André Rebouoas: da Engenharia Civil j Engenharia Social

Parte II – Capítulo V. Rumo à Economia Política. 253
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Rebouças nas obras da Alfândega, e indicado por ele como sócio remido no Instituto Politécnico.
198
No entanto, somente as seções da Indústria Fabril e a do Comércio apresentaram pareceres, tendo a de Agricultura se eximido da
controvérsia.
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Cf. Peter GOUREVITCH, Politics in Hard Times. Comparative responses to International Economic Crises, Ithaca and London:
Cornell University Press, 1986. (Capítulo 3: “Protectionism and Free Trade: The Crisis of 1873-96”). Segundo Gourevitch, as
décadas de 1850 e 1860 trouxeram prosperidade econômica e material tanto à Grã-Bretanha como a outros países que, inseridos na
nova divisão internacional do trabalho, se industrializaram a partir de então. Foi graças a esta prosperidade que a política econômica
liberal clássica pôde ser adotada, simbolizada pelo tratado de livre comércio entre França e Inglaterra em 1860. Todavia, a
transformação radical da economia internacional vista pelo autor como verdadeiro “cataclisma” (alteração dos processos tradicionais
da agricultura, revolução dos transportes e da indústria), ao reduzir custos e suplantar a demanda, teve como efeito a redução das
expectativas de lucro e a queda no ciclo econômico, produzindo deflação. Assim, a crise de 1873-1896, embora menos intensa do
que a “grande depressão” de 1930, foi um dos maiores períodos de reajustamento estrutural na Economia internacional. E teria sido
justamente a ambigüidade em relação ao caráter daquela “depressão” que ensejaria o debate sobre as duas diferentes respostas dos
países à ela: ou o “mercado”, cuja aceitação da nova divisão do trabalho poderia implicar no risco em se adotar difíceis
reajustamentos internos, re-alocando fatores de produção em função da demanda externa, ou, alternativa predominante, o
“protecionismo”, erigindo barreiras alfandegárias ou formando cartéis. Somente a Inglaterra permaneceu livre-cambista neste
período, ao passo que a Alemanha foi o primeiro país a adotar o protecionismo, seguindo-se a França e demais países europeus. Os
Estados Unidos adotaram protecionismo às suas indústrias, mas mantiveram-se relativamente abertos aos produtos agrícolas. (Idem,
pp.71-76).
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Segundo o dicionarista Moraes e Silva, indústria significava “arte, destreza, para granjear a vida; engenho, traça, em lavrar, e fazer
obras mecânicas, em tratar negócios civis”. Já o termo “manufatura” era o mais próximo ao atual significado de atividade fabril, pois
denominava a “fábrica, mecânica, e oficina de artefatos; de lanifícios, de sedas, chapéus, panos”. Verbete “Indústria”, in. Ronaldo