André Rebouoas: da Engenharia Civil j Engenharia Social
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Parte III – Capítulo VI. O Espectro do Reformismo 275<br />
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39 Aqui, Rebouças parece estar respondendo a muitos que defendiam, junto à SAIN, a criação de bancos de Crédito Real subvencionados<br />
por garantias de juros. Como por exemplo Buarque de Macedo, para quem tal “dispêndio ao tesouro” significaria to<strong>da</strong>via “um<br />
dispêndio dos mais profícuos ao país, e que cessar[ia] logo que tais estabelecimentos, pela nova organização <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de agrícola,<br />
pude[ssem] caminhar por si.” (O Auxiliador <strong>da</strong> Indústria Nacional, n. 11, 4 de novembro de 1873). Rebouças também parece<br />
responder ao projeto de “auxílio à Lavoura”, apresentado em 1875 por Cardozo de Menezes, Araújo Brusque, Bandeira de Melo,<br />
dentre outros, o qual, embora tivesse pontos de contato em relação ao seu diagnóstico, e inclusive apontasse para a criação de<br />
Engenhos e Fazen<strong>da</strong>s Centrais, propunha também a criação de bancos de crédito e hipotecários: “Acreditam as comissões [<strong>da</strong> SAIN]<br />
que as letras hipotecárias, emiti<strong>da</strong>s pelos bancos de crédito territorial, organizados sob a proteção do governo, com autonomia<br />
própria nas circunscrições de maior produção agrícola, pela forma exposta, exercerão todo crédito e [ilegível], e serão especialmente<br />
procura<strong>da</strong>s pelos credores <strong>da</strong> lavoura, hoje que estão ameaçados de liqui<strong>da</strong>ção vários engenhos e estabelecimentos industriais, e que<br />
o crédito tanto se retrai; hoje, que por esse motivo tão difícil é a aquisição de capitais, as pessoas que vêm seus créditos mal parados<br />
serão as primeiras a receber em pagamento deles, e sem desconto, as letras hipotecárias dos bancos fiscalizados auxiliados pelos<br />
poderes públicos.” (O Auxiliador <strong>da</strong> Indústria Nacional, n. 7, 17 de julho de 1875).<br />
40 Idem, p. 298.<br />
41 Idem, p. 6.