeira,<br />

Paulo Torres também destaca as distinções<br />

da Vieira & Freitas como PME<br />

Excelência, um prémio que, em treze<br />

edições, foi conquistado onze vezes:<br />

“à primeira não concorremos, porque<br />

nem sequer sabíamos da sua existência,<br />

só falhámos um ano porque ultrapassámos<br />

o limite, tínhamos uma<br />

situação patrimonial elevada. Creio<br />

que em todos os setores não deve haver<br />

muitas empresas com esses onze<br />

prémios”, diz, notoriamente satisfeito.<br />

Devoluções e logística<br />

A renovação que ocorre nas instalações<br />

físicas, acontece simultaneamente<br />

na «casa digital» da Vieira &<br />

Freitas, que neste momento dispõe<br />

de duas plataformas B2B, uma antiga<br />

e outra nova. “A antiga é muito<br />

fácil de trabalhar para quem saiba<br />

as referências que quer, não tem<br />

catálogos associados, basta meter a<br />

referência para fazer a encomenda.<br />

A nova já tem TecDoc”, afirma Paulo<br />

Torres, que é da opinião que “estas<br />

plataformas com TecDoc têm sido<br />

muito facilitadoras do nosso ramo,<br />

mas também algo complicadoras,<br />

porque metade <strong>das</strong> devoluções que<br />

temos são origina<strong>das</strong> por erros de<br />

equivalências, por cruzamentos no<br />

catálogo e nas plataformas mal feitos<br />

pelos clientes”, aponta.<br />

O responsável nota que há cada vez<br />

menos técnicos de call center e isso<br />

dificulta a correta identificação <strong>das</strong><br />

peças, levando a um “aumento colossal<br />

nas devoluções de artigos e àquilo<br />

que alguns colegas chamam de «logística<br />

inversa»”.<br />

Na Vieira & Freitas, diz, “temos bons<br />

técnicos, com muitos anos de prática”.<br />

Mas nem isso impede que aconteçam<br />

erros, devido aos intermináveis cruzamentos<br />

de referências na plataforma:<br />

“Se colocar uma referência original, a<br />

plataforma dá-lhe dez referências, de<br />

dez marcas diferentes. Se clicar numa<br />

delas, o sistema torna a converter<br />

noutras referências e determinada<br />

altura aparece uma peça que não é<br />

indicada. Onde também há erros colossais<br />

é na identificação por matrícula…<br />

isso eventualmente funciona em<br />

travões, em discos de embraiagem,<br />

34 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


mas nas peças elétricas e eletrónicas<br />

é muito complicado”, refere.<br />

A logística da empresa é feita essencialmente<br />

com transportadores afetos<br />

ao ramo, que recolhem encomen<strong>das</strong><br />

ao fim do dia e ao fim da manhã,<br />

sendo cada encomenda enviada pelo<br />

transportador que o cliente escolhe.<br />

O custo da logística é tido em conta<br />

pela Vieira & Freitas, pois “é um peso<br />

grande e com a subida do preço dos<br />

combustíveis, obviamente que se tem<br />

de refletir no preço da peça”, afirma<br />

Paulo Torres.<br />

ção de vender diretamente a algumas<br />

oficinas o material elétrico, que por<br />

norma não estava em stock no retalhista,<br />

“são clientes históricos e que<br />

continuam a existir, pois não temos<br />

em todo o país grandes retalhistas<br />

que sejam grandes clientes da Vieira<br />

& Freitas. Temos muitos sítios onde<br />

o retalhista só compra meia dúzia<br />

de coisas e não faria sentido a nossa<br />

empresa não vender às grandes oficinas<br />

da zona, senão deixaria de estar<br />

representado naquela zona”, argumenta<br />

defendendo que “a Vieira &<br />

lha de peças que havia há um ano,<br />

as marcas continuam a ter uma lista<br />

de pendentes grande. Para trás ficaram<br />

as iniciativas de formações para<br />

clientes, muito por falta de adesão<br />

dos parceiros.<br />

Numa altura em que se assiste ao fenómeno<br />

da concentração do negócio<br />

no setor, o diretor-geral da Vieira &<br />

Freitas considera que “embora possa<br />

haver fusão de energias e de sistemas,<br />

penso que as empresas se vão<br />

manter com a mesma identidade,<br />

com as mesmas equipas. Acho que é<br />

do têm de atingir objetivos de finais<br />

de ano. Vendem peças quase ao preço<br />

de custo, mas isso sempre existiu. A<br />

verdade é que os comerciantes estão<br />

cá para ganhar dinheiro. Ou ganham<br />

e estão no mercado, ou não ganham<br />

e morrem, ou… não ganham e têm<br />

outras fontes de rendimento”, atira.<br />

Aproxima-se a expoMECÂNICA<br />

e, uma vez mais, a empresa não irá<br />

faltar, pois trata-se de “um evento<br />

socialmente importante”. Ainda que<br />

não vão lá com intenção de procurar<br />

novos clientes é o momento ideal para<br />

AS NOVAS INSTALAÇÕES COM 5 MIL METROS QUADRADOS DE ÁREA<br />

ALBERGAM MAIS DE 50 MIL REFERÊNCIAS EM STOCK E CONTAM COM UM<br />

SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO DE ARMAZÉM COMPLETAMENTE NOVO<br />

Para o nosso entrevistado, a questão<br />

<strong>das</strong> entregas foi desencadeada pela<br />

concorrência nos grandes centros<br />

urbanos: “As oficinas começaram a<br />

selecionar os seus fornecedores de<br />

retalho pela velocidade de entrega<br />

da peça e há já quem tenha rotas ou<br />

faça entregas quatro vezes ao dia.<br />

Nós entregamos duas vezes ao dia,<br />

para as zonas que temos, porque de<br />

Leiria para baixo já só entregamos<br />

uma vez por dia”. Com mais de 3.800<br />

fichas de clientes abertas, a Vieira &<br />

Freitas não vende apenas para o retalho,<br />

uma vez que mantém a tradi-<br />

Freitas não é um grande grossista, é<br />

um grande retalhista. 90% <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />

que nós executamos são de<br />

uma peça”.<br />

Mercado atual<br />

Sobre a subida do preço <strong>das</strong> peças,<br />

Paulo Torres comenta que não deteta<br />

“que tenha sido grave. Se calhar<br />

as tabelas subiram mais um bocado<br />

do que nos anos anteriores, mas nós<br />

trabalhamos com o preço de custo<br />

da peça e acrescentamos a nossa<br />

margem”. O que o responsável nota<br />

é que, apesar de já não haver a fa-<br />

um investimento financeiro que não<br />

vai alterar em nada o mercado. Obviamente,<br />

vai criar um player mais<br />

forte, mas não penso que a ideia seja<br />

alterar ou afrontar o mercado. Se calhar<br />

vão passar a ser apetecíveis para<br />

grandes grupos internacionais. Já dá<br />

um bolo que pode interessar a mercados<br />

maiores”, defende.<br />

Para Paulo Torres, a entrada dos distribuidores<br />

espanhóis no mercado<br />

português não é uma novidade e, a<br />

seu ver, “pode criar situações de desequilíbrio<br />

em preços de produtos de<br />

grande rotação, especialmente quan-<br />

“conversar in loco com os parceiros,<br />

é um convívio! Só há dois grandes<br />

eventos para o aftermarket: a expo-<br />

MECÂNICA e a Gala TOP 100 do<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, que acho que é de<br />

manter e apostar, pois são <strong>das</strong> poucas<br />

oportunidades em que «saímos da<br />

toca».<br />

Estamos todo o dia a trabalhar e a<br />

dada altura nem conhecemos parceiros,<br />

nem estamos com os nossos concorrentes<br />

para trocarmos umas impressões<br />

sobre o mercado. Este ramo<br />

é muito absorvente”, finaliza. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 35


