18.01.2014 Views

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO ... - UFSM

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO ... - UFSM

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO ... - UFSM

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

75<br />

4 DISCUSSÃO<br />

Tradicionalmente, os vinhos são preparados pela fermentação de mostos de uvas, no<br />

entanto, nos últimos anos, muitos autores tem reportado a utilização de outras frutas, que não a<br />

uva, para a produção de bebidas fermentadas, popularmente chamadas de vinhos de frutas. Alguns<br />

dos mais recentes trabalhos publicados utilizam guabiroba (DUARTE et al., 2009; DUARTE et al.,<br />

2010), cupuaçu, cacau e umbu (DUARTE et al., 2010), cajá (DIAS et al., 2003) e caju (GARRUTI<br />

et al., 2006). Mais recentemente Pino e Queris reportaram a composição volátil de fermentado de<br />

abacaxi, manga e goiaba (PINO & QUERIS, 2010; PINO & QUERIS, 2011).<br />

A presente pesquisa buscou explorar o potencial de aproveitamento da fruta butiá (B.<br />

odorata) através do desenvolvimento de uma bebida fermentada. Além do desenvolvimento,<br />

buscou-se caracterizar a bebida dentro dos parâmetros comumente analisados em vinhos como,<br />

pH, teor alcoólico, acidez total titulável e acidez volátil (AMERINE e OUGH, 1976). Além disso,<br />

realizou-se o estudo da composição volátil da bebida utilizando dois métodos de extração no<br />

headspace da amostra. Os compostos majoritários foram extraídos pela técnica de extração no<br />

headspace estático da amostra e os compostos minoritários foram extraídos pela técnica de<br />

microextração em fase sólida (SPME). O potencial odorífero da bebida foi avaliado através da<br />

análise GC-olfatométrica utilizando a técnica de frequência de detecção de odores. Além da<br />

caracterização da bebida, foram estudados alguns parâmetros que possivelmente viessem a afetar<br />

a qualidade sensorial da mesma. Para isso, foram realizadas fermentações a diferentes<br />

temperaturas, diferentes tempos de maceração e com diluição do mosto de butiá. A fim de avaliar<br />

o efeito dos tratamentos aplicados aos fermentados realizou-se o estudo da fração volátil dos<br />

mesmos buscando identificar, entre os tratamentos, os compostos que obtiveram variação na<br />

concentração. Além disso, um teste de aceitação sensorial foi aplicado para correlacionar os dados<br />

obtidos com a preferência dos consumidores pelos fermentados e também a intenção de compra<br />

(manuscrito 1 e 2).<br />

A caracterização físico-química dos fermentado mostrou que os resultados obtidos foram<br />

semelhantes aos encontrados por outros autores em vinhos de frutas (NETO et al., 2006; DIAS et<br />

al., 2006; ASQUIERI et al., 2008). O resultado para a acidez total titulável (10.1 g/l) pode ser<br />

atribuída ao ácido cítrico, ácido minoritário nas uvas, mas majoritário em muitas frutas atribuindo<br />

ao fermentado um aumento na acidez (Moreno e Peinado, 2012). O resultado foi considerado alto

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!