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MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

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“Mutatis mutandis”, o novo projeto é idêntico ao anteriormente apresentado.<br />

d) nas citações de textos legais, as alíneas devem estar entre aspas:<br />

O tema é tratado na alínea “a” do artigo 146 da Constituição.<br />

Atualmente, no entanto, tem sido tolerado o uso de itálico como forma de dispensar o uso de aspas, exceto na<br />

hipótese de citação textual.<br />

A pontuação do trecho que figura entre aspas seguirá as regras gramaticais correntes. Caso, por exemplo, o<br />

trecho transcrito entre aspas terminar por ponto-final, este deverá figurar antes do sinal de aspas que encerra a<br />

transcrição. Exemplo: O art. 2 o da Constituição Federal – “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si,<br />

o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” – já figurava na Carta anterior.<br />

9.1.3.3. Parênteses<br />

Os parênteses são empregados nas orações ou expressões intercaladas. Observe que o ponto-final vem antes do<br />

último parêntese quando a frase inteira se acha contida entre parêntese:<br />

“Quanto menos a ciência nos consola, mais adquire condições de nos servir.” (José Guilherme Merquior)<br />

O Estado de Direito (Constituição Federal, art. 1 o ) define-se pela submissão de todas as relações ao Direito.<br />

9.1.3.4. Travessão<br />

O travessão, que é um hífen prolongado (–), é empregado nos seguintes casos:<br />

a) substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos:<br />

O controle inflacionário – meta prioritária do Governo – será ainda mais rigoroso.<br />

As restrições ao livre mercado – especialmente o de produtos tecnologicamente avançados – podem ser muito<br />

prejudiciais para a sociedade.<br />

b) indica a introdução de enunciados no diálogo:<br />

Indagado pela comissão de inquérito sobre a procedência de suas declarações, o funcionário respondeu:<br />

– Nada tenho a declarar a esse respeito.<br />

c) indica a substituição de um termo, para evitar repetições:<br />

O verbo fazer (vide sintaxe do verbo –), no sentido de tempo transcorrido, é utilizado sempre na 3 a pessoa do<br />

singular: faz dois anos que isso aconteceu.<br />

d) dá ênfase a determinada palavra ou pensamento que segue:<br />

Não há outro meio de resolver o problema – promova-se o funcionário.<br />

Ele reiterou suas idéias e convicções – energicamente.<br />

9.2. SINTAXE<br />

(do grego syntáxis ‘arranjo, disposição’) 10<br />

É a parte da Gramática que estuda a palavra, não em si, mas em relação às outras, que com ela se unem para<br />

exprimir o pensamento. É o capítulo mais importante da Gramática, porque, ao disciplinar as relações entre as palavras,<br />

contribui de modo fundamental para a clareza da exposição e para a ordenação do pensamento.<br />

É importante destacar que o conhecimento das regras gramaticais, sobretudo neste capítulo da sintaxe, é<br />

condição necessária para a boa redação, mas não constitui condição suficiente. A concisão, clareza, formalidade e<br />

precisão, elementos essenciais da redação oficial, somente serão alcançadas mediante a prática da escrita e a leitura de<br />

textos escritos em bom português.<br />

Dominar bem o idioma, seja na forma falada, seja na forma escrita, não significa apenas conhecer exceções<br />

gramaticais: é imprescindível, isso sim, conhecer em profundidade as regularidades da língua. No entanto, como<br />

interessa aqui aplicar princípios gramaticais à redação oficial, trataremos, forçosamente, das referidas exceções e dos<br />

problemas sintáticos que com mais freqüência são encontrados nos textos oficiais.<br />

10<br />

Na elaboração deste item, foram recolhidos subsídios principalmente das seguintes obras (v. bibliografia completa ao final):<br />

ALMEI<strong>DA</strong>, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da língua portuguesa . 32<br />

48<br />

. ed. São Paulo: Saraiva, 1983. ANDRÉ,<br />

Hildebrando Afonso de. Gramática ilustrada. 3. ed. rev. e aum. São Paulo: Moderna, 1982. CEGALLA , Domingos Paschoal.<br />

Novíssima Gramática da Língua Portuguesa . 14. ed. rev. e atual. São Paulo: Ed. Nacional, 1976. KURY, Adriano da Gama.<br />

Português básico. 15. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. LIMA, Carlos Henrique da Rocha. Gramática normativa da língua<br />

portuguesa . 22 . ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982. LUFT, Celso Pedro. Moderna gramática brasileira . 9 . ed. Rio de Janeiro:<br />

Globo, 1989. MORENO, Cláudio; GUE<strong>DE</strong>S, Paulo Coimbra. Curso Básico de Redação. 4 . ed. São Paulo: Ática, 1988.

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