Entrevista<br />

ANTÓNIO MATEUS, RESPONSÁVEL TMD FRICTION PORTUGAL<br />

TEMOS ALGUNS HOLOFOTES<br />

APONTADOS AO NOSSO PAÍS<br />

COM UM CRESCIMENTO DE 17,5% VERIFICADO EM 2022, FACE A 2021, A TMD FRICTION PORTUGAL PROCURA<br />

MANTER A SUA PENETRAÇÃO NO NOSSO MERCADO, JOGANDO NA ESTABILIDADE. ANTÓNIO MATEUS, O<br />

RESPONSÁVEL DE VENDAS DA EMPRESA EM PORTUGAL, EXPLICA AS RAZÕES DESTE CRESCIMENTO E<br />

PORQUE ESTÃO ALGUNS HOLOFOTES APONTADOS AO NOSSO PAÍS<br />

A<br />

TMD Friction (fabricante <strong>das</strong> marcas Textar,<br />

Pagid, Don e Mintext) está a posicionar-se<br />

como um especialista em fricção na<br />

área do atrito, ou seja, pastilhas e discos de travão.<br />

Ao contrário de muitos concorrentes que cobrem<br />

uma vasta gama de componentes de sistemas de<br />

travagem, mas que apenas trabalham com soluções<br />

padrão no setor dos produtos de fricção, a TMD<br />

Friction tem vindo a desenvolver as suas próprias<br />

formulações de fricção para aplicações específicas<br />

há mais de 100 anos. Isto permite-lhe fornecer<br />

pastilhas de travão feitas à medida de acordo com<br />

as especificações do equipamento original e desenvolver<br />

soluções de fricção para o futuro da mobilidade.<br />

Nas suas instalações de I&D criou cerca de<br />

50.000 formulações de fricção só nas últimas três<br />

déca<strong>das</strong>. O know-how e experiência adquiridos<br />

com o equipamento original também contribuem<br />

para a sua oferta de marca para o pós-venda, co-<br />

brindo to<strong>das</strong> as exigências dos diferentes mercados<br />

e segmentos de veículos.<br />

Para os distribuidores, trabalhar com a TMD Friction<br />

como especialista em fricção significa encontrar<br />

as soluções certas para to<strong>das</strong> as necessidades<br />

dos seus clientes de hoje e de amanhã. E para que<br />

os distribuidores tenham uma escolha alargada,<br />

oferece uma carteira de marcas em diferentes categorias<br />

de preços e serviços. Por um lado, com a<br />

marca premium Textar, disponibiliza pastilhas de<br />

travão aftermarket que são perfeitamente adapta<strong>das</strong><br />

aos sistemas de travagem que equipam os diversos<br />

veículos em circulação. Por exemplo, uma<br />

pastilha de travão para um BMW Série 3 deve ter<br />

uma composição diferente da do VW Golf. Por outro<br />

lado, também oferece soluções mais económicas,<br />

como a marca Don, que está disponível tanto<br />

para os segmentos de automóveis de passageiros<br />

como de camiões. Ao fazê-lo, está a ter em conta<br />

o atual crescimento do parque de veículos mais<br />

antigos. “No segmento premium e para veículos<br />

mais novos, oferecemos uma excelente gama de<br />

produtos com a marca Textar. Mas com esta marca,<br />

não faremos uma venda para um veículo antigo,<br />

porque o preço da peça sobressalente não seria<br />

proporcional ao valor do veículo. Respondemos a<br />

isso e lançámos a Don há quatro anos. O produto<br />

é uma alternativa sólida com bom desempenho,<br />

mas custa significativamente menos. Há anos que<br />

operamos com sucesso com a marca no setor dos<br />

camiões e agora também queremos aumentar significativamente<br />

a nossa quota de mercado no segmento<br />

de veículos ligeiros”, afirma António Mateus,<br />

responsável da TMD Friction Portugal.<br />

Além disso, também fornece a marca Mintex, oferecendo<br />

aos clientes um produto que colmata a lacuna<br />

entre o segmento de orçamento e o segmento<br />

premium. A marca Bendix dirige-se a oficinas<br />

MANTER O NÍVEL DE PENETRAÇÃO ATUAL E ESTABILIZAR O MERCADO,<br />

PARA EVENTUALMENTE ACRESCENTAR MAIS UMA OU OUTRA MARCA AO<br />

PORTFÓLIO, SÃO OS OBJETIVOS DE ANTÓNIO MATEUS PARA 2023<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 37


ANTÓNIO MATEUS<br />

A TMD FRICTION PORTUGAL DISPONIBILIZA UM SERVIÇO ABRANGENTE<br />

QUE INCLUI FORMAÇÃO TÉCNICA, SERVIÇO TÉCNICO ao CLIENTE,<br />

materiais DE MARKETING E PROMOÇÃO<br />

conscientes da qualidade que se concentram<br />

em veículos de média e alta<br />

classe. Tudo isto está disponível para<br />

os distribuidores a partir de uma<br />

única fonte, com to<strong>das</strong> as marcas<br />

TMD Friction a beneficiar <strong>das</strong> parcerias<br />

com fabricantes de veículos,<br />

para os quais desenvolve as soluções<br />

de fricção adequa<strong>das</strong> de acordo com<br />

requisitos específicos dos novos modelos<br />

de veículos.<br />

Bendix regressa em força<br />

Em 2021 a TMD Friction iniciou a<br />

comercialização da marca Bendix em<br />

Portugal, com António Mateus aos<br />

comandos da operação. Dois anos<br />

decorridos, o resultado não podia ser<br />

melhor, conforme começa por referir<br />

este responsável. “O balanço da presença<br />

da Bendix no nosso mercado é<br />

muito positivo, ainda que, de entre<br />

os quatro distribuidores selecionados,<br />

haja visivelmente velocidades<br />

diferentes. No entanto, a análise e<br />

solução desta questão será vista mais<br />

tarde. Para já, o que nos interessa é<br />

que o segundo nível da distribuição<br />

(distribuidores locais e regionais)<br />

está a apostar muito e bem na marca.”<br />

Com uma distribuição sólida e verticalizada,<br />

a Bendix vai continuar a<br />

fazer o seu percurso no mercado português,<br />

disponibilizando uma gama<br />

com um total de 2.500 referências,<br />

que inclui pastilhas, discos, maxilas,<br />

tambores, indicadores de desgaste e<br />

kits. O objetivo é voltar a posicionar-<br />

-se como uma marca líder em fricção<br />

na área do atrito, como aconteceu<br />

nos anos 2006 / 2007.<br />

Relativamente às restantes marcas<br />

comercializa<strong>das</strong> pela TMD Friction<br />

em Portugal, António Mateus revela<br />

que “o desempenho da Textar tem<br />

sido muito bom. A Pagid - que tem<br />

uma parceria para a distribuição com<br />

a Hella - bastante razoável e a Mintex<br />

estável. Quanto à Don, funciona<br />

razoavelmente em pesados, mas em<br />

ligeiros há que fazer um relançamento,<br />

uma vez que o lançamento feito<br />

em 2018/19 foi interrompido pela<br />

pandemia. Cada marca e setor de<br />

atividade (ligeiros ou pesados) têm<br />

os seus distribuidores perfeitamente<br />

identificados, não havendo, por isso,<br />

uma grande canibalização da distribuição.”<br />

Apoio à distribuição<br />

A TMD Friction Portugal sempre<br />

investiu em ações de marketing para<br />

os distribuidores e voltará a fazê-lo,<br />

seja em lazer puro, seja em visitas a<br />

fábricas, seja num simples convívio.<br />

Mas sempre com o objetivo de alicerçar<br />

as relações humanas com os seus<br />

clientes. Merchandising, essencialmente<br />

no ponto de venda, e campanhas<br />

realiza<strong>das</strong> em conjunto com os<br />

distribuidores, serão incrementa<strong>das</strong><br />

durante o ano, assim como as ações<br />

de formação. “Desde que um distribuidor<br />

identifica uma necessidade de<br />

formação, terá ao seu dispor a possibilidade<br />

de fazer as ações que julgue<br />

necessárias. E poderemos ainda fazer<br />

o “follow-on” junto <strong>das</strong> oficinas. Estamos<br />

bem preparados nesta área”,<br />

sublinha António Mateus.<br />

As encomen<strong>das</strong> <strong>das</strong> várias marcas<br />

vêm to<strong>das</strong> do armazém central da<br />

Alemanha, localizado entre Leverkusen<br />

e Essen, e o tempo médio da entrega<br />

dos pedidos é de uma semana<br />

e meia a duas semanas, no máximo.<br />

Já todo mercado está habituado e<br />

o abastecimento decorre com toda<br />

a regularidade. Para incrementar a<br />

notoriedade <strong>das</strong> marcas no mercado,<br />

António Mateus irá comunicar<br />

de um modo tripartido. “Enquanto<br />

a Textar está em velocidade de cruzeiro,<br />

a Bendix está numa fase de arranque<br />

forte. Ambas vão necessitar<br />

de um apoio ao nível do distribuidor<br />

e de suporte comunicacional nos<br />

meios tradicionais. As marcas Mintex<br />

e Don deverão ter suporte técnico<br />

e visibilidade do ponto de venda,<br />

estando previsto algumas ações promocionais<br />

utilizando internet e redes<br />

sociais”, deu conta o responsável.<br />

Manter o nível de penetração atual<br />

e estabilizar o mercado, para eventualmente<br />

acrescentar mais uma ou<br />

outra marca ao portfólio, são os objetivos<br />

de António Mateus para 2023.<br />

Quanto a investimentos, Bendix e<br />

Textar terão um apoio de marketing<br />

em consonância com aquilo que a<br />

TMD Friction pretende para o futuro.<br />

Relativamente à marca Bendix,<br />

cuja distribuição está essencialmente<br />

focada na verticalização, tem por objetivo<br />

chegar a 25 – 30 % da Textar.<br />

“É forte e agressivo, mas parece-nos<br />

alcançável, uma vez que o nome da<br />

marca e a estratégia escolhida o irão<br />

permitir, caso não haja nenhuma<br />

perturbação na distribuição”, afirma<br />

António Mateus.<br />

Questionado sobre os desafios que<br />

se colocam à TMD Friction Portugal<br />

nos próximos anos, afirma:<br />

“Parece-me que já ficou claro que a<br />

questão principal se prende com a<br />

distribuição. Não só devido ao nível<br />

de concentração que estamos a assistir,<br />

como (pela primeira vez ao longo<br />

de alguns anos) pelo vislumbrar de<br />

alguma agonia por parte da distribuição<br />

menos preparada. Não é sem<br />

reparo que eu noto, como nunca, que<br />

existe uma tentativa de parte da distribuição<br />

fazer investimentos muito<br />

à custa do fornecedor. Aquilo a que<br />

chamamos de “gente a mais no setor”<br />

é uma realidade e, brevemente,<br />

teremos menos “players”, mas seguramente<br />

mais fortes e preparados”,<br />

conclui. l<br />

38 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ASSOCIAÇÃO<br />

NACIONAL<br />

DO RAMO<br />

AUTOMÓVEL<br />

ASSOCIAÇÃO<br />

NACIONAL<br />

DO RAMO<br />

AUTOMÓVEL<br />

.com<br />

Ibérica<br />

Radio<br />

Vigo


Entrevista<br />

RICHARD IZQUIERDO<br />

DIRETOR DE MARKETING DA LIZARTE<br />

O QUE NOS<br />

DIFERENCIA<br />

É O NOSSO<br />

MODELO<br />

DE NEGÓCIO


FUNDADA EM 1973, A LIZARTE COMEMORA ESTE ANO O 50º ANIVERSÁRIO E É UMA REFERÊNCIA<br />

NA REMANUFATURA DE PEÇAS DE REPOSIÇÃO PARA O AFTERMARKET AUTOMÓVEL.<br />

PARA SABERMOS MAIS SOBRE A HISTÓRIA DESTA EMPRESA DE NAVARRA, ESTIVEMOS À CONVERSA<br />

COM O DIRETOR DE MARKETING RICHARD IZQUIERDO, QUE NOS EXPLICOU A FORMA COMO OPERA<br />

EM TODOS OS MERCADOS ONDE MARCA PRESENÇA<br />

Lizarte é uma empresa com história. Comemora<br />

este ano meio século de vida e os responsáveis<br />

estão orgulhosos do percurso traçado ao longos<br />

destas cinco déca<strong>das</strong>. Trata-se um fabricante<br />

de peças remanufatura<strong>das</strong> para o setor do pós-<br />

-venda automóvel e oferece um catálogo muito<br />

amplo, que inclui direções, bombas de direção,<br />

compressores de ar condicionado e sistemas de<br />

injeção diesel (injetores e bombas de injeção).<br />

A Lizarte tem sede em Navarra, no noroeste de<br />

Espanha, e uma força de trabalho de 90 pessoas.<br />

Conta ainda com uma delegação comercial<br />

em Barcelona e vários acordos com armazéns<br />

reguladores nos mercados estratégicos, Ibéria<br />

(Espanha e Portugal), França e Alemanha. Tem<br />

como missão contribuir para a mobilidade sus-<br />

NESTES 50 ANOS, A LIZARTE PASSOU DA RECONSTRUÇÃO DE LOTES DE<br />

DIREÇÕES MECÂNICAS ADQUIRIDAS EM LEILÕES PARA TONAR-SE NUMA<br />

REFERÊNCIA EUROPEIA NA REMANUFATURA DE SISTEMAS DE DIREÇÃO<br />

tentável com produtos remanufaturados de alta<br />

qualidade e um serviço que se pretende destacar,<br />

levado a cabo por uma equipa comprometida, inovadora<br />

e com vocação de excelência.<br />

O aumento dos preços <strong>das</strong> matérias-primas e<br />

dos transportes está na ordem do dia, pelo que<br />

se impunha questionar o nosso entrevistado pelo<br />

impacto que este fenómeno está a ter na atividade<br />

da Lizarte. Richard Izquierdo confirma que<br />

teve influência, pois “é óbvio que todos os custos<br />

e despesas subiram nos últimos tempos e acabaram<br />

por afetar sobremaneira o preço final dos<br />

produtos que remanufaturamos. 2022 foi um ano<br />

muito complicado e na tentativa de mantermos as<br />

nossas margens operacionais e sobretudo o nosso<br />

nível de serviço, tivemos de repercutir uma parte<br />

desses aumentos no mercado. Apesar de tudo, entendemos<br />

que a qualidade dos nossos produtos e<br />

serviço permitiram manter a confiança dos nossos<br />

clientes, o que acaba por ser um motivo de orgulho<br />

para nós”, analisa.<br />

Sobre a empresa, Izquierdo refere que “o que nos<br />

diferencia fundamentalmente é o nosso modelo de<br />

negócio, pois somos uma empresa que se dedica<br />

à remanufatura, ou seja, mediante um meticuloso<br />

processo de engenharia inversa, devolvemos ao<br />

mercado um produto que já tinha chegado ao fim<br />

da sua vida útil, preparando-o para uma segunda<br />

vida e com o nível de qualidade do produto original<br />

ou até superior”. Os controlos de qualidade<br />

da empresa são avaliados por vários sistemas de<br />

gestão, como a ISO 9001 (focado sobretudo na satisfação<br />

do cliente) ou a ITAF 16949 (certificado<br />

específico do setor automotive que aborda a melhoria<br />

contínua, a prevenção de defeitos, a redução<br />

de desvios e de resíduos da cadeia de fornecimento).<br />

“Para cumprir estes estritos objetivos de<br />

qualidade, dispomos de distintos bancos de diagnóstico<br />

que nos permitem verificar que os nossos<br />

produtos cumprem com as especificações técnicas<br />

do produto original”, diz o diretor de marketing,<br />

explicando que atualmente, o núcleo do negócio da<br />

Lizarte “são os sistemas de direção (cremalheiras<br />

de direção e bombas de assistência). Dispomos de<br />

um dos mais extensos catálogos da Europa nesta<br />

categoria de produtos, com uma taxa de serviço<br />

que ronda os 94%. O nosso catálogo é completado<br />

posteriormente com sistemas de injeção diesel reconstruídos<br />

(injetores, injetores/bomba, bombas<br />

VP e common-rail) e ainda compressores de ar<br />

condicionado”, conta.<br />

Em constante inovação e a testar novas soluções,<br />

a Lizarte lançou recentemente no mercado um<br />

produto que tem como premissa ajudar os mecânicos<br />

a instalar as peças da marca, “estamos na<br />

fase inicial (para já só em Espanha) de um serviço<br />

técnico remoto para a instalação segura dos nossos<br />

produtos mecatrónicos (desenvolvidos sob a marca<br />

Lizarte ON!). Com este serviço remoto, a oficina é<br />

assessorada desde o início da reparação, evitando,<br />

de uma forma proativa, qualquer dúvida que surja<br />

na instalação <strong>das</strong> nossas peças”, explica Izquierdo.<br />

A marca Lizarte ON! já é uma «benchmark» da<br />

empresa, uma vez que assume grande importância<br />

no volume de ven<strong>das</strong> global. “Atualmente<br />

dispomos de 300 referências no catálogo da marca<br />

Lizarte ON! (EPS e EHPS), que cobrem mais de<br />

4.600 modelos de veículos dos principais mercawww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Fevereiro I 2023 41


