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Referência Florestal 245 / Outubro 2022

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aixa intensidade de manejo, o FSC criou o padrão de certificação<br />

SLIMF (Floresta de Pequena Escala ou de Manejo de<br />

Baixa Intensidade, em inglês), que apresenta indicadores e<br />

processos de auditoria mais simplificados. Produtores florestais<br />

com área de efetivo plantio de até 480 ha são elegíveis<br />

para o padrão SLIMF. A organização de pequenos produtores<br />

florestais em grupos de certificação também permite o rateio<br />

dos custos do processo e da responsabilidade em gerar<br />

e gerenciar evidências que comprovem o seu desempenho<br />

durante as auditorias.<br />

O Procedimento de Melhoria Contínua (FSC-<br />

-PRO-30-011) é uma outra ferramenta recentemente lançada<br />

pelo FSC e que tem como objetivo facilitar ainda mais o<br />

acesso dos pequenos e médios produtores florestais ao processo<br />

de Certificação <strong>Florestal</strong>. Esse procedimento permite<br />

que pequenos produtores e comunidades, caracterizados<br />

como SLIMF, possam ser certificados sem que o seu manejo<br />

florestal atenda a todos os requisitos do padrão de certificação<br />

SLIMF em um primeiro momento. Para obter essa certificação<br />

é suficiente ter iniciado e implementado medidas<br />

cruciais (definidas pelo procedimento) e se comprometer<br />

a melhorar continuamente as práticas de manejo florestal<br />

para atender a todos os requisitos do padrão SLIMF FSC®<br />

dentro de um prazo de 5 anos.<br />

Para iniciar o processo de certificação, saber se a organização<br />

se enquadra nas regras para ser caracterizada<br />

como SLIMF e, assim, aplicar o procedimento de melhoria<br />

contínua, basta entrar em contato com a certificadora. Junia<br />

Karst, Auditora da Neocert e membro do GT do FSC Internacional<br />

para procedimento SLIMF, explica que o processo<br />

de adaptação nacional deverá ser feito com a criação de um<br />

grupo de trabalho brasileiro, com participação do escritório<br />

do FSC Brasil e amplo processo de consulta pública. “Esse<br />

processo é particularmente importante para o Brasil, um<br />

país de dimensão continental onde a definição de pequeno<br />

produtor difere significativamente de países da Europa”,<br />

afirma Junia.<br />

Atualmente, as regras de elegibilidade SLIMF estão em<br />

revisão e empresas como a Neocert participam ativamente<br />

do grupo de trabalho do FSC internacional, responsável por<br />

esse processo, levando o contexto brasileiro para a discussão<br />

internacional.<br />

Na nova versão das regras de elegibilidade SLIMF, cada<br />

país poderá desenvolver seus próprios critérios de limite de<br />

tamanho de área para que uma operação seja considerada<br />

de pequeno porte. Isso é particularmente importante para<br />

o Brasil, um país de dimensão continental onde a definição<br />

de pequeno produtor difere significativamente de países da<br />

Europa, por exemplo. As definições desenvolvidas pelo grupo<br />

de trabalho brasileiro devem ser apresentadas para o FSC<br />

internacional para aprovação, para então serem colocadas<br />

em prática pelas certificadoras.<br />

Esse processo é<br />

particularmente importante<br />

para o Brasil, um país de<br />

dimensão continental onde a<br />

definição de pequeno produtor<br />

difere significativamente de<br />

países da Europa<br />

<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />

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