Il Coltivatore degli Arati Vuoti
Il Coltivatore degli Arati Vuoti è un libro di poesie scritto originariamente in portoghese nell'anno 2008, e in questa edizione conta sulla traduzione in italiano, insieme alla lingua originale. La traduzione simultanea assiste nello studio linguistico del portoghese e italiano, così come il piacere della lettura poetica che l'arte può offrire come elemento di rinnovamento spirituale e sviluppo culturale.
Il Coltivatore degli Arati Vuoti è un libro di poesie scritto originariamente in portoghese nell'anno 2008, e in questa edizione conta sulla traduzione in italiano, insieme alla lingua originale. La traduzione simultanea assiste nello studio linguistico del portoghese e italiano, così come il piacere della lettura poetica che l'arte può offrire come elemento di rinnovamento spirituale e sviluppo culturale.
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A extração do ouro<br />
Vivemos todos da extração do ouro<br />
E o nosso desejo é o brilho dourado que possibilita tudo<br />
Nessas Lavras ensolaradas de chão rachado e seco<br />
Só o ouro importa e a fome existe<br />
Se nos matamos é pelo ouro<br />
O ouro guia os passos na terra e cospe no barro do chão<br />
O ouro nos chama de idiotas<br />
Mas nós damos a vida para encontrá-lo<br />
Somos o dedo recortando o barro seco<br />
Somos a pá devorando a terra rachada de sol<br />
Vivemos de lavrar minas cheias de ossos<br />
Queremos o ouro para comprar comida<br />
Queremos o ouro para comprar panelas<br />
Para devorar o mundo e estamos dispostos a morrer na busca<br />
Sem acordarmos desse pesadelo escaldante<br />
Passamos o dia sob o sol ardente<br />
Vivemos todos da extração do ouro<br />
A água é pouca pra que todos saciem a sede mas a carne quer riqueza<br />
Um terço do ouro para os impostos<br />
Muitos engolem o ouro que encontram e não pagam<br />
Muitas desavenças na Lavra – o sangue é constante<br />
Nós somos homens de roupas rasgadas<br />
Somos movidos a esperança e ambição<br />
De encontrar essas pedras nas Lavras cheias de ossos<br />
De pessoas que procuraram o ouro<br />
Nós somos enxadas consumindo a terra<br />
Nós somos ossos cobertos de pele sufocando o barro<br />
Para que ele cuspa o tão sonhado laurel dourado<br />
Vivemos a buscar essa riqueza<br />
Sem receio aos cânceres que o sol nos presenteia a cada instante<br />
Não tememos o sol do meio-dia<br />
Vivemos todos da extração do ouro<br />
30/06/2001<br />
“Nei arati vuoti di Lavras non c'era oro, il contadino insisteva in cercare<br />
ricchezze per la sua anima ". Pagina 15