RICHARD IZQUIERDO<br />

A LIZARTE ORGULHA-SE DE trabalHAR COM OS MELHORES<br />

DISTRIBUIDORES DE PEÇAS NOS PRINCIPAIS MERCADOS EUROPEUS,<br />

SENDO UMA MARCA RECONHECIDA PELO SEU COMPROMISSO COM<br />

A SUSTENTABILIDADE<br />

dos europeus e a taxa de crescimento<br />

ronda os 20% a cada ano. Este crescimento<br />

exponencial permite que a<br />

nossa gama de produtos mecatrónicos<br />

(Lizarte ON!) represente 25% do<br />

total de ven<strong>das</strong> da empresa e continuamos<br />

a crescer”, garante o nosso<br />

interlocutor.<br />

Preocupações ambientais<br />

e veículos modernos<br />

As preocupações ambientais não escapam<br />

à Lizarte e o departamento de<br />

Qualidade da empresa lidera e dá várias<br />

sugestões para a redução de resíduos<br />

ou utilização de materiais sustentáveis.<br />

“Destaco neste particular<br />

a reutilização daqueles componentes<br />

que são descartados durante o nosso<br />

processo de remanufatura (elementos<br />

em plástico, tampas). Temos<br />

acordos com vários fornecedores,<br />

empresas gestoras de resíduos, que<br />

nos ajudam a livrar-nos destes materiais,<br />

e dispomos mesmo, nas nossas<br />

instalações, de uma compactadora<br />

de cartão que permite a cada ano dar<br />

uma segunda vida às tonela<strong>das</strong> de<br />

cartão que utilizamos diariamente”,<br />

revela, considerando que “podemos<br />

concluir que o nosso compromisso<br />

com o conceito de economia circular<br />

a partir da reutilização de materiais<br />

vai mais além da remanufatura dos<br />

nossos produtos”.<br />

Tendo produtos de elevada qualidade<br />

com referências para milhares de<br />

veículos, questionamos que desafios<br />

enfrentam os produtos reconstruídos<br />

quando são utilizados em veículos<br />

mais modernos, com Richard<br />

Izquierdo a ser perentório: “o maior<br />

desafio técnico que enfrentamos<br />

como empresa reconstrutora é assegurar<br />

a correta comunicação dos<br />

elementos do veículo com o sistema<br />

de direção. As nossas cremalheiras<br />

de direção e as bombas de assistência<br />

elétrica são um elemento crítico<br />

na segurança do veículo, por isso o<br />

conhecimento que devemos ter desse<br />

tipo de produtos tem de ser de nível<br />

máximo, mais ainda, tendo em conta<br />

que não somos os fabricantes do<br />

produto original. Assim, o nosso desafio<br />

é gigante e requer conhecimento<br />

permanente da tecnologia, mas os<br />

números e o sucesso nos mercados<br />

onde trabalhamos são a nossa melhor<br />

montra”.<br />

42 Setembro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Já no que diz respeito à internet e<br />

às redes sociais, aproveitamos para<br />

falar sobre a estratégia de comunicação<br />

da empresa com os seus clientes.<br />

Richard Izquierdo descreve a Lizarte<br />

como “uma empresa que sempre<br />

apostou e continua a apostar na<br />

comunicação, tanto a nível interno<br />

como externo. A nossa estratégia<br />

de comunicação é omnicanal e inclui<br />

tanto suportes físicos (revistas,<br />

feiras, catálogos...), como digitais<br />

(páginas web, redes sociais próprias<br />

e setoriais). O setor do pós-venda<br />

automóvel é muito recetivo e comunicativo,<br />

pelo que a comunicação é<br />

um elemento chave para poder diferenciá-lo.<br />

E nós, na Lizarte, sabemos<br />

isso muito bem, por isso apostamos<br />

numa estratégia de comunicação<br />

permanente com os nossos mercados”,<br />

refere.<br />

A importância<br />

de estar presente<br />

Como empresa referência no mercado<br />

onde exerce, é fundamental estar<br />

presente em feiras internacionais e,<br />

em específico, na Automechanika de<br />

Frankfurt, onde nos encontrámos na<br />

última edição: “Já havia falado convosco<br />

sobre isto lá e reafirmo, a última<br />

edição da Automechanika deu<br />

prioridade à qualidade dos contactos<br />

em detrimento da quantidade dos<br />

mesmos. Termos preparado previamente<br />

a feira, fazendo reuniões com<br />

tempo, levou-nos a concluir que a<br />

presença foi proveitosa para a Lizarte.<br />

Por isso considero fundamental<br />

estar lá, tanto nas feiras internacionais<br />

como nas locais, mas escolhendo<br />

muito bem onde se vai marcar<br />

presença, definindo o objetivo de<br />

cada feira e o retorno do investimento<br />

(medindo, sempre que possível,<br />

o ratio de conversão em ven<strong>das</strong> face<br />

às novas oportunidades de negócio<br />

que surgem sempre nestes eventos).<br />

Importantes também são os eventos<br />

de associativismo, tendência sempre<br />

presente na estratégia da Lizarte.<br />

Fazemos parte de várias associações<br />

locais, nacionais e internacionais,<br />

dentro e fora do setor do após-venda.<br />

Recentemente assistimos à jornada<br />

sobre liderança organizada pela en-<br />

REDaRSE, uma associação composta<br />

por várias empresas locais (de Navarra),<br />

entre elas a Lizarte, que têm<br />

como ponto em comum o facto de<br />

serem empresas comprometi<strong>das</strong> do<br />

ponto de vista ambiental, social ou<br />

de gestão transparente. Queremos<br />

aprender boas práticas de outras empresas<br />

e ensinar as nossas”, remata.<br />

Chegar à mó de cima não é fácil, mas<br />

mais difícil ainda é continuar a crescer<br />

e Izquierdo não tem dúvi<strong>das</strong> de que é<br />

preciso “capacidade para desenvolver<br />

novas referências de elevada procura,<br />

crescimento no desenvolvimento e<br />

venda de produtos mecatrónicos,<br />

atendimento diferenciado em termos<br />

de disponibilidade de produto e taxa<br />

de serviço de entrega”. Para encarar<br />

o futuro de uma forma risonha,<br />

conta-nos, “o principal desafio é<br />

a adaptação do nosso portefólio<br />

de produto às novas tipologias de<br />

veículos que vão chegando ao parque<br />

automóvel circulante, veículos<br />

elétricos, fuel cell a hidrogénio, novos<br />

protocolos de comunicação e<br />

a ampliação permanente do nosso<br />

conhecimento sobre estes produtos<br />

para poder assessorar de forma integral,<br />

tanto os nossos clientes como os<br />

distribuidores ou as oficinas, facilitando-lhes<br />

a venda e a instalação dos<br />

nossos produtos”, afirma.<br />

Para 2023, e apesar do período de<br />

incerteza que se vive a nível global,<br />

a Lizarte vai continuar a apostar<br />

numa estratégia de crescimento com<br />

os clientes (atuais e novos) e no desenvolvimento<br />

contínuo de novas referências<br />

que sejam procura<strong>das</strong> pelos<br />

mercados onde tem maior presença.<br />

“Queremos consolidar o nosso serviço<br />

remoto para ajudar as oficinas de<br />

uma forma proativa com a instalação<br />

dos nossos produtos mecatrónicos,<br />

produtos esses que serão um dos pilares<br />

da empresa em 2023 e nos anos<br />

vindouros”, conclui. l<br />

A LIZARTE E O MERCADO PORTUGUÊS<br />

A Lizarte está presente no mercado português<br />

desde 2016 e desde aí o volume de negócio<br />

subiu quase 300%, apoiando-se numa<br />

estratégia comercial e de marketing bem<br />

definida que permitiu fechar acordos com<br />

distribuidores de primeiro nível. “O nosso<br />

núcleo de negócio em Portugal centra-se na<br />

comercialização dos sistemas de direção, até<br />

porque é um segmento de produto que goza de<br />

grande prestígio em Espanha, e consideramos,<br />

tal como aconteceu, que nos abriu as portas<br />

dos principais clientes de uma forma muito<br />

ágil”, refere Richard Izquierdo.<br />

Em Portugal, a empresa trabalha com uma<br />

dezena de distribuidores e todos estão a<br />

conseguir desempenhos de alto nível: “De<br />

qualquer forma, entendo que o seu desempenho<br />

vai sempre depender diretamente do apoio<br />

que nós podemos oferecer como fornecedores.<br />

Em Portugal oferecemos os nossos produtos<br />

a distribuidores que trabalham, não só com<br />

os nossos, mas com outros. Para nós é muito<br />

importante que os nossos clientes tenham, em<br />

primeiro lugar, uma presença de destaque na<br />

sua zona de influência. Segundo, que mostrem<br />

proatividade em nos pedir tudo aquilo que os<br />

seus clientes lhes pedem a eles o que é algo que<br />

valorizamos de forma muito positiva, porque<br />

encaixa na filosofia da nossa empresa”, explica,<br />

garantindo que é política da casa não deixar<br />

“ninguém para trás. Quando chegamos a acordo<br />

com um novo distribuidor, oferecemos-lhe toda<br />

a ajuda necessária para começar a vender os<br />

nossos produtos aos seus clientes. Este processo<br />

inclui uma formação inicial genérica sobre os<br />

produtos, assim como uma formação sobre<br />

gestão. Também ajudamos no marketing e<br />

comunicação a fim de potenciar ao máximo a<br />

presença dos produtos Lizarte junto dos seus<br />

clientes”.<br />

Para Richard Izquierdo, a vantagem<br />

fundamental em utilizar componentes Lizarte<br />

é resumida numa só frase: “damos apoio<br />

permanente ao nosso cliente distribuidor<br />

em todo o processo de venda dos produtos, e<br />

como consequência disso, a oficina tem apoio<br />

permanente tanto do seu fornecedor habitual<br />

como do fabricante, que no caso somos nós”. O<br />

mesmo responsável assegura que a Lizarte já é<br />

uma marca conhecida no mercado português,<br />

mas o seu grande objetivo é que se torne<br />

também numa marca reconhecida: “Queremos<br />

continuar a crescer não só com os nossos<br />

clientes atuais, mas também com novos, e para<br />

tal devemos ir aumentando progressivamente<br />

a presença em todos os canais existentes,<br />

meios de comunicação, feiras e por aí fora”.<br />

A terminar, Izquierdo falou ainda sobre o<br />

que está a condicionar de forma positiva e<br />

negativa o mercado <strong>das</strong> peças reconstruí<strong>das</strong><br />

em Portugal: “Existe um fator que pode estar<br />

a promover uma utilização crescente de peças<br />

reconstruí<strong>das</strong>: ter uma peça com uma relação<br />

qualidade/preço inferior a uma peça original<br />

permite poupanças na reparação, e isto num<br />

ambiente económico como o atual, pesa muito.<br />

Da mesma forma, o parque de veículos na<br />

Europa está a envelhecer, e isso pesa bastante<br />

quando se pensa numa reparação que envolve<br />

uma despesa mais elevada. Desta forma, o<br />

produto reconstruído acaba por ter aqui a sua<br />

grande oportunidade. Para terminar, gostaria<br />

de pensar que o conhecimento por parte<br />

dos distribuidores, oficinas e cliente final, do<br />

impacto ambiental positivo que o «consumo»<br />

de produtos reconstruídos supõe, pode marcar<br />

a diferença na opção de compra num futuro a<br />

curto prazo”.<br />

O PERCURSO DE 50 ANOS DE HISTÓRIA PERMITIU À LIZARTE<br />

CONQUISTAR UMA Forte PRESENÇA NO MERCADO IBÉRICO E HOJE<br />

O GRANDE OBJETIVO É SER RECONHECIDA COMO FABRICANTE<br />

DE QUALIDADE DE topo EM PEÇAS REMANUFATURADAS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Setembro I 22 43


Entrevista<br />

HAKIMA HASNAOUI, DIRETORA EXPORTAÇÃO EUROL<br />

QUEREMOS SER UM<br />

FORNECEDOR ÚNICO<br />

PARA OS NOSSOS<br />

DISTRIBUIDORES<br />

A EMPRESA NEERLANDESA DE LUBRIFICANTES EUROL ESTÁ EM PORTUGAL DESDE 2009, ONDE TEM<br />

REGISTADO CRESCIMENTOS QUE CHAMAM A ATENÇÃO DO MERCADO. COM VÁRIAS NOVIDADES EM CARTEIRA,<br />

O JORNAL DAS OFICINAS QUESTIONOU A DIRETORA COMERCIAL DE EXPORTAÇÕES DA MARCA PARA A<br />

EUROPA, HAKIMA HASNAOUI, QUE NOS EXPLICOU O QUE A EUROL PRETENDE FAZER, INVESTIR, LANÇAR E<br />

PROMOVER NOS ANOS VINDOUROS<br />

Eurol é, atualmente, o maior fabricante independente<br />

de lubrificantes dos Países Baixos, mas até<br />

atingir este estatuto foram necessários mais de 40<br />

anos de histórias e peripécias. Hakima Hasnaoui<br />

explica que a empresa familiar arrancou em 1977,<br />

quando Johan Pfeiffer criou a empresa e a marca<br />

Eurol na localidade neerlandesa de Nijverdal. Na<br />

primeira fase da sua história, a Eurol vendia apenas<br />

lubrificantes para motos, no entanto, graças a<br />

uma engenhosa campanha de marketing e de vários<br />

sucessos alcançados no motociclismo, a marca<br />

foi crescendo rapidamente no seu mercado natal.<br />

Nos anos 80, o leque de produtos foi-se alargando e<br />

passou a incluir outros segmentos, como o automóvel,<br />

a indústria, os pesados e a agricultura. Na década<br />

de 90, a empresa começou, então, a produzir os<br />

seus próprios produtos. Graças a isso e a instalações<br />

de I&D exclusivas, a Eurol podia, assim, garantir<br />

uma melhor e mais constante qualidade de tudo o<br />

que vendia. Atualmente, tem a sede e opera em Nijverdal<br />

e Almelo, a duas horas do maior porto da Europa,<br />

Roterdão. Em maio de 2022, abriu o primeiro<br />

escritório fora dos Países Baixos, na África do Sul. O<br />

objetivo é expandir a presença nos países da África<br />

Austral e responder de forma rápida às exigências<br />

locais, mas a Europa continua a ser o mercado mãe<br />

da Eurol, e Portugal um país de elevada importância<br />

para a empresa. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> sentou-se<br />

