DPAI/ACAP Responsáveis do Estudo sobre o Presente e o Futuro do Aftermarket independente em Portugal (da esquera para a direita): Francisco Nunes, Professor Auxiliar do ISEG, Dra. Rita Alemão, Professora convidada do ISEG e Professor Zorro Mendes, Presidente do Departamento de Economia do ISEG ALTERAÇÃO NO VOLUME DE EMPREGO A diminuição do emprego no aftermarket, entre 2020 e 2036, atinge os 11%, no cenário mediano, esperando-se que a maioria desta diminuição ocorra nos concessionários de marca e nos centros-auto/fast fit. No caso dos reparadores independentes, poderá até registar-se um ligeiro aumento do emprego, em consequência da transferência de clientela com veículos a combustão envelhecidos, que deverá ir abandonando os concessionários de marca e os centros-auto/fast fit. Em face desta situação, os reparadores independentes não podem descansar numa aparente segurança que os clientes dos veículos a combustão ainda lhes proporcionarão nos próximos anos. Terão de se ir preparando para as mudanças que, mais tarde ou mais cedo, chegarão às suas oficinas. Para tal, deverão: manter uma tipologia generalista, procurando um mix entre a assistência aos veículos a combustão (que ainda serão os seus principais clientes por vários anos) e a assistência aos VE (que começarão a entrar gradualmente na sua carteira de clientes); antecipar constantemente as evoluções do seu trabalho e do mercado, e melhorar a informação e o acolhimento prestado aos seus clientes. OS CLIENTES MANTÊM O SEU apreço PELAS CARACTERÍSTICas QUE TRADICIONALMENTE VALORIZAM NO AFTERMARKET, DESIGNADAMENTE O BOM COMPROMISSO QUALIDADE/preço DO SERVIÇO E DA CONFIANÇA NA OFICINA para as empresas do canal independente do aftermarket é a alteração da atual situação de um peso residual destas no negócio do aftermarket, desenvolvendo uma aposta na oferta de peças usa<strong>das</strong>, dada a elevada disposição do grosso dos clientes que constituem o seu mercado futuro (os clientes com menos de 30 anos hoje e que, na sua grande maioria, possuem marcas generalistas) para adquirir este tipo de peças. A sustentabilidade ambiental para a qual o setor do aftermarket deve contribuir de uma forma cada vez mais acrescida, é outra razão que também justifica a maior atenção a dar às peças usa<strong>das</strong>. Em relação à aquisição de peças online parece haver alguma desconfiança por parte dos clientes, a qual perdurará para o futuro, uma vez que é extensiva a to<strong>das</strong> as idades e a todos os tipos de automóveis. Desconfiança essa que não é tão elevada para os detentores de automóveis de marca premium, onde quase um terço admite a aquisição de peças online. Diminuição <strong>das</strong> operações Vai acontecer a diminuição do número total de operações do aftermarket, decorrente da eletrificação dos veículos, a qual ocorre fundamentalmente à custa <strong>das</strong> reparações (onde se regista uma diminuição de 12%, no cenário mediano), as quais são menos necessárias nos veículos elétricos (os componentes de um VE são menos e necessitam de menos reparações do que os componentes de um veículo a combustão). A diminuição do número de operações e do número de horas de mão-de-obra do aftermarket, como consequência do avanço da eletrificação dos automóveis, reflete-se no volume de negócios, o qual diminui tanto mais quanto mais rápida for a penetração dos VE, sendo que, no cenário mediano, a diminuição é de cerca de 6%. Esta tendência de evolução é confirmada por um estudo da Delloite, segundo o qual as receitas dos “serviços pós-venda” tenderão a diminuir 39%, entre 2018 e 2035, para um grupo de 5 países europeus (Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Itália). Estas previsões são efetua<strong>das</strong> aos preços atuais, pelo que a previsível diminuição dos volumes de negócios poderá ser atenuada por um aumento dos preços. l ALTERAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS Cerca de 3% do volume de negócios do setor transfere-se dos concessionários de marca para os reparadores independentes, devido ao elevado peso que os veículos a combustão continuarão a ter no parque automóvel, veículos esses que terão uma idade média cada vez mais elevada e cuja manutenção e reparação se deslocará dos concessionários de marca para os reparadores independentes. Em 2020, apenas 0,1% do volume de negócios dos reparadores independentes era proveniente do VE, enquanto que 99,3% (a quase totalidade) era proveniente dos veículos a combustão. Mas em 2036 e no cenário mediano, os VE já representam 9,4% do volume de negócios e os veículos a combustão diminuem o seu peso para 82,2% do volume de negócios. É uma alteração lenta, mas que deverá acelerar na década de 2040, com o fim da vida útil de muitos dos veículos a combustão, que serão inevitavelmente substituídos por VE. CUSTO MÉDIO anuaL DA REPARAÇÃO/ MANUTENÇÃO O custo médio anual da reparação/manutenção nos reparadores independentes é de 350 €, sendo que, quanto a quem repara a sua viatura nos reparadores independentes: 3 em cada 10 dizem gastar até 200 € 5 em cada 10 dizem gastar entre 200€ e 400€ 1,5 em cada 10 dizem gastar entre 400€ e 600€ 0,5 em cada 10 dizem gastar mais de 600€ A qualidade esperada do serviço, a idoneidade e transparência da oficina e a confiança são os fatores mais valorizados pelos consumidores na hora de escolher onde manter/reparar a sua viatura. Nos reparadores independentes, é igualmente valorizado o preço do serviço prestado. 24 Fevereiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
CHEGOU O SIMPLEX DA OFICINA O 360º SCAN É UM PROGRAMA INOVADOR DESENVOLVIDO PELA IMPOESTE, PARA QUE A SUA OFICINA ALCANCE A MÁXIMA PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE! GESTÃO OFICINAL INTEGRADA FACILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS OPTIMIZAÇÃO DE STOCKS REDUÇÃO DE CUSTOS AUMENTO DA PRODUTIVIDADE AUMENTO DE RENTABILIDADE