APRESENTAÇÃOA normalização da descrição arquivística em nível internacional tomou grande impulso nofinal da década de 1980. Aspiração antiga, a necessidade de normalização imposta pelouso de computadores em arquivos se fazia sentir nessa época de maneira cada vez maior,ao mesmo tempo em que os progressos normalizadores da área da biblioteconomia demonstravamas vantagens alcançadas quando trabalhos baseavam-se em procedimentostécnicos comuns. Alguns países como os Estados Unidos e a Inglaterra 1 já haviam caminhadona direção do estabelecimento de normas de descrição, mas coube ao Canadá,que então iniciava a elaboração de suas normas nacionais sob o patrocínio do NationalCouncil on Archives/Conseil National des Archives, a proposta ao Conselho Internacionalde Arquivos (CIA), em1988, da criação de normas internacionais de descrição.Em 1989, especialistas de vários países reuniram-se em Paris e decidiram criar umacomissão específica para, no âmbito do CIA, realizar tal tarefa. 2 A primeira reunião daComissão ocorreu em 1990, na Alemanha, congregando especialistas do Canadá, Espanha,Estados Unidos, França, Inglaterra, Malásia, Portugal e Suécia. A partir da divulgaçãoe discussão de uma declaração de princípios quanto à descrição arquivística no CongressoInternacional de Arquivos de Montreal, o grupo passou a contar com um representanteda Austrália, num esforço de conciliar e atender a tradições técnicas diversas.O primeiro trabalho consolidado da Comissão foi a elaboração da norma para descriçãode documentos arquivísticos ISAD(G), 3 publicada em 1994, abrangendo documentos detodo e qualquer suporte, respaldada em procedimentos metodológicos já implementados,bem como definindo um universo de elementos de descrição para registro de informaçõestradicionalmente recuperadas. Em 1996, foi lançada a norma ISAAR(CPF), 4 complementarà primeira, regulando a descrição do produtor, entidade fundamental para ocontexto dos documentos descritos.1 Na década de 1970 foi lançado pela Library of Congress o Marc AMC, formato MARC específico para arquivos emanuscritos. Em 1983, Steven L. Hensen publica o Archives, personal papers and manuscripts: a cataloguingmanual for archival repositories, historical societies and manuscripts, que ficou conhecido pela sigla APPM. Aprimeira edição do Manual for archival description de Michael Cook e Margaret Procter foi lançada em 1986.2 A importância do Canadá nesse processo foi tamanha, que os dois primeiros secretários-executivos da Comissãoad hoc e, depois, do Comitê de Normas de Descrição (CND) foram os canadenses Hugo Stibbe e Kent Haworth.A ligação desse país com a questão da normalização permanece, e o Comitê de Boas Práticas e Normas Profissionais,que na atual estrutura do CIA veio a suceder ao CND, tem como presidente Marion Beyea, presidente doComitê de Normas do National Council on Archives / Conseil National des Archives.3 INTERNATIONAL COUNCIL ON ARCHIVES. ISAD(G): General international standard of archival description. Ottawa:Secretariat of the ICA Ad Hoc Comission on Descriptive Srandards, 1994.4 INTERNATIONAL COUNCIL ON ARCHIVES. ISAAR(CPF): Intenational standard archival authority record for corporatebodies, persons and families; proposed by the Ad Hoc Comission on Descriptive Standards, Paris, France, 15-20November 1995. Final ICA approved version. Ottawa, 1996.<strong>NOBRADE</strong> 7
Em 1996, durante o Congresso Internacional de Arquivos ocorrido em Pequim, a Comissãoad hoc foi transformada em Comitê de Normas de Descrição (CND), passando a integrarformal e permanentemente a estrutura do CIA. Na ocasião, sua composição foi alterada e oBrasil convidado a designar um representante para o CND, cuja principal tarefa à época erarealizar a revisão e a segunda edição da ISAD(G).A ISAD(G) não era conhecida no Brasil. Não havia sido impressa aqui e a única traduçãoem português era aquela publicada nos Cadernos BAD, da Associação Portuguesa deBibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, com pequena circulação em nosso país. Anecessidade de participar do processo de revisão impunha, então, como primeira providência,traduzir a norma e divulgá-la o mais amplamente possível. O Arquivo Nacionalassumiu essa tarefa e no início de 1998 publicou a primeira edição brasileira das normasinternacionais ISAD(G) e ISAAR(CPF), gratuitamente distribuídas no país, além de aproveitaroportunidades e de promover eventos para discuti-las, sobretudo a ISAD(G), cujarevisão internacional se iniciava.A participação do Brasil no processo de revisão da ISAD(G) foi extremamente proveitosa.Ganhou a Norma, ao incorporar uma visão crítica mais afastada dos grandes centros dediscussão arquivística e com experiências diferenciadas em termos de tradição e tecnologia. 5Ao mesmo tempo, ganhou a comunidade profissional brasileira, ao ter um contato maisamplo e constante com as preocupações de colegas de outros países, 6 além de aprofundarsua reflexão sobre a própria ISAD(G). 7 As mesmas vantagens ocorreram quando darevisão da ISAAR(CPF), realizada entre 2000 e 2004. As duas normas revisadas forampublicadas pelo Arquivo Nacional.A ISAD(G), exatamente por pretender ser internacional, aplicável a todos os tipos demateriais arquivísticos, utilizável tanto em sistemas manuais quanto automatizados dedescrição, tem um alto grau de generalidade, definindo apenas a macroestrutura dadescrição, deixando a definição quanto a procedimentos específicos para outras esferasde decisão, nacionais ou institucionais. Daí a insistência do CND sobre a necessidade denormas nacionais e, conseqüentemente, a necessidade de cada país refletir sobre suarealidade e criar normas próprias. 85 Uma das contribuições foi a possibilidade de a ISAD(G) ser usada tanto na descrição de fundos quanto decoleções, o que passou a ser expressamente declarado na segunda edição.6 A partir de 1998, o Arquivo Nacional promoveu um seminário internacional e dois cursos sobre descriçãoarquivística, além de, aproveitando a reunião do CND durante o seminário ibero-americano de arquivos, em2003, ter patrocinado também um curso sobre a experiência australiana com documentos eletrônicos.7 O mesmo ocorreu com a norma ISAAR(CPF), embora nesta apresentação essa experiência não seja analisada.8 Até aqui, este texto reproduz, com pequenas alterações, a comunicação de Vitor Manoel Marques da Fonsecano Congresso Brasileiro de Arquivologia de 2006, intitulada A norma brasileira de descrição arquivística –versão preliminar.8 Norma brasileira de descrição arquivística
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