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Jornal das Oficinas 212

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NUNO DURÃO<br />

A ARNOTT É A PRIMEIRA MARCA DA PRO4MATIC E ISSO JÁ LHE VALEU, POR<br />

MAIS DO QUE UMA VEZ, UM LUGAR ENTRE OS MELHORES DISTRIBUIDORES<br />

OFICIAIS DA MARCA NA EUROPA<br />

antes da venda. Tem de se perceber<br />

por que é que acontece determinado<br />

sintoma, pois frequentemente nem é<br />

da peça, é de outro componente”, diz.<br />

Com o tempo, a Pro4Matic tem alargado<br />

as marcas e os produtos com os<br />

quais trabalha, não por necessidade,<br />

salienta Nuno Durão, mas sim como<br />

“complemento ao negócio, porque<br />

está tudo interligado… os pneumáticos<br />

danificam-se porque os braços<br />

de suspensão também têm deficiência,<br />

por exemplo”, esclarece. No entanto,<br />

é direto ao afirmar que não se<br />

querem “alongar muito, porque ao<br />

começar a vender muita coisa, passamos<br />

a ser uma casa de peças. Não<br />

é que isso seja mau, mas desfoca-nos<br />

do que é importante. O mercado está<br />

sempre em evolução e diversificando<br />

muito vai-nos tirar tempo e esse<br />

tempo vai-nos prejudicar”, entende.<br />

Neste momento, o negócio deste<br />

centro especializado em suspensões<br />

pneumáticas é “97% profissional e<br />

3% particular, sendo os profissionais,<br />

oficinas e retalhistas”. Desde<br />

2012 que comercializam produtos<br />

para Espanha, um mercado que o<br />

responsável considera “difícil, mas<br />

que está a evoluir”. Lá, como em Portugal,<br />

o modelo de distribuição é semelhante,<br />

com os contactos a chegar<br />

via internet e através do «passa palavra»,<br />

que é “a melhor publicidade”.<br />

Ter filiais da Pro4Matic, diz Nuno,<br />

“já foi falado”, mas não está – pelo<br />

menos para já – nos planos, pois o<br />

empresário prefere a ideia de “ter<br />

parceiros que estejam ligados a nós,<br />

do que filiais que possam desvirtuar<br />

a nossa essência. E aqui nós temos a<br />

nossa essência”, garante.<br />

Os salões são “fulcrais”<br />

Para o diretor-geral da Pro4Matic,<br />

marcar presença nos grandes eventos<br />

do setor do aftermarket é fundamental<br />

para a empresa. “Os salões<br />

são importantes para desmistificar<br />

muita coisa, até entre parceiros, porque,<br />

por mais que queiramos, não<br />

conseguimos acompanhar todos os<br />

clientes. Temos 10 mil clientes a nível<br />

nacional e é um ponto fulcral onde<br />

nos encontramos com os media, com<br />

os clientes, com os fornecedores e<br />

até com a concorrência! Vamos para<br />

apresentar a empresa, como especialistas<br />

em suspensões pneumáticas. Se<br />

conseguirmos clientes novos, melhor.<br />

Esse é um dos objetivos, mas não é o<br />

principal”, revela. O contacto com os<br />

clientes assenta sobretudo nas redes<br />

sociais, e-mails e newsletters. Sendo<br />

um nicho, Nuno Durão é da opinião<br />

de que “não podemos estar sempre a<br />

suscitar curiosidade, só quando aparece<br />

algo novo na oficina”. E deixa o<br />

exemplo dos filtros ou <strong>das</strong> pastilhas<br />

de travão, que estão sempre a ser<br />

consumidos nas oficinas, “isto não,<br />

pelo que não podemos andar sempre<br />

a insistir no marketing, pois não faz<br />

sentido. Vamos fazendo periodicamente<br />

algumas campanhas”.<br />

Com o crescimento da empresa a<br />

rondar os 35/36% em 2023, Nuno<br />

Durão acredita que ainda há capacidade<br />

para continuar a evoluir, admitindo,<br />

ainda assim, que “o mercado<br />

é só um e vai chegar a um ponto em<br />

que não estica”. O fundador da Pro-<br />

4Matic relembra que “muita gente<br />

não tem noção, mas o nicho onde<br />

estamos inseridos, <strong>das</strong> suspensões<br />

pneumáticas, representa cerca de 1,5<br />

a 2% do mercado português, ou seja,<br />

é um nicho muito pequeno”.<br />

Apostas no futuro<br />

A Pro4matic tem 10 colaboradores<br />

e está atualmente a recrutar mais<br />

dois mecânicos e uma rececionista,<br />

para ter, no total, 6 na parte mecânica<br />

e 2 rececionistas. Está em vista<br />

a digitalização dos serviços, algo que<br />

Nuno Durão considera que “nunca<br />

se consegue na totalidade, porque<br />

há sempre coisas burocráticas em<br />

que os papéis nos acompanham…<br />

mas também é bom termos papéis!”,<br />

aponta. No seguimento da aquisição<br />

de um terreno contíguo às atuais instalações,<br />

para 2024, a grande novidade<br />

será a construção de um novo<br />

armazém, cuja dimensão ainda está<br />

a ser estudada. Por forma a garantir<br />

que ainda fica alguma margem<br />

de crescimento, Nuno Durão ainda<br />

não sabe se irá “duplicar, triplicar ou<br />

quadruplicar o espaço”, ficando a infraestrutura<br />

que existe agora apenas<br />

dedicada à oficina de serviços gerais.<br />

Outro dos projetos para retomar, que<br />

a pandemia adiou, são as ações de<br />

formação para clientes. “Temos tudo<br />

preparado para receber as pessoas,<br />

está agendado com a Arnott fazer um<br />

calendário de formações para os profissionais.<br />

São muito poucos os clientes<br />

que nos pedem formação, mas<br />

isto só acontece porque lhes damos<br />

muita confiança. Ao telefone, na venda,<br />

fazemos uma «micro formação»<br />

e, com o tempo, a pessoa sendo nossa<br />

cliente, vai aprendendo”, explica.<br />

Questionado sobre como vê a empresa<br />

daqui a cinco anos, Nuno Durão<br />

opta por “não fazer perspetivas a tão<br />

largo prazo”. O nosso interlocutor<br />

confessa que não consegue “trabalhar<br />

a tanto tempo nos dias de hoje. Tenho<br />

uma perspetiva de crescimento (e nós<br />

estamos a crescer!), pelo que estamos<br />

a aproveitar e queremos consolidar.<br />

Não fazemos grandes previsões, vamos<br />

trabalhar apenas”, diz, adiantando<br />

que não tem dúvi<strong>das</strong> de que 2024<br />

“vai ser um ano positivo”. l<br />

18 Outubro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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