à mesa com Hakima Hasnaoui, que nos falou um<br />

pouco do presente da empresa, sem nunca esquecer<br />

o passado, mas apontando sempre ao futuro.<br />

Crescimento em TODOS os sentidos<br />

Recentemente inaugurou uma nova sede nos Países<br />

Baixos e foi precisamente por este tópico que<br />

começámos a conversa. “Abrimos o novo armazém<br />

logístico, o Eurol XL, em Almelo em maio. Trata-se<br />

de um armazém totalmente automatizado<br />

que apelidámos de «dark warehouse» e que tem<br />

capacidade para 15 mil paletes. O edifício está<br />

localizado ao lado do terminal de contentores e<br />

está dotado de um excelente acesso ribeirinho e<br />

rodoviário”, conta Hakima Hasnaoui.<br />

Recentemente, a marca mudou a imagem corpo-<br />

44 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


LANÇAMOS O CONCEITO EUROL SERVICE POINT PARA AJUDARMOS AS<br />

OFICINAS A RETIRAREM MAIORES PROVEITOS DOS SEUS LUBRIFICANTES.<br />

O GRANDE OBJETIVO PARA PORTUGAL É OFERECER AOS NOSSOS<br />

DISTRIBUIDORES A MESMA FORMAÇÃO TÉCNICA INTENSIVA QUE<br />

REALIZAMOS NOS PAÍSES BAIXOS, DIZ HAKIMA HASNAOUI


HAKIMA HASNAOUI<br />

RECENTEMENTE INAUGUROU UMA NOVA SEDE NOS PAÍSES BAIXOS.<br />

TRATA-SE DE UM ARMAZÉM totalmeNTE AUTOMATIZADO APELIDADO<br />

DE «DARK WAREHOUSE» E QUE TEM CAPACIDADE PARA 15 MIL PALETES<br />

rativa, pois pretende “desempenhar<br />

um papel de liderança quando se trata<br />

de lubrificantes que contribuem<br />

para melhores performances, uma<br />

menor pegada ecológica e para criar<br />

melhores oportunidades de negócio”.<br />

Quanto a isso, a mesma responsável<br />

garante que a nova imagem “tem<br />

um logótipo mais fresco, que combina<br />

da melhor forma com o ADN<br />

da Eurol. Foi uma alteração subtil<br />

para não perder a sua essência. A<br />

própria legibilidade foi melhorada<br />

e ganhou uma tonalidade de azul<br />

mais escura, que lhe dá mais contraste.<br />

Além disso, o Eurol Wave, as<br />

cores e a tipografia foram adapta<strong>das</strong>.<br />

Assim, mantém todos os elementos<br />

reconhecíveis da identidade corporativa<br />

da nossa marca”. No seguimento<br />

do «restyling» do logótipo, a<br />

Eurol também alterou o seu slogan:<br />

“A promessa da marca «Quality is in<br />

our Nature» [a Qualidade está na<br />

nossa Natureza], foi alterada para<br />

«Powering Performance» [Desempenho<br />

Potencializado], o que está<br />

perfeitamente alinhado com as nossas<br />

ambições. O novo slogan passa a<br />

estar ao lado do logótipo e significa,<br />

em poucas palavras, tudo aquilo que<br />

a Eurol representa”, garante.<br />

Uma gama completa<br />

A conversa muda de rumo e segue o<br />

caminho dos aumentos dos preços,<br />

tanto <strong>das</strong> matérias-primas como do<br />

transporte. Hakima Hasnaoui admite<br />

que “esta situação tem sido um<br />

grande desafio para to<strong>das</strong> as marcas<br />

de lubrificantes um pouco por todo<br />

o mundo. O que se observa é uma<br />

mudança de comportamento por<br />

parte dos clientes. Por causa do aumento<br />

de preços, o cliente final tende<br />

a atrasar a manutenção do seu automóvel,<br />

e com a Covid-19, estão mais<br />

pessoas a trabalhar em casa, logo<br />

utilizam menos os seus carros. Isto é<br />

o que os nossos parceiros Eurol têm<br />

vindo a observar nos seus mercados<br />

locais, dificultando a sua operação.<br />

Felizmente são parceiros dedicados<br />

e vemos que se esforçam para tentar<br />

impulsionar ainda mais a marca, por<br />

isso estamos satisfeitos”.<br />

A Eurol oferece ao mercado uma<br />

ampla gama de lubrificantes, massas<br />

consistentes, aditivos para combustível<br />

e produtos agentes de limpeza.<br />

“Basicamente, queremos ser<br />

um fornecedor único para os nossos<br />

distribuidores um pouco por todo o<br />

mundo. Assim, oferecemos ao setor<br />

automóvel, todo um leque de produtos<br />

lubrificantes em embalagens mais<br />

pequenas (250ML, 500 ML, 1L, 4L,<br />

5L, 6L e 10L) para o retalho, e depois<br />

grandes embalagens a granel (60L,<br />

210L, IBC 1000L). Para desenvolvimento<br />

e produção da nossa gama<br />

premium, utilizamos apenas óleos<br />

básicos e aditivos de primeira linha.<br />

A nossa fábrica tem certificação ISO<br />

9001, uma norma reconhecida internacionalmente<br />

na gestão da qualidade.<br />

Testamos todos os nossos lubrificantes<br />

de forma minuciosa num<br />

laboratório interno antes de iniciarmos<br />

as ven<strong>das</strong> para todo o mundo”,<br />

explica a mesma responsável.<br />

“No que diz respeito a novidades,<br />

lançamos a Eurol Speciality Racing<br />

Line [Linha Especializada de Competição],<br />

que se destina apenas ao<br />

desporto motorizado. Esta gama está<br />

perfeitamente alinhada com as ambições<br />

de diferentes eventos motorizados,<br />

como o Rali Dakar, por exemplo,<br />

de forma a tornarem-se ainda<br />

mais verdes”, continua Hakima Hasnaoui,<br />

que não perde tempo para nos<br />

falar da nova geração de lubrificantes<br />

(Low SAPS) para o setor automóvel.<br />

“A Eurol disponibiliza também um<br />

leque muito vasto de produtos Low<br />

SAPS, com baixos teores de cinzas<br />

[significa que o óleo tem na sua<br />

composição baixas concentrações de<br />

enxofre e fósforo], a mais recente<br />

tendência para sistemas de pós-tratamento<br />

de gases de escape, como<br />

catalisadores e filtros de partículas.<br />

Estes produtos têm ainda melhor<br />

impacto ambiental”, refere.<br />

Na verdade, uma boa parte dos produtos<br />

da marca neerlandesa ajudam a<br />

reduzir a pegada ecológica: “A última<br />

geração de óleos de motor de baixas<br />

emissões, por exemplo, foi desenvolvida<br />

com o foco na economia de<br />

combustível, para intervalos de manu-<br />

46 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


em to<strong>das</strong> as oficinas. A Bag in Box é<br />

totalmente sustentável, uma vez que<br />

contém 89% menos de plástico em<br />

comparação com uma embalagem<br />

normal. Além disso, o volume de resíduos<br />

é reduzido em mais de 90%.<br />

Após a utilização, o papelão da embalagem<br />

e o saco de plástico no interior,<br />

podem ser reciclados separadamente.<br />

Em países onde as medi<strong>das</strong> ambientais<br />

são mais aperta<strong>das</strong>, percebemos<br />

que esta Bag in Box é um sucesso. Os<br />

A EUROL<br />

EM PORTUGAL<br />

A Eurol chegou a Portugal em 2009,<br />

mercado onde trabalha “principalmente<br />

com distribuidores de peças de reposição<br />

automóvel que cobrem todo o país. Ao<br />

longo dos últimos anos assistimos a um<br />

crescimento da distribuição da Eurol no<br />

mercado português, todavia acreditamos<br />

que é possível crescer ainda mais, não só<br />

A EUROL OFERECE AO MERCADO UMA AMPLA GAMA DE LUBRIFICANTES,<br />

ADITIVOS E MASSAS. BASICAMENTE, QUER SER UM FORNECEDOR ÚNICO<br />

PARA OS SEUS DISTRIBUIDORES UM POUCO POR toDO O MUNDO<br />

tenção mais prolongados e dispõe de<br />

propriedades de lubrificação de longa<br />

duração. Tudo isto minimiza o desgaste<br />

e o envelhecimento, ao mesmo tempo<br />

que prolonga a vida do motor. Os<br />

nossos produtos Eurol Speciality, são<br />

isentos de microplásticos e de parafinas<br />

de cloro, são seguros e ambientalmente<br />

amigáveis. Mas há mais, temos<br />

uma gama de óleos de motor específica<br />

para veículos clássicos que se chama<br />

Eurol Supreme Classic. Trata-se de um<br />

óleo fortificado com zinco ou o chamado<br />

ZDDP. Este composto de fósforo-<br />

-zinco fornece proteção adicional a estes<br />

motores mais antigos. Os veículos<br />

clássicos são um segmento pequeno,<br />

mas muito importante para os entusiastas<br />

destes veículos, ao mesmo tempo<br />

que complementa a restante gama<br />

de produtos da Eurol Lubricants.<br />

Para promover e para dar a conhecer<br />

os seus lubrificantes, Hakima Hasnaoui<br />

explica que a marca tem uma<br />

estratégia simples: “Como queremos<br />

estar numa posição de liderança na<br />

indústria automóvel mundial, é preciso<br />

marcar presença em determinados<br />

eventos, assim estivemos na<br />

Automechanika em Frankfurt e Dubai,<br />

fomos ao Rali Dakar como patrocinadora<br />

da Toyota Gazoo Racing<br />

Team, tudo isto ajuda a criar a notoriedade<br />

global da marca, mas não só.<br />

Utilizamos estas provas desportivas<br />

para testar e desenvolver novos produtos,<br />

como aconteceu com a tecnologia<br />

SYNGIS e agora com a Eurol<br />

Speciality Racing, que foi desenvolvida<br />

com a ajuda <strong>das</strong> principais equipas<br />

do desporto motorizado, para se<br />

poderem criar propriedades lubrificantes<br />

inovadoras, que acabam por<br />

ser introduzi<strong>das</strong>, posteriormente,<br />

nos nossos produtos do dia-a-dia”.<br />

Eurol Service Point<br />

Sendo uma empresa de grande dimensão,<br />

já tem o seu próprio conceito<br />

oficinal, o Eurol Service Point,<br />

baseado no apoio dos lubrificantes.<br />

O nível de serviço de cada Eurol Service<br />

Point depende de país para país,<br />

“mas basicamente fornecemos visibilidade,<br />

partilha de conhecimento,<br />

apoio de marketing e aconselhamento<br />

sobre os produtos. É também uma<br />

boa ajuda para oficinas de maiores<br />

dimensões”, diz. “Este conceito oficinal<br />

pode ser complementado pela<br />

aplicação Oil Advisor que ajuda a<br />

procurar lubrificantes e acaba por<br />

ser uma ferramenta de conveniência<br />

para os mecânicos obterem, 24 horas<br />

por dia, sete dias por semana, um<br />

conselho rápido no local de trabalho.<br />

Para já, fornecemos apenas conselhos<br />

sobre óleos, mas no futuro adicionaremos<br />

mais funcionalidades”,<br />

remata.<br />

Como empresa inovadora, lançou<br />

em julho de 2020 o «famoso» Bag<br />

in Box, embalagem com 20 litros de<br />

capacidade. “Com este conceito, a<br />

marca oferece facilidade de utilização,<br />

sustentabilidade e profissionalismo<br />

clientes apreciam este conceito inovador”,<br />

explica a responsável.<br />

Com o crescimento do mercado de<br />

carros elétricos, prevê-se uma diminuição<br />

do consumo de lubrificantes.<br />

Mas a Eurol está atenta e, “a desenvolver<br />

uma linha de produtos dedicados<br />

aos EV. Com exceção do óleo<br />

de motor, os veículos elétricos ainda<br />

exigem fluídos, como óleos de travão,<br />

massas várias e outros produtos de<br />

manutenção. Mas se a diminuição do<br />

consumo de lubrificantes na indústria<br />

automóvel é esperada, existem outros<br />

países em desenvolvimento onde segmentos<br />

como a indústria e a mineração<br />

exigem volumes de lubrificantes<br />

grandiosos. O novo escritório na<br />

África Austral, vai desempenhar um<br />

enorme papel nesta questão”.<br />

Com uma gama com mais de 600 diferentes<br />

tipos de produtos que resultam<br />

em lubrificantes de alta qualidade,<br />

a Eurol oferece ainda ao mercado<br />

apoio em atividades de marketing,<br />

formação técnica com um consultor<br />

de óleos e resultados comprovados<br />

em várias provas motoriza<strong>das</strong>, como<br />

o Rali Dakar. Para o futuro, o grande<br />

foco é precisamente “a expansão para<br />

os países da África Austral. Possuímos<br />

ainda uma equipa de pessoas que promovem<br />

novos negócios, dedicando-se<br />

ao estudo do mercado. Atualmente,<br />

a Eurol está ativa em 93 países, mas<br />

o objetivo é aumentar este número e<br />

chegar aos 100 já em 2023”, conclui a<br />

mesma responsável. l<br />

no segmento automóvel, mas também<br />

no segmento dos transportes e indústria”,<br />

comenta.<br />

“Em Portugal temos três distribuidores<br />

da nossa marca, pelo que temos uma<br />

cobertura totalmente nacional, por isso<br />

tentamos dar todo o apoio que esses<br />

distribuidores necessitam. Pretendemos<br />

organizar formações frequentes sobre<br />

as últimas tendências de lubrificantes,<br />

lançamos recentemente o conceito Eurol<br />

Service Point para ajudarmos, através<br />

dele, as oficinas a retirarem maiores<br />

proveitos dos seus lubrificantes. O grande<br />

objetivo para Portugal é oferecer aos<br />

nossos distribuidores a mesma formação<br />

técnica intensiva que realizamos nos<br />

Países Baixos”, afirma Hasnaoui.<br />

“Ao utilizarem lubrificantes Eurol, têm<br />

acesso a uma gama ultracompleta de<br />

produtos de alta qualidade, o que permite<br />

ao dono da oficina nivelar melhor os<br />

preços e gerar mais receita. Depois a<br />

Eurol dá todo o apoio de visibilidade,<br />

publicidade e presença da marca no<br />

local, para reforçar o sucesso”, diz Hakima<br />

Hasnaoui.<br />

Para 2023, o objetivo passa por diversificar<br />

a base de dados de clientes, explorar<br />

outros segmentos como os Transportes,<br />

a Indústria, a Agricultura e os Motociclos.<br />

A marca tem, para já, uma forte presença<br />

apenas no segmento automóvel.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 47


Oficina<br />

do Mês<br />

APM - AUTO PEDRO MECÂNICO<br />

A MINHA PUBLICIDADE<br />

É A QUALIDADE!


