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Jornal das Oficinas 205

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mas nas peças elétricas e eletrónicas<br />

é muito complicado”, refere.<br />

A logística da empresa é feita essencialmente<br />

com transportadores afetos<br />

ao ramo, que recolhem encomen<strong>das</strong><br />

ao fim do dia e ao fim da manhã,<br />

sendo cada encomenda enviada pelo<br />

transportador que o cliente escolhe.<br />

O custo da logística é tido em conta<br />

pela Vieira & Freitas, pois “é um peso<br />

grande e com a subida do preço dos<br />

combustíveis, obviamente que se tem<br />

de refletir no preço da peça”, afirma<br />

Paulo Torres.<br />

ção de vender diretamente a algumas<br />

oficinas o material elétrico, que por<br />

norma não estava em stock no retalhista,<br />

“são clientes históricos e que<br />

continuam a existir, pois não temos<br />

em todo o país grandes retalhistas<br />

que sejam grandes clientes da Vieira<br />

& Freitas. Temos muitos sítios onde<br />

o retalhista só compra meia dúzia<br />

de coisas e não faria sentido a nossa<br />

empresa não vender às grandes oficinas<br />

da zona, senão deixaria de estar<br />

representado naquela zona”, argumenta<br />

defendendo que “a Vieira &<br />

lha de peças que havia há um ano,<br />

as marcas continuam a ter uma lista<br />

de pendentes grande. Para trás ficaram<br />

as iniciativas de formações para<br />

clientes, muito por falta de adesão<br />

dos parceiros.<br />

Numa altura em que se assiste ao fenómeno<br />

da concentração do negócio<br />

no setor, o diretor-geral da Vieira &<br />

Freitas considera que “embora possa<br />

haver fusão de energias e de sistemas,<br />

penso que as empresas se vão<br />

manter com a mesma identidade,<br />

com as mesmas equipas. Acho que é<br />

do têm de atingir objetivos de finais<br />

de ano. Vendem peças quase ao preço<br />

de custo, mas isso sempre existiu. A<br />

verdade é que os comerciantes estão<br />

cá para ganhar dinheiro. Ou ganham<br />

e estão no mercado, ou não ganham<br />

e morrem, ou… não ganham e têm<br />

outras fontes de rendimento”, atira.<br />

Aproxima-se a expoMECÂNICA<br />

e, uma vez mais, a empresa não irá<br />

faltar, pois trata-se de “um evento<br />

socialmente importante”. Ainda que<br />

não vão lá com intenção de procurar<br />

novos clientes é o momento ideal para<br />

AS NOVAS INSTALAÇÕES COM 5 MIL METROS QUADRADOS DE ÁREA<br />

ALBERGAM MAIS DE 50 MIL REFERÊNCIAS EM STOCK E CONTAM COM UM<br />

SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO DE ARMAZÉM COMPLETAMENTE NOVO<br />

Para o nosso entrevistado, a questão<br />

<strong>das</strong> entregas foi desencadeada pela<br />

concorrência nos grandes centros<br />

urbanos: “As oficinas começaram a<br />

selecionar os seus fornecedores de<br />

retalho pela velocidade de entrega<br />

da peça e há já quem tenha rotas ou<br />

faça entregas quatro vezes ao dia.<br />

Nós entregamos duas vezes ao dia,<br />

para as zonas que temos, porque de<br />

Leiria para baixo já só entregamos<br />

uma vez por dia”. Com mais de 3.800<br />

fichas de clientes abertas, a Vieira &<br />

Freitas não vende apenas para o retalho,<br />

uma vez que mantém a tradi-<br />

Freitas não é um grande grossista, é<br />

um grande retalhista. 90% <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />

que nós executamos são de<br />

uma peça”.<br />

Mercado atual<br />

Sobre a subida do preço <strong>das</strong> peças,<br />

Paulo Torres comenta que não deteta<br />

“que tenha sido grave. Se calhar<br />

as tabelas subiram mais um bocado<br />

do que nos anos anteriores, mas nós<br />

trabalhamos com o preço de custo<br />

da peça e acrescentamos a nossa<br />

margem”. O que o responsável nota<br />

é que, apesar de já não haver a fa-<br />

um investimento financeiro que não<br />

vai alterar em nada o mercado. Obviamente,<br />

vai criar um player mais<br />

forte, mas não penso que a ideia seja<br />

alterar ou afrontar o mercado. Se calhar<br />

vão passar a ser apetecíveis para<br />

grandes grupos internacionais. Já dá<br />

um bolo que pode interessar a mercados<br />

maiores”, defende.<br />

Para Paulo Torres, a entrada dos distribuidores<br />

espanhóis no mercado<br />

português não é uma novidade e, a<br />

seu ver, “pode criar situações de desequilíbrio<br />

em preços de produtos de<br />

grande rotação, especialmente quan-<br />

“conversar in loco com os parceiros,<br />

é um convívio! Só há dois grandes<br />

eventos para o aftermarket: a expo-<br />

MECÂNICA e a Gala TOP 100 do<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, que acho que é de<br />

manter e apostar, pois são <strong>das</strong> poucas<br />

oportunidades em que «saímos da<br />

toca».<br />

Estamos todo o dia a trabalhar e a<br />

dada altura nem conhecemos parceiros,<br />

nem estamos com os nossos concorrentes<br />

para trocarmos umas impressões<br />

sobre o mercado. Este ramo<br />

é muito absorvente”, finaliza. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 35

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