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aixa intensidade de manejo, o FSC criou o padrão de certificação<br />
SLIMF (Floresta de Pequena Escala ou de Manejo de<br />
Baixa Intensidade, em inglês), que apresenta indicadores e<br />
processos de auditoria mais simplificados. Produtores florestais<br />
com área de efetivo plantio de até 480 ha são elegíveis<br />
para o padrão SLIMF. A organização de pequenos produtores<br />
florestais em grupos de certificação também permite o rateio<br />
dos custos do processo e da responsabilidade em gerar<br />
e gerenciar evidências que comprovem o seu desempenho<br />
durante as auditorias.<br />
O Procedimento de Melhoria Contínua (FSC-<br />
-PRO-30-011) é uma outra ferramenta recentemente lançada<br />
pelo FSC e que tem como objetivo facilitar ainda mais o<br />
acesso dos pequenos e médios produtores florestais ao processo<br />
de Certificação <strong>Florestal</strong>. Esse procedimento permite<br />
que pequenos produtores e comunidades, caracterizados<br />
como SLIMF, possam ser certificados sem que o seu manejo<br />
florestal atenda a todos os requisitos do padrão de certificação<br />
SLIMF em um primeiro momento. Para obter essa certificação<br />
é suficiente ter iniciado e implementado medidas<br />
cruciais (definidas pelo procedimento) e se comprometer<br />
a melhorar continuamente as práticas de manejo florestal<br />
para atender a todos os requisitos do padrão SLIMF FSC®<br />
dentro de um prazo de 5 anos.<br />
Para iniciar o processo de certificação, saber se a organização<br />
se enquadra nas regras para ser caracterizada<br />
como SLIMF e, assim, aplicar o procedimento de melhoria<br />
contínua, basta entrar em contato com a certificadora. Junia<br />
Karst, Auditora da Neocert e membro do GT do FSC Internacional<br />
para procedimento SLIMF, explica que o processo<br />
de adaptação nacional deverá ser feito com a criação de um<br />
grupo de trabalho brasileiro, com participação do escritório<br />
do FSC Brasil e amplo processo de consulta pública. “Esse<br />
processo é particularmente importante para o Brasil, um<br />
país de dimensão continental onde a definição de pequeno<br />
produtor difere significativamente de países da Europa”,<br />
afirma Junia.<br />
Atualmente, as regras de elegibilidade SLIMF estão em<br />
revisão e empresas como a Neocert participam ativamente<br />
do grupo de trabalho do FSC internacional, responsável por<br />
esse processo, levando o contexto brasileiro para a discussão<br />
internacional.<br />
Na nova versão das regras de elegibilidade SLIMF, cada<br />
país poderá desenvolver seus próprios critérios de limite de<br />
tamanho de área para que uma operação seja considerada<br />
de pequeno porte. Isso é particularmente importante para<br />
o Brasil, um país de dimensão continental onde a definição<br />
de pequeno produtor difere significativamente de países da<br />
Europa, por exemplo. As definições desenvolvidas pelo grupo<br />
de trabalho brasileiro devem ser apresentadas para o FSC<br />
internacional para aprovação, para então serem colocadas<br />
em prática pelas certificadoras.<br />
Esse processo é<br />
particularmente importante<br />
para o Brasil, um país de<br />
dimensão continental onde a<br />
definição de pequeno produtor<br />
difere significativamente de<br />
países da Europa<br />
<strong>Outubro</strong> <strong>2022</strong><br />
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