2002 e suas Implicações para a Contribuição da
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de-obra em activi<strong>da</strong>des agrícolas, não se pode concluir destas duas pesquisas que a<br />
produtivi<strong>da</strong>de revela uma tendência decrescente a médio prazo. Porém, no presente estudo<br />
defende-se com base em informação complementar, tanto do TIA como de outras fontes, que<br />
a produtivi<strong>da</strong>de agrícola em Moçambique muito provavelmente está estagna<strong>da</strong>.<br />
Passos <strong>para</strong> Assegurar um Forte Crescimento de Produtivi<strong>da</strong>de Agrícola<br />
Para a maioria dos pobres que se encontram nas áreas rurais, a maneira mais rápi<strong>da</strong> de se<br />
reduzir a pobreza e melhorar a insegurança alimentar é aumentando a quanti<strong>da</strong>de e o valor de<br />
produção agrícola, particularmente a produção de culturas, em conjugação com uma mu<strong>da</strong>nça<br />
gradual de activi<strong>da</strong>des pouco remunera<strong>da</strong>s que não exigem qualificações e de activi<strong>da</strong>des por<br />
conta própria no sector de extracção de recursos naturais <strong>para</strong> oportuni<strong>da</strong>des de ven<strong>da</strong> de<br />
mão-de-obra especializa<strong>da</strong> e activi<strong>da</strong>des por conta própria com valor acrescentado. Conforme<br />
ilustrado pelo crescimento rápido dos rendimentos de agregados familiares na província de<br />
Tete, uma cultura de rendimento de alto valor como o tabaco pode ser uma poderosa força<br />
motriz <strong>para</strong> o crescimento económico rural, tanto através de aumentos no rendimento de<br />
culturas, como pela consequente procura crescente de bens e serviços adicionais produzidos<br />
localmente.<br />
Em harmonia com os resultados de um estudo anterior sobre os determinantes dos<br />
rendimentos de agregados familiares rurais em Moçambique (Walker et al. 2004), o empenho<br />
em prol do crescimento agrícola deveria ser feito através de uma estratégia dupla de incentivo<br />
ao aparecimento de um grupo de pequenos agricultores comerciais ao passo que se<br />
fortalecem a segurança alimentar e oportuni<strong>da</strong>des de ganhar dinheiro <strong>para</strong> a maioria dos<br />
pequenos agricultores de semi-subsistência. Os pequenos agricultores de semi-subsistência se<br />
beneficiarão de forma indirecta do sucesso dos pequenos agricultores comerciais através de<br />
maiores oportuni<strong>da</strong>des de ganhar dinheiro.<br />
Os pequenos agricultores comerciais precisam de aju<strong>da</strong> <strong>para</strong> ampliarem as áreas cultiva<strong>da</strong>s<br />
pelo uso de tracção animal, <strong>para</strong> aumentarem a produção de hortícolas de alto valor com<br />
irrigação de pequena escala, e <strong>para</strong> melhorarem o armazenamento pós-colheita e<br />
comercialização. É urgentemente necessário que sejam feitos estudos sobre os custos e<br />
benefícios de pacotes de investimento específicos <strong>para</strong> os diferentes tipos de pequenos<br />
agricultores comerciais.<br />
A maioria dos pequenos agricultores de semi-subsistência pode rapi<strong>da</strong>mente ampliar os seus<br />
rendimentos através <strong>da</strong> introdução de varie<strong>da</strong>des de culturas alimentares de alto rendimento,<br />
tolerantes à seca e resistentes a doenças, e maior acesso a oportuni<strong>da</strong>des de produção de<br />
culturas de rendimento. Mais uma vez, é urgentemente necessário que sejam feitos estudos<br />
sobre os custos e benefícios de tecnologias específicas e estratégias de difusão.<br />
Enquanto as dificul<strong>da</strong>des na estimação dos rendimentos <strong>da</strong> mandioca dificultam a<br />
quantificação <strong>da</strong> incidência e profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> insegurança alimentar em 2001-02<br />
com<strong>para</strong>tivamente a 1995-96 através dos levantamentos do TIA, parece haver necessi<strong>da</strong>de de<br />
pesquisa adicional e extensão com vista a fortalecer a segurança alimentar <strong>para</strong> os<br />
agricultores de semi-subsistência. Em particular, os agregados familiares com porções<br />
limita<strong>da</strong>s de terra e/ou mão-de-obra precisam de assistência <strong>para</strong> desenvolverem estratégias<br />
que assegurem a nutrição equilibra<strong>da</strong> durante todo o ano. Ao desenvolver tais estratégias de<br />
maior segurança alimentar há que levar em conta a demográfica de agregados familiares que<br />
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