CRIADA EM 2004 POR PEDRO CUNHA, A APM É O ESPELHO DA PERSONALIDADE<br />

DO SEU FUNDADOR. PERFECIONISTA, METICULOSO E EXIGENTE, PEDRO CUNHA TEM COMO LEMA<br />

“O QUE EU NÃO QUERO PARA MIM, NÃO QUERO PARA O MEU CLIENTE”<br />

Apenas com 13 anos de idade, Pedro Cunha<br />

começou a trabalhar numa conceituada<br />

oficina multimarca, na zona de Ovar, de<br />

onde é natural. Aos 21 anos foi trabalhar para um<br />

concessionário Opel onde aprendeu e consolidou<br />

os seus conhecimentos de mecânica e aos 24 anos<br />

decidiu constituir uma empresa e começar a trabalhar<br />

por conta própria. Primeiro num pequeno<br />

armazém, nas traseiras de sua casa, e mais tarde,<br />

em 2010, num novo espaço, que também se tornou<br />

pequeno, tendo decidido avançar em 2015 com a<br />

aquisição do edifício onde hoje se encontra, com<br />

uma área de 700 m2.<br />

Equipada com cinco elevadores, várias máquinas<br />

de diagnóstico, de ar condicionado e ferramentas<br />

especiais, a APM garante atualmente um serviço<br />

de manutenção e reparação automóvel completo,<br />

para qualquer tipo de viatura. “O último investimento<br />

que fizemos foi numa estação de serviço,<br />

com pórtico de lavagem automático, pois faço<br />

questões de entregar os carros lavados aos clientes,<br />

qualquer que seja o tipo de serviço prestado”,<br />

refere Pedro Cunha. Para além dos serviços de mecânia<br />

e de chapa e pintura, que são realizados por<br />

um parceiro de confiança, a APM também monta<br />

pneus Falken, um serviço que tem tido uma procura<br />

crescente e que resulta do acordo efetuado com<br />

a AB Tyre há mais de quatro anos. Possui também<br />

carros de substituição, que considera ser uma mais<br />

valia, pelo que está previsto aumentar a frota com<br />

mais duas viaturas.<br />

Todo o trabalho desenvolvido na APM tem como<br />

objetivo a satisfação total do cliente. “Digo muitas<br />

vezes que não quero ser conhecido pela oficina<br />

mais barata, mas sim pela qualidade do serviço<br />

prestado. Para minimizar falhas, apenas trabalho<br />

com marcas aftermarket premium ou de origem”,<br />

enfatiza Pedro Cunha. A Humberpeças é o principal<br />

fornecedor desde o início “Conheço o Sr. Humberto<br />

Lopes, gerente da Humberpeças, há mais de<br />

vinte anos e tenho a maior consideração e estima<br />

pelo seu trabalho. Tive sempre o seu apoio e colaboração<br />

ao longo do meu percurso profissional e a<br />

parceria que mantemos tem sido essencial para o<br />

crescimento da APM”, enaltece Pedro Cunha.<br />

Para este responsável “As peças low coast apenas<br />

dão problemas e quando o cliente pede para montarmos<br />

o mais barato prefiro não fazer o trabalho.<br />

Se to<strong>das</strong> as oficinas trabalhassem assim, tenho a<br />

certeza que o mercado não seria a guerra que é<br />

atualmente”, afirma. Embora tivesse integrado<br />

uma rede oficinal durante três anos, a experiência<br />

não foi positiva e decidiu abandonar o projeto para<br />

se manter independente, pois conforme afirma “A<br />

minha marca sou eu e não gosto de ser confundido<br />

com uma insígnia que representa outra maneira de<br />

trabalhar”.<br />

APM – AUTO PEDRO MECÂNICO<br />

Gerente Pedro Cunha<br />

Morada Av. 16 de Maio, Lote 7<br />

Zona Industrial de Ovar 3880-102 Ovar<br />

Telefone 917 843 960<br />

Email pcunhareparacoes1980@gmail.com<br />

Site www.facebook.com/autopedromecanico/<br />

Reconhecimento merecido<br />

A APM foi a vencedora da categoria Melhor Oficina<br />

Independente da Revista TOP 100, uma distinção<br />

que encheu de orgulho Pedro Cunha e que<br />

veio confirmar o excelente percurso e desempenho<br />

da oficina. Para este responsável “Esta distinção é<br />

a prova como as estratégias utiliza<strong>das</strong> resultaram<br />

e um motivo de orgulho para todos os elementos<br />

da equipa que, cada qual à sua maneira, contribuem<br />

para que esta distinção seja uma realidade”.<br />

Pedro Cunha realça “o facto de ser um troféu muito<br />

importante quando falamos da construção da<br />

reputação da empresa no nosso mercado. Vamos<br />

continuar a implementar a estratégia que definimos,<br />

desenvolvendo o nosso negócio em parceria<br />

com os nossos clientes, de forma a que consigamos<br />

ser cada vez mais, um parceiro de referência para<br />

os nossos clientes”. Embora considere as novas tecnologias<br />

importantes para comunicar, designadamente<br />

a internet e as redes sociais, Pedro Cunha<br />

ainda não utiliza muito estas ferramentas, já que<br />

tem apostado mais no relacionamento pessoal com<br />

os clientes e no passa palavra, pois como afirma “a<br />

qualidade do serviço que presto é a melhor publicidade<br />

que posso fazer da minha oficina”. Por outro<br />

lado, tem apoiado como patrocinador várias coletividades<br />

da região, nomeadamente algumas equipas<br />

de canoagem e patinagem.<br />

Projetos para o futuro<br />

Com uma média de quinze viaturas a entrar diariamente<br />

na oficina, o ritmo de trabalho mantém-se<br />

muito elevado e Pedro Cunha sente a necessidade<br />

de mais apoio na área da gestão e da oficina, mas a<br />

conjuntura atual não tem ajudado a fazer grandes<br />

reestruturações e investimentos, conforme nos disse:<br />

“Antes da pandemia pensei em adquirir um terreno<br />

para criar um centro de colisão, onde ia instalar<br />

uma oficina de mecânica, outra de repintura,<br />

uma estação de serviço e um stand, tudo integrado<br />

no mesmo espaço, mas ouvi alguns conselhos e<br />

decidi não avançar. No entanto não está posto de<br />

parte, e logo que a situação melhore estou pronto<br />

para avançar com o projeto”, refere. O trabalho oficinal<br />

é o que mais gosta de fazer, por isso, nunca<br />

vai deixar de estar presente a acompanhar todos<br />

os trabalhos que são prestados às viaturas que entram<br />

nas instalações “Quando um colaborador não<br />

consegue resolver uma avaria, não o deixo avançar<br />

com o serviço enquanto eu não tiver uma solução<br />

para resolver o problema. Prefiro que fique parado<br />

a aguardar as minhas instruções, em vez de continuar<br />

com o serviço e o trabalho ficar mal feito”,<br />

afirma Pedro Cunha.<br />

Relativamente à formação, depois de um período<br />

de interregno devido à pandemia, o objetivo é voltar<br />

este ano a apostar forte em ações de formação,<br />

com o apoio da Humberpeças e <strong>das</strong> associações do<br />

setor, até porque tem tido muitos convites nesse<br />

sentido. Com uma equipa de sete profissionais que<br />

tem mantido nos últimos anos e uma carteira de<br />

clientes fiéis, Pedro Cunha encara o futuro com<br />

otimismos e espera que o seu filho dê continuidade<br />

ao negócio que está bem consolidado, sendo reconhecido<br />

na zona como uma oficina de referência<br />

na manutenção e reparação automóvel. l<br />

O TROFÉU MELHOR OFICINA TOP 100 CONQUISTADO PELA APM É A PROVA<br />

COMO AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS RESULTARAM E UM MOTIVO DE<br />

ORGULHO PARA TODOS OS ELEMENTOS DA EQUIPA QUE CONTRIBUIRAM<br />

PARA QUE ESTA DISTINÇÃO SEJA UMA REALIDADE<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 49


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

O<br />

estado da capacidade da bateria de um veículo<br />

elétrico é um fator crucial no valor da<br />

viatura, por isso a DEKRA lançou um teste<br />

rápido de bateria para VE. O processo patenteado<br />

foi validado pela RWTH Aachen University e também<br />

por diversos fabricantes de veículos, após a realização<br />

de testes de validação. Por regra, o teste real<br />

não excede quinze minutos para fornecer um valor<br />

preciso para o estado de conservação de uma bateria.<br />

“Como a bateria representa uma grande parte<br />

do valor total de um veículo elétrico, o seu estado<br />

de conservação é um fator decisivo”, diz a DEKRA.<br />

O teste é baseado na medição <strong>das</strong> características da<br />

bateria durante um test drive muito curto. Basta<br />

uma breve aceleração ao longo de 100 metros, durante<br />

a qual os dados são lidos através do interface<br />

de diagnóstico integrado<br />

know-how está na bASE de dados<br />

O know-how essencial está na capacidade de interpretar<br />

os valores medidos. O processo é apoiado por<br />

uma base de dados altamente sofisticada e um algoritmo<br />

extremamente complexo. Os dados principais<br />

são determinados antecipadamente para cada<br />

tipo de veículo, com base em test drives sob uma<br />

DEKRA DISPÕE DE TESTE RÁPIDO DE BATERIAS PARA VE<br />

RESULTADOS PRECISOS EM 15 MINUTOS<br />

ampla gama de condições. A isto segue-se uma estruturação<br />

e uma maior complexidade de cálculos,<br />

em parte com a ajuda da inteligência artificial, que é<br />

designada processo de ‘parametrização’. No teste, os<br />

resultados da medição são avaliados com base nesses<br />

parâmetros específicos.<br />

100 modelos disponíveis<br />

100 modelos de veículos estarão brevemente disponíveis.<br />

Atualmente, a lista de veículos para os quais<br />

a DEKRA pode realizar um teste rápido inclui mais<br />

de 70 modelos de volume de vários fabricantes a nível<br />

mundial. Espera-se que a procura pela verificação<br />

do estado de conservação de baterias de veículos<br />

eletrificados cresça nos próximos anos. Graças aos<br />

apoios governamentais, centenas de milhares de<br />

veículos com baterias ou acionamentos híbridos<br />

estão a entrar agora no mercado. Assim que mudam<br />

de mãos, a saúde <strong>das</strong> suas baterias torna-se<br />

um fator altamente relevante na determinação do<br />

seu valor. “Particularmente na gestão de veículos<br />

usados, a determinação precisa e rápida do estado<br />

de conservação é extremamente importante para<br />

que o processo seja transparente e seguro. Com<br />

outros métodos, o processo geralmente leva pelo<br />

menos várias horas; às vezes dias – incluindo ciclos<br />

de carga e descarga demorados. Portanto, a grande<br />

vantagem é que a DEKRA consegue fornecer uma<br />

avaliação altamente fiável num tempo muito curto.<br />

Em resumo: O teste rápido de bateria patenteado<br />

da DEKRA proporciona uma forma rápida e fiável<br />

de determinar o estado de conservação de uma bateria<br />

de tração num veículo eletrificado.<br />

50 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ESTENDE GARANTIAS<br />

NOS PNEUMÁTICOS E AMORTECEDORES<br />

Pro4Matic | A Pro4Matic iniciou 2023 cheia de boas notícias e com um novo lema “Novo Ano, Nova Linha,<br />

