Acta da Reunião de Câmara de 11 de - Câmara Municipal do Porto
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ao processo, prontamente facilita<strong>do</strong> pelo Senhor Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Urba-<br />
nismo.<br />
3. Da informação presta<strong>da</strong> pela <strong>Câmara</strong>, anteriormente referi<strong>da</strong> e <strong>da</strong> consulta<br />
<strong>do</strong> processo resultam o conjunto <strong>de</strong> factos que a seguir se enumeram.<br />
Em Abril <strong>de</strong> 2002 a Bragaparques iniciou a construção <strong>do</strong> empreendimento jun-<br />
to ao Hospital <strong>de</strong> S. João. Com uma área total <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40 mil metros qua-<br />
dra<strong>do</strong>s, o imóvel abarca hotel, centro comercial e parque <strong>de</strong> estacionamento.<br />
Em Junho <strong>de</strong> 2003, os serviços <strong>de</strong> urbanismo <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
consi<strong>de</strong>ram que esse empreendimento não po<strong>de</strong> prosseguir sem emissão <strong>da</strong><br />
correspon<strong>de</strong>nte licença e, para sedimentar essa posição, solicitam um parecer<br />
jurídico.<br />
O parecer, <strong>da</strong> autoria <strong>do</strong> jurista Rui Pedro Monteiro, está registra<strong>do</strong> como sen-<br />
<strong>do</strong> entregue em 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2003. O seu conteú<strong>do</strong> é taxativo: a obra<br />
necessita <strong>de</strong> licenciamento.<br />
No entanto, na posse <strong>do</strong> parecer que tinham solicita<strong>do</strong>, os serviços <strong>de</strong> urba-<br />
nismo <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>de</strong>moram até ao dia 13 <strong>de</strong> Novembro<br />
para fazer <strong>de</strong>slocar um perito até ao Hospital <strong>de</strong> S. João.<br />
Na participação então elabora<strong>da</strong> é feita uma “proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão: embargo <strong>da</strong><br />
obra”.<br />
Mas o embargo só vem a acontecer no dia 26 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2004, 4 meses e<br />
meio após a proposta.<br />
A Bragaparques interpôs uma providência cautelar contra o embargo, que foi<br />
julga<strong>da</strong> improce<strong>de</strong>nte no dia 13 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2004. Mas o verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pelouro<br />
<strong>da</strong> altura, arquitecto Ricar<strong>do</strong> Figueire<strong>do</strong>, limita o seu <strong>de</strong>spacho a um “vi junte-<br />
se ao processo”.<br />
É inequívoco que entre Setembro <strong>de</strong> 2003 e Março <strong>de</strong> 2004 a imobiliária em<br />
causa po<strong>de</strong> concluir a obra, tornan<strong>do</strong> o esforço posterior <strong>de</strong> embargo inútil.<br />
Mas, mais ain<strong>da</strong>, no processo está registra<strong>do</strong> que o parque <strong>de</strong> estacionamento<br />
e os restantes equipamentos funcionam sem a a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> vistoria <strong>do</strong> Batalhão<br />
<strong>de</strong> Sapa<strong>do</strong>res Bombeiros. E, logicamente, sem as licenças <strong>de</strong> funcionamento<br />
legalmente obrigatórias.<br />
4. Esta tramitação processual parece, em qualquer plano <strong>de</strong> análise, absoluta-<br />
mente irregular e susceptível <strong>de</strong> configurar uma situação <strong>de</strong> favorecimento <strong>de</strong><br />
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