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2002 e suas Implicações para a Contribuição da

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Mu<strong>da</strong>nças nos Padrões dos Rendimentos de Agregados Familiares Rurais em<br />

Moçambique de 1996 a <strong>2002</strong> e <strong>suas</strong> <strong>Implicações</strong> <strong>para</strong> a <strong>Contribuição</strong> <strong>da</strong> Agricultura<br />

<strong>para</strong> a Redução <strong>da</strong> Pobreza<br />

por<br />

Duncan Boughton, David Mather, David Tschirley, Tom Walker,<br />

Benedito Cunguara, e Ellen Payongayong<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

O presente relatório de pesquisa faz uma com<strong>para</strong>ção do nível, composição, e distribuição<br />

dos rendimentos de agregados familiares rurais de Moçambique nos anos 1995-96 e 2001-02<br />

do calendário agrícola. As análises apresenta<strong>da</strong>s são pertinentes <strong>para</strong> a redução <strong>da</strong> pobreza<br />

nacional assim como <strong>para</strong> as estratégias de desenvolvimento agrícola e rural. A justificação<br />

<strong>para</strong> se <strong>da</strong>r um enfoque sobre a análise dos rendimentos rurais é que os agregados familiares<br />

rurais representam 65%-70% <strong>da</strong> população de Moçambique, e a incidência e profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

pobreza são maiores nas áreas rurais (MPF 2004). O desafio que confronta o Governo de<br />

Moçambique é desenhar estratégias de redução <strong>da</strong> pobreza e de desenvolvimento rural que<br />

produzam um crescimento tridimensional: crescimento rápido <strong>para</strong> reduzir rapi<strong>da</strong>mente a<br />

incidência <strong>da</strong> pobreza, crescimento sustentável <strong>para</strong> assegurar que as pessoas saiam <strong>da</strong><br />

pobreza de forma definitiva, e crescimento amplo <strong>para</strong> assegurar que o maior número de<br />

famílias possa beneficiar-se dele. Essa tarefa não é na<strong>da</strong> fácil. Quanto mais as estratégias<br />

nacionais e sectoriais se basearem em factos sobre a economia rural e sua evolução, maior<br />

será a probabili<strong>da</strong>de de tais estratégias serem bem sucedi<strong>da</strong>s em alcançar os objectivos<br />

preconizados.<br />

O Trabalho do Inquérito Agrícola conduzido em 2001-02, geralmente chamado TIA 02,<br />

fornece um conjunto de <strong>da</strong>dos exaustivos sobre as fontes de rendimento de agregados<br />

familiares rurais. O desenho e recolha de <strong>da</strong>dos foram feitos pelo Departamento de Estatística<br />

<strong>da</strong> Direcção de Economia do antigo Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural<br />

(MADER) com autori<strong>da</strong>de delega<strong>da</strong> pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este<br />

relatório é um dos quatro relatórios de pesquisa publicados pela Direcção de Economia que<br />

analisam os <strong>da</strong>dos do TIA <strong>para</strong> aju<strong>da</strong>r a informar as estratégias de desenvolvimento agrícola e<br />

rural. Os outros três relatórios incluem uma análise dos determinantes dos rendimentos rurais,<br />

pobreza e bem-estar percebido (Walker et al. 2004), uma análise <strong>da</strong>s implicações <strong>da</strong> doença e<br />

morte de adultos no seio de agregados familiares rurais (Mather et al. 2004), e uma análise <strong>da</strong><br />

produção e comercialização do milho pelos agregados familiares rurais (Tschirley, Abdula, e<br />

Weber 2006).<br />

A análise dos <strong>da</strong>dos do TIA complementa a análise <strong>da</strong> pobreza feita pelo antigo Ministério de<br />

Plano e Finanças, usando um conjunto de <strong>da</strong>dos sobre as despesas de consumo doméstico (o<br />

Inquérito aos Agregados Familiares, ou IAF). Em geral, tem-se aceitado o facto de que os<br />

inquéritos sobre as despesas de consumo doméstico tais como o IAF, fornecem estimativas<br />

mais precisas <strong>da</strong> incidência e profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pobreza do que os inquéritos sobre o<br />

rendimento porque o consumo de um agregado familiar geralmente é menos volátil que o<br />

rendimento que um agregado familiar talvez tenha ganho. Os inquéritos que recolhem <strong>da</strong>dos<br />

sobre as fontes de rendimento também são mais susceptíveis de subestimar o bem-estar por<br />

causa <strong>da</strong>s fontes de rendimento que passaram despercebi<strong>da</strong>s ou não foram declara<strong>da</strong>s. No<br />

entanto, os <strong>da</strong>dos sobre os rendimentos, quando bem recolhidos, correlacionam-se muito bem<br />

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