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Jornal das Oficinas 205

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Patrocinadores 2022 / 2023<br />

com eles a aprender. O início de carreira foi na oficina<br />

da família, de onde mais tarde decidiu sair para<br />

a Mi<strong>das</strong>, com apenas dezoito anos. Dois anos mais<br />

tarde, voltou para junto da família e fez várias formações<br />

de especialização na área. Aos vinte e três<br />

anos, iniciou o projeto JMS Auto (em 2016), onde<br />

desempenha as funções de gerente e neste momento<br />

são sete apaixonados pelo setor e pela empresa.<br />

Sempre adorou a tecnologia e os automóveis, e o<br />

que mais lhe desperta interesse e curiosidade são<br />

os desafios diários que a mesma apresenta. Frequenta<br />

regularmente vários cursos sobre as novas<br />

tecnologias desde a mecânica à eletrónica automóvel.<br />

Sempre que surgem oportunidades para acompanhar<br />

as novas tendências faz por estar atualizado.<br />

No entanto, ultimamente com o crescimento<br />

da JMS Auto, tem direcionado a sua formação<br />

para gestão de recursos humanos.<br />

No início da JMS Auto teve que dedicar mais tempo<br />

ao projeto “mas o que me torna mais equilibrado é<br />

a minha mulher e parceira de negócio. Começámos<br />

este projeto juntos e com o tempo a família cresceu<br />

e conseguimos lidar com os desafios que nos deparámos<br />

e separar o trabalho da família”, sublinha.<br />

De momento não tem nenhum hobby e nos tempos<br />

livres lê e pesquisa sobre várias tendências e novas<br />

ideias para o seu negócio. Fica com uma enorme<br />

satisfação sempre que a equipa conquista as metas<br />

propostas. “No entanto, reconheço que, como empreendedor,<br />

quero sempre mais e mais. Desde que<br />

tenha saúde, procurarei sempre fazer melhor”, afirma.<br />

No futuro acredita que a necessidade de formar<br />

e encaminhar novas gerações para este setor tem<br />

de ser o foco, pois “todos sentimos a enorme falta<br />

de mão-de-obra qualificada e as empresas têm de<br />

se focar em ter boas políticas de recursos humanos<br />

para capturar e reter talento”, realça.<br />

A decisão de participar na Competição partiu<br />

de uma brincadeira, mas como é extremamente<br />

competitivo, confessa que irá fazer tudo para levar<br />

o prémio para a JMS Auto. “A minha perspetiva<br />

nesta edição é conquistar o primeiro lugar e<br />

fazer bom networking com todos os concorrentes.<br />

Considero que este novo formato pode trazer<br />

benefícios para a divulgação e credibilização da<br />

profissão Mecatrónico Automóvel. Precisamos<br />

de mais eventos como este para cativar as novas<br />

gerações a verem que esta profissão é divertida.<br />

Penso que até faria sentido existir um vídeo para<br />

posteriormente o mesmo ser divulgado nas escolas<br />

profissionais de mecatrónica, de modo que os<br />

jovens consigam entender que é um setor aliciante.<br />

Para nós que fazemos a prova, até será divertido<br />

a pressão extra”, conclui.<br />

Jorge Jesus<br />

“ Participo pela<br />

possibilidade de<br />

aprendizagem e troca<br />

de conhecimentos”<br />

Jorge Jesus tem 34 anos e vive em Maria Vinagre<br />

concelho de Aljezur, Algarve. Trabalha na Auto<br />

Marreiros, uma oficina independente multimarca<br />

O percurso de Jorge Jesus até chegar a mecatrónico<br />

automóvel foi o normal. Fez o 12º ano e depois<br />

foi para a universidade estudar Engenharia Mecânica<br />

que concluiu em 2010. Depois disso ainda<br />

procurou alguns trabalhos na área da engenharia,<br />

nomeadamente nas marcas, mas como na altura<br />

se vivia uma crise em Portugal, foi complicado arranjar<br />

emprego e decidiu então começar a trabalhar<br />

na oficina dos seus pais, a Auto Marreiros, e<br />

a aprender mais mecânica prática e a frequentar<br />

cursos de mecânica. “O meu pai foi a fonte de inspiração<br />

para seguir esta profissão, pois ele começou<br />

com 12 anos nesta área a aprender, montando<br />

depois o seu próprio negocio e eu sempre o via a<br />

trabalhar, a mexer nos carros a desmontar motores<br />

desde pequenino e sempre fui curioso com o que<br />

ele fazia e me ensinava e comecei desde muito cedo<br />

a ter o bichinho da mecânica”, refere Jorge Jesus.<br />

Desde pequeno que sabia o que queria na vida e<br />

sempre teve a intenção de ser mecânico “lembro-<br />

-me de os meus professores no 9º ano me perguntarem<br />

o que queria ser, a área que queria seguir, e<br />

eu sempre lhes respondia que ia tirar engenharia<br />

mecânica e depois especializar-me na mecânica<br />

automóvel. O que mais me atraiu e continua a<br />

atrair é a constante evolução dos carros e o aprender<br />

todos os dias coisa novas nesta área”, sublinha.<br />

Para acompanhar a evolução tecnológica dos veículos<br />

tem feito muitas formações na área da eletrónica<br />

e tenta estar sempre atualizado com as novidades<br />

do mercado, com o material que sai e com<br />

as novas motorizações que vão surgindo. “Procuro<br />

sempre mais formações e mais conhecimento,<br />

apesar de no Algarve ser um pouco difícil existir<br />

formações a nível de eletrónica tento sempre frequentar<br />

formações e realizar cursos online para<br />

obter mais conhecimentos, pois os carros estão em<br />

constante evolução e nós mecatrónicos temos que<br />

estar sempre atualizados. Nem sempre consegue<br />

equilibrar a vida pessoal com a profissional, pois é<br />

uma profissão que ocupa muito tempo, mas existe<br />

uma grande compreensão da sua parceira e tenta o<br />

máximo para equilibrar as duas partes. Nos tempos<br />

livres aproveita para estar com a família e ainda<br />

faz serviço de bombeiro voluntário nos Bombeiros<br />

de Aljezur.<br />

Todos os dias sente satisfação a desempenhar o seu<br />

trabalho e realizado pela profissão que escolheu.<br />

Quanto ao futuro da profissão, acha que vai ser<br />

muito mais exigente derivado aos veículos elétricos,<br />

terá de existir mais formações e mais informação<br />

disponível mas sempre em constante evolução.<br />

“Penso que o futuro da mecatrónica irá ser muito<br />

diferente, pois com a chegada dos carros elétricos<br />

o mercado automóvel mudou bastante e com o fim<br />

previsto dos carro a combustão tudo irá mudar, o<br />

mercado automóvel, as peças, a manutenção e isso<br />

irá obrigar as oficinas a mudar”, afirma.<br />

Inscreveu-se no Melhor Mecatrónico Automóvel<br />

2023, não pela competição em si, mas pela possibilidade<br />

de aprendizagem e troca de conhecimentos.<br />

Espero que seja um evento muito bom e<br />

consiga tirar o maior partido do mesmo a nível de<br />

conhecimento e aprendizagem pois é o mais importante<br />

da competição. “Penso que a ser realizada<br />

no decorrer do salão expoMECÂNICA é uma mais<br />

valia, pois assim podemos divulgar ainda mais as<br />

nossas profissões e quem sabe atrair os mais novos<br />

para esta profissão, pois hoje em dia o mercado<br />

está cada vez mais exigente e existe muita falta de<br />

mão de obra.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Fevereiro I 2023 21

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