Nova Garantia, Novo Preço”. O que é que isto quer dizer? A partir de fevereiro, todos os Pneumáticos e Amortecedores<br />

Pneumáticos têm cinco anos de garantia. “Acreditamos que podemos fazer sempre mais e melhor pelos<br />

nossos clientes, assim, apresentamos a nova gama de produtos oferecendo cinco anos de Garantia em todos os<br />

Pneumáticos e Amortecedores Pneumáticos”, referiu Nuno Durão, Administrador da Pro4Matic. O objetivo da<br />

empresa, é que mesmo após uma reparação, seja mantido o comportamento e o conforto da condução originais.<br />

Fabrica<strong>das</strong> com material de alta qualidade e resistente à corrosão, as molas pneumáticas da Pro4matic têm uma<br />

longa vida útil e são altamente resistentes a elementos externos. Além disso, podem ser facilmente removi<strong>das</strong> e<br />

instala<strong>das</strong> devido à sua geometria personalizada e precisa.<br />

RENDIDO À BATERIA VARTA PROMOTIVE AGM<br />

Grupo Hegelmann | O fornecedor alemão de serviços de transporte internacional,<br />

escolheu a bateria VARTA ProMotive AGM da Clarios para a sua frota de camiões.<br />

O Grupo Hegelmann cobre rotas de transporte rodoviário por todo o mundo, desde o Algarve<br />

até à fronteira com a China. Com sede na Alemanha, o grupo possui 5.000 veículos<br />

e trabalha com mais de 550 parceiros logísticos para construir uma <strong>das</strong> maiores frotas<br />

logísticas da Europa, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Através de uma série de<br />

testes, a empresa quis encontrar a melhor solução de bateria para os seus camiões modernos.<br />

A VARTA ProMotive AGM, da Clarios, foi a escolhida. As caraterísticas superiores<br />

da VARTA ProMotive AGM e sua fiabilidade foram fatores decisivos. Além disso, também<br />

é importante considerar que o perfil do camionista profissional mudou bastante nos<br />

últimos anos: hoje em dia, os condutores passam até sete noites por semana dentro dos<br />

veículos. É por isso que eles são equipados com uma variedade de recursos de hotel,<br />

desde televisores até ar-condicionado. A VARTA ProMotive AGM fornece energia para<br />

to<strong>das</strong> essas funções de conforto até quando o motor está desligado.<br />

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UMA REFERÊNCIA IBÉRICA<br />

NA DISTRIBUIÇÃO<br />

DE PNEUS<br />

750.000<br />

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250.000<br />

PNEUS EM STOCK<br />

32.000m 2<br />

ARMAZÉM<br />

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DIVERSIFICADA<br />

DO MERCADO<br />

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+70<br />

COLABORADORES<br />

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Notícias<br />

Produto<br />

GARANTE PANOS LIMPOS<br />

todos OS DIAS NA OFICINA<br />

Mewa | Todos os dias, a limpeza de ferramentas, máquinas<br />

e instalações de produção na indústria, nas oficinas de<br />

automóveis e nas empresas artesanais é assegurada pelos<br />

panos de limpeza da Mewa. A empresa alemã assume o serviço<br />

completo: recolha, lavagem, manutenção e devolução dos<br />

panos. Ainda há muitas oficinas e fábricas a utilizar produtos<br />

descartáveis. Esta solução não é sustentável nem económica.<br />

A Mewa oferece uma alternativa amiga do ambiente:<br />

disponibiliza panos de limpeza em Textilsharing, a partilha de<br />

têxteis. Os robustos panos de limpeza ultra-absorventes podem<br />

ser lavados e reutilizados até 50 vezes. Textilsharing significa<br />

ter panos limpos à mão sempre que necessário. Não é preciso<br />

comprá-los. Este workflow completo de um sistema de ciclo<br />

fechado, como o de panos de limpeza da Mewa, apresenta um<br />

melhor equilíbrio ecológico do que as soluções descartáveis<br />

como toalhitas ou papel. Em comparação com a utilização de<br />

papel, a limpeza com um pano da Mewa faz-se em menos 35<br />

% do tempo.<br />

AUTOZITÂNIA E BRAGALIS<br />

FAZEM APOSTA<br />

NOS LUBRIFICANTES REPSOL<br />

A<br />

Autozitânia e a Bragalis aumentaram o seu portfólio de lubrificantes, ao adicionaram a marca<br />

REPSOL. Assim, passam a disponibilizar aos seus parceiros e clientes, soluções de reconhecida<br />

qualidade em lubrificantes de motor, caixas de velocidades e transmissões. Nesta que é uma<br />

novidade para o Aftermarket Auto, o Grupo Autozitânia tem já disponíveis as gamas de lubrificantes<br />

para motor Master, Leader e Elite, bem como as gamas Navigator e Automator para caixas de velocidades<br />

e transmissões. A REPSOL está presente em mais de 90 países, com unidades de produção em<br />

Espanha, México, Indonésia e Singapura onde são produzidos Lubrificantes com os mais altos padrões<br />

de qualidade.<br />

RENOVA taÇA ESPORTS CUP<br />

NGK | Após o sucesso da sua primeira Taça Esports<br />

em 2022, a NGK SPARK PLUG anunciou a renovação do<br />

torneio em 2023. O concurso terá lugar nos primeiros três<br />

meses do novo ano e oferecerá aos seguidores dos meios<br />

de comunicação social da empresa, bem como aos jogadores<br />

e mecânicos da “Geração Z”, uma nova visão sobre o<br />

maior especialista mundial em ignição e sensores. A Taça<br />

Esports reforça ainda mais o envolvimento da empresa<br />

em jogos online e estará aberta a todos os jogadores com<br />

mais de 16 anos e terá lugar na secção “RaceRoom” da<br />

plataforma de jogos Steam. Quatro corri<strong>das</strong> de qualificação<br />

serão realiza<strong>das</strong> em versões virtuais de alguns dos<br />

circuitos mais emblemáticos do mundo, e os pilotos mais<br />

rápidos terão a oportunidade participar na grande final<br />

que terá lugar na mundialmente famosa Nürburgring<br />

Nordschleife, na Alemanha, a 16 de Março de 2023. O<br />

vencedor global receberá dois bilhetes VIP e alojamento<br />

para uma prova internacional de enduro perto do seu<br />

local de residência.<br />

JUNTA-SE À FAMÍLIA<br />

da autoZITÂNIA E BRAGALIS<br />

PLUSLINE | A Autozitânia e a Bragalis, quiseram entrar<br />

em grande em 2023 e aumentaram a gama de alternadores e<br />

motores de arranque, com a introdução da marca PLUSLINE,<br />

dando seguimento à sua estratégia de aumento de portfólio<br />

com produtos de qualidade reconhecida. Os alternadores e<br />

motores de arranque PLUSLINE são produtos com qualidade<br />

OE, testados em plataforma Motoplat e distinguem-se pela<br />

variedade de gamas existentes, tais como: Selected, Original e<br />

Pro, estando já disponíveis na Autozitânia e Bragalis. A PlusLine<br />

é uma marca PSH (Pos Service Holland), empresa líder no<br />

fabrico de alternadores e motores de arranque, contando com<br />

mais de 20 anos de experiência na produção de componentes<br />

para automóveis.<br />

52 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


APRESENTA VANTAGENS<br />

DOS CARREGADORES YCX<br />

Yuasa | Os carregadores YCX da YUASA são o complemento essencial para a durabilidade<br />

<strong>das</strong> baterias. Têm a capacidade de fazer com que as baterias durem mais tempo, reduzindo<br />

a necessidade de substituição. Para além disso, estão preparados para oferecer uma solução<br />

mais inteligente do que a maioria <strong>das</strong> unidades de carregamento incorpora<strong>das</strong>, especialmente<br />

quando as baterias são armazena<strong>das</strong> sazonalmente. Os carregadores YCX carregam as baterias<br />

mais rapidamente graças a uma maior potência do que outros modelos semelhantes. O processo<br />

de carregamento e manutenção totalmente automático de sete ou nove etapas, foi aperfeiçoado<br />

pelos engenheiros da GS Yuasa para um tratamento inigualável <strong>das</strong> baterias. Têm ótimo<br />

desempenho de carregamento para baterias convencionais de chumbo-ácido, start-stop, EFB,<br />

AGM, lítio e gel. As caraterísticas de segurança foram melhora<strong>das</strong>, incluindo proteção contra<br />

curto-circuito, sobrecarga e inversão de polaridade para maior paz de espírito.<br />

REFORÇA PANÓPLIA DE PRODUTOS<br />

KROFTools | Sempre com o objetivo de oferecer os melhores equipamentos, a KROFTools<br />

adicionou novos produtos ao seu portefólio. Destaque para máquina de impacto 1/2” 1600NM, com<br />

mecanismo de duplo martelo de alto desempenho. O ar é conduzido através da parte inferior do punho<br />

que é moldado ergonomicamente para melhor manuseamento e funcionamento. Por sua vez, a máquina<br />

de impacto 1/2” 1200NM tem um design compacto para áreas de acesso restrito, mecanismo de martelo<br />

único de alto desempenho, múltiplas configurações de aperto e desaperto apenas com ajuste de uma<br />

mão. De referir também o extrator 5ª velocidade Ford, um método rápido e simples de remover a quinta<br />

mudança nas transmissões Ford de tração frontal antes de efetuar reparações internas. O colarinho<br />

bipartido e a manga de retenção garantem uma localização adequada. Aplica-se no Ford Fiesta com<br />

caixa de velocidades IB5, no modelos Focus Mk1, Mk2, Mk3 e nas Transit FWD e Transit Connect - todos os<br />

modelos com caixa de 5 velocidades.<br />

ZAPHIRO ADICIONA AO PORTFÓLIO DE VERNIZES<br />

NOVA LINHA COSMOS<br />

A<br />

Zaphiro adicionou ao seu catálogo uma nova gama de vernizes: Cosmos. Esta nova linha de polimento é<br />

especialmente desenvolvida para o uso em máquinas roto-orbitais. A principal vantagem deste sistema de<br />

polimento roto-orbital, em relação a outros do mercado, é que uma temperatura mais baixa é gerada no<br />

polimento <strong>das</strong> peças, que se traduz num acabamento profissional, estelar e também com menos tendência ao aparecimento<br />

de hologramas. O novo sistema de polimento apresenta uma série de boinas e polidores projetados para<br />

trabalharem em conjunto fornecendo um melhor acabamento. O sistema ZAPHIRO Cosmos baseia-se na utilização<br />

de dois tipos de polimento. Em primeiro lugar, encontramos o verniz Neptuno Polishing Cut, considerado o<br />

primeiro passo deste inovador sistema de polimento. Para resultados ainda melhores, a ZAPHIRO recomenda usar<br />

o segundo passo deste sistema de polimento: o verniz de acabamento Saturno Polishing Finish. Este combina um<br />

corte extremamente fino com grande poder de acabamento, projetado para ser usado em conjunto com o Saturno<br />

Foam Pad para garantir um acabamento impecável, com a eliminação de danos em comparação com outros sistemas<br />

de polimento tradicionais.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 53


Notícias<br />

Produto<br />

LANÇA NOVO LUBRIFICANTE<br />

PARA PESADOS<br />

Cepsa | A Cepsa lançou o TRACTION PRO FE 5W30, um lubrificante 100%<br />

sintético de nova geração e de muito alto desempenho para motores diesel<br />

pesados e veículos comerciais recentes que exigem um óleo de baixa viscosidade<br />

(SAE 5W-30) e perfil API FA-4. Este novo lubrificante da Cepsa permite<br />

uma economia significativa de combustível em comparação com o óleo SAE<br />

15W40 (mais de 1%), contribuindo assim para a redução <strong>das</strong> emissões de CO2<br />

e para a sustentabilidade ambiental. O seu reduzido teor de cinzas (SAPS) torna<br />

este lubrificante adequado para motores Euro VI e anteriores, sendo também<br />

compatível com sistemas de pós-tratamento de gases de escape (DPF/SCR/<br />

EGR), incluindo filtros de partículas. O TRACTION PRO FE 5W30 pode ainda ser<br />

utilizado em motores a gás (GNC) e em motores a biodiesel, em conformidade<br />

com o período de muda indicado no manual do veículo.<br />

BILSTEIN DESENVOLVE<br />

SUSPENSÃO PARA VW MULTIVAN T7<br />

A<br />

Bilstein<br />

desenvolveu uma suspensão EVO S coilover para a última geração de carrinhas<br />

VW T7 caracteriza<strong>das</strong> por um design soberbo. Os elementos característicos são a frente<br />

larga com pára-choques pintado e um pára-brisas fortemente inclinado, bem como a<br />

baixa altura do veículo. A nova suspensão permite regular a altura da carrinha de forma quase<br />

instantânea. Testada no banco de ensaios e nos testes de condução Bilstein em todo o mundo<br />

em várias qualidades de estrada, a suspensão estabiliza a carroçaria para maior desempenho<br />

e conforto. A nova suspensão coilover eleva visualmente a VW T7 a um novo nível à primeira<br />

vista, baixando a carrinha até 50mm (varia dependendo da variante do equipamento e do motor).<br />

