2002 e suas Implicações para a Contribuição da
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metade do aumento na média. A maioria <strong>da</strong>s províncias tem rendimentos familiares medianos<br />
por AE entre 800 e 1.200 contos. As excepções são Maputo, cujo rendimento mediano é o<br />
mais alto na ordem dos 1.761 contos, e Gaza, com o rendimento mediano mais baixo na<br />
ordem dos 654 contos (excluindo remessas). Os padrões espaciais de crescimento do<br />
rendimento familiar mediano por AE são semelhantes à média com a excepção de Gaza onde<br />
o aumento no rendimento mediano foi muito pequeno relativamente à média, Manica onde o<br />
rendimento mediano aumentou por uma maior percentagem do que a média, e Nampula onde<br />
o rendimento mediano caiu proporcionalmente mais rápido que a redução na média. Como<br />
poderá ser notado na próxima secção, as mu<strong>da</strong>nças nos rendimentos familiares medianos são<br />
fortemente afecta<strong>da</strong>s pela contribuição <strong>da</strong> produção de culturas <strong>para</strong> o rendimento.<br />
3.2. Distribuição dos Rendimentos Familiares<br />
Uma <strong>da</strong>s preocupações fun<strong>da</strong>mentais que aqueles que elaboram políticas têm prende-se com<br />
o entendimento de se o rendimento gerado pelo crescimento económico rural é amplo ou se<br />
apenas beneficia a uma proporção pequena de agregados familiares. A figura 3 mostra as<br />
distribuições cumulativas dos rendimentos familiares por AE em 1995-96 (com uma linha<br />
sóli<strong>da</strong> indicando o inflator flexível e uma linha pontilha<strong>da</strong> indicando o inflator fixo) e <strong>2002</strong><br />
(representado pela linha traceja<strong>da</strong>). O eixo vertical indica a percentagem de agregados<br />
familiares com rendimentos a situarem-se no valor em contos ou abaixo dele por AE indicado<br />
pelo eixo horizontal directamente debaixo de uma determina<strong>da</strong> distribuição cumulativa. O<br />
facto de a linha traceja<strong>da</strong> representando a distribuição de <strong>2002</strong> sempre se encontrar à direita<br />
<strong>da</strong> distribuição de 1996 indica que todos os agregados familiares tiveram algum aumento nos<br />
seus rendimentos entre os dois períodos. O facto de que as linhas divergem muito mais<br />
rapi<strong>da</strong>mente acima do 60º percentil indica que os agregados familiares mais pobres na<br />
distribuição beneficiaram-se menos em termos absolutos que os agregados familiares mais<br />
ricos. A fim de investigar com maior profundi<strong>da</strong>de a distribuição do rendimento familiar nos<br />
dois períodos de tempo, ca<strong>da</strong> distribuição cumulativa primeiro foi dividi<strong>da</strong> em cinco<br />
segmentos iguais, ou quintis, onde ca<strong>da</strong> quintil contém 20% dos agregados familiares <strong>da</strong><br />
amostra em ca<strong>da</strong> ano. 4<br />
A tabela 3 apresenta o rendimento familiar médio e mediano por AE <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> quintil de<br />
rendimento (1 é o quintil de rendimento mais baixo e 5 é o mais alto) e a mu<strong>da</strong>nça percentual<br />
com<strong>para</strong>tivamente a 1995-96. A tabela confirma uma constatação descrita na figura 3, a<br />
saber, de que todos os quintis de rendimento tiveram um crescimento no rendimento.<br />
Realmente, o aumento no rendimento mediano <strong>para</strong> os dois quintis mais baixos foi mais alto<br />
em termos percentuais que o aumento mediano <strong>para</strong> a população como um todo. Apesar<br />
disso, a desigual<strong>da</strong>de no rendimento rural continua sendo muito alta uma vez que o<br />
rendimento mediano por AE do quintil do rendimento mais alto é aproxima<strong>da</strong>mente 18 vezes<br />
maior que o rendimento mediano por AE do quintil mais baixo.<br />
4 Para calcular os quintis, primeiro os agregados familiares são classificados a partir do rendimento mais baixo<br />
por EA até ao mais alto, depois os mesmos são divididos em cinco grupos de tamanho igual. Por isso ca<strong>da</strong><br />
quintil contém 20% dos agregados familiares, e o rendimento mais alto em ca<strong>da</strong> quintil é sempre inferior ao<br />
rendimento mais baixo no quintil seguinte.<br />
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