Revista dos Pneus 72
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Durante as últimas décadas,<br />
embora o mercado pós-venda<br />
tenha evoluído, os modelos de<br />
negócio básicos não mudaram<br />
na sua essência. As pessoas e as empresas<br />
adquirem veículos e estes veículos são<br />
assisti<strong>dos</strong> e manti<strong>dos</strong> pelos concessionários<br />
ou pelas oficinas independentes. À medida<br />
que os veículos se tornaram mais sofistica<strong>dos</strong><br />
com a introdução de sistemas controla<strong>dos</strong><br />
eletronicamente, a capacidade de aceder<br />
às informações técnicas necessárias para<br />
diagnosticar, reparar ou manter o veículo<br />
tornou-se cada vez mais crítica, tendo sido<br />
necessária legislação para garantir que ainda<br />
podem ser oferecidas escolhas competitivas.<br />
Poder reparar os veículos atuais tem sido,<br />
portanto, uma questão de formação e<br />
equipamento adequa<strong>dos</strong>, apoia<strong>dos</strong> pelo<br />
marketing local para atrair proprietários de<br />
veículos para a sua oficina. Isto é relativamente<br />
simples e mais um processo de educação do<br />
que uma revolução do modelo de negócio<br />
básico - mas esta realidade está a começar<br />
a mudar. O futuro está a ser visto como<br />
“mobilidade” e “serviços de mobilidade”, e<br />
a forma como se está a desenvolver terá um<br />
impacto acentuado no mercado pós-venda<br />
tal como o conhecemos hoje.<br />
Há várias razões fundamentais pelas quais o<br />
futuro irá impor uma mudança nos modelos<br />
de negócio atuais. Os grupos propulsores continuam<br />
a evoluir e este ritmo de mudança irá<br />
aumentar. Os veículos podem ainda ter um<br />
motor de combustão interna, mas este fará<br />
parte de um sistema híbrido, que é mais provável<br />
que seja a gasolina do que a gasóleo -<br />
mas incluirá alguma forma de motor elétrico<br />
- quer como unidade de transmissão direta,<br />
quer como “mild hybrid” de 48 volts, mas em<br />
ambos os casos com funções de recuperação<br />
de energia que reduzem a necessidade de<br />
travagem e, consequentemente, a substituição<br />
<strong>dos</strong> componentes do sistema de travagem.<br />
Este facto ganha ainda mais amplitude<br />
se o veículo for totalmente elétrico, sendo<br />
necessários muito menos requisitos de serviço<br />
e manutenção. No entanto, estes tipos<br />
de veículos apenas irão criar uma evolução<br />
<strong>dos</strong> modelos de negócio atuais.<br />
A revolução chega quando se considera a<br />
mudança de propriedade do veículo que<br />
está a verificar-se cada vez mais e cujo ritmo<br />
irá aumentar. Os “bons velhos tempos” da<br />
aspiração de possuir um veículo já não se<br />
confirma na geração mais jovem e está a<br />
ser desenvolvida toda uma nova gama de<br />
“serviços de mobilidade”. Em muitos casos,<br />
isto significa que o proprietário do veículo<br />
deixa de ser um indivíduo para se tornar<br />
uma organização empresarial, ou mesmo<br />
continuar a ser o próprio fabricante do veículo.<br />
Se o fabricante do veículo continuar a ser<br />
o proprietário do veículo, então também<br />
poderá exigir que os trabalhos no âmbito da<br />
garantia sejam trata<strong>dos</strong> por si, para assegurar<br />
que os seus “padrões” são manti<strong>dos</strong>. Em<br />
última análise, à medida que os modelos de<br />
propriedade de veículos mudam e os “serviços<br />
de mobilidade” se tornam a norma, cada<br />
elemento do seu negócio é suscetível de ser<br />
gerido pelas exigências das organizações<br />
empresariais. Esta não é uma questão<br />
legislativa, mas uma consequência direta<br />
das mudanças nos modelos de serviços de<br />
mobilidade e do seu impacto comercial. Isto<br />
muda fundamentalmente a forma como a<br />
manutenção e a reparação do veículo serão<br />
efetuadas.<br />
A boa notícia é que ainda serão necessárias<br />
oficinas independentes, mas o impacto mais<br />
significativo será a redução nas suas taxas<br />
horárias e margens nas peças de substituição.<br />
Em última análise, isto pode também ter<br />
impacto no “modus operandi” da oficina, ao<br />
impor requisitos técnicos, de gestão e de<br />
elaboração de relatórios. Surge assim uma<br />
questão simples: Quem controla efetivamente<br />
o seu negócio - você ou o proprietário do<br />
veículo de serviços de mobilidade? ♦<br />
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