Esta medida de afinação sublinha o aspeto dinâmico da nova VW T7. A suspensão EVO<br />

S apresenta-se como mais potente e ao mesmo tempo mais harmoniosa do que a suspensão<br />

padrão, devido à sua regulação amortecedora que foi conseguida ao longo de inúmeras horas<br />

de trabalho.<br />

AUMENTA PORTFÓLIO COM<br />

COMPRESSORES DE PARAFUSO RTA<br />

PCC | A PCC, iniciou 2023 cheia de novidades! É oficial, passaram a<br />

comercializar a nova gama de compressores de parafuso RTA da PUSKA.<br />

Os novos compressores de parafuso PUSKA RTA combinam experiência e<br />

inovação. A fiabilidade reconhecida e o seu parafuso de última geração<br />

estão no centro <strong>das</strong> principais características da gama de compressores de<br />

ar comprimido RTA da PUSKA. Alto rendimento e tamanho reduzido. Uma<br />

combinação muito útil quando o compressor de ar tem de ser instalado<br />

junto à área de trabalho, ou a área de trabalho é pequena. A nova gama<br />

de compressores PUSKA, esta disponível em quatro variantes de potência:<br />

5,5, 7,5, 11 e 15 kW com uma pressão entre 8 e 13 bar.<br />

MAXIGRAS COMPLEX EP É A NOVA APOSTA DA OLIPES<br />

Olipes | Para a lubrificação dos eixos, cubos de ro<strong>das</strong>, extremidades <strong>das</strong> barras transversais, rótulas, juntas em U e eixos<br />

dos braços de controlo, a Olipes criou a Maxigras Complex EP, uma massa azul classificada pela Associação Americana de<br />

Fabricantes de Massas Lubrificantes (NLGI) sob os padrões GC-LB. “Para as empresas de transportes é essencial que os veículos<br />

pesados mantenham um funcionamento eficiente durante todo o ano. Os gestores <strong>das</strong> frotas sabem que é vital que se garanta<br />

continuamente o máximo rendimento do veículo, para desta forma otimizarem a eficiência, a rentabilidade e a competitividade<br />

dos seus negócios. E para tal, a massa lubrificante é um componente-chave, e ainda mais quando se trabalha em condições<br />

ambientais tão duras como as que se verificam no Inverno, onde são necessárias massas que suportem fortes cargas e ofereçam<br />

uma excelente fluência a frio”, explicou Fernando Díaz, codiretor geral executivo da Olipes. A Maxigras Complex EP é uma massa<br />

consistente de cor azul, especialmente desenvolvida em colaboração com os principais fabricantes de rolamentos para ser<br />

aplicada em veículos industriais.<br />

54 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


www.liqui-moly.com<br />

@liquimoly<br />

@liquimolyiberia<br />

RENOVA IDENTIDADE CORPORATIVA<br />

CEMA BATERIAs | renovou a sua identidade corporativa com o lançamento de um<br />

novo logotipo que reflete toda a idiossincrasia da empresa e abre um novo caminho com<br />

uma imagem renovada que mostra a sua faceta mais internacional e profissional. A empresa<br />

lança esta nova imagem aproveitando também a notícia que já avançou há alguns meses em<br />

referência à sua nova localização através da construção de um complexo industrial de 6.000<br />

m 2 numa <strong>das</strong> mais vigorosas zonas industriais da Andaluzia, situada em Alcalá de Guadaíra<br />

(Sevilha). Após quase nove anos desde a sua fundação, CEMA Baterias optou por um visual<br />

mais moderno sem perder os seus valores de marca, tais como proximidade, coragem, dinamismo<br />

e, acima de tudo, o seu aspeto mais internacional. Este é um compromisso totalmente<br />

fundamental tendo em conta as numerosas novidades que a CEMA Baterias incluiu para os<br />

seus clientes neste início de 2023, entre elas, o lançamento da sua própria plataforma B2B,<br />

onde os clientes podem ver a rastreabilidade da sua encomenda a todo o momento.<br />

Gosta de beber<br />

um bom vinho<br />

num copo sujo?<br />

O óleo novo<br />

também prefere<br />

um motor limpo.<br />

PREMIADO NOS LINGXUAN AWARDS<br />

Brembo Sensify | o sistema de travagem inteligente pioneiro da Brembo, recebeu<br />

um prémio de ouro da categoria “chassis forward-looking” por ocasião da 7ª Cerimónia<br />

de Prémios Lingxuan. Os Prémios Lingxuan (nomeadamente o Prémio da Indústria de<br />

Peças Automóveis da China) têm como objetivo encorajar empresas mais proeminentes<br />

e intervenientes na indústria de peças para automóveis e oferecer aos fabricantes de<br />

automóveis um cenário centrado na tecnologia da cadeia de fornecimento. Brembo Sensify<br />

evoluiu naturalmente da herança e do know-how da Brembo. Combina a atual carteira de<br />

produtos Brembo de pinças, discos e materiais de frição com tecnologia digital e inteligência<br />

artificial para criar uma plataforma flexível e evolutiva que inclui software, algoritmos<br />

de previsão e gestão de dados para controlar o sistema de travagem digitalmente, e<br />

personalizar individualmente a resposta de travagem para aumentar o prazer de condução.<br />

A limpeza interna LIQUI MOLY é fundamental<br />

para qualquer motor. Limpa o seu interior<br />

e remove depósitos, sujidade e borras de<br />

óleo. Só assim o óleo de motor novo pode<br />

desenvolver todo o seu potencial.<br />

Vantagens: o motor limpo funciona com<br />

mais eficácia após a mudança de óleo,<br />

de forma mais silenciosa e com menor<br />

consumo e emissões poluentes.<br />

LAVE SEMPRE O MOTOR ANTES<br />

DE CADA MUDANÇA DE ÓLEO!<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 55


QUER SER UM<br />

ESPECIALISTA<br />

EM BATERIAS?<br />

A GS YUASA<br />

AJUDA-O!<br />

A GS Yuasa, o fabricante líder mundial de baterias, lançou<br />

a sua plataforma de formação online de baterias da GS<br />

Yuasa Academy. Para ter acesso a todos os cursos grátis<br />

basta registar-se com o código “Yuasa pt”<br />

Academy: academy.gs-yuasa.eu<br />

Corporate website: www.gs-yuasa.eu<br />

Com mais de 20 cursos de formação detalhados, a GS Yuasa Academy oferece os<br />

melhores conselhos práticos que cobrem cada passo da “viagem” de uma bateria,<br />

desde a saída da prateleira, passando pela manutenção, até ao fim da sua vida<br />

útil. Concebidos para os técnicos <strong>das</strong> oficinas, os cursos baseados em módulos<br />

proporcionam conhecimentos valiosos e competências práticas. A formação é ministrada<br />

no formato de vídeos dinâmicos que incluem uma vasta gama de tópicos<br />

relacionados, desde aplicações e tecnologias apropria<strong>das</strong> até testes de baterias e<br />

gestão de garantias.<br />

Há vários questionários ao longo da formação para que os utilizadores possam<br />

refletir sobre a sua aprendizagem e testar os seus conhecimentos à medida que<br />

progridem. Após completar cada curso, o utilizador receberá um certificado que deve<br />

ser impresso como prova de certificação nesse campo.<br />

A adesão gratuita aos cursos<br />

da GS Yuasa Academy melhora<br />

a capacidade de resposta <strong>das</strong> oficinas que<br />

instalam baterias


PUBLIREPORTAGEM<br />

Registe-se<br />

com o código:<br />

Yuasa pt<br />

Adesão gratuita<br />

A adesão gratuita aos cursos da GS Yuasa Academy melhora a capacidade de resposta <strong>das</strong> oficinas<br />

que instalam baterias. Foi desenvolvido para ajudar as empresas a crescer, melhorando o serviço ao<br />

cliente, reduzindo as devoluções de garantia e maximizando o potencial do negócio <strong>das</strong> baterias.<br />

Com oradores motivadores e gráficos claros para facilitar a aprendizagem, a GS Yuasa Academy<br />

apresenta também as gamas de baterias Yuasa disponíveis no mercado, incluindo as suas principais<br />

características e benefícios, processos de fabrico, informação de especificação de rotulagem e o que<br />

diferencia estas gamas da concorrência. Há várias perguntas de escolha múltipla ao longo do curso,<br />

para que as pessoas possam refletir sobre a sua aprendizagem e verificar a sua compreensão à medida<br />

que vão avançando.<br />

Comece a aprender on-line em www.academy.gs-yuasa.eu/es<br />

Um caminho de aprendizagem estruturado<br />

O programa apresentado pela GS Yuasa Academy tem mais de 20 cursos certificados adaptados a<br />

diferentes funções e áreas de trabalho. Os utilizadores, sejam eles técnicos de oficina ou executivos de<br />

ven<strong>das</strong>, podem estar confiantes de que o nível de aprendizagem será o adequado para eles. No final do<br />

percurso de aprendizagem, os utilizadores sentir-se-ão mais confiantes nos seus conhecimentos, como<br />

aplicá-los no seu trabalho e como fornecer o melhor serviço ao cliente.<br />

Os cursos da plataforma, todos ministrados em formato de vídeo dinâmico, fornecem o mesmo nível<br />

de informação e experiência que a formação ministrada num ambiente mais tradicional e podem ser<br />

iniciados e interrompidos em qualquer dispositivo em qualquer altura.<br />

W W W . A C A D E M Y . G S - Y U A S A . E U


TéCNICA<br />

&Serviço<br />

PARTICULARIDADES DA APLICAÇÃO DE MASSAS<br />

COM AS MÃOS NA MASSA<br />

DEPOIS DA REPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE DAS PEÇas DE UM VEÍCULO, POR Parte DO Bate-CHAPas,<br />

É INEVITÁVEL QUE FIQUEM PEQUENAS IRREGULARIDADES E ONDULAÇÕES. PARA PREPARAR<br />

A SUPERFÍCIE, ANTES DA APLICAÇÃO DAS tintas DE acaBAMENTO, É NECESSÁRIO UTILIZAR<br />

UM PRODUTO QUE A PREENCHA. A MASSA DE POLIÉSTER, GRAÇas ÀS SUAS CARACTERÍSTICAS,<br />

É ADEQUADA PARA A CORREÇÃO DESTAS IRREGULARIDADES<br />

A<br />

massa é uma tinta, em pasta<br />

ou creme, de grande consistência,<br />

utilizada com o objetivo<br />

de preencher imperfeições superficiais.<br />

Dado que a aplicação de<br />

massa é a operação de fronteira entre<br />

as áreas de carroçaria e pintura, as<br />

massas podem ser aplica<strong>das</strong> tanto<br />

pelo bate-chapas como pelo pintor,<br />

de acordo com a organização da<br />

oficina. Se for o pintor a aplicá-las,<br />

pode tornar visível a correta conformação<br />

do metal, contribuindo para<br />

a qualidade da reparação. Inserido<br />

na repintura de automóveis, um dos<br />

produtos mais económicos é a massa<br />

de poliéster, se o compararmos com<br />

outros, como o verniz ou a tinta. Apesar<br />

disso, uma boa escolha da massa<br />

e a sua correta aplicação influenciam<br />

significativamente os tempos totais<br />

do pintor, com a consequente melhoria<br />

da rentabilidade.<br />

CARACTERísticas e processo de<br />

TRABALHO<br />

Aderência<br />

Deve apresentar uma boa aderência<br />

ao substrato no qual se vai aplicar<br />

(metal ou plástico) e, de igual modo,<br />

proporcioná-la aos produtos de pintura<br />

que sejam aplicados sobre ela<br />

(primários e aparelhos). Os fabricantes<br />

indicam nas suas fichas técnicas<br />

os substratos com os quais cada massa<br />

é compatível. Em qualquer caso, é<br />

sempre importante realizar um bom<br />

lixamento como preparação da superfície<br />

antes da sua aplicação. Não<br />

só é necessário reduzir os rebordos<br />

<strong>das</strong> pinturas anteriores, para evitar<br />

que um possível relevo seja a primeira<br />

causa do desprendimento da<br />

pintura, como também se deve lixar<br />

o interior da área reparada pelo bate-chapas,<br />

para facilitar a fixação da<br />

massa. Como em to<strong>das</strong> as aplicações<br />

de produtos de pintura, uma correta<br />

limpeza da superfície na qual será<br />

aplicada massa é outro ponto crucial,<br />

que irá facilitar a aderência.<br />

Mistura<br />

Dado que a massa de poliéster é um<br />

produto de dois componentes, tem<br />

de ser misturada com um catalisador,<br />

composto por peróxido de benzoílo,<br />

que inicia a reação de secagem.<br />

É necessário que o catalisador se<br />

espalhe por toda a massa, garantindo<br />

que a mistura é homogénea. Para<br />

facilitar este passo, o catalisador<br />

possui uma cor muito diferente da cor<br />

da massa, geralmente avermelhada,<br />

de tal modo que uma mistura de<br />

cor uniforme, sem manchas nem<br />

riscos de cor diferente, indica que se<br />

misturou bem. A dose de catalisador<br />

deve ser a adequada (habitualmente<br />

de 3% a 4%). Um excesso de catalisador<br />

irá provocar uma mancha avermelhada<br />

(o denominado defeito de<br />

desbotadura), enquanto a sua escassez<br />

implicará uma falta de secagem<br />

que dificulta o lixamento. Durante<br />

a mistura, deve exercer-se pressão<br />

para evitar que o ar se acumule no<br />

seu interior e que posteriormente<br />

saia, provocando cavidades.<br />

UMA BOA ESCOLHA DA MASSA E A SUA CORRETA APLICAÇÃO<br />

INFLUENCIAM SIGNIFICATIVAMENTE OS TEMPOS TOTAIS DO PINTOR,<br />

COM A CONSEQUENTE MELHORIA DA RENTABILIDADE<br />

58 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Colaboração CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com


TÉCNICA<br />

&SERVIÇO<br />

COMO EM TODAS AS APLICAÇÕES DE PRODUTOS DE PINTURA,<br />

UMA CORRETA LIMPEZA DA SUPERFÍCIE NA QUAL SERÁ APLICADA<br />

MASSA É OUTRO PONTO CRUCIAL, QUE IRÁ FACILITAR A ADERÊNCIA<br />

Aplicação<br />

Desde o momento no qual se realiza<br />

a mistura, há um tempo de aplicação<br />

com espátula, em que ainda<br />

é possível espalhar o produto antes<br />

que endureça. Este é o tempo de duração<br />

da mistura. A forma correta<br />

de aplicação consiste em espalhá-la<br />

em cama<strong>das</strong> finas com uma espátula<br />

flexível, que se adapte bem à superfície,<br />

efetuando passagens uniformes<br />

e cruza<strong>das</strong>, exercendo uma ligeira<br />

pressão de uma extremidade à outra<br />

da superfície reparada para que não<br />

fiquem bolhas. O ângulo da espátula,<br />

relativamente à superfície da peça,<br />

deve ser muito reduzido (cerca de<br />

20°). É conveniente aplicar a quantidade<br />

certa, dado que o excesso deverá<br />

ser lixado posteriormente, o que<br />

implica um aumento do tempo de<br />

trabalho e um custo desnecessário.<br />

Secagem<br />

A reação química exotérmica, que começou<br />

com a mistura do catalisador<br />

com a massa, produz cada vez mais<br />

calor e a dureza da mastsa aumenta.<br />

Os fabricantes indicam nas respetivas<br />

fichas técnicas um tempo de secagem<br />

de referência para uma temperatura<br />

de 20 °C. Esse processo pode ser mais<br />

rápido caso a temperatura seja superior,<br />

e inversamente, uma temperatura<br />

inferior torna-o mais lento. Infra-<br />

vermelhos ou calor em estufa podem<br />

reduzir estes tempos. No geral, a secagem<br />

não é um tempo contemplado<br />

pelas tabelas e tarifários, já que estes<br />

preveem sempre tempos de trabalho<br />

do operário. Portanto, estes períodos<br />

de secagem são adequados para a realização<br />

de outras operações, como a<br />

pesquisa da cor.<br />

Lixamento da massa<br />

Se compararmos com o metal ou o<br />

plástico, a conformação fina é simples,<br />

sendo apenas necessário desgastar<br />

através de abrasão. A superfície<br />

é lixada para obter as formas<br />

deseja<strong>das</strong> da peça, até obter o nivelamento,<br />

curvatura e arestas requeri<strong>das</strong>.<br />

Para o lixamento, a massa deve<br />

estar suficientemente endurecida,<br />

mas não deve passar demasiado tempo<br />

até ter início, pois uma secagem<br />

excessiva irá aumentar a sua dureza<br />

e o esforço para a lixar. O lixamento<br />

da massa será realizado a seco, manualmente<br />

ou à máquina, mas em<br />

nenhum caso com água, já que a sua<br />

natureza higroscópica faz com que<br />

absorva humidade, que mais tarde<br />

pode aparecer na forma de defeitos.<br />

Durante este processo, deve-se passar<br />

a mão repetidamente para verificar<br />

o estado da superfície. Se não for<br />

ótimo, será necessário realizar novas<br />

aplicações de massa até deixar a superfície<br />

em perfeitas condições para<br />

a aplicação dos produtos de pintura<br />

que se seguem.<br />

PASSOS posteriores<br />

Quanto aos produtos que se podem<br />

aplicar sobre elas, há que ter em<br />

conta que nunca devem receber cor<br />

diretamente, pois ocorreriam per<strong>das</strong><br />

de brilho e imperfeições. Por isso,<br />

deve-se aplicar sempre um aparelho<br />

para selar a zona em que foi aplicada<br />

massa.<br />

60 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A CORRETA SELEÇÃO E APLICAção DE MASSAS SERÁ A BASE PARA UMA<br />

REPARAção DE QUALIDADE, GARANTINDO A RENTABILIDADE DOS TEMPOS<br />

E SEM APARECIMENTO DE DEFEITOS<br />

Alterações dimensionais<br />

Outra propriedade exigida à massa<br />

é que as alterações dimensionais<br />

provoca<strong>das</strong> pela dilatação, originada<br />

pelas diferenças de temperatura, têm<br />

de ser mínimas, de modo a que não<br />

contraia ou inche com o tempo. Para<br />

isso, a secagem deve ser completa, de<br />

modo a que a massa não perca volume<br />

e as cama<strong>das</strong> de pintura posteriores<br />

se afundem com ela.<br />

Resistência aos esforços<br />

A massa deve suportar as vibrações do<br />

motor e da rodagem, estando sujeita<br />

a esforços de compressão e tração.<br />

Devido à sua natureza, a massa de<br />

poliéster tem muito bom comportamento<br />

quanto à compressão, mas não<br />

tão bom em relação à tração, sobretudo<br />

se tiver sido aplicada em cama<strong>das</strong><br />

espessas. Este ponto fraco pode fazer<br />

com que a massa, e também as tintas<br />

aplica<strong>das</strong>, fissurem. Embora dependa<br />

do tipo de massa, uma referência comum<br />

é evitar uma espessura superior<br />

a meio milímetro (500 mícrones),<br />

uma vez lixada. Caso sejam necessárias<br />

espessuras superiores, é possível<br />

utilizar, previamente, massas especiais,<br />

sejam de fibra de vidro ou de<br />

epóxi. Se, ainda assim, forem necessárias<br />

espessuras superiores, poderá<br />

ser previamente necessária uma liga<br />

metálica de enchimento.<br />

Seleção da massa<br />

To<strong>das</strong> as marcas de tinta possuem<br />

referências diferentes de massa nos<br />

respetivos catálogos. Os principais<br />

ingredientes da massa de poliéster<br />

são sempre resinas, às quais foram<br />

adiciona<strong>das</strong> cargas de talco. Uma<br />

maior carga de talco proporciona<br />

uma maior espessura, ao passo que<br />

uma maior proporção de resina resulta<br />

em massas mais finas e cremosas,<br />

fáceis de espalhar e com menor<br />

aparecimento de poros. Na atualidade,<br />

o talco está a ser substituído por<br />

microesferas de plástico, que conferem<br />

consistência à massa, ao mesmo<br />

tempo que facilitam o seu lixamento<br />

e reduzem a absorção <strong>das</strong> cama<strong>das</strong><br />

subsequentes. São as denomina<strong>das</strong><br />

massas leves ou de baixa densidade.<br />

Existe uma vasta gama de massas,<br />

segundo a sua natureza, forma de secagem<br />

ou substrato sobre o qual são<br />

aplica<strong>das</strong>:<br />

l Universal<br />

l Fina<br />

l Galvaniza<strong>das</strong> e zinca<strong>das</strong><br />

l Massas leves, de baixa densidade<br />

l Específicas para plásticos<br />

l Reforça<strong>das</strong> com fibra de vidro<br />

l Massas lentas para grandes superfícies<br />

l À pistola<br />

l De secagem por ultravioleta<br />

A correta seleção e aplicação da massa<br />

será a base para uma reparação de<br />

qualidade, garantindo a rentabilidade<br />

dos tempos e sem o aparecimento<br />

de defeitos. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 61


Gestão<br />

to da sua existência passam por esta<br />

fase. É tão necessária como a atividade<br />

comercial, apesar de, à partida,<br />

nunca gostarmos de deixar de trabalhar<br />

com clientes, seja devido aos<br />

vínculos emocionais ou pelo receio de<br />

estarmos equivocados.<br />

COMO REDUZIR DESPESAS NA OFICINA<br />

QUANDO SE PROCURA REDUZIR AS DESPESAS NA OFICINA E AO MESMO<br />

TEMPO MANTER A QUALIDADE DO SERVIÇO QUE SE PRESTA, É DE EXTREMA<br />

IMPORTÂNCIA REALIZAR O CONTROLO DAS DESPESAS DIRETAS E INDIRETAS<br />

Isso não implica deixar de investir,<br />

dado que será sempre necessário<br />

fazê-lo para se ser competitivo no<br />

mercado e disponibilizar o melhor<br />

serviço ao cliente. Existem algumas<br />

estratégias que podem ser implementa<strong>das</strong><br />

para se reduzirem os custos na<br />

oficina sem afetar o serviço. É possível<br />

maximizar os recursos, ganhar em<br />

termos de rentabilidade e reduzir os<br />

custos gerais da nossa oficina, seguindo<br />

estas diretrizes:<br />

CONTROLAR<br />

AS DESPESAS<br />

Automatização de tarefas<br />

Através de um software de gestão,<br />

poderemos saber diariamente, num<br />

relance, as tarefas abertas e o tempo<br />

dedicado a cada operação. Maximizaremos<br />

a rentabilidade e trabalharemos<br />

de forma mais ordenada, proporcionando<br />

ao cliente um serviço de<br />

atendimento com qualidade.<br />

Estudar o custo energético<br />

Esta pode ser uma excelente forma<br />

de ajudar na redução dos custos sem<br />

sacrificar a qualidade. To<strong>das</strong> as empresas,<br />

tanto as grandes como as pequenas,<br />

podem estudar os seus custos<br />

energéticos. Na contabilização<br />

anual podemos estar a falar de uma<br />

grande quantia de dinheiro na qual<br />

nem sequer tinham reparado.<br />

Volume de pedidos<br />

Podem ser feitos pedidos de maiores<br />

quantidades aos fornecedores para se<br />

reduzir a frequência <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />

e se conseguir maiores descontos. Isto,<br />

estando sempre consciente de que esse<br />

volume corresponde realmente às necessidades<br />

da sua oficina.<br />

Encontrar fornecedores<br />

mais económicos<br />

A oficina pode conseguir melhores<br />

resultados se trabalhar com fornecedores<br />

menos dispendiosos e que não<br />

afetem a marca, o serviço ou o produto.<br />

Compare periodicamente a possibilidade<br />

de criar uma nova rede de<br />

fornecedores.<br />

Eliminação de clientes<br />

não rentáveis<br />

Se o cliente não lhe permite ter margem<br />

e é difícil ter alguma rentabilidade,<br />

está na hora de colocar a hipótese<br />

de deixar de trabalhar com o mesmo.<br />

To<strong>das</strong> as empresas nalgum momen-<br />

Externalizar tarefas<br />

Como responsáveis de um negócio,<br />

por vezes, tentamos fazer tudo nós<br />

próprios. Não nos apercebemos que<br />

alguns procedimentos retiram muito<br />

tempo aos trabalhos que acrescentam<br />

valor ao nosso serviço ou ajudam às<br />

ven<strong>das</strong>. Assim, sem nos darmos conta,<br />

no final estamos a ganhar menos de<br />

forma indireta. Podemos subcontratar<br />

a execução de processos que ocupam<br />

muito tempo e não conferem valor ao<br />

nosso serviço.<br />

Reduzir os incumprimentos<br />

de pAGAmento<br />

Não cobrar ou cobrar com atraso pode<br />

sair-nos muito caro. Proponha aos<br />

clientes a opção de pagarem a prestações<br />

e cobre juros ou taxas por pagamentos<br />

em atraso aos clientes que<br />

tenham contas pendentes. Os problemas<br />

de liquidez podem inclusivamente<br />

fazer com que um negócio feche,<br />

mesmo sendo rentável em termos contabilísticos.<br />

Agir rapidamente<br />

Logo que se tenham algumas estratégias<br />

para reduzir as despesas na oficina<br />

e estejam detalhadamente estrutura<strong>das</strong>,<br />

só resta implementá-las de forma<br />

rápida, na medida do possível. Assim,<br />

consegue-se avaliar, em seguida, se o<br />

plano é acertado ou não. E, em todo o<br />

caso, quanto mais rápido se atue mais<br />

margem se disporá para melhorar a<br />

estratégia e testar novas técnicas que<br />

ajudem a ter uma oficina rentável com<br />

um serviço impecável. l<br />

EXISTEM ALGUMAS ESTRATÉGIAS QUE PODEM SER IMPLEMENTADAS<br />

PARA SE REDUZIREM OS CUSTOS NA OFICINA SEM AFETAR O SERVIÇO<br />

62 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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